12 anos em 12 escrita por 12 anos em 12


Capítulo 129
Capítulo 129




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Olá! Antes de lerem, informo que a história começou a acelerar um pouco.

2 MESES DEPOIS!

Cíntia a cobre sobre a cama, um pouco mais calma. Dulce telefona para Vitor que desmarca reuniões em São Paulo para retornar o mais rápido possível para casa.

— Pronto! - coloca o telefone no gancho. Ele está vindo, minha florzinha...- vai até Paula.
— Vitória... Onde ela está?
— Ela está bem! Descanse... Marisa está com ela.
— A traga para casa! Agora! Peça para Elias buscá-la, liga pro Carioca vir pegar a Vitória.
— Paula...- aperta a mão dela. Vamos dormir, ok!? - pega um copo com água e remédio. Beba um pouco...- a ajuda. Isso vai te ajudar!

Enquanto tentam ajudá-la dormir, Vitor embarca com o irmão no jatinho rumo a Uberlândia. Em silêncio enxuga as próprias lágrimas.

— Ô meu irmão...- Leo segura a mão dele. Vai ficar tudo bem!
— É...
— Ela vai superar!
— Todas as gravidezes foram traumáticas para Paula! - chora ao se lembrar. Não entendo porque a gente sempre insiste...- olha pro irmão. Poxa Leo... Não é justo! - desaba.
— Ê Vitor! - o abraça. Fica assim não, nego véi! Força!

Leo vai acalmando o irmão durante todo o trajeto. Ao pousarem em Uberlândia, Vitor pega seu carro estacionado no hangar e segue para a fazenda onde é recebido por Monteiro e Beatriz que já estavam lá para verem Paula.

— Bom dia! - os abraça. Sejam bem vindos!
— Obrigada querido! - sorri.
— Vou ver como ela está...- segue para o quarto.

Escuta Cíntia falar com ela e entra.

— Cadê seu segurança? - o vê. Onde você estava? Eu tentei te ligar mil vezes! Você devia ter me atendido. Cadê seu segurança? - fica olhando atras dele. Você não veio sozinho, né? Não pode... Você tinha que ter vindo com segurança. Eu te falo! - chora. Eu digo que você tem que vir com segurança, você não obedece!


Ao ver a inquietude dela, o estado dela que a estava tirando de si, se emociona. Aproxima-se dela e a abraça.

— O que está havendo? - sussurra olhando para ele.
— Está tudo bem, meu amor! - a abraça. Está tudo bem, tá? - acaricia o rosto dela. Você já tomou banho?
— Não tomou Vitor...- Cíntia os observa.
— Então vamos tomar...
— Vitor, a Vitória está bem?
— Ela está bem! Está sendo bem cuidada, não se preocupe!
— Sou uma péssima mãe! - vai para a cama chorando.
— Não, não...- a pega. Não pense isso! Você está fazendo tudo que pode pelos nossos filhos, se acalme! - a acaricia. Vamos tomar um banho, venha...- a levanta. Cíntia, peça para colocarem o almoço para todos...
— Ok! - se retira.


Vitor leva Paula até o banheiro. A ajuda se despir e a banhar-se.

— Amanhã temos uma consulta, é preciso organizar alguma coisa?
— Amanhã?
— Sim, Paula... É uma das últimas consultas...
— Eu esqueci!
— Tudo bem... Acho que precisamos levar as malinhas, qualquer coisa você já deverá ficar lá!
— Não! - olha para ele. Não me deixa lá, por favor... Não quero ficar naquele hospital!
— Pulinha, é só uma hipótese! Fique tranquila, eu estarei com você. Vem...- desliga a ducha.

A envolve no roupão e seguem para o closet onde ele a ajuda se trocar.

— Você quer deixar separada sua roupa para ir amanhã?
— Não...- vai para a cama e deita-se.
— Vamos comer Paula!
— Não estou com fome...
— Você já perdeu 2kg em vez de ganhar...
— Deita aqui comigo?
— Você está me ouvindo?
— Quero dormir!
— Vou buscar sua comida e já volto...- se retira em direção a cozinha.


Dulce o vê se aproximar e vai até ele.

— Como ela está?
— Irredutível!
— Imagino...
— Vocês aplicaram soro nela ontem à noite?
— Sim, quando ela dormiu!
— Eu...- senta-se. Dulce não consigo entender essa situação! Jamais teria forçado uma gravidez...
— Vitor não diga isso! - senta-se ao lado dele. Você não forçou nada! - coloca a mão sobre a cabeça dele, acariciando. São coisas que acontecem... O médico já informou que assim que os bebês nascerem ela pode melhorar!
— Ela pode? Pode? E se não melhorar? O que vamos fazer?
— Paula já venceu a depressão uma vez, Vitor! Ela vai conseguir novamente.
— Amanhã precisamos levar as malas dos gêmeos, nem sei se tem algo arrumado...
— Já arrumei! - sorri. A dela também!
— Ok... Ela não quer comer...- olha para a sogra.
— Fiz um prato para ela! - se levanta e mostra a bandeja. Tente dar a ela, com você talvez ela coma!
— Tentarei! - pega. E Vitória Dulce? Peça para minha mãe trazer ela, estou aqui e vou cuidar.
— Vou ligar para ela!
— Ótimo! - retorna ao quarto. Pulinha? - entra. Paula? - não a encontra.

Coloca a bandeja sobre a cama e a procura. Não a encontra no quarto e começa a se desesperar, abrindo as portas de todos os outros.

— Paula! - encontra. O que está fazendo aí?
— Cadê ela?
— Ela vem vindo...
— Faz dois dias que não a vejo! - olha as roupas.
— Foi melhor ela ir passar uns dias com minha mãe, ela é muito bebê e não entenderia... Mas ela já está vindo!
— Olha...- pega a girafa da filha. Tão linda! Era minha...- abraça. Vou levar pro quarto! - sai.
— Pulinha...- a segue. Vamos comer!
— Não estou com fome...
— Mas precisa comer, os bebês estão com fome! - sorri.
— Vitor, quando tudo isso começou? Era para eu estar feliz, me preparando para tê-los, mas não sinto nada! - chora. Só sinto culpa e mais culpa por me sentir assim! Não aguento mais...
— Olha...- senta-se ao lado dela. Não fique questionando quando começou e muito menos fique se culpando pelo que foi ou não foi. O importante é a gente vencer isso e vencer por eles! - segura a mão dela. Logo estarão aqui e as coisas vão mudar para você!
— E se não mudar?
— Vai mudar!
— Estou com saudades dela...- acaricia a girafa.
— Logo estará aqui! Vamos comer agora, sem desculpas! - pega a bandeja.
— Não...
— Paula, por favor! - pega um pouco no garfo. Só um pouquinho...- coloca na boca dela.
— Não, não...- engole, impedindo que ele coloque outra vez. Não aguento! - vai para o banheiro.
— Paula! - segue.
— Espera aí...


Ela vomita o pouco que comeu enquanto ele a ampara sem saber o que fará.

— Vem...- a deita. Beba ao menos o suco...- pega o copo. Aqui...- a ajuda beber. Vamos ter que aplicar soro novamente... Senão você não terá forças para fazer nada! Eu já volto... Não saia daqui! - pega as coisas na cama e vai para a cozinha.
— Vitor...- se levanta. Venha comer, eu fico com ela!
— Vamos ter que aplicar o soro novamente, ela vomita o pouco que come!
— Vou buscar! - sai.
— Posso vê-la?
— Claro Bia... Pode ir até lá!
— Não adianta ligar para um médico?
— Não... Fala que é para dar a medicação, insistir para ela comer...A gente está tentando fazer tudo, mas ela não colabora.
— Vitor, você precisa descansar, meu amigo! - Monteiro se aproxima dele. Bia vai ajudar a cuidar dela...
— Eu sei! - sorri. Obrigado por terem vindo!
— Imagina!
— Bom... Enquanto estão lá, vamos tomar um café?
— Sim! Um café depois do almoço faz mais do que bem...- ri.
— Vamos lá! - seguem para a cozinha. Diva?
— Oi! - se vira para ele.
— Queremos um café! - sentam-se na bancada.
— Acabei de passar! - os serve.

Diva coloca umas bolachas junto e um doce de leite, se retirando logo em seguida.

— Vitória, onde está?
— Na minha mãe! Mas já está vindo...
— Tudo isso é uma situação tão... Paulinha sempre foi muito forte!
— Sim! Desde a primeira vez quando acompanhei a primeira depressão que ela teve, vi o quanto ela foi forte. Mas foi depois dessas gravidezes Monteiro que realmente a vi de um jeito que jamais imaginei, com uma força... Não dá para mensurar! Desde a morte do nosso filho ela vem mudando... Deveria ter procurado ajuda!
— Não, não se indague agora! Isso tudo é muito relativo, não tem como adivinhar. Uma hora se está bem, em outra já não está... Não cabia a você enxergar uma coisa que sequer sabia que ia acontecer!
— Mesmo assim... Me sinto tão... Estive pensando em conversar amanhã com Carolina e ir com a Paula para Miami, ter os bebês lá! Sair um pouco daqui, ver se ela melhora estando em outro local, vivendo outra experiência! Vitória não estuda ainda, seria mais fácil... Pauso meus shows e vamos.
— É uma ótima ideia! Se Carolina permitir acredito que valha muito a pena vocês irem...
— Vou falar com ela amanhã e se houver permissão preparo tudo e vamos o mais rápido possível! Quero o que for melhor para Paula!
— Não tenho dúvidas e iremos te apoiar em qualquer decisão.
— Obrigada! - sorri.
— Vitor... - chega atras dele.
— Oi!
— Paula quer você lá...
— Vou indo! - desce da bancada. Licença, fiquem a vontade! - se retira.
— Ela não deixa ele em paz! - o olha sair. O coitado já cancelou shows, compromissos porque ela não dorme sem ele, não come se ele não der, não deixa os outros a ajudarem no banho!
— Normal Dulce!
— Está ficando pesado para ele...
— Mas é a família! E ele disse que amanhã falará com Carolina e se ela permitir ele levará Paula para Miami.
— Não duvido!
— Pois é!

Dulce termina de tomar café da tarde com Monteiro. No quarto Bia conversa com Paula enquanto Vitor fica ao lado dela como pedido.

— Vou tomar um banho, ok?
— Vai me deixar sozinha?
— Não... Estou aqui do lado e Bia fica aqui com você enquanto estou no banho.
— Não demora!
— Não irei demorar! - se levanta e vai para o banheiro.
— Você sente eles se mexerem? - coloca a mão na barriga dela.
— Aham! Se mexem bastante... Principalmente à noite. Minha filha não chegou ainda?
— Não... Mas jaja ela chega!
— Quero ver ela... Parece que faz tantos dias que ela saiu daqui!
— Oh minha querida, tudo vai voltar ao normal!
— Será? - chora.
— Vai! - a consola.
— Bia, estou com tanto medo...
— Medo de que?
— De perder meu marido!
— Por que isso? Você jamais vai perdê-lo.
— Fazem dois meses que descobrimos isso... E desde então eu tenho sido só um fardo para Vitor!
— Não! Não diga isso, ele não vai gostar nada disso quando souber que você está pensando assim.
— Não quero perdê-lo Bia... Nunca quis!
— Você não vai! - aperta a mão dela. Pare com isso! Ele te ama tanto e não vai te deixar...
— Não vai me deixar porque estou assim?
— Não vai te deixar porque te ama, independente de como você esteja! Paula, você sempre foi acostumada às pessoas ficarem te fazendo grandes declarações... Isso é fútil, mínimo perto de grandes atitudes de verdade. Da preocupação, do verdadeiro respeito, do se doar, do estar sempre ali para alguém... E Vitor é assim pra você! Nos momentos que você mais precisou, estando vocês juntos ou não, sei o quanto ele te deu força. Ele não vai te deixar, minha querida...
— Mamãe...- entra no quarto.
— Aí, meu amor! - sorri ao ver a filha. Vitória! - senta-se na cama. Vem aqui! - a ajuda subir. Meu Deus! - abraça a filha chorando. Que saudade eu estava! - beija-a.
— Cadê os nenéns?
— Estão aqui na barriga da mamãe ainda! - riem. Como você está linda... - acaricia-a. O que fez na vovó?
— Brinquei com os auau!
— Sério!? Que legal! - sorri.
— Cadê o papai? - olha para ela.
— Ele já vem, está tomando banho! - senta-a em seu colo. Filhotinha, me conta... Foi legal ficar na vovó?
— Sim! - bate palmas rindo.
— Deve ter feito tudo que não pode! - riem. Você não vai dar um abraço na Bia?
— Vem aqui fofura!- Vitória a abraça. Você está muito linda!
— Obrigada!
— De nada! - ri.
— Vou pegar as bubus...- desce da cama.
— Cuidado! - a observa.
— Está linda demais!
— Sim! - sorri.
— Estou ansiosa para ver as carinhas de Antônia e... Uai, qual o nome do menino?
— Vitor! - o vê sair do banho. Vitória chegou!
— Sério? Já vou vê-la. - entra no closet.
— E então?
— O que?
— O nome do bebê... Paula você já está quase para ganhar e não temos nenhuma fralda com o nome do bebê.
— É que não decidi... Quero muito um nome, mas não sei se é certo!
— Como assim não é certo?
— É que... Difícil explicar! - se levanta. Vou ver Vitória, está demorando voltar...- vai atrás da filha. Hei, gatinha... Vem com mamãe! Pega as bubus aí e vamos brincar.
— Mamãe, atí...- entrega um livro para ela.
— Você quer ler? Vamos ler... Vem...- segura na mão dela e entram no quarto de Paula. Tia Bia eu amo livros!
— Eu sei! Vou trazer alguns para ela...
— Sim! - senta-se na cama novamente.
— Vitória...- Vitor aparece na porta do closet.
— Papai! - corre.
— Oi, minha princesa! - se abaixa a abraçando forte. Que saudade, que saudade, que saudade! Eu te amo tanto! - a olha. E você cresce demais! - ri. Parece que não te vejo há séculos!
— Papai, a mamãe tem os nenens ainda! - aponta para Paula.
— Sim! - ri. Ela ainda está com os bebês! - se levanta. Você estava lendo filha?
— Sim...
— Pulinha, vamos para fora um pouco? Vamos se sentar lá fora, sair do quarto, tomar um sol... Diva fez um café maravilhoso...
— Tudo bem... Vamos...


Bia vai na frente conversando com Vitória e Vitor as segue auxiliando a Paula.

— Você precisa comer alguma coisa... Qualquer coisa! Até batata frita se quiser...
— Vitor! - ri.
— Que saudade! - olha-a. Ver você rindo! - sorri.
— Vou melhorar?
— Vai! Você vai melhorar, meu amor... Todo dia um pouco mais. Vamos sentar ali fora com Vitória...
— Estava com tanta saudade dela...
— Eu também! - beija a cabeça dela. Senta aqui! - a ajuda se sentar.
— Vivi, vem aqui com a mamãe um pouquinho! - sorri. Coloca ela no meu colo...
— Vem filha! - a pega colocando no colo de Paula. Não fique pulando no colo da mamãe porque os bebês estão aí!
— Onde?
— Aqui amor...- coloca a mão na barriga. Estão os dois aqui! - ri. A Antônia e o...
— Mamãe! - Vitória a interrompe.
— Oi?


Ela conversa com Paula enquanto mexe no seu cabelo. Vitor senta-se ao lado e começa conversar com as visitas. A tarde vai passando e eles vão conseguindo entreter Paula aos poucos. A psicóloga dela chega na fazenda e faz a sessão do tratamento para a depressão. Ao sair do quarto procura pelo Vitor.

— Olá Dra! - a cumprimenta. Está tudo bem!?
— Sim! Ela estava mais colaborativa do que a última sessão.
— Há uns dois dias ela teve outra crise, pedimos que Vitória saísse de casa para não viver isso. Hoje de manhã teve outra novamente... Vim para casa e ela já estava mais calma.
— Vitor, essas crises são de insegurança, de culpa, de vários sentimentos misturados que estão fazendo mal a ela... Era um momento exatamente feliz que se tornou um pesadelo, mas estamos trabalhando da melhor maneira para auxilia-la a superar isso.
— Sim...
— Troquei alguns medicamentos...- entrega para Vitor o papel. Como esta na reta final da gravidez.
— Ok!
— Até gostaria que você me informasse o dia que ela for dar à luz... Quero acompanhar para ver o contato dela com os bebês.
— Claro! Farei isso...
— Vou indo! Mantenha a filha de vocês afastada quando ela estiver em crise, caso contrário deixe ela bem perto de Paula.
— Certo. Obrigada por tudo! - segue com ela até a porta.

Vitor retorna ao quarto e se depara com Vitória e Paula lendo juntas.

— Papai...- o vê. Venha aqui, Vitória está contando a historinha dos coelhos!
— Verdade? - senta-se na cama ao lado delas.
— Ó papai...- mostra a figura no livro. A mamãe Coelho, o filinho...
— Sim! E esses aqui? - mostra.
— Os maninhos! - olha para ele.
— Isso! - riem. Você tem três maninhos!
— Quem?
— Maria, Antônia e o outro bebezinho...- olha para Paula.
— Já escolhi o nome e hoje tive certeza que deve ser esse mesmo!
— Que bom, amor! Você quer contar?
— Ainda não... Só quando ele nascer!
— Ok! - sorri.
— Ontem eu fui até o quartinho deles... Queria ter saído para comprar mais coisas, mas...
— Está tudo bem! Vai dar tempo de comprarmos o que for necessário. Queria te falar uma coisa...
— Diga...
— Amanhã, se Carolina te liberar, vamos começar arrumar as malas e iremos para Miami. Você terá as crianças lá!
— Vitor... Não quero entrar em um avião com tanta gente, com...
— Não iremos de voo comercial, iremos no jato! Já conversei com o piloto e ele me certificou de que ia já deixar pronto as licenças necessárias e o que mais precisasse. Escuta, isso é só uma hipótese... Se você não quiser, não iremos!
— E minha mãe, e Cíntia?
— Irão conosco! Mas calma... Só iremos se os médicos liberarem.
— Tudo bem...
— Estão mexendo? - olha a barriga dela.
— Sim! - sorri.
— Que danados! - coloca as mãos rindo.
— Olha aqui filha, os bebês estão se mexendo...- pega a mãozinha dela. Sentiu!?
— Aí! - Vitória ri.
— Oi amores da minha vida! - entra. Como estão?
— Vem sentir mãe... Estão se mexendo!
— Aí! - corre. Deixa eu ver! - coloca as mãos. Meu Deus! Estão em festa para virem ao mundo logo, logo.
— Sim! Não vejo a hora de vê-los...
— Eu também! - sorri. Nossos filhotinhos! - beija a barriga de Paula.
— Amor, amanhã você vai me levar?
— Claro que vou Pulinha! Iremos todos juntos acompanhar, não se preocupe.

Dulce busca as bolsas dos bebês e aproveitam para refazer enquanto Paula está animada. Diva aparece no quarto informando que o jantar está servido. Vitor busca uma sopa que foi feita para Paula e a ajuda comer.

— Se você enjoar, me diga... Está muito cheirosa...- pega um pouco na colher. Vamos lá...- coloca na boca dela. Bom!?
— Sim... Mas vamos devagar! - limpa a boca. Cadê a água?
— Aqui...- entrega. Tem suco também!
— Não, quero só água! - pega.
— Ok...- a aguarda beber.
— Pronto... Pode me dar mais um pouquinho...
— Aqui! - coloca na boca dela novamente.
— Vitória está comendo?
— Sim! Sopa também, conversando igual um louro! - riem.
— Ela está demais! Já imaginou ela com os bebês?
— Já sim... Acredito que ela vai querer cuidar deles! - sorri. Tome, mais um pouquinho...- ela come.
— Já está bom, o cheiro já está me embrulhando...
— Vamos tomar o soro mais tarde...- coloca o prato de lado.
— Aquilo é péssimo!
— Mas é necessário! Você emagreceu muito em vez de engordar... Os bebês precisam que você esteja forte!
— Eu vou estar! - olha para ele. Tem acontecido tanta coisa e eu tenho sentido tanto medo de tudo, de não voltar ao normal, de não conseguir ser melhor para nosso filhos... Mas estou tentando me fortalecer e continuar lutar por eles e por você também!
— Tudo que está fazendo já demonstra o quão grandiosa você é e não imagino melhor mãe para essas crianças do que você! As coisas irão melhorar, confie...-beija a mão dela. Vou buscar o soro...- se levanta e sai.

Vitor retorna ao quarto e aplica o soro em Paula como a médica havia ensinado no início do tratamento. Ao final ela já está sonolenta e ele a ajuda se aconchegar na cama.


— Boa noite! - beija a cabeça dela.

Se retira do quarto para ver Vitória que já adormeceu também. Segue para o escritório onde fala com Leo a respeito da possível viagem para Miami e decidem como farão as coisas caso ele tenha que ir. Resolve mais algumas questões do escritório de Paula e retorna ao seu quarto, deitando-se ao lado dela. Na madrugada ele acorda assustado com Paula ofegante.

— Pulinha! - acende o abajur. Calma, respira...- a senta.
— Minhas mãos! - olha para ele.
— Sim! Estão dormentes, mas vai ficar tudo bem... É só mais um crise de pânico, eu estou aqui meu amor! - segura a mão dela.
— Eu não consigo respirar! - chora.
— Calma! - corre no banheiro e pega uma toalha. Calma! - vai secando-a. Vai ficar tudo bem! Mentalize que dará tudo certo. - amarra o cabelo dela.

Vitor retira a camisola dela a secando do suor que pingava. Diminui a temperatura do ar e a deita, segurando suas mãos. Vai conversando com ela enquanto ela chora desesperada até que dez minutos depois ela se acalma.

— Não aguento mais isso! - chora.
— Vai acabar! - beija a mão dela. Vamos tomar um banho! - pega-a no colo.
— Vitória está bem!?
— Está! Está dormindo aqui do ladinho... Ela está bem.
— Será que os bebês estão? - chora.
— Estão minha pequena e você também estará!

A banha, deitando-a em seguida. A ajuda tomar um medicamento e se deita juntamente com ela.


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Notas finais do capítulo

Explicando melhor o capítulo: Paula está com uma depressão na gravidez, o que é muito comum e muitas mulheres devido ao momento exatamente delicado. Logo, logo os bebês nascerão e muita coisa vai acontecer ainda! Será que eles terão mais filhos???? E qual o nome do bebê??? O que acham!? :D



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