12 anos em 12 escrita por 12 anos em 12


Capítulo 154
Capítulo 154 - O NOME




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/465962/chapter/154

CONTINUACAO...


Seguem para o quarto com os filhos.



— Que loucura tudo isso! - senta-se.
— Deixa eu medir...- coloca o aparelho no pulso dela.
— Igor não devia ter feito isso!
— Pai, porque a madrinha tá chorando? Eu vou lá conversar com ela.
— Vitória, volta aqui! Você já se intrometeu, já falou demais.
— Intrometeu? Que isso? - pergunta.
— Paula... Não precisa falar assim.
— Filha... A madrinha precisa ficar sozinha.
— Tio Elias apanhou porque pai?
— Vitor, papai vai te explicar o porquê... Vamos só ver se a mamãe está bem.
— A mamãe não está bem? - corre até eles assustada. E a Lua? Ela está bem?
— Está de dia ainda Antônia... Não dá para saber da lua.
— Vitor! - riem do filho.
— Estou falando da neném! - olha para o irmão.
— Ah é! Eu esqueço. - ri.
— Meu Deus! - riem.
— Dessa vez não vai vir dois nenéns, né? - olha para mãe. - lembra de quando os irmãos chegaram.
— Não Vivi! - ri. É só uma neném.
— Vocês precisam ficar quietinhos para mim ver a pressão da mamãe!
— Tá...- ficam ao lado da poltrona da mãe, olhando o aparelho. Demora né? - acaricia o cabelo da mãe.
— Um pouquinho...- sorri com o gesto do filho.
— Mãe, você vai ficar bem, tá? - segura a mão de Paula.
— Ela vai ficar Antônia...- olha para mãe. Você é bem forte né mãe?
— Sim, meu amor! - se emociona. A mamãe já está bem!
— Aí mãe, não chora...- sobe no colo.


Vitor retira o aparelho rindo por não conseguir auferir a pressão da esposa com todo a atenção dos filhos em cima dela.


— Mãe...- sobe também. A Lua está bem?
— Sim! - sorri. Fala com ela...- coloca a mão da filha na barriga.
— Oi Lua... Você está bem aí? Estamos te esperando. Vem logo.
— Ela já vai vir? - olha para mãe.
— Não filho! Vai demorar um pouquinho.
— Você vai ter que ir para um hospital?
— Espero que não...- acaricia o filho.
— E vai ganhar aqui igual a a égua do papai ganhou lá na casinha dela...
— Quase igual! - riem.
— Credo mãe... Eu vi o neném da egua nascer!
— Filha, é lindo... É lindo ver um bebê nascer, seja ele da egua, do cachorro, do gatinho, do coelho ou da mamãe. Papai viu todos vocês nascerem.
— E o flokinho? Você viu ele nascer? A mãe dele chorou?
— Eu não vi filha! - ri. Agora me fazem um favor... Vão até a cozinha e peçam para Diva trazer o café do papai aqui.
— A Antônia vai lá...
— Quero que os três vá! Quero ver quem acerta o que gosto de comer. Vai ganhar beijinhos.
— Mas isso a gente ganha toda hora... Tem que ser uma coisa que a gente queira.
— O que vocês querem?
— Eu quero um passarinho.
— Eu também.
— Sei!
— Aqui na fazenda tem um monte! Não vamos prender nenhum passarinho em gaiola... Agora vão fazer o que o papai pediu. Sem negociação! Andem.
— Tá né...- saem.
— Que? - vê ela encarando ele.
— Quer dizer que você compara meus partos com o do cachorro, com o da égua e por aí vai?
— Paula! - riem.
— Só você mesmo! - ri. Agora mede, antes que voltem!


Vitor aufere a pressão dela que está normalizada. Não demora muito e as crianças voltam com Diva, parecendo uma ninhada de maritacas. Tomam café da manhã com o pai e depois aguardar ele e Paula se arrumarem para poderem ir brincar.


— Vai filha... Sua vez! - joga a bola para Antônia.
— TIO ELIAS! - vê Elias. Vou lá ver se ele está bem, mãe!
— Vitor, deixa ele um pouco filho... Ele precisa ficar quietinho.
— Deixa ele ir Paula...
— Tudo bem! Cuidado. - observa o filho ir.
— AÍ ANTÔNIA!
— O que foi? - olha Vitória.
— Jogou a bola em mim!
— Era sua vez, uai...
— Não quero mais brincar! - sai brava.
— Vitória, volta aqui!
— Foi sem querer pai...- olha para Vitor.
— Tudo bem! - ri. Vamos no parquinho...


Ajuda Antônia a escorregar, enquanto Paula deita no gramado conversando com Vitória. As meninas cansam do parque e pedem para ver os coelhos. Os pais as leva, mostra também os cavalos, os bezerros, até serem chamados para almoçar. Vitor busca o filho que pede para almocar com Elias.


— Pode deixar ele Vitor... Está me fazendo companhia!
— Tudo bem... Qualquer coisa, pode trazer!


Ele segue para a cozinha e ajuda as filhas comerem para que Paula possa comer sossegada. Ao terminarem, sentam-se na sala, conversam um pouco e aproveitam para revirar fotos antigas quando Marisa leva as netas para descansarem no quarto.

— Olha aqui... Éramos tão novinhos! - ri.
— Olhando essas fotos parece que todo o tempo que passamos separados não existiu.
— Tenho essa sensação também! Que estamos juntos desde o dia daquela van.
— Sim! - riem.
— Quando você descobriu que me amava? Porque eu soube que te amava, sem nem saber o que era amor, no momento que você pisou naquela van. - ele ri. Estou falando sério! Eu sei que você não me amou ali.
— Eu namorava Paula... Mas isso não me impediu de amar você. No dia que te vi pela primeira vez, não sei dizer o que houve. Houve algo, alguma ligação. Mas não sei... Com o tempo é que fui te amando. Fui percebendo que estar com você me deixava mais feliz do que estar com minha namorada. Que eu lembrava mais de você ao fim do dia do que lembrava dela. Que eu preenchia mais minhas horas com você do que com ela. E claro... Quando eu escrevi uma música inteira pensando em você. Foi quando terminei com ela e te entreguei Sem Você. Já te amava ali...- olha as fotografias. Olha...- mostra para ela. O que foi? - a vê emocionada. Falei algo que...?
— Não! É que estou sensível... E lembrar da nossa história é uma coisa tão...
— Então não vamos lembrar! Vamos viver apenas. - fecha o álbum. Vamos guardar! - pega os álbuns que estavam com ela e coloca todos no armário. Quer colo? - ri.
— Sim! - coloca a cabeça sobre o colo dele.


A tarde passa depressa para as crianças que cansam com tanta atividade. Conversam com a irmã Maria por vídeochamada, fazem pinturas com Paula, cantam com Vitor, molham as flores com Dulce, ajudam Marisa preparar um bolo, conversam com Cintia com o intuito de fazê-la esquecer o ocorrido.
De noite ela resolve dormir com todos os três no quarto de Vitória, onde assistem um filme. Em seu quarto, com Vitor, Paula assiste uma série.

— O que você vai fazer a respeito do Elias?
— Como assim?
— Diva está achando que você vai demitir ele.
— E porque faríamos isso? Estou sem entender. Ele não teve culpa de nada...
— Sim! Foi o que eu disse a ela.
— E quanto ao Igor?
— Não sei... Preciso conversar com a Cintia a respeito.
— Sim... Quer? - oferece doce.
— Não! - ri. Já comi demais por hoje...
— Tem alguém te mandando mensagem...- olha o celular dela.
— É Monteiro...- pega. Vou fazer chamada de vídeo! - chama.


Não demora muito e Monteiro atende.


— Oi! - sorri.
— Olá, como estão?
— Muito bem! - mostra Vitor.
— Oi Monteiro, servido? - mostra o doce.
— Obrigado! Acabei de comer - ri. Cadê as crianças?
— Estão com Cintia, vendo filme!
— Lua está bem?
— Está ótima! - ri. Querendo se mostrar já! - sorri.
— Que lindo Paulinha! Fico feliz. Bia está chegando aqui... Vai falar com você!
— Ok!


Paula conversa com Bia sobre a vida, sobre treinos na gravidez e sobre o que estão fazendo na quarentena. Antônia entra no quarto dos pais e vai até ela, querendo falar com Bia também.


— Oi princesa! - sorri. Como você está linda! Enorme.
— Oi tia Bia! Estou mesmo. Minha mãe sempre fala.
— Meu Deus! - riem. Cadê seus irmãos?
— A Lua tá aqui na barriga, a Vitória tá lá no quarto vendo filme e o Vitor quis ir dormir com a vovó Marisa e eu tô aqui, quis dormir com meu pai.


Conversa com a Bia por um bom tempo, levantando altas gargalhadas. Vitor pega a filha para Paula poder conversar com a Bia.


— Filha, o que vamos comprar para a mamãe no dia dela?
— Mas todo dia é dia dela!
— Sim! - ri. Todo dia mesmo, meu amor... Mas tem um dia que se comemora.
— Hum... O que ela quer ganhar?
— Não sei amor... O que você acha que devemos dar?
— Beijinhos!
— Isso também! - ri. Mas precisamos pensar em algo depois com Vitória e Vitor.
— Pai, porque a gente não pode ir na escola?
— Porque precisamos ficar em casa por conta do coronavirus.
— Mas ele não vai embora nunca não, é? Já estou cansada.
— Eu sei filha! - ri. Todos estamos cansados. Mas acredito que vá demorar.
— Eu quero ver a Má, o Tato, o Tutu, o José, a tia Tati, o tio Leo, o tio Ni, tia Isa, tia Paula, tio Rafa, tia Nê... Traz todo mundo aqui pai?
— Agora não podemos Antônia... Temos que esperar mais um pouquinho.
— Liga pro vovô Ronald? Quero falar com ele. Ele tem que ficar em casa, né pai? Ele já tá idoso.
— Sim! Vamos ligar... - pega o celular e faz vídeo chamada com o pai.


Antônia conversa com o avô, que se diverte com a preocupação da neta. Ao terminar, entrega o telefone para o pai e pede para falar com a tia Tatianna.


— Antonia, está tarde... Vamos dormir agora?
— Mas nem falei com ela.
— Hoje a tarde conversamos com a Mama, com a tia Tati, com os seus primos, com o tio Ni... Todo mundo! Amanhã conversamos de novo. Ok?
— Posso dormir aqui na sua camona?
— Aiaiai Antônia!
— O que foi? - chega até eles que estão na varanda.
— Está querendo dormir aqui.
— Minha borboletinha...- pega-a. Mamãe já conversou com você sobre isso. Seu quartinho é tão lindo! - sorri.
— Mas deixa eu mimi aqui mãe? Por favor...- faz cara de choro.
— OIIIII!! - abre a porta. Cheguei. Se a Antônia pode dormir, eu também posso. - Vitória chega.
— E de onde você tirou que a Antônia vai dormir aqui? - ri.
— Pai, eu vou...
— Não amor... Hoje não. A mamãe precisa descansar bem. Eu vou me deitar com vocês lá no quarto de vocês. Vamos! - pega Antônia do colo de Paula e leva Vitória pela mão.


Enquanto Cintia fica com Vitória no quarto, ele leva Antônia ao quarto dela e a espera adormecer. Segue para a cozinha em seguida, onde encontra a mãe tomando um chá.


— Vitor dormiu?
— Sim! Estava cansado. Mal chegou e dormiu! - riem.
— Passou o dia com Elias...- se serve uma xícara de chá. Ás vezes acho que ele gosta mais do Elias do que de mim.
— Meu Deus filho... Que isso? Para com isso. Por falar nas crianças... Estive observando hoje a Dulce conversar com a Cintia sobre a bebê. Elas falando sobre os nomes, etc... E isso me fez pensar em uma coisa.
— O que?
— Vitória e Vitor são uma homenagem a você. Antônia é uma homenagem ao meu pai. Por que você não repensa sobre o nome da Lua? Ser uma homenagem da Paula para alguém que ela goste...
— Mas ela concordou... - não entende.
— Converse com ela. Ás vezes ela pode querer um nome também!
— Vou ver! Boa noite...- sai andando com a xícara.



No quarto Paula já está deitada, somente com a luz do seu abajur aceso.



— Você está comendo de novo? - ri.
— Não! - ri. É chá! Quer? - fecha a porta.
— Não! Obrigada.
— Está cansada?
— Um pouco! Antônia dormiu tranquila?
— Sim! Vitória deitou com Cintia. Minha mãe falou que Vitor caiu na cama e já dormiu de tão cansado.
— Imaginei! - sorri. Não vai deitar? ‐ vê ele indo até a varanda.
— Daqui a pouco!
— Não... Vem aqui. Por favor.
— O que foi? - vai até ela. Você não está bem?
— Estou! - ri. Só quero ficar aqui com você.
— Tá bom! - ri. Vou me lavar e já venho...- vai até o banheiro e lava as mãos, retornando a cama. Meio friozinho hoje...- se cobre.
— Vi...
— Oi!? - se aconchega nela.
— Quero namorar um pouquinho!
— Quê? - ri.
— Estou com saudade da gente...
— Paula... A gente não pode!
— A gente não podia aquele dia...- ri, deitando-se sobre ele.
— Paula, eu tenho medo...- a encara. Não quero. Não me sinto bem...


Ela sai da cama em silêncio, coloca o robe e segue para a cozinha. Ele vai atrás dela, tentar entender o que está havendo.


— Estou bem! - o vê a observando da porta.
— Paula...
— Não precisa explicar! Você negou fogo. Pronto.
— Eu o que? - a encara.
— Negou fogo!
— Não vou cair nessa.
— Uai... Está tudo bem. Não há nada errado em negar fogo.
— Paula, para! - vai até ela, pega o copo da mão dela e coloca sobre a ilha. Não é essa questão e você sabe.
— Meus hormônios estão me matando! Estou pegando fogo. Se você não apagar, quem vai?
— Ontem mesmo você falou que não podíamos...
— Porque ainda não podíamos. Mas hoje já podemos!
— Precisamos conversar com Ricardo primeiro...
— Vitor! - sai nervosa.
— Paula, não faz isso!
— Me deixa dormir sozinha! - vira pra ele. Dorme no quarto do Vitor. - fecha a porta do quarto na cara dele.


Ele vai para o quarto do filho e manda mensagem para Ricardo.


WHATS ON...

— Ricardo, desculpa a hora meu amigo... Paula está impossível. Com os nervos à flor da pele. Está tudo bem com os exames dela?

WHATS OFF...


Arruma-se no sofá cama e deixa um abajur ligado, enquanto revê um álbum fotos. Não demora muito recebe uma mensagem.


WHATS ON...

— Imagina Vitor! Pode entrar em contato quando quiser. Sobre os exames, está tudo certo sim!
— Que bom! Fico aliviado.
— O que está acontecendo?
— Ela quer ter relações!
— KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
— Qual a graça?
— Eu acho muito engraçado vocês dois! Mas vamos lá... Óbvio que não é indicado ter relações por conta do descolamento recente. Mas, a bebê está bem. Não há complicações, o ritmo cardíaco é ótimo, ela não sofreu absolutamente nada. Está muito bem guardada.
— Então pode haver relações?
— Desde que com muito cuidado, sim. Nada de aventuras!
— Ainda acho melhor não ter! Tenho muito medo.
— Se você negar, ela vai ficar nervosa! O sexo na gravidez deve ser seguro e traz benefícios à mãe. Nas gravidezes passadas, vocês não se relacionarem?
— Sim! Da Vitória tivemos relações até o sétimo mês. Dos gêmeos até os 2 meses...
— Entendo! Mas enfim... Está tudo bem!
— Certo! Obrigada. Qualquer coisa vou avisando.

WHATS OFF...


Se levanta e vai até o quarto. Ela já dorme, serena. Deita-se ao lado sem fazer barulho, cobre-se e tenta descansar sem chamar atenção. Na manhã seguinte ela se espanta com ele ao lado, mas evita acordá-lo, aproveitando os poucos momentos em silêncio para observá-lo dormir. Se aproxima mais dele, beijando-o.


— Bom dia! - sorri.
— Oi...- desperta. Que horas são?
— Sete e alguma coisa...
— Hum... - se espreguiça. Onde vai? - a vê levantando.
— Tomar café, andar um pouco... Ver se as crianças acordaram, colocar elas para fazer as atividades...- segue para o banheiro.


Assim ela faz. Ao chegar na cozinha encontra os filhos tomando café com as avós. Senta-se junto deles e se diverte com as histórias mirabolantes. Ao terminarem, com muito custo, coloca cada um para se trocar, leva-os para o escritório e os ajuda a fazer as atividades.

— Antônia... Aqui, ó! - mostra. Tem que escrever embaixo dessa figura.
— Mãe, terminei! - desce da cadeira.
— Onde você vai Vitor?
— Vou acordar o papai. A gente vai pescar hoje!
— Eu também vou! - desce da cadeira.
— Podem voltar aqui! Senta os dois nessa cadeira e voltam a fazer o que mandei. Ninguém vai pescar agora!
— Mas o papai falou...
— Vitória, não tem conversa! Senta e faz a tarefa. Por favor...


Obedecem a mãe contrariados. Não demora muito Vitor aparece no escritório comendo uma maçã.

— Bom dia filhotinhos!
— Pai, a gente vai pescar ainda?
— Amanhã filho! Temos que sair bem cedo.
— Tá bom!
— Também quero ir.
— Iremos todos! Você vai Pulinha?
— Vi...- Paula encara ele. Eles estão estudando... E você está os distraindo.
— Desculpa! - beija as crianças. Depois conversamos! - sai.

Terminam o horário das atividades e Paula os libera para irem brincar.

— Tudo bem?
— Sim...
— Falou com Igor?
— Não...
— Não vai falar?
— Ainda não!
— O que você quer que eu faça?
— Como assim?
— Por mim ele estaria demitido.
— Pelo amor de Deus... Não faz isso! Estou te implorando...- olha para ela.
— Não posso te prometer nada. Ele entrou aqui, desrespeitou todos nós.
— Ele tem um filho... Não faz isso. Por favor, Paula!
— Tudo bem! Mas é por você. Vai... Me ajuda aqui! - coloca umas cenouras perto dela. Quero um bolo de cenoura.


Preparam o bolo e quando Paula faz a calda, Vitória chega pedindo água.


— Mãe, que cheirinho bom!
— É bolinho! - ri. Mamãe está fazendo... Quer com brigadeiro? - se abaixa para beija-la.
— Sim! - abraça a mãe. Mamãe... Vai ter suco de maracujá?
— Vou fazer de morango, tá? Não temos maracujá aqui... Vai lá e pede para o seu pai ir buscar na horta que faço.
— Cadê ele?
— Acho que está no escritório filha... Procura lá!


Vitória vai até o escritório e não encontra o pai. Pergunta para a avó que indica que ele está na garagem.


— Pai... O que você está fazendo aqui, danadinho?
— Danadinha, estou arrumando as varas de pesca!
— Minha mãe quer que você vá buscar maracujá para ela fazer suco... Vai ter bolinho de cenoura com brigadeiro! - bate palmas.
— Oba! Mamãe está se aventurando na cozinha novamente. O bolinho dela é muito bom, né?
— Sim! Vamos lá buscar papai o maracujá.
— Vamos... Só um pouquinho! - guarda mais uma vara e fecha a bolsa com mais alguns utensílios.


Os dois seguem para a horta da Fazenda. Vitor já aproveita para colher alguns cardamomos e conferir as outras ervas que plantou. Leva os maracujás para Paula que está finalizando o brigadeiro.


— Que cheiro bom! - coloca na pia.
— Brigadeiro! - leva a colher até ele, colocando na boca dele. Bom?
— Muito! - fecha os olhos. Muito mesmo!
— Quer algo em especial para o almoço?
— Faço o almoço hoje. Vou fazer um purê de mandioquinha com algumas especiarias... E assar um peixe. Faz algo mais?
— Não! - sorri. Só isso está ótimo. Vou preparar o suco de maracujá pras crianças.
— Não dê o bolo agora!
— Não vou dar, Vi...


Vitor começa a preparar o almoço enquanto Paula finaliza o suco para os filhos. Coloca em copos com algumas frutas e leva para eles no parquinho.


— Uai! - não os acha. VITÓRIA? - chama.
— AQUI MÃE! - acena.
— Meu Deus...- vai até eles. O que estão fazendo aqui?
— Viemos ver o coelhinho! Nasceu mais mãe. - pega o copo de suco.
— Que lindos! - olha. Vamos lá no parque para vocês comerem...



Paula vai com eles até o parque para que possam comer o lanche. Ao terminarem, deixa-os brincando com Cintia que chegou até eles e retorna para cozinha.


— Precisa de ajuda?
— Sim! Vai cortando aí...


Preparam o almoço juntos. Paula arruma a mesa e começa chamar todo mundo para almoçar.


— Fiz suco de morango com melão! - coloca a jarra.
— Olha Paula...- mostra uma bonequinha que fez de crochê. É pra nossa nova bonequinha!
— Que coisa linda! - pega. Olha aqui Vi...- mostra. Marisa...- vai até a sogra e a abraça. É linda demais! Vamos já guardar para colocar no quartinho dela. - se emociona.


As crianças chegam com Cíntia que as leva para lavar as mãos e se prepararem para o almoço. Sentam todos a mesa e Vitor começa os servir.


— Peixinho...- coloca.
— Pai, amanhã vamos pegar mais peixinhos!
— Isso mesmo! - ri.
— Amanhã tem pescaria?
— Tem sim! Quer ir?
— Acho que vou! Que horas vamos sair?
— Quero sair às 6 da matina...
— Alguém precisa ir junto porque ele não vai dar conta dos três! - senta.
— Eu vou!


Almoçam conversando sobre a pesca da manhã seguinte. Ao terminarem, Dulce e Marisa lavam a louça enquanto Paula organiza a cozinha e Vitor e Cintia ficam com as crianças na sala de televisão.
O dia passa mais tranquilo que os anteriores. Paula vai colocando as crianças na rotina, para facilitar quando todas as atividades retornarem.


— Que cheirosa! Me dá um pouco para passar em mim?
— Toma! - entrega rindo.
— Amo esse seu creme! - passa. Quero ficar cheirando igual! Se bem que é impossível... Porque seu cheirinho é único! - cheira o cangote dela que sente cócegas.
— Busca um chá para mim?
— Tá bem... - deixa o celular sobre a cama e vai até a cozinha.


Enquanto ele busca o chá, o celular toca. Paula pega para ver quem é e observa que é Camila, mãe de Maria. Resolve não atender. Entra no Whatsapp dele e vê que ele estava conversando com ela. Automaticamente se enfurece.


— Pulinha... Me ajuda! Estou com as mãos ocupadas, trouxe um biscoito também... Fecha a porta aqui. - entra.
— Por que está falando com ela?
— Oi? - não entende. Aqui...- entrega a xícara de chá.
— Por que está falando com a Camila?
— Uai Paula...- ri. Ela é mãe da Maria! Converso com ela sobre...
— Não era sobre a Maria! Você estava rindo. - coloca a xícara no criado mudo e se levanta. O que tanto tem para falar com ela? Até ontem vocês sequer se falavam.
— Paula... Por favor! Você está interpretando as coisas errado.
— Vitor! - começa chorar.
— Paula...- vai até ela. Pelo amor de Deus, Paula! - a abraça.
— Eu não gosto dela! Não é para você rir com ela Vitor.
— Eu não estava rindo com ela. Estava rindo de algo que Maria falou... Você leu a conversa toda?
— Odeio ela! - chora.
— Eu sei... Ela já fez muito mal a nós. Eu entendo. Mas não existe qualquer possibilidade deu ter qualquer coisa com ela.


Ele a acalma, o que demora. Leva-a até a cama e a aguarda dormir para que possa fazer o mesmo tranquilo.
Algumas semanas depois, com cuidados necessários, vão até a clínica de Ricardo fazer o pré natal. Ao retornarem para casa, uma equipe que Vitor contratou para vacinar as crianças os aguarda.


— Como ela está? - pergunta ansiosa.
— Enorme! - ri. Acredita que é maior que Vivi nesse fase? Cintia, parece super bochechuda! - riem.
— Mais uma com a cara do Vitor!
— Sim! - ri. Já vacinaram todos?
— Não, chegaram agora pouco!
— Vou lá...- vai até a sala. Bom dia! - sorri.
— Bom dia, Paula!
— Guilherme? - se espanta. Não acredito! - vai até ele. Aí que pena que não posso te dar um abraço. - riem. Meu Deus, quanto tempo...


Vitor observa ela conversar com o conhecido que ele não fazia ideia de quem era.


— Amor... Esse aqui é o Guilherme! - apresenta. Ele era meu vizinho lá em BH!
— Oi! - sorri. Que bacana! Veio embora para cá?
— Não! Por conta da pandemia, estamos revezando o atendimento na empresa. Como sou sócio, venho conferir coisas aqui também.
— Que ótimo! Vocês moravam no mesmo prédio?
— Sim! Paula estava na cobertura, eu ficava logo abaixo.
— Sim...- sorri.
— Minha mãe precisa saber que seus filhos são lindos!
— E estou grávida! - sorri. Mais uma menina!
— Meus parabéns! - riem.


Conversam enquanto Vitor segura os filhos para outra enfermeira aplicar a vacina. Quando terminam, Paula se despede do amigo, procura Vitor para fazer o mesmo mas não o encontra. Acompanha a equipe até a saída.


— Onde você estava?
— Aqui... - mexe no celular.
— Te procurei para se despedir do Guilherme, não achei!
— É, eu ouvi...
— Uai Vitor! E não foi se despedir?
— Não chamei eles aqui para bater papo!
— Nossa Vitor, que ignorância!
— Aham! - ignora.
— Tenho algumas lives para fazer daqui a pouco... Vou para o escritório.


Ele balança a cabeça e ela desiste de conversar, seguindo para o escritório cumprir com os compromissos. Paula entra ao vivo com algumas personalidade da música e da internet, comenta sobre o que tem feito, os próximos trabalhos e a forma como lida com os filhos durante a pandemia.
Algumas horas mais tarde encerra os agendamentos e vai em busca das crianças.


— Fez as atividades com eles?
— Fiz! - bebe o café sem olhar para ela.
— O que foi Vitor?
— Nada!
— Nada, não! Se não fosse nada, não estaria agindo assim. - senta. Vitor... Fala comigo! Por favor.
— Só me sinto incomodado com você conversando com pessoas que...
— Que você não conhece.
— Você nunca me falou dele!
— Você nunca me falou dos seus vizinhos! - pega um pedaço de pão. Nem das vizinhas!
— Nunca fiquei com nenhuma vizinha!
— Você está dizendo que eu fiquei com ele?
— Não sei! Você que precisa dizer.
— Claro que não, né? Por favor... Quanta babaquice! Você sabe que não é normal você me falar isso, né? Que sente incomodado em me ver conversando com...
— Eu sei! Eu sei. Desculpa... Babaquice mesmo! É que coloco mil coisas na cabeça.
— Pois tire! Não tem cabimento. - se serve um chá.
— Sim! Você está certa. Você é feliz comigo?
— Vitor!
— Você estava muito feliz falando com ele! Paula... Quero que você seja feliz.
— Eu sou feliz! Sou muito feliz com você. Para que isso?
— Porque eu só quero que você seja feliz!
— Não se preocupe, porque sou! Vamos falar da nossa bebezinha... Ricardo me mandou a ultra pelo celular. - pega e mostra para ele. Ela tem muita bochecha!
— Sim! Vai ser bochechuda como o papai.
— Sim! - ri. Preciso começar a mexer no quartinho dela. Entra em contato com aquela sua amiga para fazer o enfeite da porta com o nome?
— Ah... Já entrei! - se levanta. Inclusive, está pronto! Vou buscar! Ia fazer surpresa, mas não vou esperar. - sai.


Pega no closet o presente e retorna para a cozinha, onde ela come.


— Deixa eu ver! - limpa a mão para pegar. Amor...- abre. Acho que está errado! - ri. Não está escrito Lua...- tira e mostra para ele.
— Sim! - olha.
— Adoro esse nome...- sorri, colocando na caixa novamente. Mas não é o da nossa bebê!
— Paula... É sim! Eu conversei com minha mãe, com sua mãe, com Cintia sobre trocar o nome da bebê. Como tudo indica que será nossa última cria - ri - eu quero que o nome seja especial para você e para sua família.
— Mas Vitor...- pega novamente o letreiro. Vitor...- olha para ele. Tem certeza? - começa chorar.
— Muita! - se emociona. Fui egoísta em querer só eu escolher os nomes.
— Não! - chora. Não foi! Eu amei Lua. Eu tinha aceitado você escolher porque sei que nunca erra. Mas esse nome realmente é especial para mim...
— Para nós! - vai até ela e a beija.
— Minha mãe já sabe?
— Sim! - ri.
— Te amo! - beija-o. Sabe o que o que perguntei para Ricardo também?
— O que?
— Sobre as coisas que eu poderia fazer... Ele me liberou para malhar, para correr um pouco pela manhã, e...- faz suspense e ele ri já sabendo - isso! - riem. Já podemos namorar! - alisa a camisa dele com as mãos.
— Tá bom... Se ele liberou, está liberado!
— Sim! Sem qualquer perigo para nossa bichinha...
— Cintia ganhará uma noite com nossos pintinhos! Olha que maravilha...
— Sim! - ri. Ela vai amar! - riem. Quero comer pizza hoje! Estou com vontade.
— Tudo bem! - sorri. Comeremos... Com vinho!
— Isso! - ri.


Cintia é avisada sobre a tarefa que terá mais tarde. Dulce e Marisa resolvem ir para cidade para organizarem seus apartamentos e retornarem no dia seguinte para casa dos filhos. Diva, Lídiane, Sol e Lucy continuam em suas casas, permanecendo só Elias na sede para auxiliar com os bichos.


— Aqui...- coloca a peça.
— Pai, estou com saudade da Di.
— Eu também meu amor... Mas ela precisa ficar na casinha dela.
— Não aguento mais isso! - fica emburrado.
— Eu sei filho! - o beija. Mas vai passar! Fique tranquilo.
— Pai, o peixe que a gente pescou e devolveu pro rio, vai vir ver a gente?
— Acho que não! - ri. Tirei um leão... Procura aí o leão.


Vitor joga jogo da memória com o filho até Vitória chegar pedindo para ir até a bateria. Há alguns dias Vitor começou ensiná-la a identificar o som na bateria, e todo dia Vitória pedia para fazer o momento.


— Escuta...- coloca o toque no celular. Presta atenção!

Ao terminar o som, ele reproduz na bateria o que ouviram, passando as baquetas para Vitória. Paula os ouve e vai até onde estão, observando.

— Isso mesmo...- ela começa reproduzir. Não... Volta! - ensina. Isso Vivi!


Aos poucos ela vai reproduzindo.


— Do começo agora! - sorri.


Aos poucos Vitória consegue reproduzir exatamente o som que ouviu. O pai a parabeniza, enquanto Paula pede que ela tente novamente mais rápido.

— Paula...- olha. Ela está começando!
— Se ela não repetir não vai estar bom o suficiente, nunca.
— Você não vai fazer isso na cabeça dos meus filhos.
— Já percebeu como você fala? MEUS filhos. Eu só emprestei o que? A vagina e a barriga?
— Pelo amor de Deus Paula! Para de cena...- volta onde está Vitória.
— Vitória, é hora de tomar banho...
— Deixa eu ficar só mais um pouquinho aqui, mãe?
— Não! Por favor, filha.
— Pai...- olha para o pai.
— A mamãe está certa... Vai tomar banho, depois tocamos.



Vitória sai contrariada, resmungando pelos corredores. Vitor acompanha a filha sem se dirigir a Paula. Enquanto banha os gêmeos, supervisiona o banho de Vitória. Ao terminar, busca o jantar deles na cozinha e leva para comerem no quarto de Vitória, onde dormirão.


— Sopa, de novo?
— Vitória, está uma delícia!
— Você já jantou?
— Não!
— E como sabe que está uma delícia?
— Oi! - Cintia chega. Turminha, turminha... Qual filme veremos hoje?
— Toy Story, por favor!
— Tá! - riem.


Ela auxilia Vitor alimentar as crianças. Ele leva a bagunça pra cozinha e quando chega no quarto, Paula está se perfumando.


— Fez a pizza?
— Sim! - retira o robe. Vou comer! - arruma a alça do sutiã. Meus peitos estão crescendo rápido demais...- observa.
— É nova? - retira o relógio, colocando sobre o movel.
— Sim! - se olha no espelho. Está super pequena já.
— Está linda! - sorri, se aproximando dela.
— Aham...- pega o robe e coloca, desviando dele.
— Tá...- entende.



Ela leva as coisas ao quarto, coloca uma canção para tocar e o aguarda sair do banho, o que não demora. Segue para o closet, perfuma-se, coloca sua samba canção e retorna ao quarto. Paula sorri sozinha ao vê-lo passar para fechar a varanda, exalando o perfume que ela mais gostava.

— Tá cheiroso... Tirou a barba... - o olha.
— É... Dei um trato!
— Vai comer? - oferece.
— Vou! Você fez pizza de que?
— Milho! Era o que tinha! - ri. E rúcula e tomate...
— Ótimo! - ri. Olha aqui... Vou mandar no grupo depois! - mostra.

Coloca o celular na gaveta do criado mudo e vai até onde Paula está.


— Estava ouvindo essa música hoje...- coloca pra tocar. Gostei do ritmo... Gostosinha! - estende a mão para ela. Vamos? - ri.


"Não sou de me apaixonar de primeira
Quando eu me derreti você me pôs na geladeira
Poxa, você me deu um gelo
E ficou tudo gelado, gelado
E nesse dia frio
Quem é que 'tá do seu lado seu lado (eu eu eu)"

O som ecoa pelo quarto dividindo espaço com os risos dos passos descompassados. O clima se torna amigável, como se nenhuma discussão tivesse ocorrido.


— Tá parecendo que a gente acabou de se conhecer em um bar...- ri.
— Isso é ótimo! Deixa tudo leve e despreocupado. - riem.

"Eu sei que não 'tá tudo bem meu bem nada bem
Se você 'tá bem tem cem
Se você 'tá mal não tem ninguém"


— Obrigada por ter repensado no nome da nossa filha! Fiquei muito feliz que vou poder homenagear minha avó...
— Eu gostei do nome! Você poderia ter sugerido antes.
— Deixei nas suas mãos e não me arrependo!
— Certo! - ri.
— Vou colocar outra música, ok? - vai até o som.
— Qual será?


"There she goes in front of me
Take my life and set me free again
We'll make a memory out of it"

Volta -se para ele, segurando suas mãos com os olhos fixados nos dele.

"Holy road is at my back
Don't look on, take me back again
We'll make a memory out of it"

— Desculpa toda minha insegurança... Não suporto a ideia de poder perder você de novo. Vou melhorar!
— Paula, não temos que falar disso! - encosta sua cabeça na dela. We finally fall apart and we break each other's hearts, if we wanna live young, love, we better start today...- sussurra.

Ela sorri, encostando suavemente seus lábios sobre os dele. Se misturam enquanto a música toma conta do lugar. Paula leva a mão de Vitor até a fechadura de seu sutiã e ele, ao entender o recado, as livra da peça caminhando em passos lentos até a cama. A emoção nesse momento é gigante, por mais que já tivessem se relacionado tantas outras vezes, já fazia um bom tempo que enfrentando tantas coisas não se tinham como antes. Estavam nervosos, ansiosos e isso foi perceptível no ar. Vitor olhou-a com uma vivacidade que fez Paula ofegar ao sentir-se tão desejada. Sem perder muito tempo, ele arranca de uma só vez qualquer peça de roupa que ainda existia entre eles. Paula senta em seu colo com os joelhos apoiados na cama enquanto ele beija seu pescoço sem parar. Ofegante, o empurra na cama até que ele deite por completo, com medo de não estar parecendo atraente o suficiente grávida, e ele acaba percebendo a situação.


— Pulinha, está tudo bem... Quero você agora tanto quanto queria você antes e vou querer você depois! - sorri, com as mãos sobre o rosto dela. Está tudo bem...


A deita devagar e com a ajuda dela se livra da samba canção. Com todo o cuidado necessário, a ama; investindo sobre ela vagarosamente o que quase parecia uma tortura, procurando os olhos dela a todo instante e vendo-a se deliciar com o momento o excitava ainda mais.


* NARRADO POR PAULA *

A cada momento meu coração parecia levar um choque. Não era para estar tão nervosa, aliás, já fizemos isso tantas vezes. E quanto digo tantas, é realmente muitas! Mas estar grávida me deixa insegura e extremamente vulnerável. Me perco um pouco da minha parte confiante. Da parte que acredita que ele me deseje sem estar assim. Com a gravidez de risco, pensei que não transaríamos por um bom tempo, mas com tudo sob controle senti o quanto preciso dele e o quanto ele precisa de mim.

Senti Victor investir dentro de mim, devagar, parando na metade para procurar meus olhos e quando encontrou, sorriu com um brilho nos seus. Aquela magia eu apenas queria que se esticasse pela eternidade, a cada vez que sentia seus carinhos em meu rosto, sua voz rouca me falando coisas próprias para aquele momento, um prazer me invadia. Gemi ao sentir que ele agora fazia movimentos contínuos, parando algumas vezes. Após alguns minutos, já sentia que o prazer estava a caminho, me invadindo por dentro, aumentei os gemidos e fiquei procurando onde colocava as mãos para fincar minhas unhas. Victor também estava sentindo que o prazer não iria demorar muito para chegar e acelerou os movimentos, clamando pelo meu nome. Caiu sobre mim, cansado, respiração rápida e feliz.

— Te amo – saiu de dentro de mim e deitou ao meu lado.

  Virei meu corpo para aninhar-me ao dele, estava satisfeita e feliz. Coloquei a cabeça em seu peitoral e fechei os olhos. Após a luta pelo prazer, vinha a paz e a satisfação. Tudo estava tão calmo que achei que tinha cochilado, mas antes de pensar nisso ou meus olhos quererem fechar, Vitor respirou forte, fazendo isso apressadamente.

— Está tudo bem? - ergui meu rosto para encará-lo.
— Sim - sorriu. Só estou preocupado da Francesca estar vendo tudo isso...


E caímos na risada, como todas as outras vezes em que fizemos amor comigo grávida.


* FIM DA NARRAÇÃO *
<!--/data/user/0/com.samsung.android.app.notes/files/clipdata/clipdata_200601_234956_161.sdoc-->


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "12 anos em 12" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.