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Capítulo 163
Capítulo 163 - NOVOS ARES




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Ela termina de se arrumar, se despedem dos filhos e seguem até o restaurante. São recepcionados e no caminho para a mesa, surpreendidos ao reconhecerem rostos familiares, causando tensão!

 

 

— Oi! - olha-os. Que surpresa! - se levanta e os cumprimenta.

— Oi Carol! - sorri. Como você está?

— Estou bem! - vai até Paula. Você está linda! Aliás, é sempre linda.

— Muito obrigada Carol! - a abraça com carinho.

— Oi Leo! - cumprimenta o irmão. Como está?

— Estou bem e você?

— Também!

— Paula! - cumprimenta de longe.

— Oi! - sorri.

— Sentam com a gente! - se senta.

— Carol, muito obrigada pelo convite! Mas temos uma mesa reservada... E não queremos incomodar.

— Como estão as crianças?

— Ótimas! - sorri.

— Vitória está falante como sempre? Ou você - olha para Paula - tem ensinado ela falar coisas? - ri.

— Leo...- Vítor pondera.

— Vou me sentar! - coloca a mão no ombro do Vitor informando. Carol, foi um prazer revê-la! Espero que em breve possamos sair juntas.

— Vai ser um prazer Paula! - sorri.

— Licença! - se retira até a mesa.

— Você está passando dos limites! Não precisa disso Leo...- Vitor o encara e se retira em seguida.

 

 

 

Chega a mesa e Paula está com a cartela de vinhos.

 

 

— Quer tomar um vinho? Pensei nesse...- mostra para ele.

— Você está bem?

— Estou! E sugiro que você não interfira nisso. Ele é seu irmão e o problema dele é comigo.

— Você deixaria de interferir se fosse eu e o seu irmão?

— É diferen...

— Não! Não é! - interrompe. Enfim... Não vamos estragar nosso jantar. Pode ser esse aí mesmo...

— Então faça as harmonizações!

— O que você quer comer? Carne, peixe?

— Peixe! Quero algo leve.

 

 

Vitor harmoniza os pratos e fazem os pedidos.

 

 

— O vinho...- um garçom os serve.

— Muito obrigado! - sorri.

— Imagina! - se retira.

— Vamos brindar! - segura a taça.

— O que você quer brindar? - sorri.

— A minha esposa linda, que eu amo! - ri.

— Ah... - ri - Muito obrigada! Me sinto lisonjeada. - riem. Mas vamos brindar a nós dois... e ao nosso amor! - brindam.

— Vou sentar mais perto! - leva sua cadeira próximo a ela.

 

 

Se divertem conversando sobre histórias do passado, piadas e lembranças das peripécias dos filhos. Os pratos chegam e se servem.

 

 

— Está maravilhoso! Quer? - coloca um pouco no garfo e dá na boca dela - Toma o vinho em seguida! Fica ótimo.

— Hum... - bebe o vinho. Que delícia!

— Sabe o que eu estava pensando?

— O que? - come.

— Que poderia ter só nós dois aqui...

— Uai! - limpa a boca - Que diferença faria? Estamos bem confortáveis aqui e não tem quase ninguém...

— Mas eu queria fazer algo que as outras pessoas não precisariam ver!

— Lá vem! - começa rir. Deixa eu adivinhar... - o observa - queria nós dois aqui nessa mesa?

— Nus! De preferência! - riem. Está vendo como somos conectados? - sorri.

— Você é um safado! - ri. E estou sem calcinha! - sorri.

— Eu que sou? - riem.

 

 

Na outra mesa, distante deles, Leo os observa.

 

 

— Não sei o que acontece!

— Eu sei! Você implica com ela. Por que? Ela faz seu irmão feliz, eles estão felizes...

— Eu sei! Mas ela é irritante. Ela se mete em tudo.

— No que? No que ela se mete?

— Nas decisões!

— Leo... Por favor! Parece que você não quer dar o braço a torcer que ela é uma excelente pessoa.

— Eu sei que ela é! A admiro muito.

— Então não entendo...

— Carol, esquece...

— Não! Ela sempre me tratou bem. Eu entendi o que aconteceu no Natal. Não tive problema com isso. Quem está tendo problema é você! Então quero entender...

— Éramos muito ligados! Irmãos praticamente. Sempre protegi ela. Não sei onde a gente se perdeu...

— Então faça o seguinte... Procure ela, conversem. Chega disso! Eu quero poder fazer um jantar com eles, quero poder conhecer melhor seus sobrinhos. Por favor...

— Vou pensar!

 

 

Paula e Vitor terminam o jantar e pedem a sobremesa.

 

— Vou ao banheiro, amor! - se levanta. Já venho!

— Está sentindo algo?

— Não! - ri - Só quero fazer xixi mesmo!

 

 

Enquanto ele sai, ela aproveita e conversa com a mãe para saber das crianças e não percebe a chegada de um rapaz.

 

 

— Tem alguém?

— Oi? - se assusta.

— Perguntei se tem alguém sentado com você?

— Quem é você? - estranha.

— Talvez o seu futuro marido? - senta.

— Então...- começa rir ao ver Vitor retornando.

— Oi...- observa a situação. Temos companhia?

— Ah...- fica sem graça.

— Quem é você?

— Diz ele que talvez seria meu futuro marido! - olha para Vitor.

— Sério? - riem. Poderia se levantar?

— Desculpa! - se levanta rápido.

— Ela é minha esposa! - sorri. E estamos jantando... Seria importante que você não abordasse mulheres assim! - se senta. Eu sou bem tranquilo, mas tem caras que não são.

— Me desculpe pela intromissão! - se retira.

— Abusado, hein?

— Fiquei tão perdida! - ri. Nunca mais tinha sido abordada assim...

— Aconteceu algo? - Leo chega preocupado. Vi que um rapaz sentou aqui! Ele te incomodou? - pergunta a Paula. Só vi agora ele se levantando! O que ele queria aqui?

— Nada Leo! Só abordou a Paula... Mas cheguei e ele saiu.

— Eu conheço ele! Vou falar com ele depois.

— Não precisa! Está tudo bem. Estamos é rindo da situação.

— Não deveriam! O que ele fez foi inadmissível.

— Sim, foi! Mas não precisamos brigar por isso. Querem sentar?

— Não, já estamos indo... Qualquer coisa me liguem!

— Tchau! Foi um prazer ver vocês de novo. - sorri.

— Igualmente Carol! - sorri e os observa se distanciar.

— Não entendi nada!

— Ele está tentando um jeito de se aproximar de você. Sabe que errou! - come mais um pouco de sobremesa.

— Vamos também?

— Sim! - limpa a boca. Vou só pagar e nós vamos!

 

 

Chamam o maître e agradecem a recepção. No caminho para o estacionamento, Paula pede para Vitor tirar uma foto dela.

 

 

— Está tudo bem em casa?

— Sim! Só Francesca que vai mamar daqui a pouco.

— Entendi!

— Por que? - coloca o cinto.

— Nada! - liga o carro e saem do estacionamento.

 

 

No caminho para casa, vão cantarolando de Almir Sater a Coldplay.

 

 

— Poderíamos ir para Campos!

— Quando?

— Quando a pandemia der uma acalmada!

— Sim! Seria bacana. Aproveitar aquele friozinho delícia! - sorri.

— Com uma chuvinha, vinho, chocolate e sexo!

— Vitor! - riem. Hoje foi muito gostoso! Deveríamos fazer isso sempre que possível...

— Sim! - sorri. Tirando o fato do Leo ser um pouco inconveniente.

— Ele não foi... Pelo menos não me afetou!

— Menos mal! - coloca a mão na coxa dela.

— Presta atenção na estrada! - o adverte.

— Estou prestando!

— Vou postar essa foto!

 

 

Na rede social, publica a imagem tirada por ele.

 

 

 

Registro de uma noite super gostosa ao lado do meu branquinho! ✨♥️ #meuamordavida #noitemaravilhosa #encontros 

Copie o link e cole no navegador para ver a imagem: https://amordeborboleta.tumblr.com/post/653196517584306176/registro-de-uma-noite-super-gostosa-ao-lado-do-meu

 

Chegam na fazenda e ele estaciona o carro.

 

 

— Pulinha...- desliga o automóvel.

— Oi? - retira o cinto. Francesca deve estar acordada! - olha a hora no celular.

— Sobre isso mesmo...

— O que tem? - começa recolher os pertences.

— Vamos ficar aqui um pouquinho! - vira-se para ela. Quando entrarmos lá, teremos muita coisa para fazer, para se preocupar! Quando você terminar de amamentar e eu conseguir colocar a bebê para dormir, provavelmente Antônia ou Vítor irão acordar e será hora de dar água para eles, colocar no banheiro e fazer dormir de novo. Então, vamos só ficar mais um pouquinho aqui?

— Meu amor...- sorri - podemos deixar eles dormindo com a minha mãe ainda.

— Não... Assim que entrarmos ela vai aparecer com algum deles no colo!

— Isso é! - ri. Mas o quer fazer? Só ficar aqui?

— É! - coloca música para tocar.

— Ou... poderíamos fazer o que íamos fazer lá dentro!

— Colocar as crianças para dormir?

— Não! - riem. Brincar um pouquinho...- leva as mãos aos botões da camisa dele.

— Não é uma má ideia! - sorri.

 

 

 

Ele abaixa o banco do carro e a ajuda vir em seu colo. Paula retira a camisa dele e pede ajuda para retirar seu macacão. Em poucos minutos, sem qualquer peça que os atrapalhe, deslizam as mãos pelos corpos suados.

Ela se ajeita sobre o colo dele e o ama, sentindo-se tão amada quanto qualquer adolescente em seu primeiro amor. E ali pareciam, dois jovens que acabaram de se apaixonar e de conhecer os prazeres que a paixão oferece.

 

 

— Estou mentalizando o quanto seria bom se pudéssemos entrar e ir direto para nossa cama terminar isso aqui! - riem.

— Quando carros deixaram de ser confortáveis, né? - sai de cima dele. Por mais que tenha sido bom! - pisca para ele.

— Foi maravilhoso... Mas não se compara a nossa cama! - puxa sua calça, vestindo-a.

— Ou as nossas mesas! - ri.

— Sim! - ri - Vamos colocar uma mesa no nosso quarto?

— Tem certeza? Não vai preferir a cama?

— Não! Confesso que prefiro a mesa! - se aproxima dela e a beija, profundamente.

— A gente precisa entrar, né? - o observa.

— Sim! - sorri. Mas foi ótimo! Eu te amo! - beija-a novamente.

 

 

Paula veste a camisa que tirou dele. Recolhe sua roupa e seus pertences e junto dele entram na casa. Enquanto ele vai para a cozinha pegar água, ela encontra  Dulce na sala com Francesca nos braços.

 

 

— Eu nem vou perguntar onde fizeram isso! - os vê.

— É melhor! - pega a filha.

— Ela já mamou... Só estava tentando fazer dormir!

— Mamãe chegou, amor! - aconchega a filha em seus braços. Vamos mimir? Boa noite, mamãe...- beija Dulce.

— Boa noite! Durmam com Deus! - a abençoa.

 

 

 

Dulce vai na cozinha e vê o genro comendo pudim com a geladeira aberta.

 

 

— Ainda bem que é você quem paga a conta!

— DULCE! - se assusta. Meu Deus! - fecha a geladeira.

— Pensei que você estaria com o macacão da Paula! - ri.

— Tentei colocar, mas não coube! Culpa do pudim.

— Sei! - riem.

— As crianças estão bem? - bebe água.

— Sim! Só Francesca que não queria dormir. Já entreguei para Paula.

— Ok... - limpa a boca. Vou até lá fazê-la dormir. Paula trabalhou muito hoje... - pega uma jarra de água. Está muito cansada!

— Tudo bem! Durma com Deus!

— Amém! - vai saindo.

— Vitor? - o chama.

— Oi...? - retorna.

— Eu fico muito feliz quando a vejo feliz. Quando a vejo ser ela e poder se sentir bem e tendo tudo que merece...

— Dulce... - se aproxima. Eu fiz algo? - não entende. Porque...

— Está fazendo! - sorri. Você está fazendo ela feliz! Nunca neguei que fiquei com um pé atrás quando vocês voltaram... Até porque ela já tinha sofrido demais, principalmente por você. Mas você só se mostra alguém disposto a ser feliz com ela... Ás vezes eu brinco com as peripécias de vocês que resultam sempre em um neto, mas a verdade é que é lindo ver o quanto vocês compartilham a intimidade de vocês de forma tão simples e repleta de amor! Sejam assim... Sempre! Vivam, se relacionem quando quiserem, onde quiserem... Vocês dois são especiais!

 

 

Ele sorri e se aproxima dela, coloca a jarra na ilha e a abraça.

 

 

— Boa noite! - a beija e vai para o quarto. Paula? - entra.

— Shiu! - vem do closet até ele. Francesca dormiu! Se fizer um barulhinho ela acordará - sussurra apontando para a filha na cama.

— Por que não a colocou no quarto dela?

— Fiquei com medo dela não dormir! Estou cansada demais para ficar tentando fazer ela dormir lá...

— Vou tomar um banho e levar ela para o quartinho dela.

 

 

Toma seu banho e ao sair encontra Paula já dormindo. Pega a filha no colo e leva-a até seu quarto. Retorna ao seu e deita-se com ela. No outro dia, logo pela manhã, são acordados pelo filho.

 

 

— Oi! - se assusta ao ver ele.

— Pai, posso comer bolacha recheada?

— Que horas são? - pega o celular e vê.

— Estou com fome, papai.

— 6:30 ainda... Meu filho...- senta-se na cama. Comer bolacha a essa hora?

— Didi não chegou ainda.

— Sim... Daqui a pouco ela chega.

— Posso comer?

— Vou fazer um leite para você. - levanta-se.

 

 

Na cozinha sentam-se os dois e ele prepara o leite para o filho que logo em seguida retorna ao quarto com sono. Vai para o seu e já não encontra Paula na cama.

 

— Oi... Já levantou?

— Dormi o suficiente! Onde estava?

— Vitor quis comer algo. Disse que estava com fome!

— Entendi! - ri. Quer entrar?

— Vou aceitar...- sorri. Vou trocar a porta...- tranca. E pronto...- retira a roupa.

— Está aprendendo! - ri.

— Viu só? - riem. Com 4 a gente aprende...

 

 

 

Algumas horas mais tarde, enquanto Vitor finaliza alguns compromissos no escritório e Paula faz reuniões com a banda e produtores; as mães cuidam das crianças.

 

 

— Terminei! - surge na sala. Estamos sobrecarregando vocês! - pega Francesca. Mas vamos nos organizar melhor...

— Está tudo bem querida! O importante é vocês trabalharem e eles estarem bem cuidados.

— Ainda assim... Não é justo! Você e minha mãe tem a vida de vocês. Me ajude a achar uma babá? Você conhece pessoas, pode me ajudar?

— Ajudo sim! - sorri. Mas, não faça isso pensando que não quero cuidar deles...

— Sim! Ainda precisarei de você. - riem.

 

 

 

Ela vai até Vitor que ainda está imerso na tela do computador.

 

 

— Vai demorar? Preciso dar banho em todos e fazer o jantar!

— Cadê minha mãe? E a sua?

— Estão vivendo já que passaram o dia cuidando de todos. - leva Francesca para ele. Fica com ela! - sai.

— Oi filha...- olha para a bebê. Vamos ficar aqui um pouquinho!

 

 

 

Com a mãe, banha os filhos mais velhos e começa preparar o jantar em seguida.

 

 

— Olha...- mostra o celular para Paula - é uma boa candidata para babá! Falei com a Simone, uma amiga e ela me indicou... Cuidou dos netos dela!

— Sim! Será que ela consegue vir em uma entrevista?

— Vou agendar!

— Você não tinha uma reunião agora noite?

— Tenho! - olha o relógio - MEU DEUS! - lava as mãos. Estou atrasada! - sai correndo. OLHA O MACARRÃO!

 

 

Os dias passam na correria. Lucy e Lidi retornam ao trabalho e eles desistem da contratação de uma nova babá. Chega o aniversário de Vitória e eles preparam um jantar para a família.

 

 

— Mãe, estou pronta! - chega ao quarto.

— Você está linda! - sorri.

— Meu tio Leo vem?

— Eu acho que sim filha... Mas se ele não vier, não fique triste! Ele deve ter algum compromisso.

— Mas um compromisso no mesmo dia do meu niver? - fica brava.

— Vitória...- não sabe o que dizer. Vamos tirar uma foto sua! - pega o celular.

 

 

Paula a fotografa e manda no grupo da família para que Leo possa ver.

Vitória sai do quarto e Paula resolve ir até Vitor para saber do cunhado.

 

 

— Amor? - chama-o.

— Oi!? Entra!

— Oi… - entra. Vitória fica perguntando do Leo… Ele comentou algo com você se viria?

— Não sei! Mas depois ligo pra ele.

— Certo!

— Você já está pronta?

— Falta o vestido! Estou esperando Francesca mamar…

— Ok! - desliga a ducha. Não estou tão atrasado então.

— Está sim! - se olha no espelho.

— Me passa a toalha! - abre o box.

— Aqui! - entrega - Está emagrecendo? Para que? Quem te autorizou emagrecer?

— Você está louca? - encara ela.

— Não fala assim que te dou na cara! - riem. Você está emagrecendo! - aperta a barriga dele. Pode parar! Já tenho trabalho com você sendo barrigudinho, imagina magro.

— Não tenho culpa que nasci doce!

— Vitor… Não provoca! - avisa.

— Você quer como? Gordinho ou magrinho?

— Quero só suas coisinhas. Não importa como!

— Vou pensar se lhe darei! - riem.

 

 

Ele se ajeita e a ajuda com o vestido. Na sala de jantar encontram os filhos com algumas pessoas da família.

 

 

Oi!! - abraça. Que bom que veio, tia!

 

Cumprimentam todos e começam interagir. Em determinado momento, enquanto conversava com primas do Vitor, é supreendida por Vitória gritando de alegria.

 

 

— MÃE! - olha para ela - TIO LEO VEIO!

— Que ótimo filha! - sorri, feliz pela alegria dela ao ver o tio se aproximar. Vai até lá recebê-lo!

— Vem…- Vitor passa por ela e a leva junto. Vamos recepcionar!

— VIVI! - a pega no colo. Estou muito feliz por sua vida, meu amor.

— Carol! - Paula vai até ela - Obrigada por vir! Seja bem vinda a minha casa.

— Paula… Que lugar mais lindo! - sorri.

 

 

Se cumprimentam e adentram a casa até o local da pequena comemoração. Vitória se entusiasma com a presença de todos e após o parabéns, leva Carol para conhecer seu quarto.

 

 

— É lindo demais, Vitória!

— Sim! - sorri. Olha meus livros…- mostra.

— Você já lê?

— Sim! Meu pai me ensinou quando eu tinha 4 anos.

— Que legal!

— Vem conhecer do meus irmãos! - pega na mão dela.

 

 

 

Leva para conhecer cada um dos outros quartos, até o dos pais. Carol se encanta por ela ainda mais.

Na sala, enquanto recolhe os presentes com Vitor, Paula sente Leo se aproximar.

 

 

— Podemos conversar?

— Claro! - se surpreende. Vamos lá fora!

 

 

Caminham até o lado de fora e Vitor fica da sala observando.

 

 

— Me desculpa por estar sendo grosso e mal educado com você nos últimos tempos! Você é uma pessoa muito especial, faz meu irmão feliz, me deu lindos sobrinhos que amo tanto quanto meus filhos e sempre foi uma irmã querida para mim! Sei que tudo que fez foi para querer proteger Vítor e jamais afastá-lo.

— Leo, se alguma vez você pensou que eu fizesse qualquer coisa para afastar Vítor de você, foi loucura! Eu sempre pedi que ele estivesse sempre próximo de você e nunca longe! Sempre quis estreitar a relação de vocês cada vez mais quando brigavam.

— Hoje eu sei!

— Me desculpa se te ofendi!

— Não me ofendeu! Só me enfureci com você sem razão.

— Sim!

— Me desculpa! - estende a mão para ela.

 

 

 

Paula afasta a mão dele e o abraça.

 

 

— E eu adoro a Carol! Ela é linda, inteligente, carinhosa e extremamente dedicada. Quero que seja feliz.

— Estou sendo! - sorri.

 

 

 

Entram novamente e a noite termina mais leve para todos.

No Instagram Paula agradece pelos stories a todas as mensagens de amor para a filha e mostra um pouquinho da decoração da mesa. Fala da importância de Vitória na vida dela e finaliza o dia se despedindo dos seguidores.

Uma semana depois e o aniversário de Vitor se aproxima. Ela e Marisa combinam um pequeno jantar na casa do Leo, para ser supresa para o marido.

 

 

— Carol vai decorar a mesa!

— Que ótimo! - sorri.

— O que vai dar de presente a ele?

— Segredo! - ri.

 

 

Ele se aproxima e elas mudam de assunto.

Paula comprou um carro para Vitor, que havia trocado o seu por um inferior para que ela ficasse com o dele maior. Pediu que entregassem o presente no dia do aniversário, logo pela manhã. Além do carro, reservou um quarto em um pousada em Nova Lima para passarem um final de semana sozinhos.

 

Já no quarto, finalizando os últimos detalhes pelo telefone, é surpreendida por ele.

 

 

— Oi! - desliga.

— Quem era?

— Carol! Estava combinando com ela de sairmos juntas amanhã.

— Sair no meu aniversário?

— Uai, amor! - ri - É seu aniversário, mas ainda tenho compromissos… Infelizmente não posso ficar o dia todo deitada com você! - se aproxima.

— Era esse o presente que eu queria!

— Ficar deitado? - enlaça seus braços sobre o pescoço dele.

— Ficar juntinho com você o dia todo! Deitado, porém sem dormir! - pisca para ela.

— Safado! - riem.

— Estava vendo umas coisas aqui… Nos EUA as coisas estão bem mais tranquilas, poderíamos viajar.

— Quando?

— Não sei… Estava só lendo as notícias sobre a vacinação lá e pensei nisso.

— Mas tenho medo de viajar com as crianças, Vi…

— Mas não pensei das crianças irem! Elas não sairão daqui por nada enquanto não forem vacinadas. Iríamos só nós dois, uma nova lua de mel! - sorri.

— Gostei! - sorri. Vamos pensar direitinho…- beija-o. Quer sair para jantar amanhã?

— Pensei que faria algo para mim como ano passado!

— Vi… Você nunca se importa!  Não consegui me programar! - mente - Vai ficar triste? Está tudo tão corrido, amor… Mas, vamos sair para jantar. Prometo te recompensar! - sorri.

— Está tudo bem, pequena! - a acaricia. Jantamos em casa com nossos filhotes.

— Quer chamar alguém?

— Não! Preciso sair… - beija-a. Vou na cidade assinar uns contratos!

 

 

Ele se retira e ela ri sozinha. O dia passa agitado, com as crianças perguntando o que farão para o pai e Paula desviando do assunto para não acabar contando da surpresa. Os entretém pedindo que façam um desenho. Na noite Marisa serve um jantar para todos e seguem para seus quartos.

 

 

— Francesca capotou! - chega no quarto.

— Ainda me dói deixar ela dormir lá! - passa seu creme.

— É necessário, Pulinha! - coloca as mãos sobre os ombros dela. Está cheirosa! - beija seu pescoço.

— Obrigada! - sorri. Vai tomar um banho para assistirmos nossa série!

— Vou! - segue para o banheiro.

 

 

Ela segue até a cozinha e separa um vinho, as taças e a tábua com frutas e fondue. Retorna ao quarto, deixa tudo preparado na cama e o aguarda sair do banho.

 

 

— Uai! - ele sai do banheiro e vê. Que lindo! - ri.

— É sua vida! Precisamos comemorar - sorri. Não consegui preparar algo mais especial, mas ao menos isso eu consegui.

— Isso é mais do que suficiente! Mais do que mereço, amor… - sorri, se aproximando dela. Te amo! - beijam-se.

 

 

Vitor a envolve um beijo ardente, escorregando suas mãos sobre o corpo pequeno dela.

 

 

— Vamos assistir! - o interrompe. Precisamos comer as frutas! - ri. Temos a noite toda! Mamãe olhará Francesca.

— Tudo bem! - sorri.

 

 

 

Vai ao closet e termina de se secar, ficando de roupão. Assistem a série enquanto comem o chocolate com as frutas.

 

 

— Você me ama mesmo, ne?

— Por que a pergunta? - ri dele.

— Para deixar eu comer em cima da cama…

— Você derrubou? - fecha a cara.

— Não! - ri.

— Não derruba! Troquei todo o jogo de cama hoje.

— Por que trocou? Se íamos sujar.

— Não vamos sujar! Você vai comer direitinho.

— Não garanto!

 

 

 

Satisfeitos do fondue, seguem apenas com o vinho e carícias.

 

 

— Lembra o que aconteceu há um ano?

— Não! O que?

— Seu peixe queimou…

— Ah Vitor, me poupe dessa lembrança! - riem. Você broxou também nesse dia!

— Precisava lembrar disso? - belisca dela.

— Estou brincando, amor…- ri. No outro dia você funcionou muito bem… - sorri.

— Uhum… Está bem!

— Por falar nisso…- coloca a taça na mesa de cabeceira. Me dê a sua…- pega a dele e faz o mesmo. Preparei uma massagem para você! - sorri, subindo no colo dele.

— Uma massagem? - sorri. Gostei…

— Sim! - abre o roupão dele. Quer desligar a tv?

— Vamos fazer diferente…- pega o controle. O que quer ouvir? - a olha.

— Pode escolher! - acaricia ele.

— Budapest…

— Georga Ezra! - sorri alegre.

— Eu amo…

— Eu também! -

— Só não amo mais do que amo você!

— Você é tão fofinho ás vezes… Até finjo que não tem segundas intenções! - riem.

 

 

Paula diminui a iluminação do quarto, seleciona mais algumas canções para tocar e volta-se para Vitor, ainda sobre seu colo, envoltos no momento de aconchego e tesão.

 

 

— Obrigado por passar mais um ano comigo…- repousa suas mãos sobre o corpo dela. Não te mereço… Não tem um dia sequer que eu te mereça.

— Já pedi para não ficar falando isso…- desliza as mãos pelo roupão, retirando. E como sempre digo, eu também não te mereço e sem nos merecer, a gente se merece!

— Poético! - ri.

— Me beija? - olha-o.

 

 

 

Ele sorri e se acendem por inteiro. Aproximou os lábios aos dela, roçando-o. Paula não aguentou e logo pediu passagem para a língua ir de encontro com a sua, ambos fecharam os olhos se deliciando naquele momento, o gosto parecia ser bem melhor que a última vez que fizeram isso. Intensificaram com os movimentos, as mãos já circulavam por onde alcançasse o corpo do outro, elas eram ágeis e já circulavam por caminhos que levavam ao prazer. Sentir a mão de Vítor descendo, passando por cima de sua intimidade, fez ela partir o beijo e gemer entre os lábios dele. Desejo maior para ele que naquela escuridão do quarto já conseguia imaginar as caras e bocas que estava fazendo no momento, mas ele queria mais e em um gesto ousado, colocou a mão dentro da peça intima que ela usava, fazendo-a arfar e jogar a cabeça para trás, entregando-lhe o pescoço para beijar e morder de leve. Paula já procurava a nuca dele para entrelaçar as mãos e afundá-las no cabelo daquela região, puxando-o com força enquanto ouvia sair da sua própria boca gemidos conforme a intensidade dos carinhos que ele fazia.

 

 Estavam entorpecidos pelo tesão e sem mais, Vitor tirou-lhe a calcinha e não perdendo mais tempo a aconchegou sobre seu colo. Amou-a como se não houvesse amanhã, investindo vagarosamente, querendo apreciar cada momento, cada palavra saindo da boca de ambos, fechando os olhos a cada vez que ela chamava seu nome. Aumentou o ritmo quando ela já cravava as unhas em suas costas, quase gritando de tanto prazer, ficando mole em seus braços após sentir o ápice invadi-la. O prazer para ele estava chegando e como era gostoso sussurrar o nome dela, gemer alto enquanto sentia que iria explodir. Saber que estavam felizes porque no momento mais íntimo eles eram perfeitos, um só corpo, uma só alma. Sem mais suportar o fervor que lhe percorria as veias, sentiu-se explodir sobre ela, caindo os dois sobre a cama. Amados. Cansados. Felizes.

Enquanto se recuperam, encaram o teto iluminado pelas velas distribuídas no quarto.

 

 

 

— Vamos embora…? - corta o silêncio.

— A essa hora? - ri.

— Vamos embora de Uberlândia!

— Como assim, Pulinha? - a olha.

— Quero ir embora para BH… Me senti tão realizada com o que acabou de acontecer e isso me faz lembrar de todos os momentos bons que vivo do seu lado… Me faz lembrar de BH!

— BH…- repete, pensando.

— Não precisa ser agora! Nem no próximo ano. Mas, só queria que soubesse…

— Vamos! - a interrompe. Vamos embora! Ampliamos a chácara e assim que estiver pronto, vamos embora.

— Vítor…- se surpreende. Eu falei como um plano futuro…

— Por que esperar? Não há nada que nos prenda aqui. Resolvo meus negócios. Minha mãe já tinha essa ideia… Viver perto das irmãs. Sua mãe vai amar retornar a cidade dela…

— Sim! - se emociona. Nós vamos para BH então? - sobe sobre ele.

— Nós vamos para BH! - sorri, acariciando o rosto dela. As crianças irão amar!

— Elas ficaram tão felizes quando estiveram lá! - sorri. Mas e essa fazenda?

— Continua aqui! Nosso refúgio.

— Temos que pensar… Moramos na chácara mesmo? Ou compramos uma casa?

— Compramos uma casa para sua mãe e ficamos com a chácara… Quero as crianças livres!

— Meu Deus…- sai de cima dele. Mudanças com quatro crianças? Não é muita loucura? - se levanta e coloca o robe.

— Volta aqui… - ri. Não começa a pirar… Vai dar certo! Precisa só convencer Diva e Lucy a irem conosco.

— E Elias, a Lidi… - começa andar de um lado para o outro no quarto. Meu Deus… vamos revisar a vida deles? É certo isso?

— Paula…- sai da cama e vai até ela. Vamos voltar para cama? - a envolve.

— Desculpa! É seu aniversário e eu te jogo uma bomba assim do nada… E já fico ansiosa, nervosa! Branco… Você quer mesmo ir?

— Sou feliz onde você estiver e estiver sendo feliz. Amo BH… Meu coração sempre foi de lá. Uberlândia esteve na minha vida por conta do trabalho… E você veio para cá…

— Porque eu quis… Porque você tinha muito mais aqui!

— Mas agora não tenho! Sem a dupla não preciso estar no escritório e com minha carreira solo, faço o quiser, onde estiver! Vamos para onde nosso coração está!

— Tá… - sorri.  Você tem razão! Não esperava que você concordasse comigo.

— Por isso pediu depois que transamos? - se toca.

— Costuma funcionar, mas não tão rápido…- riem.

— Temos que aproveitar essa casa ao último então…

— Também não é assim… Teremos tempo…- se aproxima dele e retira o robe. Banheira?

— Vamos! - a pega no colo.

 

 

 

Tomam banho juntos já planejando a nova casa, o necessário para os filhos. No amanhecer, Paula se levanta mais cedo, arruma-se e segue para a cozinha onde encontra Marisa, Dulce é Diva preparando o café da manhã.

 

 

— Bom dia! - sorri animada.

— Está animada! - ri.

— Sim! Dormi muito bem. - sorri. O presente do Vitor já chegou?

— Já! É incrível… Vá lá ver!

 

 

 

Paula vai até a porta e encontra o carro ainda com um laço gigante.

 

 

— Que perfeito! - sorri encantada.

— É lindo, Paula! A cara dele.

— Sim! - observa o carro.

 

 

Elas olham o carro internamente e se encantam. Retornam para a casa e Paula vai acordar os filhos. Correm todos para o quarto dela acordarem o pai.

 

 

— Calma! - abre a porta e entram.

— PAI! - corre até a cama.

— Bom dia! - ri.

 

 

Encontram Vitor já sentado na cama, os aguardando. Já havia levantado e se arrumado a espere dos filho, que o acorda todos os anos.

Presenteiam o pai com desenhos e uma camisa, que Vitória pediu que Paula comprasse.

 

 

— É linda, filha! - sorri. Muito obrigada!

— Mãe, não vai ter bolinho?

— Vamos para a cozinha…

 

 

Paula pega Francesca da cama, eufórica com a gritaria dos irmãos. Leva todos para a cozinha e lá cantam parabéns para Vítor que assopra as vela com os filhos.

 

 

— Agora… Eu tenho um presente! - se levanta da cama e pega uma caixinha. Aqui…- entrega para ele.

— Não é um teste de gravidez, né? - ironiza.

— Não, né! Não estou louca ainda. - riem.

— Hum…- abre. O que é isso? - pega a chave. Não… - entende - Paula, você está louca?

— Vamos ver! - ri. Vamos todo mundo…- chama todos para fora.

 

 

 

Chegam ao lado de fora e Vitor não acredita no que vê.

 

 

— Você só pode estar doida mesmo! - começa rir. Paula! - se aproxima do carro.

— UM CARRO NOVO! - Vitória grita animada.

— Viu só filha? - riem - Mamãe ficou doidinha…

— Não fiquei! - sorri. Você cedeu o seu por ser maior… E o meu já estava pequeno para você. Esse aqui você vai carregar tudo, seus filhotinhos - abre a porta mostrando - seus instrumentos…

— É lindo! Nem merecia isso. Eu só te dei um colar no seu aniversário…

— Você me deu muito mais que um colar e você sabe! E não ligo para isso…

— Eu te amo! - abraça ela. Obrigada! - beijam-se.

 

 

Finalizam o café da manhã felizes e mal sabia ele que as surpresas estavam apenas começando.

 

 

Continua…

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Se não conseguirem ver a imagem: copiem esse link e colem no navegador

https://amordeborboleta.tumblr.com/post/653196517584306176/registro-de-uma-noite-super-gostosa-ao-lado-do-meu



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