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Capítulo 172
Capítulo 172 - O recamier




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172

 

 

Sentam-se assim que os outros professores chegam. Começam a falar sobre os novos projetos da escola, agradecem a presença dos pais e falam de aluno por aluno. Ao falarem de Vitória, acabam assustando Paula e Vitor, já que não esperavam uma queda nas notas da filha. São questionados pelos professores se está havendo algo que tem tirado a atenção dela, pois era um fato atípico ela ir mal. Eles escutam atentos e garantem que irão averiguar para que não se repita mais. A reunião termina e eles saem de lá arrasados.

 

 

 

— Passei esse tempo todo me lamentando, me culpando que estava a cobrando demais, mas olha só… - coloca o cinto. Imagina se eu não cobrasse!

— Isso não tem nada ver!

— Não tem? Então ok… Seja mais maleável… Venha em todas as reuniões sozinho! Aguente sozinho as bombas de agora em diante.

— Estamos falando de uma criança. Ela não tem que ser perfeita, isso acontece… Ela ficou tão nervosa com a patinação que acabou indo mal.

— Caramba Vitor! Não estou acreditando no que você está falando.

— E você quer que eu diga o que? - a encara. Você está certíssima Paula, cobre mesmo as crianças como você foi cobrada, faça-as crescer repletas de traumas, brigue mesmo porque ela não foi bem pela primeira e única vez na escola.

— Primeira e única? Quem te garante? E você acha que não sou boa o suficiente? Que minha mãe me educou errado?

— O que uma coisa tem a ver com a outra? Pelo amor de Deus!

 

 

 

Ela o retruca durante o caminho e estendem a discussão até a fazenda. Ao chegarem, ela avista Vitória na piscina com o tio e vai até a ela, pedindo que saia.

 

 

— Paula, eu vou conversar com ela… - a toca no braço.

— Nós dois vamos. Mas eu começo!

— Não brigue tanto… Por favor! É realmente inadmissível o que houve, mas não precisamos resolver assim.

— O que foi mãe?

— Vamos para dentro… - a leva para dentro de casa e pede que vá até o quarto dela. Olha só… - para na porta com Vitor - Não é para passar a mão na cabeça dela, tão pouco agir como se não fosse nada o que houve. A forma como vamos corrigi-la vai impactar no futuro que queremos para ela, então por favor… Não é hora de proteger ela da forma que você pensa.

— Não quero punições. Vamos só conversar e entender o que houve! Estamos certos?

— Vitor, precisamos colocar ela de castigo! - fecha um pouco a porta pra que ela não ouça.

— Não concordo!

— Então ao menos proibi-la de ir para patinação enquanto não recuperar as notas.

— Até recuperar as notas, depois a liberamos!

— Isso! Então estamos de acordo?

— Sim!

 

 

Conversam com a filha que não aceita muito bem a condição imposta e demonstra certa resistência em ouvi-los. Depois de muito choro e desgaste para fazer Vitória entender, a acalmam e permitem que ela volte para piscina com o tio.

 

Paula vai até a cozinha e encontra Marisa com Carol conversando. Se desculpa pela demora e então se junta a elas.

 

 

— Foi tudo bem?

— Não! Vitória não está indo bem… - bebe um pouco de suco. Decidimos que ela não irá na patinação enquanto não recuperar as notas… E ela não aceitou muito bem no início, mas acho que vai esquecer e aproveitar o dia… Quem vai se preocupar sou eu!

— Criança é assim Paula… Eles sofrem no início, mas logo esquecem e seguem, se transformando.

— Sim! Mas minha preocupação não é com ela em si… Mas com Vitor… Ele concordou de fazermos isso só que tenho certeza que vai tentar me convencer a deixar ela ir.

— É… Não duvido.

— É muito difícil tomar qualquer decisão sobre a Vitória com ele. - se senta. Ele nunca quer ter um posição mais firme, tudo tenta entender, tudo tenta encontrar uma forma de justificar porque ela age da forma que age… É exaustivo demais. - respira fundo.

 

 

Ela continuando desabafando sem se dar conta que ninguém mais falava, até perceber Vitor se aproximando.

 

 

— Carol, Leo estava te chamando lá fora…

— Ah sim… - se levanta. Vou lá ver o que ele quer! - sai.

— Estou achando Carol estranha… - Marisa tenta mudar o assunto.

— Lá vem…

— O que é Vitor?

— Nada! É que a senhora sempre tem algo a falar de todo mundo… - ri.

— Por que acha isso? - Paula questiona a sogra.

— Intuição… Acho que eles vieram para falar algo, muito estranho Leo vir com ela do nada.

— Mãe, tira essas coisas da cabeça. Eles vieram passar alguns dias conosco. - se senta. Não vá falar nada, por favor!

— Tudo bem Vitor. - levanta e se retira.

 

 

 

Ele toma um café e Paula aproveita pra responder algumas mensagens no celular. Os dois na mesma mesa, lado a lado, sozinhos e sem trocar sequer uma palavra. Não demora muito, Diva os chama para servir o almoço. Na tarde, Marisa prepara um bolo e Dulce chega na chácara, se juntando a todos. Em certo momento, enquanto Paula enxugava a mamadeira de Francesca, Leo se aproxima.

 

 

— Paulinha…

— Oi! - o vê.

— Gostaria de oferecer um jantar hoje, para nós mesmo… Se você permitir, obviamente. Queríamos eu e Carol prepararmos isso, mas a casa é sua e só faremos se você permitir… - riem.

— Leo, não precisava nem perguntar! - coloca a mamadeira sobre a pia. Podem fazer sim. Veja se falta algo e peço para trazerem.

— Não… Eu mesmo vou ao centro e trago. Não se preocupe! Carol quer permissão para usar suas louças…

— Claro! - vai até um gaveta de chaves e lê a etiqueta de uma. Aqui… - pega – é da dispensa de louças. Vou chamar ela e mostrar!

— Muito obrigado!

— Esse jantar é para todos ou para adultos? Preciso saber porque temos algumas ferinhas… - riem - e tenho que organizar a rotina deles.

— Eles devem participar! - sorri.

— Ok… Vou falar com Carol então…

 

 

Eles seguem até a sala de jantar, onde estão reunidos tomando o café e jogando conversa fora. Paula chama a cunhada e leva até a dispensa.

 

 

— Leo me falou do jantar… - riem. Vim te mostrar o que tenho… - acende a luz. Não é muita coisa, ainda estou comprando aos poucos.

— São lindas! - observa as peças.

— Com as crianças é difícil conseguir pensar nas coisas da casa… Ainda mais quatro crianças. - riem.

 

 

Carolina escolhe as peças que usará no jantar.  Enquanto isso Vitor procura Paula

pela casa.

 

 

— Estava te procurando! - a encontra chegando na sala.

— O que foi? - pega uma camisa sobre o sofá.

— Vou com o Leo para a cidade… Quer algo?

— Não…

— Ok.

— Estava me procurando só para falar isso?

— Se eu fosse e não te avisasse, eu ouviria muito quando chegasse…

— Até parece! Passe no escritório para mim e veja se o Ukelele do Vitor chegou.

— Ok… - confere se está com a chave no bolso. Não vou levar celular, qualquer coisa liga para o Leo. Por que será que querem esse jantar? Estou desconfiado…

— Desconfiado do que? - o encara.

— Que vão falar algo…

— Será que vão casar?

— E precisa de um jantar pra falar?

— Você fez um jantar para falar que estava namorando comigo!

— E fizemos uma filha para anunciar que íamos nos casar!

— Vai catar coquinho! - riem.

— Por falar nisso… Vamos completar mais um ano juntos! - se aproxima dela.

— Não vem se achegando, não…- ri. Ainda estou muito brava com você!

— Tínhamos que fazer um combinado… Sexo duas vezes na semana, independente se estamos brigados ou não. Só para manter a relação sexual sadia…

— Vou anotar isso! - Leo chega.

— Você ainda dá ouvidos para o que seu irmão fala… - se retira da sala rindo e eles a acompanha. Oi meu amor… - sorri ao ver Francesca. O que foi? - a pega no colo. Você quer bolacha? - pega uma no pote e entrega para a filha.

— Papai já volta…- beija.

— Leva ela! - coloca no colo dele.

 

 

Eles seguem para a cidade e compram o que precisa. Quando chegam, Paula está ajudando Carol levar as louças até a sala de jantar.

 

 

— Chegaram! - Carol observa Leo chegar.

— Sim… - vai até ela - Está tudo certo por aqui?

— Tudo perfeito! - sorri. Paula está me ajudando trazer as louças e agora vou montar as peças.

— Está ficando lindo!

— Obrigada, amor. Falta uma aqui - mostra - a Paulinha foi buscar…

— Já chegaram? - retorna com a peça - Cadê Vitor? - entrega pra Carol.

— Está em um interrogatório na sala de tv… Vitória quer saber porque só Francesca foi.

— Imaginei! Fiquem a vontade…

 

 

 

Se retira até a sala de tv, onde encontra Vítor tentando explicar para Vitória porque não a levou na cidade também.

 

 

 

— Mãe, você que mandou o papai levar a Cacá?

— Sim!

— E porque não eu ou os gêmeos?

— Vocês estavam com as avós, eu estava ocupada e Francesca só queria ficar no meu colo. Então seu pai levou ela.

— Nossa, não é justo!

— Sabe o que não é justo? - a encara - Você estar questionando eu e seu pai. Agora vai tomar banho, sua roupa já está na cama. - a vê sair furiosa. Leva Francesca para a Lidi e peça para Lucy dar banho na Antônia… Você poderia dar banho no Vítor? Já separei a roupa deles. Eu vou separar a sua daqui a pouco, vou só ajudar a Vitória e já deixo a sua certa…

— Você não ficou quieta hoje! - se levanta do sofá com a filha. Não precisa ficar assim. As meninas estão aqui para auxiliar.

— Ainda assim eu tenho muita coisa para fazer…

— Não se sobrecarregue assim, você não fica bem. E espero que as visitas não fiquem tanto tempo - sussurra.

— Pelo amor de Deus, Vitor! - ele começa rir - é seu irmão… Nem pense uma coisa dessa perto dele. - fica brava.

— Estou brincando! - ri. Gosto da visita deles.

— Ele não te falou sobre o porquê do jantar?

— Não… Na verdade não perguntei.

— Entendi…

— Mas já estamos combinando sobre o Natal e ano novo… Ele quer que a gente vá passar na casa dele, mas falei que precisava ver com você, se você não quer ir para Sete Lagoas.

— Podemos passar o Natal lá e o ano novo vem todo mundo para cá… Ou vice-versa. Se bem que acho mais fácil vir todo mundo Natal e Ano Novo para cá, é tão complicado viajar com as crianças!

— Depois resolvemos!

 

 

 

A noite chega na chácara. Carol finaliza a mesa de jantar e Leo, com auxílio de Marisa e Diva, vão finalizando o jantar. No quarto, Paula termina de arrumar as filhas e as liberam pra ir pra a sala.

 

 

— Meu Deus… Você está um gato com esse cabelo! - observa o filho chegar.

— Mãe, você acha melhor assim ou do outro jeito?

— Está lindo assim! - ri. Quem penteou?

— Meu pai, uai!

— Tinha que ser… Está igual o dele! - sorri.

— Eu gostei dessa roupa, você sabe bem meu estilo!

— Viu só? - pisca pra ele. Eu sei muito bem o estilo de todos vocês!

— É que você é minha mãe né…

— Sim! - ri. Vai para a sala agora e ajuda a vó Dulce olhar a Francesca.

— Tá bom! - sai.

 

 

 

Paula fecha a porta e segue para seu banheiro para tomar um banho. Minutos depois é surpreendida por Vitor se despindo para entrar com ela.

 

 

— Quem falou que eu quero tomar banho com você?

— O banheiro é nosso… - a afasta da ducha e entra.

— Mas estou bem tranquila aqui… É meu momento de descanso!

— Você sabe que existe uma maneira de você descansar bem melhor… Podemos dar um jeito nisso se você quiser! - a encara.

— Tenho medo de você ás vezes! - ele ri - estou falando sério… Tem momentos que você começa com depravação o tempo todo! - o retira da ducha.

— Quanto exagero… Se alguém escuta pensa que te forço a fazer certas coisas!

— Acho que me força… - ri.

— Ok então… Não te forçarei a mais nada!

— Ah… Não fica bravinho! - o acaricia. Eu gosto de fazer muitas coisas com você… - riem. Mas tomar banho nem sempre é uma delas!

 

 

Terminam o banho e se arrumam, seguindo em encontro aos familiares.

 

 

— Mãe, olha o que ganhei… - mostra um bombom. Foi ganhado, eu não pedi.

— Isso é verdade, ela não pediu mãe. Eu também ganhei. - mostra.

— Eu também! - aparece comendo. E Francesca não ganhou ainda porque não come.

— Que bom então, né? Pelo menos observaram isso. - fuzila a mãe com os olhos.

— Nem adianta me olhar assim, não fui eu! Foi o Leo, brigue com ele.

— O que? - Vítor se aproxima.

— Nada! Vou ver como a mesa está. - vai até a sala de jantar e se surpreende com o capricho da decoração - Que coisa mais linda! Estou encantada. - passa a mão nas flores.

— Carol é realmente muito incrível… - observa.

— Eu amei… Olha as orquídeas! - pega a flor. E são de verdade… - ri.

— Mãe, nós vamos comer aqui também? - chega atrás dos pais acompanhada dos irmãos.

— Sim! Vocês precisam se comportar. Sem brigas e sem reclamação por conta do suco ou sei lá o que… Já fiquem avisados!

— Tá bom! - se senta. Vou sentar aqui!

— Onde você vai sentar mãe? - pergunta Vítor.

— Ainda não sei, amor…

— Tem nomes! - mostra os papéis na mesa.

— Quantos detalhes… - começa ler.

— Sim… Deve ser algo muito importante.

— O que?

— O que eles vão falar!

— Ah… Também acho que é!

 

 

 

Retornam a sala e sentam-se com as mães,degustando um vinho. Momentos depois Leo e Carolina chegam e se juntam a eles.

 

 

— Mas ontem você fez mingau de aveia! - olha pra Carol.

— Sim, mas nem todo dia faço!

— Mas um único dia que você faz ou qualquer coisa que faz pensando em mim é um gesto de cuidado.

— Isso é verdade! - Marisa pondera. Todo gesto em prol de alguém também é cuidado.

— Desde que com limites! - Vitor diz.

— Claro! Isso nem é discutível, Vitor.

— Se fosse para dizer o gesto de vocês, seria a música? - Leo pergunta.

— O que? - não entende.

— As composições que vocês fazem, seria um gesto?

— Ah… Não sei… - olha pra Paula em dúvida - acho que sim. Só Paula para dizer o que seria.

— Eu? - olha para ele.

— É… Se são gestos meus para você, só você para dizer o que considera um. Leo considera que o café da manhã preparado pela Carol é um gesto.

— Entendi… Gestos são gestos. Não acho que sejam músicas… são coisas do dia a dia!

— Sim…

— Pessoal… - Diva chega. Já coloquei na mesa!

— Maravilha! - se levanta. Vamos! - segue para a sala de jantar.

 

 

 

Sentam-se a mesa de jantar e aguardam o discurso do Leo sobre a razão para unir eles ali, revelando para todos que irá se casar novamente e que ele e Carol estão esperando um bebê. Recebem as felicitações da família, surpresa pela revelação em dose dupla. Paula e Vítor são convidados para serem padrinhos de casamento e do novo bebê da família.

 

 

— Paula… - Diva se aproxima. Posso falar com você um minuto?

— Sim! - se levanta e vai com a funcionária até um canto. Você escutou? Leo vai ser pai novamente - sorri.

— Sim! - sorri - eu ouvi…

— O que houve? - a vê preocupada.

— A portaria ligou, a ex esposa do Leo está lá pedindo autorização para entrar.

— Que? - se assusta. A Tati aqui? Meu Deus!

— O que eu faço?

— Pedem para autorizar - pensa - eu vou chamar o Vitor e ver o que fazemos! - volta a sala de jantar.

 

 

 

Aproveita que ainda estão anestesiados com a notícia e aproxima mais a cadeira de Vitor, coloca a mão sobre a coxa dele, trazendo a atenção dele para si.

 

 

— Pulinha…- sussurra, surpreso pelo gesto.

— A Tati está na portaria! - disfarça.

— Que? - se espanta e chama atenção da mãe.

— O que foi? - Marisa olha para eles.

— Nada!

— Está tudo bem? O que Diva queria? - Dulce pergunta.

— Falar da sobremesa.

— Ah… - Dulce sabe que Paula está mentindo, mas não a contraria, entendendo que algo aconteceu.

— Eu já volto… - se levanta - vou ao banheiro!

— Eu também… - sai junto.

— Vocês vão no banheiro juntos? - Antônia olha para eles.

— Não filha! - olha para ela - Eu vou buscar outra coisa… - pensa - enquanto seu pai vai ao banheiro! - sorri e sai. Você não é nem um pouco discreto! - se aproxima de Vítor na cozinha, o fuzilando com os olhos.

— Eu só me assustei! O que ela quer?

— Não sei! Vamos lá fora esperar ela. - saem em direção a porta de entrada.

 

 

 

Observam o carro se aproximar e estacionar. Tatianna sai de dentro em direção a eles.

 

 

— Oi Tati! - sorri. Que surpresa!

— Se poupe disso, Vitor!

— Tati… - Paula se aproxima.

— Ele está aí dentro?

— O Leo?

— Para de se fazer de sonsa, Paula!

— Tati, calma… Assim não! Não precisa ofender a gente.

— Você sabe o que ele fez? - encara Vítor furiosa.

— Não… Não sei! Não sabemos de nada. Estamos o recebendo aqui com a Carol, as crianças estão…

 

 

Antes que ele termine de falar ela adentra a casa deles. Vitor e Paula a seguem temendo que as crianças vejam qualquer confusão.

 

 

— Tatianna espera! - segura no braço dela. Meus filhos estão aí dentro e não vou admitir que você faça qualquer coisa na frente deles.

— Paula, você não tem noção do que esse homem está fazendo comigo! - se emociona.

— Não sei o que está havendo e creio que a gente vá conseguir conversar… - olha pra Vitor indo até a sala de jantar - só tenha um pouco de paciência!

 

 

 

Na sala de jantar Vitor pede que as crianças se retirem. Dulce entende que algo está havendo e se levanta levando os netos.

 

 

— Vitor… Está tudo bem? - levanta.

— Não! Tatianna está aqui. O que está havendo?

— O que ela quer? - diz nervoso.

— Leo, calma! - Carol se levanta.

— O que está havendo? - Vítor pergunta novamente.

— E eu que sei? Se ela que apareceu aqui do nada!

— Você não sabe? - chega na sala de jantar e o encara.

— Tati…- Marisa vai até ela.

— Agora não, Marisa… Com todo respeito, mas por favor, não se envolva!

— Mãe, vai ver as crianças! - Vitor pede pra ela se retirar e ela sai, contrariada.

— Tatianna, o que você está fazendo aqui?

— Você não disse no processo que eu me recuso a entrar em acordo? Que estou ALIENANDO NOSSOS FILHOS?

— Se acalma!

— O que está havendo? - Vitor se envolve.

— Vitor, melhor não…- Paula vai até ele e entrelaça seu braço sobre o dele.

— Paula, estão na nossa casa! - se desvencilha do braço dela. Por favor! - olha para os dois. Precisamos entender o que está havendo… E vamos fazer isso da maneira certa.

— Ok… - Tatianna se senta, batendo a cadeira no chão fortemente. Hoje fui surpreendida por uma ligação do meu advogado informando que estou sendo processada por Leonardo Chaves, acusada de praticar alienação parental nos meus filhos, os colocando contra o pai simplesmente porque ELES não quiseram passar um final de semana com ele. Mas essa nem é a parte ruim… - olha pra Vitor rindo ironicamente - Ele também colocou no processo que não cuido das crianças e que eu ter sociedade em uma empresa de tiros me faz não ser apta a criar os filhos dele, pois os estaria colocando em perigo. Me diz Vítor… - olha para o ex cunhado - isso é atitute de um homem?

— Leo…- Vítor se volta pra ele.

— Não foi bem assim! O que não vem ao caso agora, também. O que importa aqui é saber o que você achou que resolveria vindo fazer um escândalo na casa do Vitor, na frente dos filhos dele.

— Não te achava! Você não me atende. Soube que estava aqui pelo Instagram e vim o quanto antes. Já que você não é homem para resolver as coisas, eu tenho que vir atrás.

— Saia daqui! O que tiver que resolver, vai resolver com meus advogados.

— Leo, calma!

— Tati…- Paula se aproxima. Você está muito nervosa, vamos conversar? Vamos pro meu escritório, lá a gente pode…

— Não vou em lugar nenhum! - interrompe Paula. Até esse imbecil me provar que vai desistir desse processo absurdo!

— Processo absurdo? - se enfurece.

— Chega! - sinaliza para o irmão parar. Ninguém vai conseguir resolver nada assim…

— Não quero resolver! Quero só que esse babaca retire o processo. Se você está pensando - se levanta - que vou ficar calada sobre tudo que aconteceu nos últimos anos, você está enganado! Sempre protegi você por conta dos nossos filhos, mas agora você mexeu onde não devia. Vou acabar com você se você continuar querendo tirar meus filhos de mim!

— Você está me ameaçando?

— SIM! ESTOU TE AMEAÇANDO! COLOCA NA PORRA DO PROCESSO TAMBÉM.

— Você é maluca, Tatianna! Por essas e outras que não vou retirar processo nenhum. E eu nunca fiz absolutamente NADA para você achar que vai me ameaçar.

— É… Não sei o que as pessoas vão achar quando eu contar para elas que você está querendo tirar meus filhos de mim e que nosso casamento terminou porque você me traia. Aliás, traiu várias vezes.

— Isso jamais aconteceu!

— Ah, jura? Quer mesmo falar isso na frente da sua atual esposa? - olha pra Carol. Olha… Vai chegar um dia que ele estará sempre exausto. Você vai ter feito tudo, vai ter abdicado da sua vida, preparado tudo pra ele, para que ele não se preocupe com nada sobre os filhos… E ainda assim vai ter um dia que ele vai te jogar para escanteio, que vai dizer que está sufocado e precisa viver. Mas isso não vai passar de uma mentira! Ele vai fazer isso porque quer se aventurar, experimentar outras mulheres, porque você NÃO VAI VALER MAIS NADA PRA ELE!

— CHEGA! VOCÊ ESTÁ FICANDO LOUCA!

— Chega, Leo… - Vítor vai até ele. Para com isso!

— Paula… - olha para a ex cunhada - Estou ficando louca? Fala para ela se isso já não te aconteceu também…

— Tatianna, que isso? - fica surpresa.

— Isso é típico deles… Ou você vai dizer que Vitor já não te jogou para escanteio? Quantas vezes mesmo ele saiu de casa?

— Tatianna, para agora! - Paula adverte ela.

— Foram mais de duas, não é? Vitória tem que começar até uma terapia para lidar com isso, não é?

— Tatianna, para! - Vitor começa se irritar.

— Isso sem contar antes de vocês casarem… Porque ele não te assumia, mas aí ele assumia… - continua.

— CALA A BOCA! - perde o controle. CHEGA! Você foi longe demais… Você não sabe da minha vida, não sabe do que eu e Vitor vivemos. Chega dessa loucura! Vou tentar relevar porque você está nervosa, mas não vou admitir que você fale tanta babaquice, principalmente que coloque minha filha no meio! - se senta, esgotada. Pelo amor de Deus… Que inferno essa situação! Essas coisas vocês precisam resolver entre vocês. - olha pra eles. NÃO NA MINHA CASA! - grita ferozmente.

— Paula… - Vitor vai até ela. Está tudo bem… - se senta ao lado e pega na mão dela.

— Acho que eu preciso me sentar… - Carol fala, zonza.

— Carol! - segura. Meu Deus… Carol! - a senta, tentando reanima-la. EU VOU MATAR VOCÊ - olha para Tatianna - SE ALGO ACONTECER A ELA.

— Leo! - Marisa retorna a sala com a gritaria. Que loucura é essa? - vai até a Carol. Liga para a emergência.

— Deve ter sido a pressão… por conta da gravidez! - Paula se levanta e vai até ela. Vitor, pede para enfermaria vir aqui, deve ter alguém de plantão no condomínio.

— Eu faço isso! - Marisa sai, telefonando.

— Você vem comigo! - Vitor puxa Tatianna.

 

 

 

Vitor leva Tatianna até o escritório dele. Fecha a porta e se volta para ela, já sentada no sofá com a cabeça entre as mãos.

 

 

— Perdi a razão… O controle. Não devia ter falado nada para Paula.

— Não devia mesmo! - senta ao lado dela. Você foi longe demais. Nenhuma vez em que eu e Paula nos distanciamos teve qualquer coisa a ver com traição ou com eu não querer ela. Você não sabe da nossa vida, não tinha direito algum de falar qualquer coisa, de humilhar ela e me humilhar na frente da Carol. Se a sua vida com ele foi tão ruim assim, nem eu e nem Paula temos algo a ver.

— Já entendi que estou errada! Não precisa do sermão.

— Só estou nervoso por você ter falado aquelas coisas. - respira fundo - Mas, eu imagino a sua dor. Não posso dizer que entendo porque eu nunca passei. Mas, imagino a decepção. Você é mãe dos filhos dele, viveram juntos mais de uma década, esteve com a gente quando não tínhamos nada, ajudou a construir tudo e sei que receber um processo desse não é fácil. Não deveria fazer isso, eu também não tenho nada ver com a vida de vocês, mas não vou permitir que ele continue com isso, que mencione qualquer coisa sobre tirar as crianças de você.  Isso é um absurdo! É somente por isso que vou relevar o que aconteceu aqui hoje. Se mexessem com qualquer um dos meus filhos, ou com mencionassem que me tirariam eles, colocassem eles em perigoso, eu perderia o controle… Mas tudo tem limite, Tatianna! - se levanta. Vou te levar para a cidade, te colocar em um hotel e amanhã vamos resolver isso.

 

 

Ela aceita. Enquanto uma enfermeira atende Carol no quarto de hóspedes, Vitor segue com Tatianna para a cidade, a deixando em um hotel. Retorna para a casa de Uber e encontra Paula na entrada da chácara.

 

 

— O que está fazendo aí? Está frio!

— Estava te esperando. - se encolhe mais com os braços em volta de si.

— Vamos entrar… - passa o braço por ela, caminhando para dentro da chácara. Carol está melhor?

— Sim! Foi uma queda de pressão mesmo.

— Falei com a Tatianna, ela está arrependida de ter dito aquelas coisas. Acho que vai te procurar.

— Não sei se quero conversar com ela ainda… Não depois dela tocado no fato da Vitória fazer terapia.

— Está tudo bem, Pulinha! Vamos…

 

 

Seguem caminhando em silêncio até a casa. Enquanto ela termina de organizar a cama para dormirem, ele finaliza o banho.

 

 

— Sabe o que eu estava pensando hoje? - vai até o closet dele.

— No que?

— Na fazenda… Estou com saudades de lá. Ás vezes fico me questionando se fizemos o certo.

— Por favor! - olha para ela. Mal nos mudamos pra cá… Não aguento outra mudança.  – ela começa rir - Até hoje não consegui achar alguns calçados… Por falar nisso, você procurou meu chinelo? Eu já tinha olhado em todos os cantos e caixas que você disse e nada.

— Vitor, aquilo estava tão velho… - observa ele pentear o cabelo, ainda com a toalha na cintura.

— Estava velho mas era excelente! Tinha o formato exato do meu pé… - Paula revira os olhos - estou falando sério! O importante é que tinha conforto.

— Eu não sei onde está, já te falei mil vezes!

— Quem embalou minhas coisas?

— É sério isso? Vamos falar de um chinelo velho a essa hora? - ele retira a toalha e coloca somente a samba canção - Pode colocar sua cueca!

— Vai ficar agora observando se coloco cueca ou não?

— Estou muito cansada!

— Nem vou me deitar… Fica tranquila! E depois desse alerta também, tudo fica brochante. - ela ri.

— Posso te perguntar uma coisa?

— Lá vem… Você não estava cansada?

— Posso ou não?

— Pergunta, Paula… - se escora na bancada a observando.

— Quando você me vê nua, sente a mesma atração que sentiu da primeira vez?

— A primeira vez é primeira vez. Ninguém vai ter visto nada, o sentimento de descoberta é muito avassalador…

— Isso não responde minha pergunta!

— Você não me deixa terminar de falar… - a encara - enfim… continuando… Não é como da primeira vez porque é impossível. Mas sinto algo tão incrível quanto… de uma maneira diferente…

— Nossa, quanto rodeio para dizer que não sente!

— Meu Deus, Paula! É óbvio que eu sinto. Só estou te explicando que não é como da primeira vez porque não é a primeira vez. Eu conheço cada parte do seu corpo, cada pintinha que há em você, cada marca que surge… E me sinto fascinado.

— Obrigada!

— Você é linda… E muito gostosa ainda.

— Ainda?

— Estava te irritando! - ri. Vai sempre ser gostosa! Ok? Satisfeita?

— Ainda não… Você se sente excitado?

— Que isso, Paula? Você está lendo algo? Vendo algo que não sei? Quanto questionamento.

— Só quero saber… Não posso?

— Paula, como é que podemos fazer algo se eu não me sentisse excitado?

— Não… É tudo bem diferente! Qualquer homem pode se sentir simplesmente vendo uma mulher. Não é isso que quero saber! Eu quero entender o que eu faço que te deixa assim… Por exemplo… Ás vezes quando sinto só seu perfume ou você me beija segurança a minha cabeça, eu fico… Ou quando está só distraído, sem camisa ou só de toalha… - ele sorri - essas coisas já me deixa. E se você coloca a mão na minha perna… enquanto estamos sentados.

— Entendi agora… Não sabia que isso te deixava.

— Pois é… Não fique usando a seu favor agora! - riem.

— Certo… Vem aqui. - a chama.

— O que foi? - se aproxima.

— Acaricia meu cabelo como sempre faz quando me beija. - coloca as mãos dela sobre seu rosto. Me beija…

 

 

Crava os olhos no dela e fecha-os assim que ela começa beija-lo. A traz para mais perto do seu corpo e assim que ela puxa seu cabelo levemente com as mãos, ri entre seu lábios.

 

 

— Te respondi? - a aperta sobre a bancada.

— Sério…? - sorri. É só puxar seu cabelo? - ri.

— Não só isso… É o seu cheiro tão perto, sua respiração cortada na minha pele, esse gemido que você faz quando beija… Isso tudo. E sem contato fisico também fico… Quando vejo você na banheira ou quando te vejo você tocar violão em casa. Não sei porque, nos shows não sinto, mas em casa… ver você tocar em casa me causa muita coisa… Também tenho que em controlar quando você está se maquiando só de roupão. Enfim… São tantos pequenos momentos que… O que importa é que mesmo com tantos anos você me desperta coisas que nem eu consigo explicar. Você ainda consegue acender tudo isso em mim. Me sinto brincando com fogo…

— Fico feliz com isso… E espero que nunca passe!

— Eu acredito que não irá. E se por algum momento passar, a gente dá um jeito… - pisca para ela. Você precisa me ajudar agora…- olha para baixo.

— Ah não… Estou bem cansada, já disse…- sorri, o provocando.

 

 

Vitor a levanta na bancada do seu closet. Retira a camisola dela e a olha nos olhos.

 

 

— O que quer que eu faça?

— Como assim?

— O que você quer que eu faça primeiro? Te beijo aqui - coloca a dedo nos lábios dela - ou aqui? - toca a intimidade dela.

— Nos dois lugares…

— Ao mesmo tempo é impossível… - pondera.

— Você me beija aqui… - segura o dedo dele na sua boca - e me toca lá…

— Boa… - retira a calcinha dela - Você está bem esperta… Tem certeza que não está vendo alguma coisa por aí? - começa toca-la.

— Vitor… - fecha os olhos, perdendo a respiração. Eu… Não tô vendo nada… - volta olhar para ele - Talvez eu só tenha lido algumas coisas… - repousa as mãos nos ombros dele, se apoiando.

— Lendo? - desliza os dedos para dentro dela. O que?

— Por favor… - tenta beijá-lo.

— Ainda não! - sorri - eu também leio algumas coisas e acho que seria ideal a gente prolongar isso aqui… Você está sempre pronta… Isso é incrível e me excita mais ainda, para sua informação.

— Nem sempre… - eleva o quadril, para se aproximar ainda mais da mão dele - Só com você!

— E por acaso tem outra pessoa? - interrompe os movimentos.

— Não! - ri - eu quis dizer que é só com você…

— Se expressou errado então… - volta toca-la.

— Estou quase lá… - fecha os olhos. Mas queria mais… Por favor… - tenta puxar a cabeça dele.

— Ainda não… Para que tanta pressa?

— Ok… - diz ofegante - então me deixa te tocar também… - leva mão até a intimidade dele.

— Não! - afasta a mão dela. Por favor, se concentra e aproveita…

— Isso não é muito justo!

— Você vai aproveitar ou continuar falando? - a encara.

— Vou aproveitar… - sorri.

— Que bom… - abaixa-se e se coloca sobre as pernas dela.

— Vitor! - se assusta quando ele a puxa. Meu Deus! - se contorce.

 

 

Sente os lábios dele invadindo ela por todo lado, formigando a pele e causando tantos choques internos que ela perde a noção. Seu corpo fica ainda mais quente e o suor começa se misturar ao perfume, como se fossem um.

 

 

 

— Mais rápido! - puxa o cabelo dele. Isso…- sente ele acelerar os movimentos, a levando ao extremo - Caramba! - agarra a beirada da bancada, se esgotando.

 

 

Vitor se levanta e antes que ela abra os olhos por ele ter parado, a beija, insanamente, enquanto a mão toma o lugar de antes, ainda mais ansiosa. A empurra com seu corpo até o fim da bancada, encostando as costas dela no espelho frio, o que faz ela gemer de dor sobre os lábios dele. Não interrompe os movimentos por nenhum segundo, mesmo após sentir ela ser atingida em cheio por um prazer que a faz a cravar as unhas nas costas dele e retrair o corpo inteiro sobre ele.

 

 

— É minha vez! - o empurra, com malícia.

— Primeiro… - volta até ela e a desce da bancada, a virando para frente, para se olhar no espelho. Olha como você fica linda depois de um orgasmo! - sorri - e é essa visão que eu tenho toda vez… - riem.

— Quero ver depois… - sorri - Depois que você me dar mais um só nessa noite! - vira para ele.

— E como vai querer agora?

— Vamos começar se livrando disso! - retira a samba canção dele.

— Isso não é nenhum pouco bonito! - a vê o observando e sorrindo.

— Depende do ponto de vista… - ri. Senta! - o leva até o recamier chaise do closet.

 

 

 

 

O aguarda se sentar e vai atrás dele. Puxa sua cabeça para trás para observá-la e desliza as mãos sobre o peito dele enquanto o beija.

 

 

— Vou poder te dar a escolha do que quero fazer primeiro? Como fez comigo.

— Não! Porque estou mais que pronto… E se você fizer qualquer coisa lá embaixo que não seja cavalgar em mim, vou explodir aqui mesmo. - ela ri.

— Ok… - vai até a frente dele. Então você me quer no seu colo?

— Quero! - sorri. E não demora, por favor…

— Não estou com pressa! - se apoia sobre ele e começa a beija-lo - Vou começar aqui… - puxa o lábio dele com o seu, beijando o logo em seguida de novo. Se afasta da boca e desce para o pescoço - Agora aqui… - passa a língua por toda a extensão do pescoço, escutando o gemer. E mais aqui… - vai descendo até estar de joelhos em frente a ele.

— Pulinha, não… - se dá conta.

— Poxa… Nenhum pouquinho?

— Nada! Por favor… Estou além do meu limite já!

 

 

Ela se levanta e se coloca sobre o colo dele. Com a ajuda dele, sente-o preenchê-la completamente, fazendo com que os choques por todo o corpo retornassem instantaneamente. Em um misto de palavras inapropriadas que diziam e em meio a batimentos cardíacos alterados devido ao ritmo frenético entre os corpos, desabam os dois, colados pelo suor e pela respiração entrecortada.

 

 

— Paula? - escutam chamar.

— Tá de brincadeira? - sussurra, olhando para ela. É minha mãe…

— Paula? - chamam novamente. Você está no closet?

— Shiu…- faz sinal para ela não responder.

— Vitor, ela vai vir aqui! - se levanta, mas ele a segura.

— Vitor? - chama ele dessa vez.

— Ela não vai desistir! - começa rir, levantando com dificuldade. Eu vou lá… - pega um roupão, se veste e vai até o quarto. Oi!

— Oi… - sorri. Estava no banho?

— Não… Ia entrar ainda! Aconteceu algo? - faz um coque no cabelo.

— Você tem algum pijama que possa emprestar pra Carol?

— Claro! Vou pegar… - volta ao closet e encontra Vitor esparramado ainda sobre recamier. Se sua mãe entra aqui…

— Ela vai ver o que ela mesmo gerou!

— Olha… Você é bem gostoso, mas é extremamente convencido! - ri, enquanto pega um conjunto de pijama para a cunhada.

— O que ela quer? - se senta.

— Um pijama para Carol…

— Vou para o banho! - segue até o banheiro.

 

 

 

Entrega o pijama a sogra e retorna ao banheiro, entrando na ducha com ele.

Na manhã seguinte tomam café juntos.

 

 

 

— Bom dia! - chegam.

— Bom dia Leo, bom dia Carol! - sorri.

— Obrigada pelo pijama… Tive um problema com o meu.

— Imagina, se precisar pode pedir!

— Tia Carol você vai ter um neném? - Antônia pergunta.

— Sim! - sorri.

— Vai ser menino ou menina?

— Ainda não sei…

— E os nomes? - questiona Vitória.

— Ainda não sabemos… - Leo responde - Seu pai esgotou todas as possibilidades que eu tinha em mente.

— Eu? - pergunta.

— Sim! Pensava em colocar Maria se fosse menina, mas você já tem uma Maria. Aí pensei em Vitória, você fez uma Vitória.

— Eu sempre quis Antônio, você fez um antes!

— Mas a Paula não colocaria Antônio, colocaria Vitor por sua causa.

— Mas seria Antônio… Por que acha que Antônia é Antônia?

— É sério isso? - interrompe eles. Existem milhares e milhares de nomes, está tudo bem… Vamos achar um importante!

— Sim… Espero que sim.

— Leo, queria conversar com você depois, lá no escritório.

— Se for sobre ontem, melhor não!

— É sobre ontem e vamos conversar. - limpa a boca com um guardanapo, se levantando. Te espero lá! - sai.

 

 

 

 

No escritório Vitor trava um monólogo com Leo. Fala tudo que precisava dizer e até um pouco mais, deixando o irmão sem opção, a não ser escutar. Os dias seguintes passam mais tranquilos, saem para pescar com as crianças e aproveitam melhor a visita. Leo e Carol se despedem no início da semana e todos voltam a rotina.

 

O fim de ano chega e eles resolvem passar na chácara mesmo, trazendo as famílias para curtirem junto. O novo ano se inicia e eles se preparam para receber a visita da Maria, que estava vindo ao Brasil sozinha para ver reencontrar o pai e a família.

 

Continua…

 

 

 


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