Todos da família são pegos de surpresa com a notícia. A gravidez traz alegrias e também muita preocupação. Paula se sente com seus funcionários de produção, da agência, conversam sobre as estratégias para lidarem com o novo evento. Vitor faz o mesmo e confirma ao irmão que não retornará com a dupla pelos próximos tempos, o que gera uma grande discussão.

— Você está lançando seus trabalhos, Leo!
— Mas tínhamos conversado sobre o retorno da dupla para o ano que vem!
— Talvez!
— Não! Havíamos decidido isso.
— Leo... Paula não pode desistir da carreira dela. Ela já tem pausado muita coisa por conta das crianças.
— Por que não pensam nisso quando engravidam?
— Sinceramente...- se levanta. Não temos que falar da minha vida pessoal, já que você está aqui como sócio. Faça bom proveito da sua carreira solo! - sai.

Chegando no estacionamento do escritório, recebe uma ligação.

— Oi Dulce! - entra no carro.
— Paula está no hospital! Vem para cá.
— Como assim? - se desespera, colocando logo a chave. O que houve?
— Ela está bem, mas precisa que você venha. Aqui conversamos, venha com calma.

Ele desliga sem responder a sogra. Chega no hospital em 10 minutos, sabendo que receberá inúmeras multas.

— O que aconteceu? - chega no quarto. Paula...- vai até ela deitada.
— Está tudo bem! Hoje de manhã senti umas dores e vi que estava sangrando novamente... Vim até aqui e era o que eu imaginava, tive um descolamento de placenta.
— Paula! - respira fundo. Por que não me avisou cedo?
— Você estava nervoso com a reunião. E estou bem! O bebê está bem. Só vou ter que ficar de repouso.
— Então acho melhor que fique aqui no hospital... Em casa as crianças não vão te dar paz.
— São meus filhos! Não vou ficar longe deles.
— Não vou discutir! - se afasta. Vou conversar com Ricardo.

Vitor segue para o consultório do médico que explica tudo que houve. Algumas horas mais tarde ela já está em casa e repousa em seu quarto e ele passa algumas instruções para Lídiane e Lucy.

— Quando chegarem, não deixem ir até lá sem um de nós. Podem pular nela, enfim...
— Ok! - se retiram.
— Como foi a reunião? - serve um café.
— Obrigada Dulce! - pega. Foi... Tensa. Mas resolvida.
— Que bom!
— E a da Paula? Não quis perguntar nada ontem.
— Foi boa! Determinamos algumas coisas, fizemos ajustes com palco e shows.
— Certo!
— Por você tudo bem ela fazer shows?
— Não quero que ela pare! Não acho que faria bem para a saúde mental dela. E vocês estarão junto, sei quem tem bom senso.
— Sim!
— Vou tomar um banho! - se levanta.
— Sua mãe está bem?
— Está adorando o pantanal! - sai rindo. Disse que na próxima você vai!

Entra no quarto, toma seu banho e deira-se com Paula.

— Tudo bem?
— Sim! Estou melhor que está tudo bem.
— Foi muita dor?
— Não! Foi meio que uma colica... Passei por isso na da Vitória, lembra? Mas tive medo agora também.
— Normal...
— Queria ter certeza que vai ficar tudo bem.
— Não tem como ter certeza, mas vamos fazer de tudo.
— Viu a Vitória? Estava tão linda na roupa.
— Sim! - riem. Extremamente inteligente. Não sei de onde ela tirou militar!
— Vou postar...
— Paula...
— Não começa.

Hoje foi dia de se vestir do que você quer ser quando crescer. Quando recebi a notificação da professora, perguntei a Vitória do que ela queria ir. Ela me responde na lata: do exército. Eu e Vitor ficamos sem reação e então perguntamos o porquê. Ela disse que quer proteger a gente e os bichinhos dela e que ela achou bonito a mulher na televisão sendo militar (uma cena de um documentário que Vitor estava assistindo). Minha pequena mocinha é extremamente inteligente e solidária e demonstra isso a todo instante. Ficamos muito orgulhosos com a escolha dela, Vitor mostrou algumas fotos e então ela escolheu como queria. Vovó Dulce providenciou e pronto... Aí está nossa Tenente Vitória Zapalá kkkk. Se ela realmente será isso, não sabemos... Mas nossa maior preocupação e objetivo é que ela seja feliz! Te amamos Vivica.
Obs: achei que ela ia querer ser cantora, mas bleéee.. kkkkkkkkkk eu e Vitor não teremos sucessores kkkkkkkk.

— Quando eles chegarem, corta a unha novamente.
— Uhum...- começa ler.
— Como foi a reunião com Leo? Decidiram sobre o retorno?
— Normal!
— Não foi normal. Estou bem. Me diz!
— Não vai ter retorno. Ao menos não enquanto as crianças precisarem de alguém aqui.
— Vitor...
— Já está decidido! Você continua sua carreira, eu cuido deles.
— Não é justo!
— Posso fazer meu trabalho daqui!
— Não é a mesma coisa que estar nos palcos.
— Não abro mão das crianças terem um de nós aqui tempo integral. Eles precisam entender que estaremos sempre com eles. Mamãe trabalha, papai ajuda e assim vai...
— Você que sabe! Leo deve estar furioso! - começa levantar. AÍ! - coloca a mão na barriga. Que droga! - volta deitar.
— O que foi? - se assusta. Você está bem?
— Estou bem! É que quero ir fazer xixi.
— Te levo! - se levanta. Vem! - a pega no colo.

Leva-a até o banheiro e a ajuda, retornando-a para a cama novamente.

— Quando as crianças chegarem, traga elas aqui?
— Trarei... - sai do quarto.

Vai até a cozinha, toma mais uma xícara de café até ouvir as crianças entrando.

— Como foi a aula?
— Pai, fui a única que me vesti assim!
— Sério? - ri.
— Como vou proteger todo mundo sozibha?
— Meu amor, você não estará sozinha. Fica tranquila!
— Oi pai.
— Oi filho, tudo bem?
— Sim! Cadê a mamãe?
— Vamos para cozinha que vou conversar com vocês! - vai até a cozinha com eles. Crianças, a mamãe e o irmãozinho ou irmãzinha de vocês precisa de cuidados. Por isso ela está deitada, quietinha... Não podemos pular nela, ok?
— O que aconteceu? Ela ficou dodói?
— Sim! Mas ela vai ficar bem.
— A gente pode ir lá?
— Depois de trocarem de roupa, lavarem as mãos podem ir sim!

Lucy e Lídiane os levam para se trocar. Fazem o que o pai pediu e em seguida seguem para o quarto.

— Oi mãe! - entram.
— Oi! - ri ao ver todos juntos.
— Você está bem? - sobem na cama.
— Estou! - a beija. E vocês estão?
— Sim! - abraça a mãe. A neném tá bem?
— Oh meu amor, está bem sim. Mas não sabemos se é menina...
— É sim!
— Logo vamos descobrir! - sorri. Agora vamos todos deixar a mamãe descansar!
— Mas a gente acabou de chegar aqui!
— Eu sei, mas ela precisa descansar...
— Vitor...- olha para ele.
— Mãe, eu quero que você conte uma história...
— Filho, o papai conta! - vai pega-lo.
— Não! - se afasta. Quero que a mamãe conte!
— Vitor está tudo bem, deixa eles aqui!
— Você precisa descansar!
— Crianças, vão buscar o livro que vocês querem que eu leia! Estou esperando vocês aqui, depois vamos assistir filme. - vê eles saindo. Vitor, são apenas crianças! Precisam de mim. Estou bem.
— Paula não quero que se estresse!
— São nossos filhos, não tem porque se estressar.
— As crianças entendem...
— Não! Eles não entendem. São apenas crianças... Vitor você precisa parar com tanta paranoia.
— Eu quero esse mãe! - retornam.

Mesmo contrariado, ele ajuda colocar as crianças na cama e fica na varanda monitorando-os. Lídiane os busca algum tempo depois para dar o jantar.

— Vitor...?
— Oi!
— Recebeu a informação da escola?
— Acabei de ler aqui!
— Já conversa com todo mundo de casa para não saírem! - se levanta.
— Onde você vai?
— Banheiro, Vitor Chaves! - segue.

Ele espera ela na porta que ao sair revira os olhos.

— Vai ficar me seguindo?
— Só estou te monitorando!
— Vá monitorar seus filhos!
— Maria estava aqui conversando comigo, disse que será menina e quer que se chama Maria como ela. - riem.
— São muitos nomes!
— Sim! Você acha que pode ser o que?
— Não consigo sentir... O que vier vai ser ótimo.
— Acho que é menina. Mas, se vier mais um menininho seria muito bom também! Sou muito feliz com meu homenzinho, paciente, educado, sensível...
— Sim! - sorri. A maioria dos homens quer montar um time de futebol, você quer montar um restaurante!
— Machista sua fala! Até porque você mesma não cozinha.
— Sei! - ri.
— Pode entrar! - escuta bater.
— Oi, desculpa incomodar... Você consegue ir até a cozinha? Vitória não está obedecendo a gente...
— Vou sim Lucy! Pode ir que já irei...- coloca o celular sobre o móvel.
— Depois a traga aqui para mim conversar com ela! - o vê saindo.

Ao chegar na cozinha encontra o chão repleto de macarrão cru. Olha para filha que sorri, tentando escapar do castigo. Os gêmeos observam ao lado, quietos.

— Lídiane, deixe aí... - vê a funcionária se abaixar para pegar. Leva os gêmeos para a sala!
— Vem! - chama Antônia e Vitor e saem.
— Diva e Lucy, nos dê licença. Você também Dulce! - olha para a sogra que se retira junto das funcionárias.
— Pai, eu só queria que a vó Dulce fizesse macarrão... Ela não quis, disse que já tinha comida, aí eu fui pegar o pote e caiu tudo.
— Pega tudo do chão e coloca em cima da pia. - senta na mesa. Vou ficar aqui até você terminar.
— Mas tem muito! - se abaixa. E eu não esparramei tudo sozinha. O Vitor pisou em cima de um monte e quebrou tudo. - olha para o pai brava.
— Continua a pegar! - vai até a sala. Vitor ajudou a fazer a bagunça?
— Não... Ela pegou o macarrão do pote e jogou no chão de propósito. Pedi para ele vir até mim e ele pisou no macarrão.
— Tá...- volta a cozinha e encontra ela sentada no chão, quieta. Vitória, pegue todo esse macarrão!
— Mas pai...
— Você está mentindo! Por que você está fazendo isso? Não minto para você. Sua mãe não mente para você filha. E você quer continuar mentindo para nós?
— Eu só queria macarrão! Mas tudo agora é só pro bebê, só pro bebê. - levanta.
— Vitória...- respira fundo. Você está feliz com o bebê.
— Não! Não queria esse bebê.
— Não diga isso! Você vai deixar sua mãe muito triste. Você me deixa triste falando isso!
— Tá vendo? É tudo por causa desse bebê. - sai.
— Volta aqui!
— Não! - corre chorando.

Dulce vê a cena, tenta interferir, mas ele pede que deixe. Pega a vassoura na dispensa, varre todo o macarrão, organiza a bagunça. Pede que as babás deem comida para os gêmeos e vai atrás da filha.

— Você bateu nela? - olha para ele, acalmando Vitória.
— Claro que não!
— Ela está desesperada!
— Me deixa conversar com ela! - vai até elas.
— O que você falou para ela?
— Não falei nada Paula! Ela derrubou todo o macarrão na cozinha porque sua mãe não quis fazer.
— Vitória...- olha para ela.
— Me deixa conversar com ela.
— Você conversou com as meninas?
— Não! Nem deu.
— Vou lá conversar. - sai.

Vitória começa gritar, chamando pela mãe. Paula retorna e junto do Vitor tenta acalmar a filha.

— Vitória, por favor...- pega no colo. Está tudo bem! - acaricia-a.
— Você vai gostar de mim para sempre?
— Minha filha, é óbvio que vou! - beija.
— Vitória... Não é porque vai ganhar mais um irmão, que vamos deixar de gostar de você.
— Mas você fica brigando comigo e ninguém me defende mais!
— Vitória, as coisas não são assim.

Vitor conversa seriamente com a filha, fazendo ela pedir desculpas para avó e para as babás e deixando de castigo, sem assistir televisão. Reúnem, ele e Paula, os funcionários e conversam sobre os cuidados com relação ao novo vírus no país.

— Conversa com sua mãe! Fala para ela se cuidar.
— Já falei! Mandei ela pegar o primeiro voo para cá logo! - mexe no telefone.
— E sua irmã?
— Já falei também! Está bem. Vai ficar em casa.
— Leo está ficando onde?
— Na fazenda! Que dia você vai fazer a sexagem?
— Na semana que vem! Mas vou ligar para Ricardo para colher ainda hoje ou amanhã por conta disso tudo.
— Pedem para colher aqui!
— Sim! Você liga para mim? Vou dar uma olhada nas crianças.
— Ligo! Pode deixar que olho eles... Fica deitada.
— Estou bem Vitor! - vai até a brinquedoteca.

A noite chega. É servido o jantar e algum tempo depois colocam as crianças para dormir. Paula resolve atualizar os stories.

STORIES ON...

Oi amores! - sorri. Crianças dormindo, Vitorino ali... - mostra Vitor lendo. E eu aqui deitadinha, quietinha. Marisa viajou, ficou só mamãe aqui e mesmo com Lucy e Lidi, foi complicado dar conta das crianças nos últimos dias. Tanto eu quanto Vitor estávamos trabalhando e aí ficava difícil! Mas agora está tudo certo. Fiquem em casa, ok? Não saiam, se cuidem. Para entreter vocês, vou deixar a caixa de perguntas abertas. Amanhã passo respondendo! - sorri.

STORIES OFF...

Na manhã seguinte Ricardo junto de uma enfermeira de confiança, coletam o sangue da Paula para a sexagem e o médico já aproveita para examiná-la.
Com tudo OK, eles vão embora e ela aproveita para organizar o quarto dos filhos e já conversar com Vitor sobre o quarto do novo bebê. No resto do dia, responde as perguntas dos fãs, ajuda a mãe e Vitor fazer pão, brinca com os filhos e faz algumas reuniões por vídeo chamada. A semana é intensa, mas eles se organizam da melhor forma.
Chega o grande dia do resultado do exame. Paula recebe o email e pede para Cintia ler e cuidar de encomendar o bolo. A noite reúne todos na sala, fazem chamada de vídeo para Leo, Tatianna, Paula, Marileia, Marisa que estava em BH e Nilmar.

— Mãe, deixa eu cortar! - Vitória pede.
— Tá! - ri. Cuidado! Vou te ajudar, tá bom?
— CALMA! VAMOS FAZER APOSTAS! - grita Tati do telefone. Matheus e José acham que é menina, Antônio disse que é menino! - riem.
— Eu acho que é menino! - diz Leo.
— É mais uma menininha! - apostam Marileia e Marisa.

Cintia, Dulce, Vitória, Diva e Vitor apostam em menina. Lucy, Lídiane e os gêmeos falam que é menino. Paula não se posiciona e se diverte com a confusão.

— CORTA LOGO! - riem.
— Contagem regressiva...

" 10,09,08,07..."

— PARA! - Paula pede pra parar. Os nomes, Vi! Vamos combinar... Quem escolhe?
— Pedra, papel e tesoura! - jogam. Ganhei! - riem. Se for menina eu escolho!
— TINHA QUE SER! - riem.
— Vamos para contagem novamente!

"10,9,8,7,6,5,4,3,2,1...."

Paula ajuda Vitória cortar e quando veem a cor....

— MENINA! - Vitor grita. É UMA MENINA! - abraça Dulce que ri da reação dele.
— Mais uma menininha! - Paula o beija emocionada.

Vitória comemora junto com os irmãos. Pelos telefones a família os parabeniza e já indagam Vitor sobre o nome.

— Muito provavelmente...- abraça Paula. Essa será nossa última cria. - riem. Pensei muito nesse nome e, claro, se Paula aceitar, gostaria que fosse esse...
— Diz logo! - ri. Já estou curiosa! - pede Paula.
— Quero que nossa bebezinha, que está fechando nossa fábrica... - ela concorda rindo - se chame Lua! Porque a gente sempre se conectou pela paixão pela lua, pelo céu, pelo sol, e ela vem iluminando mais ainda nossa vida, nossa família! E também porque provavelmente ela foi feita sob o luar... - riem.
— Eu amei! - o abraça chorando. É lindo! Está decidido, será Lua! - avisa a família que se emociona.

Permanecem nas chamadas enquanto cortam o bolo. As crianças ficam felizes por toda a comemoração, Vitor consegue falar com Maria que vibra com a novidade de que terá mais uma irmã. Terminam um dia muito importante com muita felicidade.