12 anos em 12 escrita por 12 anos em 12


Capítulo 151
Capítulo 151 - A surpresa




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Algumas semanas se passam e Paula retoma os compromissos. Lidiane se adapta às novas tarefas e Larissa e as crianças a nova escola. 

— Tudo bem? - retira o relógio. Preciso levar isso para afrouxar. 
— Engordou, né? - olha para ele. 
— Engordei! Como sempre. - deita na cama. Cadê as crianças?
— Estão brincando! - volta desenhar. 
— Você está melhor? 
— Sim! São apenas cólicas. Está tudo bem! 
— Você foi se consultar? 
— Não! 
— Ah... Legal! 
— Vitor! 
— Não vou brigar! Você sabe o que faz. 
— Exatamente! 
— Só não acho normal alguém sentir tanta dor igual você! Você está sangrando? Vi sua roupa suja de sangue ontem. Precisa me dizer. 
— Não! - se levanta. Não preciso! Para de ser assim. - guarda os desenhos na gaveta. 
— Assim? Parar de me preocupar com você? Eu confesso que gostaria! 
— Você é invasivo e paranoico! Não posso sentir nada que você tem mil e uma teorias. 
— Tenho razão para isso! Você mentiu para mim enquanto eu perdia um filho e quase perdi você! Eu tenho toda razão para me preocupar. - sai do quarto nervoso. 
— NÃO FALA ASSIM! - vai atrás dele. Eu também perdi um filho! Eu perdi o meu filho! 
— PARA! - acena para ela. Para de transformar isso na sua dor e começa a perceber que o que fez comigo foi desumano.
— Você disse que tinha me perdoado! - começa chorar. 
— Mas eu não esqueci Paula! Você devia ter pensando em mim. Você devia estar pensando em mim agora também, nos seus filhos que estão aqui, todos nós precisamos de você e você não se importa. 


Ela retorna para o quarto chorando. Marisa que estava na cozinha vem até o corredor. 

— O que você fez? 
— Por que sou sempre eu que faço algo? - vai para o escritório. 


Marisa vai até o quarto, mas não consegue convencer Paula a deixar entrar. Respeita o momento da nora e retorna para a cozinha. Passado algum tempo, ele se reúne com os filhos e tomam café da tarde, sem a presença dela. Depois de levar as crianças para Lucy e Lidiane, ele resolve ir até o quarto. 

— Abre! - espera e nada ouve. Paula, se você não abrir eu vou pegar a chave e abrir! Então abra! 


Ela não responde, fazendo com que ele vá até a cozinha e pegue uma cópia. Retorna a porta e abre, encontrando ela na cama, imóvel. 

— Paula? - chama, indo até ela. 
— Me deixa quieta! 
— Você tem razão... Talvez eu não tenha te perdoado ainda! Não consegui, porque por muito pouco eu não perdi você. Então eu preciso de tempo. Me desculpa se...
— Me deixa sozinha! - o interrompe, se levantando e seguindo para o banheiro. 
— Paula! - ela fecha a porta. Vamos conversar, por favor! 
— Oi!? - bate na porta, abrindo de leve. 
— Oi...- vai até a porta. Oi Dulce! 
— Paula está pronta?
— Onde vocês vão? 
— Ela vai no ginecologista, ela não te falou? Vai se consultar! - olha o celular. 
— Não, ela não falou!! 


Vitor se retira do quarto. Paula termina de se organizar e segue com a mãe para a cidade. No caminho resolve não falar nada. Já no consultório, Ricardo a avalia e pede alguns exames por conta de dores que ela vem sentindo.


— Há a possibilidade de vocês fecundarem os óvulos e congelarem! 
— Vou conversar com Vitor a respeito! - pega a cartilha. Você me passa mais uma receita da injeção para me proteger até tomar a decisão?...
— Claro! Se vocês não quiserem fazer isso, a gente coloca o diu ou o mirena na próxima consulta. É melhor que seja durante o seu período menstrual! E pare de tomar remédios até sabermos do que se trata. 


Ele prescreve a receita, termina de fazer a avaliação e as indicações e ela sai do consultório. Com Dulce, param para tomar um café em uma cafeteria e depois seguem de volta para fazenda. 

— Mãe! - a vê. 
— Oi! - sorri. O que estava fazendo? - coloca a bolsa na mesa do hall.
— Brincando! Meu pai estava cortando as unhas dos gêmeos. 
— Ah sim! Que bom! Você não cortou as suas?
— Cortei! To esperando ele terminar para pintar! 
— Sei! - ri. 
— Vitor...? - o vê cortando a unha de Antônia. Deixa para mamãe cortar e vamos conversar... 
— Ok! - entrega para Dulce. Papai já volta! - acompanha Paula até o quarto. Aconteceu algo? - fecha a porta. 
— Eu fui me consultar e o Ricardo conversou comigo sobre congelar meus óvulos. - entrega para ele a cartilha explicativa. Ele disse que se fecundarmos é melhor! 
— Você quer isso? - começa ler. 
— Não sei! Mas, quando sair o resultado dos seus exames você já vai fazer a cirurgia. 
— Você quer fecundar? - olha para ela. 
— Está perguntando se quero filhos seus? Bom...
— Por que não disse que ia se consultar quando perguntei? 
— Não estamos falando disso agora! 
— Poderia ter evitado todo aquele...
— Não evita o fato de você não ter me perdoado! - retira a calça.
— Paula...
— Vítor, tudo bem! - vai para o closet. 
— Eu não quero mais filhos! Não quero que você fique grávida mais. 
— Por que eu perco seus filhos? - o encara.
— Paula! - vai até ela. Não quero perder você! É muito dolorido todas as suas gravidezes.
— Vitor, vou pedir um favor... Me deixa sozinha hoje! Onde eu for, você sai sem que as crianças percebam. Preciso ficar só comigo! 
— Paula...- tenta conversar. 
— Por favor! - fecha a porta do closet. 


Ele sai do quarto e vai até o encontro a Dulce. 


— Cadê a Cíntia? 
— Não sei! Ela disse que estava vindo. 
— Liga para ela e peça para ela vir logo. 
— Aconteceu algo? - vai até ele. 
— Ela não está bem! Fique com ela no quarto.
— Certo! - sai. 


Vitor volta brincar com os filhos enquanto a sogra vai atrás de Paula. Quando chegam na sala, ele se retira. 


— Onde vai papai? 
— Tomar banho! - sorri para a filha. Depois volto! - sai. 


Paula senta com as crianças, as entretendo. Algumas horas mais tarde servem o jantar, Vitor aguarda ela comer com os filhos e vai para a cozinha depois. Come e retorna para a sala de televisão, onde assiste um documentário. 


— Você vai para o quarto? 
— Depois! 
— Ela pediu para você ir! 
— Ela te falou? 
— Conversei com ela! Ela está muito sensível, tudo que falamos ela se dói.
— É... Ela não entende o que digo! Só estou me preocupando com ela e ela se sente sufocada, sei lá mais o que. 
— Eu sei! Só tenha paciência. É um momento delicado! 
— Ela está sangrando e com dores! Eu estou ficando apavorado porque ela não me diz o que é, fala que é normal! 
— Vitor, Ricardo a examinou, pediu exames. Vamos saber o que está havendo! Tenha calma. Paula sempre tem coisas assim...
— Por isso mesmo não dá para ficar esperando! 
— Vai se resolver! Vá para o quarto... Vou me deitar também. Boa noite! - sai. 


Ele desliga a televisão e segue para seu quarto. Ao entrar, arruma-se para dormir e deita em silêncio, sem perturba-lá. Logo pega no sono, mas volta e meia é acordado por conta da inquietude de Paula. No meio da madrugada, resolve tentar conversar. 


— Você está bem? - pergunta na escuridão do quarto. 
— Precisamos conversar... 
— Tudo bem... Seja o que for, amanhã conversamos! Tenta dormir. 
— Acho que estou grávida! - encara o teto temendo a reação dele.


Vitor tenta processar o que acabou de ouvir em silêncio. Demora alguns minutos para reagir a informação. Segura a mão dela e encara o teto também. 


— Por que você acha? 
— Tenho sentido algumas coisas... Eu vou fazer alguns exames. Não quis falar nada com Ricardo antes de falar com você! 
— Sabíamos que havia esse risco...
— Podíamos ter evitado! - chora. 
— É! Mas não evitamos. Não adianta chorar agora... 
— Você falou que não queria ter mais filhos, que não queria mais que eu ficasse...
— Paula, quem em sã consciência sabendo de tudo que passamos, que você passa, quer ficar enfrentando esse risco? Por favor... Entenda o que digo. Mas se aí dentro tem mais uma criança, a gente vai batalhar por ela igual batalhamos por todas as outras, todos os segundos. 


Ela desaba chorando e ele tenta acalenta-la, mesmo com a cabeça a mil. Com muito custo ela adormece. Ele levanta com calma e vai para a varanda, onde vê o dia amanhecer sem ter pregado os olhos. Quando consegue voltar para a cama para poder tentar descansar um pouco, alguém bate na porta. 


— Oi! - abre. 
— Me leva para a escola? 
— Meus zoinhos de jabuticaba! - a pega no colo. Papai te leva! - a beija. Cadê os manos? 
— A vovó tá arrumando! Pai, minha mãe está doente? 
— Não! - olha Paula. Está apenas cansada.
— Hum...- deita no ombro do pai. Estou cansada também, pai. Posso ficar em casa? 
— De jeito nenhum! - ri, saindo do quarto. 
— Mas eu queria ficar igual a mamãe, deitada e descansando igual uma princesa! 
— Você deita quando chegar! - sorri. 
— Pai! - chega correndo. Olha! - mostra o braço. A vovó me deu um relógio igual o seu. Agora sou igual você.
— É verdade filho! - ri. Está lindo! - sorri. 
— Aí bobinho... Você precisa crescer para ficar igual o papai! 
— Eu vou crescer Antônia e você vai ficar pequena para sempre! - mostra a língua. 
— Filho! - coloca Antônia no chão. Mostrar a língua, não! Já conversamos.
— Antônia tá igual Vitória pai... Fala demais! - sai bravo. 
— Ele é bobinho mesmo! - balança os ombros. 
— Antônia! - a repreende com os olhos. 
— Bom dia! - chega com Vitória. 
— Bom dia! - sorri. 
— Ôh pai, hoje eu posso brincar na casa da Larissa? 
— A Larissa fica aqui filha! - se abaixa e arruma a camiseta dela. 
— Mas aí a gente ia na casa dela hoje! 
— Não! Outro dia quando der você vai. Mas hoje a Lidi trabalha e a Larissa fica aqui com vocês. 
— Mas porque? 
— Porque sim! 
— Isso não é resposta! - sai furiosa. 
— Fica cada vez mais complicado! 
— Você não viu nada! 


Ele aguarda os filhos tomarem café e troca de roupa, indo com Elias até a cidade levá-los. No retorno, acaba dormindo dentro do carro e sendo acordado pelo funcionário quando chega em casa. Sobe para a sede e deita-se na cama.


— Não dormiu a noite? - o vê deitado. 
— Não! - vira-se para ela. 
— Vitor... - vai até a cama e senta. Se você não quer que eu tenha essa criança, tudo bem... Você não precisa passar por tudo isso. Mas eu não posso não ter! 
— Você está falando isso mesmo? - pergunta incrédulo. Perdi um filho e você tem coragem de insinuar que eu prefiro que você aborte do que passarmos por outra gravidez? 
— Não... Não foi isso! Eu só... Caramba Vítor! Estou confusa e perdida. E você vem e diz que não quer ter mais filhos exatamente quando penso que estou grávida. 
— Tá Paula! - vira-se do outro lado. 
— Vitor! 
— Se meu filho está aí dentro de você, não quero que ele escute tudo isso... Que se sinta indesejado. Então vamos parar por aqui! Mais tarde fazemos os exames. Vá se alimentar e pare de chorar! 
— Não aguento isso sozinha! - chora. Você não tem colaborado!


Ele respira fundo e lembra de todas as outras gravidezes em que ela ficou extremamente dependente e sensível. Levanta e vai até ela.


— Vamos passar um borracha nisso e começar do zero. Esquece o que disse, porque eu não sabia que já poderia ter uma criança aqui. - coloca a mão na barriga dela. Não se esqueça que ele ou ela já está sentindo tudo que você sentir... Vamos ser práticos e sensatos. Fazer os exames, o acompanhamento. Se você estiver grávida, ótimo! Faremos chá de bebê, revelação, o que mais for preciso. As crianças vão amar. Se você não estiver, congelamos os óvulos fecundados, eu opero e seguimos nossa vida com nossos filhos. Pode ser assim?
— Você quer ter esse bebê?
— Se ele estiver aí dentro, foi Deus que escolheu para gente, como nossa Vitória... Então sim, já o amo e não estou mentindo.

Ela abraça ele, que a acalma em seus braços. Mesmo sem dormir, resolvem ir logo para a cidade, sem avisar as mães mesmo e levando Cintia que dirige no caminho enquanto eles dormem. Ao chegarem, entram na clínica de Ricardo e pedem uma consulta urgente.


— Eu sei que não tem mais vagas hoje... Mas eu preciso muito! - implora.
— Moça, só nos deixe entrar um minutinho...


Quando vai abrir a porta para chamar um paciente, Ricardo os vê.

— Oi! - vai até eles. Tudo bem? - cumprimenta-os.
— Estávamos aqui implorando para um horário.
— Claro! - ri. Esperem eu atender só mais esse paciente e aí no meu café atendo vocês.


Eles concordam e sentam esperando.


— Quer café? - oferece.
— Quero Cintia! - pega.
— Quer Paula?
— Não!
— Gente... - senta. Sei que não tenho nada ver com a vida de vocês, mas afinal, o que estamos fazendo aqui? Pensei que era consulta de rotina, mas nem agendados vocês estavam! - bebe seu café.
— Então... - olha para a prima. Acho que estou grávida!
— QUE? - derruba o café.
— Cintia!
— Aí caramba! - se levanta. Está quente! - começa se limpar.
— Cintia...
— Você não me disse nada!
— Foi uma confusão! Eu nem sei se estou. Calma...- vai até ela.
— Você deveria ter me contado.
— Estou contando!
— Desde quando acha isso?
— Já tem umas semanas!
— E mesmo assim não me disse nada!
— Eu não disse nada a ninguém... Ignorei todos os sintomas, pensei que poderia ser impossível engravidar agora.
— Impossível? Se você não estava se prevenindo, óbvio que não era impossível.
— Cíntia não funciona assim.
— Se te conforta, só soube de madrugada também...- Vítor diz qusndo olha pra Cintia. Aqui não é lugar para discutirmos isso. Em casa conversamos depois. E por favor... Se acalmem! Essa criança já está sentindo tudo.


Não demora muito, Ricardo os chama. Entram os dois na sala e então Paula começa conversar com médico sobre tudo que vem sentindo e explica porque não contou antes.


— Preciso fazer o exame...
— Não é necessário... Mas você fará sim! - começa a prescrever algo.
— Por que não é necessário? Tenho algo? - se preocupa.
— Paula, cuidei de todas as suas gravidezes... Sou ginecologista, obstetra, internet você, te acompanhei. Ontem eu já sabia a resposta, mas você não veio para isso, não quis conversar comigo, falou de outra situação. Você veio porque sua mãe te obrigou, não porque você estava preparada. Queria que você voltasse aqui com Vitor...- sorri.
— Então...
— Seus seios estão inchados, seu abdômen está dilatando, você está mais vulnerável... Sim... Vocês serão papais novamente!
— Meu Deus! - esconde o rosto com as mãos, chorando. Não pode ser! Ricardo...- olha o médico desesperada. Estou sangrando há dois dias, eu...- chora.
— Escuta...- segura a mão dela. Está tudo bem! O sangramento não é nada com seu bebê. Ontem eu te avaliei e está tudo bem. Vamos deixar você mais tranquila... Vem aqui! - seguem para a sala de ultra.


Vítor a ajuda subir na maca. Deitada, ainda chora muito e ele segura sua mão, preocupado.


— Fique calma...- Ricardo conversa com ela. Vamos tentar ver seu bebê...


Ricardo prepara-a e liga o aparelho.

— Olha só... Que danadinho! - sorri. Papais, o bebezinho de vocês já está habitando esse espacinho há aproximadamente 09 semanas.
— Que? - se espanta. Já tem nove semanas?
— Já sim! 8 semanas e alguns dias pelos cálculos aqui...
— Você viajou grávida!
— Sim! - chora.
— Paula...- olha para ela. É nosso filho! - se emociona. Nada mais importa. Está tudo bem. Vai dar tudo certo!


Terminam a consulta e saem emocionados e preocupadas. Cintia nem os questiona quando os vê, começa chorar também e abraça a prima que desaba.


— O que eu vou fazer Cintia? - chora abraçada.
— Paula...- se aproxima delas. Ele está sentindo! Ele precisa saber que é querido por nós. Vamos dar um jeito em tudo!


Seguem para o carro ainda atônitos. Ao chegarem na fazenda, Vitor pede para conversar com Dulce e Marisa no quarto. Elas entram e encontram Paula, Cintia e ele sentados.


— O que houve? - vê Paula chorando. Filha...- vai até ela. O que está havendo?
— Vitor... - Marisa o encara.
— Paula vai contar... Sentem!
— Estou ficando preocupada!
— Não vou ficar enrolando, estou grávida!


Elas ficam sem saber o que responder. Marisa se levanta e vai cumprimenta-lá, emocionada. Dulce faz o mesmo um tempo depois. Vitor também recebe os parabéns com abraços calorosos que acalmam seu coração. Se retira do quarto para deixar que elas conversem com Paula.


— Eu não sei o que pensar! - chora. Tenho três crianças... Três bebês praticamente!
— Paula, estamos aqui... Será um novo desafio, mas não tem porque temer. Pense que será uma grande alegria.
— Eu sei Marisa... Mas... Não quero deixar de ser cantora! - olha pra mãe.
— Quem falou que você vai deixar?
— Não vou dar conta!
— Vai! Se acalma...


Conversam com ela por um longo tempo. Durante todo o dia ela permanece no quarto com Cintia, enquanto Vitor tem suas reuniões. No final do dia ele recepciona os filhos, os banhando, colocando o pijama e organizando para jantarem.


— Paiê, quero peixe! - bate o garfo na mesa.
— Vitória não faz isso!
— Cadê a mamãe? Quero ver ela.
— Depois do jantar iremos ver ela!
— Ela está dodoi?
— Não filho! Ela só está cansada.
— Ela está cansada desde cedo, eu hein...
— Comam! - ri.


Deixa as crianças sob supervisão de Lucy e Lídiane, vai até o quarto, bate na porta e é autorizado a entrar.


— Tudo bem? - pergunta da porta.
— Sim!
— As crianças querem ver você...
— Tragam eles depois, precisamos contar...
— Certo! Quer comer?
— Só quero um chá por enquanto!
— Tá bom! - fecha a porta.


Retorna a cozinha e enquanto prepara o chá dela, observa os filhos, imaginando mais uma criança no meio de tudo.
As crianças terminam de comer, as babás os descem e ele vai com elas para o quarto.


— Devagar! - abre a porta. Não pulam na mamãe!
— Oi mãe! - sobem na cama.
— Oi meus pintinhos! - ri.
— Seu chá! - entrega. Vou tomar um banho, você fica aqui enquanto isso Cintia?
— Claro!
— Já volto!


As crianças brincam com Paula enquanto ela toma seu chá. Cintia liga um filme na TV, mas eles mal se importam. Vitória mexe no cabelo da mãe enquanto Antônia busca sua maquiagem e Vitor brinca com Cintia de jogo da memória. Vitor sai do banho e ri quando vê a cena.

— Pai, você tá meio gordinho, né?
— Eu? - se olha sem camisa. Não estou não! Que história boba! - riem.
— Senta aqui, deixa eu maquiar você?
— Sério? - riem.
— É! Vou arrumar seu cabelo branco também.
— Vocês invocam demais com o cabelo branco do papai! - riem. Olha... sentem aqui... a gente precisa contar uma coisa para vocês. Vem filho! - chama Vitor que está no chão com Cintia.


Eles sobem na cama e ficam observando os pais.


— Então...- olha para Vitor.
— O que vocês acham de ter mais um irmãozinho ou irmãzinha?
— Bem bebezinho?
— Sim! - sorri.
— Pode ser um menino?
— Não tem como escolher, filho! - riem. Vitória, o que você acha?
— Tá bom né... Vai dormir comigo?
— Não! A mamãe vai colocar no meu quarto.
— Calma! - riem.
— Pois bem... A mamãe está grávida, está esperando mais um bebezinho e vocês terão mais uma pessoinha para brincar! - sorri.
— OBA! - bate palmas.
— Mãe, dá para ver na sua barriga?
— Não amor! - ri emocionada.
— Mas vocês podem conversar com ele que ele vai ouvir!
— Oi...- deita na barriga da Paula. Que dia você vem?
— Filha! - riem.
— Antônia, dá licença...- puxa a irmã. Oi irmãzinha, você vai dormir comigo, vou deixar você pegar minha bonequinha da frozen, só um pouquinho, tá? O papai e a mamãe compra outra para você.
— Vitória, a gente não sabe se é uma menina.
— É sim! Deixa eu escolher o nome?
— Aí meu Deus!
— Se for menino deixa eu?
— Que nome você quer filho?
— Marshal! Da patrulha canina.
— Ah! - riem.
— E se for menina Vitória?
— Elsa!
— Não! Vai ser Frozen, mãe.
— Tá bom ajudantes da mamãe! - riem. Vamos escolhendo os nomes, vão pensando até lá... Agora deixem a mãe de vocês descansar um pouco!
— Deixa eles aqui...- sorri.
— Você não quer jantar?
— Traz que vou comer!


Cintia busca a comida dela que faz a alimentação com a ajuda dos filhos, animados e ansiosas pela chegada do irmão ou irmã. Eles se surpreendem com a reação das crianças, telefonam para as mães por chamada de vídeo e eles contam para as avós que fingem surpresa. Ligam também para Nilmar, Leo e Paula para contarem a novidade.


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