Dark - Segunda Temporada escrita por Petrova


Capítulo 13
Capitulo 11


Notas iniciais do capítulo

MEUS LEITORESS FAVORITOS
então postei capitulo hoje porque amanha não vou estar em casa, tenho que ir com minha irmã fazer matricula na faculdade e vou fazer minha inscrição de tarde num curso para o ENEM
então
resolvi postar capitulo hoje e amanhã se der tempo posto o capitulo 12, caso não dê eu posto na quinta
quero comentarios
mascara de nina: http://4.bp.blogspot.com/-C-Exxmw1W50/UKrOqq_BL_I/AAAAAAAAF_0/6TozH79vZnU/s1600/baile+de+m%C3%A1scaras+gossip+girl+nate+jane+blog+festa+de+anivers%C3%A1rio.jpg
mascara de lauren: http://capricho.abril.com.br/blogs/15anos/files/2012/11/baile-mascara-1.jpg
mascara de suzanna: http://cdn.mundodastribos.com/378150-mascaras-de-carnaval-2012-modelos-33.jpg
boa leitura anjos



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CAPITULO XI

Edward Ackland estava disposto num altar coberto por uma extensa lona no campo plano de grama bem aparada no fundo do grande clube da prefeitura. Luzes iluminavam o palco da comemoração juntamente com uma decoração clássica, por isso dos vestidos, dos ternos e das mascáras. Em poucos minutos, uma banda tocaria repertorio de bandas famosas da época da maioria dos pais dos jovens que estavam aqui onde neste exato momento nosso prefeito se encontrava com a sua mulher, Eleanor Ackland. Ela tem cabelo louro preso num penteado firme, jóias caras e um vestido dourado longo que cobria seu físico magro.

Lauren, Suzanna e eu estávamos a alguns metros do palco segurando taça de champanhe que foram servidos para todos os convidados. Uma parte dos jovens estavam aqui para dançar a noite toda e parte dos adultos estavam lá dentro tomando diversos tipos de bebidas caras, conversando tranquilamente o mais longe da musica e dos jovens empolgados.

– Sejam bem-vindos a Centésima festa de celebração a um novo ano e à junção de North Pole, Sponvilly e Fort Wainwright numa causa beneficente que é a integração das organizações para fundos solidários com apoio do governo e da população.

Todos aplaudiram igualmente.

– Agradeço a responsabilidade de trazer essa celebração mais uma vez para a nossa cidade. Todos vocês ajudaram no decorrer desse dia cheio de celebração com quantias que futuramente irão ser desviadas para organizações para o prol da população. Por esse motivo, ofereço um drinque a todos que participaram ativamente dessa comemoração. – Sr. Ackland ergueu seu braço e sua taça para frente sinuando um brinde, todos nós fizemos o mesmo. – Espero que continuem curtindo a noite e façam desse dia um marco na vida de todos vocês. Tenham uma boa festa.

Aplaudimos fortemente e em alguns segundos o Sr. e a Sra. Ackland deixaram o palco e se juntaram a outras pessoas que deveriam ser de algum status na cidade. Duas pessoas subiram ao palco rapidamente trazendo consigo um apoiador de microfone e o outro usava um ponto no ouvido para se comunicar com alguém. Não demorou muito que três jovens subissem ao palco, eles deveriam ter em média entre vinte cinco e vinte e oito anos. Um loiro de cabelo nos ombros preparava-se para sentar frente a bataria carregando suas paquetas consigo, outro moreno tinha uma palheta entre os dentes enquanto ajeitava sua guitarra no ombro e checava ao mesmo tempo o som. Por ultimo, um ruivo de cabelo repicado checava um punhado de papeis, talvez lembrando-se das musicas, enquanto um dos ajudantes posicionava bem o ponto no seu ouvido.

– O baterista é apresentável. – Suzanna sussurrou para nós. – Ele é gato, caramba.

– Por Deus, Suzanna, se decide por quem vai se atrair.

– Eu me atraio com todo mundo. – ela deu de ombros para Lauren e deu um gole no seu champanhe.

– Contanto que não a vejamos chorando por Matt, tudo bem. – eu deixei escapar.

– Não me fale esse nome. – Suzanna me deu um olhar mortal. – Tudo que estou implorando é que por uma noite pelo menos eu possa conseguir me esquecer desse ser imprestável que se diz meu namorado.

– Não faça nada que vá se arrepender. – eu a avisei.

– Nunca me arrependo de nada, me arrependo daquilo que não fiz.

– Isso é tão clichê.

– Sua vida é clichê, Lauren. Incluindo aquele homem.

Nós olhamos ligeiramente para a entrada e vimos um loiro de suspensório atrás de um terno cinza. Ele não estava de mascara, por isso o reconhecemos. Era o Damian, e ao seu lado estava Daniel, só o reconheci porque era óbvio ser a única pessoa a chegar ao lado de Damian, apesar de que sua mascara escondesse muito bem seu rosto.

Lauren acenou contente para que Damian pudesse vê-la, o que ele já tinha feito assim que colocou os pés aqui. Eles tinham uma ligação além das explicações racionais.

– Talvez seja a hora de colocarmos as nossas mascaras, porque todo mundo está fazendo isso. – Lauren sussurrou baixinho prendendo a sua mascara preta atrás sem bagunçar o cabelo.

Eu faço o que ela disse e Suzanna também. A banda finalmente dá seu primeiro acorde e o vocalista se aproxima do microfone para dizer alguma coisa, e isso acaba me chamando a atenção enquanto coloco minha mascara.

– Nós somos o Nox At The Lion e tocaremos para vocês a noite toda. Espero que gostem.

– Bem, eu tenho a noite toda para vocês. – Suzanna sussurrou no meu ouvido.

Eu iria repreendê-la por estar insinuando um flerte com os garotos da banda quando percebo o motivo dela ter sussurrado apenas para que eu escutasse. Damian e Daniel estavam aqui. Ou Daniel estava. Damian procurou a cintura de Lauren e ambos se moveram para algum lado da enorme pista plana que estruturaram no jardim. Agora era eu, Suzanna e Daniel. A primeira musica era lenta demais para que as pessoas começassem a se mover mais precisamente para que eu me infiltrasse e sumisse sem ninguém perceber, mas parecia que só nós três estávamos deslocados de tudo isso.

– Boa noite. – Daniel disse para nós, mas encarava só a mim. – Vocês estão incríveis.

– Obrigada, Daniel.

– Muito gentil da sua parte. – Suzanna sorriu em satisfação.

Ela se virou para a banda e deu um gole a mais no champanhe.

– Você está impecável, Srta. White. – Daniel se inclinou na minha direção. – O que certamente já devem terem lhe dito.

Eu corei mesmo assim.

– Obrigada. – sibilei sem muito o que dizer.

O vocalista estava alcançando uma nota realmente alta quando me dei por conta de qual musica ele bradara para todos ouvirem. Era Times Are Hard do Redlight King, no refrão pude ter certeza que se tratava dessa musica e me lembrei que eu passava parte dos tempos livres com David ouvindo o repertório do Redlight King. E neste exato momento senti uma falta enorme de sua companhia.

– É uma boa musica.

Assustei-me com a presença de Daniel, mas ninguém fora capaz de observar, tinha esquecido por um momento que ele ainda estava ali enquanto Suzanna balançava a cabeça tranquilamente no decorrer da musica.

– É do Redlight King. É uma ótima musica. – sorri de volta olhando-o pelo canto do olho, mas a mascara dificultava um pouco minha visão periférica.

Daniel não discordou.

– Você aceitaria dançá-la comigo?

– O quê? – perguntei com um sorriso amarelo.

– Se você quer dançar.

– Eu não danço bem essas danças de salão. – avisei tentando procurar futuramente uma nova desculpa.

– Bem, eu posso te ajudar quanto a isso, sou um bom dançarino. – ele sorriu complacente com sua animação.

Eu o olhei disfarçadamente sem que ele notasse que eu estava em pânico. Não era para tanto, se tratava apenas de Daniel e ele tinha sido tão amigável nos nossos últimos encontros, mas eu não conseguia me sentir tranquila com sua mão na minha cintura dançando uma musica lenta de uma banda que era uma das favoritas do Andrew, pelo fato de eu ter visto vários CDs no seu Hamann. Movi minha cabeça para Suzanna que por sorte ouvia nossa conversa atentamente sem demonstrar interesse. Até agora. Dei um olhar de apuros e ela me entendeu na mesma hora.

– Nossa, como eu amo essa musica. – Suzanna segurou o braço do Daniel ligeiramente animada. – Seria pedir demais que você dançasse essa musica comigo, Daniel?

Ele deu um sorriso amarelo para ela.

– Tudo bem. – depois virou-se para mim sorrindo sem mostrar os dentes parecendo desconfortável.

Suspirei aliviada. Suzanna o levou para alguns metros daqui se entregando aos poucos ao ritmo da musica. Suzanna tentava mantê-lo interagindo com ela enquanto eu podia ter alguns minutos de sossego. Não evitei rir com a cena, de Suzanna tagarelando alguma coisa que não tinha absolutamente nada a ver com a festa, mas que manteria os olhos do Daniel fixados nela por mais dois minutos, no limite da música.

Ajustei minha mascara que estava começando a incomodar, certamente porque eu não era acostumada usá-la, nem mesmo nas festas de Halloween eu usei uma desta, mas pelo menos Lauren disse que ela estava combinando perfeitamente com meu vestido.

– Poxa, eles tem uns vinhos bem legais aqui. – Caleb se aproximou de mim com um liquido vermelho na sua taça.

Desde que chegamos, Caleb nos deixou prontificadas aqui enquanto ele e Clarice saíam para conhecer clube, mas depois que eles saíram, não vi rastro algum deles.

– Resolveu aparecer?

Caleb sorriu.

– Lá dentro estava realmente muito confortável. – ele tinha um sorriso ordinário no rosto.

– Um confortável de um metro e setenta, cabelo negro na altura da cintura com um vestido vermelho? – arqueei as sobrancelhas acusativa.

Ele rolou os olhos para mim.

– Como sabe disso?

– Clarice me contou que ela se chama Summer. – tomei um gole do meu champanhe. – E você parece bem interessado nela.

– Clarice também te contou que a Summer foi namorada do Andrew?

Eu o olhei furtivamente, primeiramente pasma.

– Nada muito sério. – ele comentou sem dar nenhuma importância. – Então ele veio para cá e ela o seguiu, como Andrew não repete o mesmo prato... – ele deixou a frase incompleta.

– Não acredito que me disse isso. – eu quase gritei.

– Acabei de dizer, Nina. E posso falar muitas coisas, inclusive, Summer já desfilou algumas vezes pelos cômodos da casa de campo dos McDowell. – ele se aproximou como se fosse contar um segredo. – E nua!

Segurei firme meu copo enquanto minhas pernas estavam totalmente bambas.

– Você só pode estar me provocando, não é, Caleb?

– Claro que sim. – ele bebeu um gole do liquido vermelho. – Até alguns meses atrás Andrew ainda era virgem.

Eu esmurrei seus ombros.

– Era uma brincadeira, Nathalie. – ele riu, os olhos apertados na risada. – Mas bem que Summer quis que Andrew lhe desse alguma atenção, ele nem deve ser lembrar dela, por incrível que pareça, Andrew é um cavaleiro fiel.

Revirei os olhos sentindo minha pele esquentar, mas ao mesmo tempo aliviada por tudo isso não ter passado apenas de um brincadeira de mal gosto.

– Andrew deveria escolher melhor seus amigos. – eu o encarei friamente.

– Andrew me ama, Nina, é provável que ele me escolha caso você faça a pergunta: escolha o Caleb ou a mim!

Fiz uma careta para ele tendo certeza que ele não estava tão sóbrio assim enquanto ria da sua piada. Observei sua taça para ter certeza de quão forte era esse vinho até perceber que o liquido era vermelho e grosso demais.

– Caleb! – quase gritei.

– O quê? – ele perguntou perdido.

Eu olhei dele para o liquido e vice e versa.

– Ah, isso. – ele balançou o liquido dentro da taça. – Não me dê esse olhar maníaco, Nina. Eu não estou bebendo sangue. – ele não se incomodou de baixar a voz. – E quero que saiba que você não me fará mudar minha dieta.

Ergui as sobrancelhas.

Dieta?

– Sim, a que envolve caçar coelhinhos, veados, ovelhas, essa dieta. – ele deu um gole no seu drinque e me encarou depois. – Eu não caço animais, ursos, leões da montanha, Nina, eu tenho um tipo favorito. Ele se chama A+ e B+.

Revirei os olhos e lhe mostrei minha cara de desgosto.

– Não acredito que me disse isso.

– Eu e Andrew gostamos mais do A+. É comum, tem mais chances de obter a presa ideal. – quando o encarei com os olhos arregalados por ele falar assim tão naturalmente, Caleb me mostrou um sorriso angelical. – Pare de ler livros sobre vampiros que não bebem sangue, e dê uma olhada na vida real.

Eu o ignorei e decidi viver com a minha história fantasiada de que vampiros não bebem sangue. O vocalista já tinha mudado a letra da musica para outra de um repertório que eu não me lembrava. Caleb parecia conhecer essa musica porque ele estava cantando ao meu lado, deve ser de algum repertorio britânico que estou perdida. Andrew deve conhecer, suponho, eles tinham o mesmo gosto, apesar de que Andrew não falaria metade das coisas idiotas que o Caleb fala. E ele não tem uma queda por uma garota onde passam mais tempo discutindo do que realmente pensando que ambos estão totalmente caídos um pelo o outro. Não é o Andrew, é o Caleb.

– Mas que porra é essa? – Caleb xingou de repente do meu lado.

Eu o olhei atônita por ele falar tão alto assim. Sua expressão era uma carranca e eu não sabia com certeza do que de repente o irritou. Ele se aproximou de mim encostando seu ombro ao meu.

– Aquele ali é o Matt? – ele apontou com o dedo mindinho da mão que segurava seu champanhe para Suzanna e Daniel.

– Não, não é ele. É o Daniel.

Ele bufou.

– E o que diabos ela está fazendo dançando com ele? – tinha um vinco no meio de sua testa.

– Ela está fazendo um esforço por mim. – disse baixinho, ao contrário dele, não queria que a festa inteira nos ouvisse. – Daniel me chamou para dançar e o único modo de escapar foi ela se oferecendo no meu lugar.

– E por que você não dançou com ele ao invés dela? – seus olhos eram bem negros, mas não pareciam as orbitas negras do Andrew.

– Tem algum problema Suzanna estar dançando com ele? - ergui as sobrancelhas e lhe encarei sugestivamente.

Caleb semicerrou os olhos e ao invés de me responder, deu um gole no seu vinho.

– Claro que não. Ela dança com quem quiser, só estava ressaltando que você não pode fugir de uma dança com ele até o fim da festa, a não ser que invente um desmaio ou desapareça.

Eu engoli sua desculpa.

– Eu posso pensar nisso.

– Então, divirta-se. – Caleb não me encarou, mas continuou andando para longe sem tirar os olhos de Daniel e Suzanna até que o limite impedia que ele ainda o fizesse e desaparecesse entre as pessoas.

Eu estava sozinha agora, mas não por muito tempo. A musica que Suzanna e Daniel dançavam chegou ao fim e percebi que ela não tinha mais desculpas para segurá-lo, a não ser que fingisse amar todas as musicas da banda e o implorasse que dançasse todas com ela. Minha alegria evaporou assim que ambos se aproximaram, ela com um sorriso desesperador e ele seriamente, mas aliviado pela dança ter terminado.

– Parece que eles estão cantando todas as musicas que eu amo. – Suzanna se aproximou e deu um sorriso amarelo.

– Eles são bons. – eu disse para dar ênfase a sua mentira.

– Poderia pedir uma musica a eles. Será que eles cantariam? – Suzanna continuou a tagarelar. – Acho vou que chamar o baterista, ele tem pausa, não tem?

– Eu não sei, mas poderia tentar. – Daniel disse, realmente pensando que o interesse de Suzanna em perguntar ao baterista fosse estritamente musical. E não físico.

Nós nos afastamos um pouco do centro e ficamos perto de umas mesas redondas que se estendiam pelo plano enquanto as pessoas dançavam. Eu não estava nem um pouco animada para ser chamada para dançar e quanto mais eu adiasse isso, melhor para mim. Então tentei pensar num assunto que fosse fora do contexto de musica, festa e pessoas dançantes se Suzanna não tivesse se inclinado para mim.

– Você está vendo aquilo? – ela perguntou, sua voz abafada.

Suzanna já deveria ter tomado mais de um copo de champanhe.

Aquilo? – arqueei as sobrancelhas sem entendê-la.

– Aquele homem. – ela sussurrou. – Sentado na mesa.

– Aonde?

– Do outro lado. – e discretamente ela apontou para o ângulo certo.

Um homem estava relaxado em uma cadeira tomando um gole de vinho do outro lado da pista, ele tinha uma mascara negra que lhe cobria quase o rosto inteiro, mas podia observar que tinha cabelos negros, cortados recentemente pois a pouca rajada de vento que vinha na sua direção fazia os fios mexerem preguiçosamente. Ele não estava nos observando até esse momento, quando seu olhar cruzou o meu. Meu coração acelerou.

– Pare de encará-lo. – murmurei.

– Mas eu não estava. – Suzanna se defendeu. – Eu o peguei olhando para cá. Para você. Parece que você tem um admirador.

– Deixe de bobagem, Suzanna. – para desviar minha atenção, olhei para minha taça e bebi um gole.

– Estou falando sério. Existe algo mais excitante do que um cara misterioso flertando com você? – ela tinha o rosto grudado ao meu.

– Eu não estou nem aí para flertes alheios, Suzanna, o que eu quero neste exato momento é curti o restante do show.

Suzanna revirou os olhos.

– Bem, se você não quer nem apreciar a vista, eu vou lhe mostrar o que está perdendo.

Eu a fuzilei com os olhos porque sabia exatamente de sua intenção. Eu segurei seu cotovelo e me aproximei.

– Não faça nada de maluco, Suzanna. – eu disse.

– Por favor, Nina, estou bem grandinha para fazer minhas escolhas, e essa noite não vou ter medo de nenhuma delas. – ela fez um movimento com o braço fazendo que eu a soltasse. – Vou procurar alguma bebida legal lá dentro, dizem que o prefeito tem uma coleção de vinhos. Volto num instante.

Eu sabia que o instante dela era nunca mais ou até o fim da festa.

– Tudo bem. – Daniel acenou para ela.

Eu fiquei quieta emburrada no meu canto. Tudo que eu estava observando era para onde Suzanna estava se dirigindo, torcendo para que fosse contrário a do homem misterioso. Aliviada, Suzanna seguiu exatamente para onde disse que estaria indo. Antes que ela subisse a escada para o alpendre e entrasse no clube, Suzanna deu uma pequena espiada para trás e me encontrou fazendo carranca, ela sorriu e acenou. Ela estava realmente brincando comigo, por isso deixei escapar um sorriso ligeiro.

– Será ela pode beber toda essa mistura? – Daniel se aproximou já que Suzanna saiu do seu lugar que se encontrava entre nós, agora o caminho estava livre.

– Eu não sei. Você nunca pode entender as loucuras de Suzanna. – cruzei os braços e o encarei rapidamente.

Daniel riu.

– Ela só está se divertindo, pelo menos.

Eu senti que ele estava falando isso diretamente para mim. Mas Daniel tinha razão. Eu estava aqui, tinha me vestido para isso, gastado parte das minhas economias com um vestido caro e tinha me produzido para uma celebração, mas neste exato momento eu não estava celebrando e estava comprometendo o divertimento de Daniel. Ele gostava de mim, gostava de conversar comigo e estar ao meu lado, e eu também gostava de falar com ele, mas não queria que os interesses se misturassem e ele nutrisse algo a mais por mim. O único problema era que eu não poderia evitá-lo para sempre, assim eu o afastaria para sempre.

– Você me dirá um não novamente se eu te chamar para dançar? – Daniel esticou a mão e deu um sorriso timido.

Eu sorri de volta.

– Claro que não. – coloquei a minha sobre a dele. – É uma boa musica agora.

Daniel finalmente estava sorrindo, de canto a canto e seus olhos brilhavam. Ele segurou delicadamente minhas costas me levando para algum lugar no meio da pista. Coloquei uma mão no seu ombro e a outra no seu braço e enquanto arriscávamos alguns passos, eu não podia evitar achar isso engraçado.

– Agora você está rindo. – ele sussurrou.

– Isso é constrangedor, eu não sei dançar. – murmurei sentindo minhas bochechas corarem.

– Você está indo muito bem, Srta. White.

Daniel se comportava devidamente como um cavalheiro e como se pertencesse à uma época de danças clássicas como estas, as que são comum em cortes e celebrações do século quatorze, dezesseis. Ele tinha um sorriso ligeiramente grande, tentava não ser pisoteado por mim e tentava manter um contato amigável, mas eu não me importei com isso enquanto a musica tocava no fundo e eu ria loucamente sem som algum. Daniel segurou delicadamente minha mão direita e fez um gesto simples para que eu girasse a sua frente, apesar de quase tropeçar na barra do meu vestido, voltei sã e salva sem machucar ninguém para seus braços e nossas marcações, mas parecia que a musica tinha chegado ao fim.

– Pronta para outra dança? – Daniel sussurrou para mim.

– Se eu não destruir seus pés, claro que sim.

Daniel sorriu e colocou sua mão nas minhas costas antes de percebemos que a banda tinha parado de tocar.

– Nosso querido prefeito Ackland nos informou que existe uma tradição na celebração aqui. Eu vou tocar algumas das minhas musicas favoritas que por coincidência foram pedidas por um dos convidados.

O vocalista pausou para ouvir algo vindo do seu ponto no ouvido.

– Okay. – ele disse mais para si mesmo do que para nós. – Sinto muito pelos casais já formados, mas a tradição não muda. Vocês terão um tempo na musica para se misturarem e trocar seus pares.

– Trocar os pares? – Daniel resmungou do meu lado.

Eu me lembro dessa tradição. E sempre a odiei.


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Notas finais do capítulo

o que acharam? Ignorem os erros