12 anos em 12 escrita por 12 anos em 12


Capítulo 171
Capítulo 171 - A traição do WhatsApp




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171

 

No capítulo anterior…

 

Ele sorri e sem pensar duas vezes, a beija enquanto as mãos dançam pelo corpo dela até as alças do sutiã, puxando-as. Entrelaçada sobre os cabelos dele, sente-o beijar seus ombros e o colo, as mãos passear pelo fecho e o sutiã cair pelo seu corpo. Sai da cadeira, ficando em pé na frente dele, o convidando a fazer o mesmo. Excitada ainda mais com os olhos dele sobre os seus, vai até o sofá e se liberta do que ainda a vestia, observando atentamente ele fazer o mesmo e ir até ela, com uma ferocidade que poucas vezes ela viu. E mais uma vez, aquele sofá, naquele estúdio, virou testemunha da fusão de dois corpos sedentos um pelo outro.

 

Continuando…

 

 

— Você comprou o ukulele do Vitor…? - acaricia o corpo dela sobre o seu.

— Fiz pedido na loja que compramos os nossos… Pedi para colocarem o nome dele.

— Você não achou estranho ele não procurar a gente?

— Um pouco… - se aconchega ainda mais sobre o corpo dele. Mas… Eles parecem ter uma ideia bem própria sobre o que a gente é e o que fazemos! Acho que se esquecem ás vezes… Talvez seria bom a gente sentar com eles e mostrar tudo que já fizemos, os dvds, programas de tv, prêmios…

— Não sei… Porque é tão estranho… A gente sempre quis que ninguém nos visse como famosos e quando nossos filhos fazem isso a gente acha esquisito?

— Não é bem isso… - ri. Não é a questão da fama, mas eu queria que eles soubessem que somos músicos, artistas que representam muito para o país, porque eles não tem essa noção.

— É… Vamos fazer isso aos poucos.

 

 

 

Conversam mais sobre os filhos e aproveitam o momento, seguindo para o quarto em seguida. Algumas semanas se passam e Antônia finalmente recebe alta, podendo comparecer ao evento da escola da irmã.

 

 

— Já está pronto? - o vê deitado.

— Só falta uma camisa… - se levanta.

— Pelo amor de Deus Vitor! Já estamos atrasados. Nós nunca vamos na escola - vai até o closet - e quando vamos é sempre atrasados por culpa sua. - pega uma camisa e joga para ele. Se vista logo! - sai furiosa. Vitória, quem te deu isso? - pega o chocolate da mão dela. Você está se sujando! Meu Deus!

— Meu Deus digo eu… Se acalma Paula!

— Me acalmar como? Estamos atrasados e você não colabora dando isso para eles. - coloca na geladeira.

— Foi só um pedaço filha, não vão se sujar!

— Cadê a Francesca?

— Estava aqui… - olha ao redor.

— Ela tá aqui mãe… mexendo nas fotos…

— Filha, não… - pega o álbum da mão dela. Por favor… Não pode amassar! - Francesca começa chorar. Sem choro! - a pega no colo. Sem choro, por favor… Você sabe que não pode! Vitória vai chamar seu pai.

 

 

Antes que ela saia da sala, Vitor chega penteando o cabelo.

 

 

— Cadê a camisa que te dei?

— Ficou larga demais!

— E aí você decidiu colocar seu informe?

— Não estávamos atrasados? - pega a chave do carro. Vamos lá galera!

 

 

Colocam as crianças no carro e seguem caminho, um tanto quanto torturante para ele que vai ouvindo Paula resmungar sobre a roupa que está vestindo, sobre estarem atrasados, sobre o quanto ele é desligado ás vezes.

 

 

— Chegamos, graças a Deus! - retira o cinto.

— Pois é, a Deus mesmo… Porque se fosse graças a você…

— Paula…- coloca a mão no braço dela. Agora deu, né? - ela se esquiva e desce do carro.

 

Retiram as crianças e entram na escola. Vitória fará uma apresentação de patinação e estavam empolgados para ver. Paula arruma a filha e enquanto Vitor e Dulce seguem par procurar um lugar com os outros, ela leva Vitória até a sala para se preparar.

 

 

— Você gostou dessa? - mostra.

— Pode ser mãe!

— Ok… - coloca a meia nela. Agora vou retocar sua maquiagem…- abre a maleta e retira algumas sombras.

— Mãe… Se eu cair, você vai ficar brava?

— Claro que não Vitória! - retoca a sombra da filha. E você não vai cair.

— Mas eu posso cair… Eu não quero que você fale que eu não me esforcei.

 

 

Paula escuta aquelas palavras como um soco no estômago. Guarda a maquiagem e senta-se ao lado da filha.

 

 

— Filha, eu sei que as vezes a mamãe acaba falando umas coisas que pode te confundir. Mas errar, cair, não quer dizer que não se esforçou. Ás vezes acontece mesmo… E você não tem que se preocupar com isso agora, ok?

— Ok… Mas vou tentar não cair!

— Eu amo você e vou te aplaudir de qualquer forma! - sorri.

— Tio Leo veio?

— Acho que não Vivi… - arruma a roupa dela novamente. Mas vou filmar e mandar para ele! - pisca para ela. E por favor, não fale com seu pai sobre a conversa que tivemos.

— Se não ele vai brigar com você porque você fica dizendo que a gente não pode errar!

— Não é bem assim…

— Olá… - a professora se aproxima. Tudo bem Paula? - a cumprimenta. Vamos começar a aquecer…

— Vivi, a mamãe vai te assistir da arquibancada junto com seu pai. Estarei aqui para te pegar quando você terminar. Não esquece que a gente te ama mais que tudo nessa vida e vamos estar com você! - a abraça.

— Vou fazer meu melhor, mãe.

— Você já está fazendo! - a beija. Até mais!

 

 

Aguarda a professora sair com ela e então vai à procura da família, encontrando-os na primeira fileira.

 

 

— Leo! - se surpreende. A Vitória me perguntou se você viria! - o abraça. Ela vai ficar tão feliz! - sorri. Carol não veio?

— Está vindo! Mas só conseguiu voo para mais tarde… Eu vim direto do show de ontem, não ia perder Vivi arrasando! - riem.

— Ela está nervosa? - Vitor a ajuda se sentar.

— Um pouco… - começa encher os olhos.

— Está tudo bem… Ela vai se sair bem.

— Não é esse o problema!

— E o que houve? - começa se preocupar.

— Nada! - enxuga as lágrimas. Vem filha…- pega Francesca no colo.

 

 

As primeiras apresentações começam e Paula não consegue segurar as lágrimas, se sentindo culpada pelas coisas que a filha falou. Tinha consciência que cobrava os filhos, não queria que eles fossem irresponsáveis, que não dessem valor para as oportunidades que tem, mas jamais imaginou que isso afetaria tanto as crianças. O que mais doía era saber que Vitor sempre a alertou sobre a forma de cobrar os filhos e ela ignorou. Ele a observa chorar, mas entende que não deve fazer perguntas.

 

O momento da apresentação de Vitória chega.  A anunciam no microfone e ela entra na arena. Cumprimenta a todos e sorri feliz ao avistar a família na plateia. Se posiciona e em poucos segundos começa rodopiar pela pista. Dulce filma emocionada, enquanto Marisa e Leo aplaude cada passo. Vitor e Paula olham atentos com um misto de medo pelas manobras e felicidade em ver a filha traçando seu caminho. Vibram com a sequência de giros como em final de copa do mundo, só que ao finalizar a manobra, Vitória acaba se desequilibrando e caindo, causando uma reação de todos os presentes.

 

 

Vitor se levanta e sinaliza para ela levantar, puxando uma onda de aplausos para a filha. Paula entrega Francesca para a mãe e vai até a entrada da pista para aguardar Vitória que finaliza a apresentação, agradece ao público e vai até a mãe chorando.

 

 

— Oi! - sorri, abrindo os braços para ela.

— Eu cai! - abraça Paula.

— Você foi muito bem! Nós amamos muito. - a abraça forte. Advinha quem veio te ver? - tenta distrair ela. O tio Leo! - sorri entre as lágrimas. Vamos pegar suas coisas e ir ver ele! - seguem para a sala.

 

 

Retira o patins da filha e guarda na bolsa. A arruma e seguem para onde está o restante da família. Ao ver o pai, corre até ele.

 

 

— VOCÊ FOI ESPETACULAR! - a pega no colo, jogando para o alto. A melhor patinadora do mundo! - abraça forte.

 

 

Vitória recebe os parabéns da família e resolvem sair para comemorar. A caminho de um restaurante, Vitória comenta com o pai sobre a apresentação.

 

 

— Mãe… Me desculpa ter caído!

— Desculpas porque filha? - Vitor encara Paula já sabendo da resposta.

— Vivi… - Paula se vira pra trás. Você foi incrível! - sorri. Eu amei ver você se apresentando minha filha. Não tem que me pedir desculpas… Lembra o que conversamos? Não teria problema se você caísse.

— Mas você não queria que eu caísse.

— Você queria cair?

— Não!

— Então… a mamãe também não, mas aconteceu e está tudo bem.

— O que vocês conversaram? - olha o retrovisor interno aguardando a resposta da filha.

— Nada! - Paula o olha. Não conversamos nada… Apenas disse que amávamos ela.

— Foi isso Vivi?

— Vitor, por favor! - se irrita.

— Depois falamos disso!

 

 

Terminam o trajeto em silêncio. Ao chegarem no restaurante, Leo já está aguardando e ajuda a retirar as crianças do carro do irmão. Adentram o local e seguem para a mesa reservada, fazem os pedidos e as crianças seguem para o espaço kids com Vitor.

 

 

— Por que Diva e as meninas não vieram?

— Não quiseram Marisa… Você sabe como Diva é! Ainda deixei meu carro para que Elias pudesse trazer elas.

— Sim! Mande o vídeo para elas, devem estar ansiosas.

— Acabei de mandar! - sorri.

— Está de férias Leo?

— Por alguns dias… Eu ia pescar, mas aí resolvi vir visitar vocês! - ri.

— Carol chega que horas?

— Lá pelas 23…

— Quando sairmos daqui, vamos direto para o aeroporto e depois para minha casa.

— Mãe, vamos ficar em um hotel!

— Ah, de jeito nenhum! Até parece… Com o tanto de quartos que tem na chácara. Vocês ficam lá… Já avisei para Diva deixar o quarto de vocês arrumado.

— Paula, não tem que se incomodar.

— Não é incômodo! Vou amar porque amanhã tenho companhia para correr…- riem.

— Vitor deveria deixar eles brincando em paz… Se relacionando com outras crianças. - observa.

— O dia que isso acontecer eu mudo meu nome. - diz enquanto mexe no telefone.

— Mandei o vídeo dela patinando para Cíntia - Paula a encara, mas nada diz.

— Vitor… Ela não quer ficar aqui! - ele chega com Francesca chorando. Deixa ela brincar com eles…

— Só tem crianças grandes lá! - se senta.

—  Filho, pelo amor de Deus! - se levanta e pega a neta. Estamos todos vendo daqui! - leva Francesca novamente com os irmãos.

— Por favor! - segura o braço dele evitando que ele se levanta novamente. Só… Por favor… Deixe eles um pouco!

— Vítor… - chama atenção do irmão - poderíamos pescar amanhã! O que acha?

— Você vai ficar aqui?

— Sim, na sua casa! - sorri. Vamos passar uns dias com as crianças.

— Entendi… Vamos sim! - olha para trás, observando os filhos.

 

 

Marisa permanece no espaço kids, pois sabia que havia passado por cima da vontade do filho e retornar a mesa e deixar os netos sozinhos, só pioraria a situação. Leo puxa um assunto atrás do outro, mesmo percebendo que acaba irritando Vitor de tanto falar, só não tinha noção do quanto estava cansando Paula também. A refeição chega, trazem as crianças de volta e as alimenta. Pedem sobremesa, comem e finalizam o jantar.

 

 

— Vou buscar Carol e sigo para a chácara!

— Ok… Vou avisar na portaria para liberarem vocês.

— Podem ir descansar, não precisa esperar a gente!

— Não se preocupe! - pisca para ele.

— Paula… Tudo bem eu ficar na cidade? Ildo está aqui hoje.

— Sim mãe… - mente. Aproveite! - sorri.

 

 

Se despedem e seguem rumo a chácara. Francesca dorme no trajeto e as crianças se entretém assistindo um filme. Na frente o silêncio reina. Vitor não abre a boca e Paula menos ainda. Quando chegam em casa, levam as crianças para tomar banho e deixam a bebê dormir do jeito que estava, para não acordar. Enquanto supervisiona o banho do filho, recebe uma ligação de Marisa.

 

 

— Oi filho… Já chegou?

— Sim! Algum problema?

— Só liguei para me desculpar por hoje. Tenho consciência que não deveria ter levado Francesca de volta.

— Estou tentando acertar. Nem sempre vou conseguir, mas tenho o direito de tentar!

— Vitor…

— Sei que estou neurótico demais com algumas coisas e vou procurar ajuda.

— Não diria neurótico, mas tem coisas que podem ser mais leves!

— Estou tentando.

— Paula não parecia bem, aconteceu algo?

— Ainda não sei, vou conversar com ela depois…

— Não brigue, por favor. Tenha paciência…

— Terei mãe. Preciso desligar, estou dando banho em Vitor…

— Tudo bem! Boa noite e até amanhã… Te amo!

— Te amo, mãe! - desliga.

— Sua mãe? - se aproxima.

— Sim…

— Algum problema para ela ligar agora?

— Nenhum… Só ligou pra pedir desculpas pela situação com a Francesca! - enrola o filho na toalha e o pega no colo.

— Ela fica se preocupando demais… em acabar te chateando.

— Não me chateou.

— Sei… Vou indo pro quarto, tomar um banho. Coloque ele para dormir?

— Sim! - começa secar Vitor.

 

 

 

Ela se despede do filho e segue para seu quarto e após algum tempo ele faz o mesmo, a encontrando já deitada, mexendo no celular. Prepara a banheira e entra, tentando relaxar.

 

 

“WhatsApp On”

 

— Oi, boa noite… Meu nome é Vitor Chaves, te vi na escola de patinação da minha filha hoje e consegui seu número com um amigo em comum. Te achei uma mulher muito bonita e se não for compromissada, poderíamos conversar?

 

“WhatsApp Off”

 

 

Deixa o celular de lado e se concentra no momento, mas logo recebe uma notificação.

 

“WhatsApp On”

 

— Boa noite… Vitor Chaves? Da dupla Victor e Leo? Você realmente quer que eu acredite nisso?

— Sim… Ele mesmo. Posso te mandar uma foto se preferir ou podemos nos encontrar para nos conhecermos melhor… Realmente fiquei interessado em você.

— Você sabe meu nome?

— Não… Poderia me dizer?

— Melhor não…

— É compromissada?

— Meio que enrolada… Mas você não era casado?

— Era?

— Hum… Me manda uma foto para mim saber com quem realmente estou falando?

— Claro… - tira uma selfie na banheira e manda. Pronto…

— Você quer me encontrar ainda hoje?

— Sim! Quer que eu passe o endereço?

— Mas já vai querer me ver, sem sequer saber meu nome?

— kkkkkk… não preciso do nome para fazer o que eu quero!

— Sei… Onde posso te encontrar então?

— Me manda foto sua para saber exatamente onde você está…?

— Não estou vestida apropriadamente para poder mandar uma foto… Afinal, já são quase 2 horas da manhã e eu geralmente gosto de dormir nua.

— Nem nos conhecemos e você já me conta tantas intimidades assim?

— Não gosta desse tipo de mulher? Nem nos conhecemos e você já me mandou uma foto na banheira e não me respondeu se está casado ou não!

— Vamos nos ver e eu te conto, no pé do ouvido, se sou ou não…

— Não acho que eu sirva para amante!

— Não quero que seja uma. Não estamos falando sobre relacionamento… Apenas um encontro casual!

— Você costuma fazer isso?

— Não! Mas eu quis hoje… Quando vi você. Estava acompanhando alguém? É mãe?

— Sim… Sou mãe. E a mãe da sua filha, estava lá?

— Acho que sim…

— Acho?

— Não quero falar sobre isso! Podemos ou não nos ver?

— Ainda estou pensando… Acho muito arriscado sair a essa hora.

— Creio que não estamos longe. Vamos supor que cada minuto equivale a 01 passo… Estou há 20 minutos de você. Posso te aguardar?

 

“WhatsApp Off”

 

Coloca o telefone no chão e fixa os olhos na porta.

 

 

— Você anda espertinho, né? - abre a porta do banheiro. Fugindo de me dizer um nome só para não se comprometer!

— Eu não sei do que você está falando! - sorri.

— Encontro casual… Foto na banheira… Falar ao pé do ouvido… — retira a camisola.

— Você disse que estava nua…- estende a mão para ela entrar.

— Eu não queria é acender a luz para mandar foto! - entra na banheira. Então você é mesmo o Vitor, da dupla Victor e Leo… - sente as mãos dele nas suas costas, massageando.

— Viu só? - beija o pescoço dela. Não menti!

— Hum… - se delícia com o gesto. Pode me dizer agora se é casado…?

— Sou casado com a mulher mais bonita e gostosa que já conheci na vida… E eu amo muitas coisas, mas principalmente, fazer amor com ela… - sussurra no ouvido dela.

— Ela também ama… - sorri.

 

 

Se coloca de frente , envolvendo suas mãos sobre o rosto dele, entregando-se a um beijo que suprimia até a alma. As línguas passeiam uma pelo interior da outra. As mãos seguram firme a pele, imprimindo a digital de um, no outro.

 

Vitor molha os cabelos de Paula, aproveitando aos mãos para passear sobre o rosto dela, detalhe por detalhe, em um gesto de carinho genuíno. Vai descendo aos poucos, na medida em que a vê e a sente mais entregue a ele. Sem se dar conta do tempo, a tem em seu colo, colando seu peito junto aos seios dela, a sua boca sobre o pescoço dela. Sussurra gemidos ao pé do seu ouvido quando a sente navegar as mãos sobre seu corpo, parando sobre sua intimidade com delicadeza e ao mesmo tempo ferocidade. Rapidamente puxa a mão dela, entrelaçando a sua e coloca-as entre os dois, enquanto a outra a segura pela cintura. Em um ato de desespero e tesão, a pressiona sobre si e a investe, fazendo com que ela rasgue suas costas com as unhas para depositar tudo que estava sentindo.

 

A cada investida é como se houvessem cavalos galopando dentro do peito que a qualquer momento romperiam a barreira da pele e explodiriam sobre eles. Ele solta a mão dela, para que ela possa se posicionar melhor para sentir tudo que ele queria oferecer. Sem pensar, ela agarra as bordas da banheira e o observa se retirar dela ao mesmo tempo que  bebe do teu corpo, levando os lábios de um lado para o outro dos seus seios, dos seus ombros, braços e pescoço. Mas nada se compara a explosão de sensações dentro de si, quando sente a mão dele explorar sua intimidade… Nesse instante sente-se agradecida pelo quarto possuir isolamento acústico e então solva a voz clamando para que ele vá além.

 

 

Ao senti-la pronta para recebe-lo novamente, gruda seu corpo sobre o dela, apoiando as mãos nas suas costas para segura-la quando a preenche novamente. A traz para cima de si e a permite o cavalgar, se entregando aquele momento não só de corpo, mas totalmente de alma também.

 

Clama por ela, a deixa saber o quanto está entorpecido pelo momento, pelo corpo dela deslizando sobre o dele, chocando a intimidade dela a sua, se transformando em um só corpo, controlando ao máximo o ápice daquele instante, para que possam aproveitar cada segundo intensamente até o momento que não conseguem mais e fundem as almas e a respiração ofegante, o suor misturado a água da banheira e o cheiro inebriante dos sais de banho, grudados na pele.

 

Vitor a apoia sobre seu peito, acariciando suas costas. Buscam a sanidade enquanto equilibram a respiração.

 

 

— Pulinha…- ainda ofegante - tudo bem? Ficou quieta do nada…

— Tô aqui pensando… - se levanta do corpo dele e o olha - qual planeta habitamos hoje…?

— Júpiter! - ri.

— Hum… Acho que demos uma passada por Saturno também! - sorri. Eu me sinto tão confortável e feliz ao mesmo tempo nessa vida… de um jeito que não achei que seria possível antes.

— Quando eu meti o pé em tudo…

— Talvez…

— É… - se chateia.

— Você não queria nada sério comigo… Porque com outras você teve!

— Pulinha… Não foi isso! Por que a gente está lembrando disso agora? - diz triste. Nós namoramos e só sabíamos brigar por tudo… Não queria que acabássemos com o que restava da gente. Era muito complicada nossa relação naquela época, existia pressão dos dois lados no auge de tudo… Parece que a vida só colocou a gente junto nos momentos em que a gente não poderia estar juntos, como um teste de resistência mesmo…

— Calma… - ri. Não estou chateada! Eu enxergo o mesmo que você… - se aproxima. Não era tempo todas aquelas vezes, mas agora foi… E que bom que só agora… Nós estamos mais maduros e sem pressões externas, agora somos nós somente que comandamos nossa vida e principalmente nosso tempo.

— Sim…

— Vitor… desfaz essa cara!

— Estou normal! - a olha.

— Não está! Eu só fiz um comentário... Sobre o quanto amo o que a gente vive hoje e só vivemos isso porque passamos pelo que passamos, você mesmo sempre disse isso.

— É…

— Vitor! - ri. Você é muito emburrado… depois fala que Vitória parece comigo! Por falar nela… Amanhã tem reunião na escola, eu vou e você fica com Leo… Ou você quer ir?

— Vamos nós dois… minha mãe vem e fica com ele enquanto estamos fora!

— Tá bom… Preciso ver se eles chegaram… - se levanta. Vamos? - o chama.

— Vou ficar mais um tempo por aqui…

— Vitor…- respira fundo. Olha… Eu jamais teria te amado por toda a minha vida se você tivesse me feito mal. É claro que sofri quando partimos um da vida do outro… e eu também acredito no quanto você sofreu. Mas nada nesse mundo e nem ninguém apagou o que você deixou em mim… Não quis te deixar assim, eu fui fazer um comentário em forma de brincadeira… Só isso! - sai da banheira e pega o roupão.

— Está tudo bem… Só quero ficar mais um pouco aqui.

— Ok… - se retira.

 

 

 

Coloca seu pijama novamente e vai para a cozinha fazer um chá, aguardando Leo chegar para mostrar o quarto, o que não demora.

 

 

 

— Oi… - cumprimenta. Seja bem vinda! - riem.

— O voo atrasou devido ao tempo… Esqueci de te ligar para não esperar a gente. - entra com as malas.

— Está tudo bem, não foi incômodo nenhum. Eu fiz um chá… Vocês querem? Tem bolachinha da tia Leia.

— Vou querer…

— Venham… Deixa a mala aí que depois pegamos!

 

 

Sentam-se na cozinha e conversam sobre o que querem fazer nos dias que estarão ali. Vitor chega e se junta a eles.

 

 

— Podemos ir pescar amanhã?

— A tarde, sim! De manhã temos reunião da Vitória.

— Mas Marisa vem fazer companhia para vocês enquanto estivermos lá, será rápido. De qualquer forma aproveitem a chácara… tem muitos cavalos para cavalgar! - sorri.

 

 

Conversam mais um tempo e logo em seguida seguem para se deitar. No outro dia pela manhã, Paula e Vitor vão para o colégio, permitido que as crianças faltem para ficar um dia com o tio.

 

 

— Paula! - se surpreende ao ver ela.

— Oi Marcos! - o cumprimenta.

— Como você está?

— Estou bem, graças a Deus! Você que está no comando hoje? - ri.

— Os outros professores estão chegando… Mas se acomodem, por favor. É um prazer te conhecer Vitor! - cumprimenta ele.

— Todo meu! - sorri. Vitória fala muito bem de você.

— Que bom! - ri.

 

Sentam-se assim que os outros professores chegam. Começam a falar sobre os novos projetos da escola, agradecem a presença dos pais e falam de aluno por aluno. Ao falarem de Vitória, acabam assustando Paula e Vitor, já que não esperavam uma queda nas notas da filha. São questionados pelos professores se está havendo algo que tem tirado a atenção dela, pois era um fato atípico ela ir mal. Eles escutam atentos e garantem que irão averiguar para que não se repita mais. A reunião termina e eles saem de lá arrasados.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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