12 anos em 12 escrita por 12 anos em 12


Capítulo 106
Capitulo 105




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Ela aguarda se aproximar mais, observando a cachoeira e buscando o equilíbrio.

— Oi...
— Oi pai! - o olha.
— Tudo bem?
— Sim! - sorri.
— Vou me sentar! - se aproxima dela.
— Senta...- se afasta um pouco para ele sentar.
— Como está Vitória? - sorri.
— Bem! - olha para ele. A cada dia mais esperta!
— Já monta!?
— Não! - ri. Quero dizer... Ela adora os cavalos! Sempre a levo e monto junto, mas por pouco tempo...
— Sim... - ri.
— Como está?
— Bem... Fiquei feliz quando Vitor me ligou.
— Que bom!
— Queria poder te ver no seu aniversário...
— Fico feliz, pai! - sorri.
— Como passou?
— Em casa... Só com família mesmo... Não quis festa porque Vitor não estaria!
— Você gosta muito dele...
— Eu o amo muito! - sorri.
— E ele se preocupa muito com você!
— Sim... Tenho certeza que sim!
— Vocês querem outro bebê? - joga uma pedra no rio.
— Oi!?
— Vocês... Querem ter outro filho?
— Eu...- pensa. Eu não sei, pai!
— Deveriam ter...- olha para ela.
— Por que diz isso?
— Porque sua filha merece um irmão.
— Ela tem... Vitor tem mais uma filha.

Paula conta para ele sobre Maria, mas ele continua a dizendo para que tenham mais um filho.

— Vitor pediu pro senhor me falar isso?
— Vitor? Claro que não... Estou dizendo porque você está com semblante de mãe.
— Sou mãe! - ri.
— Não falei nesse sentido! Paula...
— Sim!? - olha para ele.
— Me perdoa! - começa chorar. Me perdoa minha filha por ter renegado você todos esses anos! Por ter te afastado mesmo te amando tanto. Não quero ficar longe de você, nem da minha neta...
— Pai! - se aproxima dele já chorando. Ô pai! - o abraça. Me desculpa! Me desculpa o senhor por tudo!
— Como...- olha para ela. Como vou ver a menina?
— Pai...- pensa. Vitor dará um jeito! - sorri. E o senhor verá a Vitória...
— Você não vai me perguntar nada?
— Não! Não quero saber mais do passado... O importante é que nos acertamos!
— Sim! - sorri.
— Mas gostaria que o senhor permitisse o Nilmar vir falar com você!
— Tudo bem... Peça que ele venha e mande o Vitor me avisar.
— Eu posso pegar o número do senhor com Vitor? Para gente se falar...
— Sim... Mas meu celular é bem simples, então só ligações!
— Então me deixa te dar um! - sorri.
— Paula...
— Para mim poder enviar fotos da Vitória!
— Você vai enviar mesmo?
— Vou! - ri.

Conversam sobre Vitória até que ele diz precisar ir. Paula o acompanha até certa parte do caminho e se despedem, felizes. Retorna correndo e chama Vitor.

— Aqui! - retira a camisa.
— Ele ama tanto a Vitória! - ri.
— Ele te ama também! - retira a calça. Vamos entrar?
— Sim! - ri.

Paula tira a camiseta e a calça que estava vestida e pula, nadando até ele.

— Que agua deliciosa! - ri.
— Sim! Vem aqui...
— Calma...- nada mais próxima.
— Você vai dar um celular ao seu pai?
— Estava ouvindo a conversa, Vítor Chaves? - o abraça.
— Só um pouco...- riem.
— Vou! Mas ele só aceitou depois que falei que ia enviar fotos da Vitória... Agora descobri como ajudar meu pai!
— Usando nossa filha!
— Não! - ri. Não é assim também... Mas se for em nome da Vitória ela vai aceitar tudo.
— Por mim tudo bem! - sorri. Desde que você esteja feliz! - a acaricia.
— Muito obrigada pelo que fez! - olha no fundo dos olhos dele. Você me transforma! - sorri.
— Eu sei! - pisca.
— Ah é...- sorri. Você sabe de tudo! - riem.

Vitor a envolve em seus braços, beijando-a com carinho. Paula se deleita com as carícias do esposo e ali ficam por um bom tempo.

— Vamos voltar! Você precisa comer um pouco...
— Não estou com fome...
— O que? - olha para ela. Você não está com fome? Tem problema aí...
— Que besteira! - riem. Só não estou com fome mesmo...
— Tudo bem...- beija-a.

Saem da cachoeira e seguem pelo lugar, visitando outras cachoeiras, tirando fotos, observando o sol ir embora de mansinho.

— Posso postar a minha foto com o cachorrinho? - mexe no celular.
— Não fale onde estamos!
— Tudo bem!

Ao chegarem onde estão hospedados, Paula deita-se na cama e manda a foto que Vitor tirou no celular dele para ela.


Achei um amiguinho hoje!
#passeando #diamaravilhoso #amando

— Vou tomar um banho! - pega uma roupa na bolsa.
— Posso ir junto!? - desliga o celular.
— Você ainda pergunta!? - sorri.

Vão para o banheiro e ligam ducha. Banham-se e combinam de sair para jantar.

— O restaurante daqui é bom, amor!
— Então vamos nele!
— Não vou me arrumar muito...- olha a mala.
— Vá assim! - a observa.
— Dai também já é bagunça! - ri.
— Só estamos nós dois...
— Exatamente por isso! - olha para ele. Nunca vou deixar de me arrumar para você! - sorri. Nem que seja para irmos na esquina...- volta mexer na mala. Por falar nisso, Vi... Vou precisar ficar em BH alguns dias.
— Para que? Pensei que voltaria comigo para Uberlândia!
— Preciso ir ao salão! - olha para ele. Preciso me depilar, fazer meu cabelo!
— Faz isso em casa Paula! E não precisa se depilar agora, está tudo certo ainda...- riem.
— Palhaço! Quero ver quando não estiver tudo certo se você vai querer...
— Uai, não era assim na nossa primeira vez...
— Na nossa primeira vez você nem chegava a parte de baixo como chega agora! - o encara.
— É... Isso é verdade! - riem. Melhoramos né com o tempo? - pensa.
— Ainda bem! - coloca a bolsa na cama. Tome! - joga para ele. Vista essa aí!
— Mas Paula...
— Vista essa dai! Não quero sair para jantar com você com essa camisa preta.

Ele troca a camiseta e ela termina de se arrumar. Descem até o restaurante e aceitam a indicação do chefe. Vitor escolhe o vinho e eles são servidos.

— Obrigada! - sorri.
— Prazer imenso receber a Senhorita novamente aqui!
— Muito obrigada! - sorri. Estou muito feliz em ter retornado!
— Fiquem a vontade, por favor! - se reverência e sai.
— Simpático, né!?
— Muito!
— Queria saber de Vitória!
— Sua mãe me ligou... Está tudo bem!
— Por que não me fala as coisas? - o encara. Não sei porque ela não liga para mim.
— Paula ela tentou! Mas você não atendeu.
— Não vi nenhuma chamada!
— Enfim... Eu me esqueci de avisar! Desculpa.
— E Maria? - bebe o vinho.
— Bem também! Gostou da nova professora...- faz o mesmo.
— Quando ela vem?
— Não sei... Camila me pediu uns dias para ela se adaptar! E Maria não falou sobre vir. - diz triste.
— Meu amor... Eu tenho certeza que ela quer te ver!
— Eu sei... Só fico preocupado dela não querer mais vir.
— Ela está animada por estar estudando! Maria não tinha isso. Dê um tempinho a ela...
— É... Você está certa! - segura a mão dela.
— Pena que já temos que ir embora amanhã de manhã...
— Mas foi bom, não foi?
— Foi ótimo! - sorri. Estou tão feliz! - aperta a mão dele.
— Isso que importa para mim! - beija a mão dela.
— Eu te amo! O que você tem feito por mim é sem explicação...

Ele sorri acalmando ainda mais a alma dela. Entram em outro assunto até serem servidos e brindarem aos dois.

— Não quer mais amor? - limpa a boca olhando o prato dela.
— Sim... É que esse pato...- passa a mão na barriga. Acho que não me fez muito bem!
— Então não come! - pega o prato dela. Deixa que eu como! - coloca no prato dele. Quer pedir a sobremesa?
— Sim! - sorri. Posso escolher? - pega o cardápio.
— Claro! - come.

Paula escolhe a sobremesa e bebe mais um pouco de vinho enquanto não a servem. Vitor termina a refeição e a encara.

— Devagar, meu bem...
— Ê... Nem venha! Estou sã...- riem.
— Aquele dia que estávamos no prédio do seu escritório...- a observa.
— O que tem?
— Você realmente passou mal?
— Passei! - o encara. Está achando que menti? - ri.
— Não! - riem. É que fui tudo tão...
— Tão bom! - sorri. É sempre bom!

O garçom traz a sobremesa e ela devora em minutos. Vitor se surpreende quando ela pede outra e faz o mesmo.

— Não vai comer a sua?
— Vou...
— Me dá só um pouquinho do seu sorvete?
— Aham...- entrega para ela.
— Obrigada! - sorri feliz comendo.
— Com fome, né!?
— Sim! - limpa a boca. Morrendo de vontade de comer doce! Meu Deus... Esse petit gateau estava muito cremoso. Acho que nunca comi um assim!
— Estava bom mesmo! Vamos?
— Deixa eu terminar...- come.

Vitor a observa comer com tanta vontade e saem em seguida abraçados.

— Queria viver nesse lugar!
— Sério? - olha para ele.
— Sim! Quem sabe um dia não temos uma casa aqui...
— Seria maravilhoso! - sorri. Um sonho!
— Precisamos ir a Angra! Ver nossa casa...
— Sim! Na próxima oportunidade vamos todos...
— Pode ser quando Maria vier?
— Claro! Fazemos quando Maria vier. Vitor, olha aí...- aponta. Que lua mais linda!
— Uau! Vamos ali na pedra...
— Sim!

Sobem em uma pedra e sentam-se lado a lado, com ela escorada em seu ombro. Observam a lua tão brilhante...

— Parece que ela olha para gente...
— Sim! É incrível...
— Queria...-respira fundo. Eu queria te pedir uma coisa! - retira uma caixinha do bolso.
— O que foi? - se afasta olhando para ele.
— Quer casar comigo novamente? - abre a caixa com um anel dentro.
— O que? - olha para ele perplexa.
— Eu me casaria com você todos os dias...- coloca o anel no dedo dela. E você? Aceita casar comigo de novo? - a observa.
— Vitor...- se emociona. Eu aceito me casar com você! - o beija. Todo dia! - se abraçam.
— Eu te amo! - a traz para si. Pode escolher a data, pode escolher como quer e onde quer! Nós vamos e casamos...- aperta sobre si.
— Pode ser fora do país?
— Pode! - ri. Onde você quiser!
— Mas pensamos nisso depois, sem pressa! Vamos para nosso quarto?
— Vamos! - beijam-se.

Retornam entre risadas depois de Vitor ter escorregado na pedra.

— Meu anel é lindo! - estica a mão para ver.
— Que bom que gostou! - fecha a porta.
— Você quem escolheu?
— Sim! - se aproxima dela rindo. Olhe...- segura a mão dela. Uma esmeralda...- coloca o dedo na pedra. E diamantes...- escorre o dedo pelas outras. E...- a traz para si. O meu sol...- coloca o cabelo dela para trás. Esse anel foi desenhado para você... E Deus te desenhou para mim!

Vitor aproxima o rosto dela para o seu. Encosta seus lábios sorrindo sobre os dela, escorregando suas mãos pelas alças do vestido. Paula se segura nele, retira os sapatos e o traz para cama. Se amam vagarosamente. Sem pressa, sem tormentos, sem meios termos. São por inteiro, um só, com as almas misturadas e os corpos em choque. Vitor acaricia o corpo dela com beijos, recuperando o ar, o sentido, a noção.

— Um dia inteiro de amor! - deita sobre o peito dele.
— Ainda é pouco!
— Também acho! - levanta a cabeça e o beija. Mas estou cansada...- deita novamente no peito dele.
— Descanse! - beija a cabeça dela. Amanhã saímos cedo!
— Vi... Você vai ficar comigo aqui em BH?
— Pulinha...
— Por favor, meu amor! - olha para ele. Por favor! - beija-o.
— Pulinha! Pulinha!
— Vitor! - o acaricia.
— Óh...- riem.
— Por favor!
— Tudo bem! Tudo bem, Paula...
— Podemos ir a alguns lugares! - deita novamente.
— Vamos ao cinema?
— Sim! - sorri.
— Pena que lá teremos que chegar ao final do filme! - caem na risada. Estava pensando aqui... Sobre fazermos aquela vidraça na fazenda. Acho que vou entrar em contato com a equipe de arquitetos que nos ajudaram da última vez! O que acha?
— Canta para mim dormir? - abraça ele mais fortemente.
— Sim... - ri. Qual ver ouvir?
— Água de oceano...
— "Em pleno deserto te encontrei... Nunca imaginava ser assim, o que jamais pensei... Foi ter você perto de mim...- a beija. O sol... Queimava minha paz quando você chegou! Não sabe, o bem que me faz à sombra desse amor...- acaricia os cabelos dela.

Adentra a madrugada cantando a canção e acaba dormindo feliz com ela em seus braços descansando com uma feição sorridente, de paz.


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Notas finais do capítulo

Casamento!!!!! ❤️❤️



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