A Arma Escarlate - O Muiraquitã. escrita por NahHinanaru


Capítulo 2
Capitulo 2- Ultima semana de aula do nosso quarto ano.


Notas iniciais do capítulo

Me perdoem, estava bem melhor da primeira vez que escrevi, bem mais engraçado. mas perdi grande parte do capitulo porque meu notebook decidiu desligar sozinho e não salvar nada do q eu tinha escrito.
Espero escrever o próximo logo. Obrigada pela paciencia de esperar esse capitulo.

Ah e tenho q agradecer à Steph que me ajudou com umas dicas aqui. ^^



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–Índio!!! – Gritou a mesma voz que já conhecia a muito tempo.

Me virei fingindo que não reconheci sua voz e bufei:

–Ahh é só você.

–Sim! – sorriu ela animada. – Eu mesma!!! Onde você está indo?

–Me diga ocê. Nós dois sabemos que cê conhece meus horários melhor até mesmo que eu. – respondi seco. Era surpreendente ela saber os meus horários e não saber os dela! Sim ela de novo.

–Sei mesmo! – respondeu Nádia saltitante abraçando meu braço esquerdo. – Aula de Feitiços e logo depois Alquimia! A melhor aula!

–Aff... - bufei tentando me desvencilhar do seu abraço.

–Espero que o Rudji esteja usando aquele sobretudo dele! Ele fica um gato com ele. – ela disse aos suspiros.

Tratei de ignorar esse comentário, enquanto tentava puxar meu braço na marra para ela me soltar.

–Nossa! Não seja tão rude. – resmungou ela, forçando um biquinho de indignação. – Não precisa sentir ciúmes de mim, eu só tenho olhos pra você!

–E eu num quero “seus olhos” pra mim. – respondi irônico à ela. – Agora tenho que ir pras minhas aulas, e você? Não vai para suas aulas?

–Hoje as duas primeiras são na mesma turma que a sua, lembra? – riu ela.

–E vai ficar aí mesmo? – perguntei.

–Ah sim acho que sim, vou olhar a paisagem antes de ir para sala.

Como eu suspeitava, seus atrasos são todos propositais.

–Até mais! – sorriu ela pra mim.

Me virei para ir para aula de Feitiços.

Chegando a Sala meus amigos já estavam lá. Me sentei entre Viny e Capí.

Capí lia uma matéria do jornal, Viny estava com os braços atrás da cabeça encostado, enquanto Cai brincava com um aviãozinho de papel enfeitiçado por ela mesma.

–Demorou pra acordar? – perguntou Capí sorrindo.

Acenei discretamente confirmando.

Então ouvi Caimana segurando o riso, nós três olhamos pra ela quando ela disse:

–Demorou a acordar que nada! Ele estava lá embaixo com a Nádia, de braços dados.

Eu a fulminei com o olhar, e ela continuou rindo quando Viny disse sorridente:

–Então finalmente vocês estão namorando?

–Não diga besteiras. Nós não estamos namorando. – respondi nervoso. Impressionante que até quando ela não está presente ela consegue me tirar do sério.

–Sabia que um dia ela iria conseguir te conquistar. – sorriu Capí.

–Até ocê? – perguntei incrédulo.

–Que isso não precisa se irritar, sinhô xonadin. – Riu Caimana fingindo um sotaque mineiro mal feito. Eles sabiam perfeitamente que eu odiava essas atitudes dela, mas ainda ficavam me provocando com tudo isso.

–Eu num tô irritado! – disse seco e ríspido. – Já disse não tô namorando com ela, e ocêis parem cum isso.

–Podemos notar claramente que “ôce” “num tá” irritado. – gargalhou Viny, claramente debochando de mim, flagrando os resquícios do meu sotaque mineiro, que deixo escapar nesses momentos que sou tirado do sério.

Respirei fundo e quando estava prestes a responder, a professora Areta Akilah entrou na sala.

A sala se aquietou e logo, então ele continuou:

–Já saíram o resultado da prova final de vocês. – informou ela se fingindo de séria para fazer suspense, então abre um sorrisinho maroto e continua. - e fico orgulhosa em informar que apesar de tudo que aconteceu esse ano, todos estão preparados para entrar nessa segunda etapa educacional de vocês.

–Até mesmo os alunos que julgam essa matéria irrelevante. – disse ela com um meio sorriso.

Inevitavelmente olhei para o lugar que Nádia costuma se sentar, era de se espantar que ela, que vivia cabulando algumas aulas, também tenha tirado uma nota boa, quando percebo que ela ainda não havia chegado á aula. Irresponsável! O que me fez perguntar. Será que ela havia feito a avaliação final de feitiços? E justamente pela ausência da nota dela, que todos haviam ido bem nesse ano?

–Mas o fato de vocês terem ido bem na prova não significa que tenham o ultimo dia de folga, hoje começarei dando uma prévia do que irão estudar ano que vêm. – disse ela explicando sua matéria.

As aulas de Areta eram interessantes, sempre que podia emendava algum fato interessante sobre a história azêmola, achava um pouco fora do contexto, mas Viny adorava mesmo. Todos sempre prestavam muita atenção nelas, menos uma pessoa. Que simplesmente fingia as vezes que prestava atenção, isso quando se dava ao trabalho de fingir isso, que felizmente hoje ela não viria.

Quando de repende escutamos um ronco alto e profundo. Todos olhamos ao lado e lá estava Nádia, dormindo e babando em cima de sua mesa. Nunca ninguém descobriu como ela consegue aparecer dessa forma sem ninguém notar. Quando ela voltou a roncar e resmungar algo sobre pó de asfódelo, todos riram, Areta virou-se para ela fazendo uma careta de desgosto.

–Senhorita Torres!

E nada.

–Nádia! Acorda! - disse a professora.

Ela roncou e murmurou ainda dormindo:

–O Índio vai adorar esse aqui.

Eu fiz uma careta, a turma riu, inclusive a professora que comentou:

–Arrasando corações, Senhor OuroPreto.

Fiquei em silencio enquanto os risos ainda surgiam pela sala.

Quando a professora apontou a varinha pra ela soltando um jato de luz em sua direção, fazendo-a dar uma leve tombada pra traz, mas logo em seguida se ajeitar na mesa novamente.

Eu achei que Areta iria tomar uma medida um pouco macabra pelo olhar dela. Mas logo um sorriso de graça brotou em seu rosto. Não concordo com essas medidas fora do regulamento. Mas dessa vez,ela merecia.

–Ela quer dormir, então durma. – disse Areta apontando a varinha pra ela e logo com um feitiço de transfiguração transformou o uniforme amarrotado dela em um pijama de ursinhos azuis.

Foi uma explosão de risos, até eu admito que a piada foi ótima.

Logo seu rosto voltou ao normal e elae voltou a explicar a matéria, alguns alunos ainda riam ao olhar pra garota dormindo. Mas a aula prosseguiu e ao chegar ao fim quase toda sala já havia saído, Viny propunha de irmos a Lapa no ultimo dia de aula desse ano ao fim da semana, quando notei que Nádia ainda dormia profundamente.

Bufei resmungando:

–Porque essas coisas sempre sobram pra mim?

Fui até ela e perto de seu ouvido disse:

–Nossa aquilo é sorvete de limão?

–Mãe eu já lavei a louça, compra pra mim? – comentou ela sonolenta abrindo os olhos, com seus cabelos mais bagunçados que o normal.

Quando ela percebeu que eu havia acabado de acordá-la, seu rosto criou uma tonalidade rubra, e ela sorriu constrangida.

–Perdi muita coisa?

–Agora é aula do Rudji. Levanta. – ordenei dando um empurrão nas costas dela, para ela acordar logo.

–Ah sim, Rudji, to indo.

Ela se levantou apressada, pegou sua mochila que nem aberta estava. Jogou nas costas e saiu andando apressada, esbarrou em Viny, murmurou um desculpa e foi andando, enquanto tentava ajeitar o cabelo quando Capí disse:

–Nádia?

–Oi? – virou ela do fim do corredor.

–Você está de pijama.

Ela então olhou para si mesma e murmurou um palavrão. O que me fez segurar o riso.

–Como isso? – disse ela, resmungando. – Ain não, o que eu fiz dessa vez?

–Eu te ajudo. – disse Capí com um sorriso tranqüilo no rosto, enquanto Viny ria da reação dela.

Ele então somente apontou a varinha pra ela e alem de com o uniforme, ele amarrara a gravata dela e sua roupa estava exatamente como deveria ser. Até mesmo seu cabelo se ajeitou.

–Uau. Caramba. Como você fez isso? – exclamou ela olhando.

–Fácil um feitiço domestico básico e... – começou ele, quando ela interrompeu estranhamente eufórica e disse:

–Não isso, to falando do feitiço não verbal! Me ensina!?

Ela ficou tão empolgada que escorregou, mas se segurou a tempo na parede. O que me fez disfarçar um sorriso. Simplesmente patética.

E isso a deixou vermelha, mas logo ela sorriu maliciosa e disse:

–Eu sabia que você me amava!

–O que? Quem? Como? – perguntei incrédulo. Como assim? Eu só ri!

–Não adianta negar. Você está completamente apaixonado por mim!

–Não fala besteira garota, eu só ri! – eu disse irritado.

–Se você não gostasse de mim não riria! – sorriu ela esperançosa.

–Eu já disse pra você, que eu não sinto nada em relação a você!

–Claro que sente, está dizendo isso da boca pra fora!

–Não! Não estou! – respondi ríspido pela ousadia dela.

–Pois deveria! – comentou ela fazendo pose. – Eu sou um ótimo partido para você.

Deu meia volta e seguiu seu caminho para aula do Rudji, ela parecia aborrecida, mas ainda sorria quando saiu andando a frente.

Um ótimo partido pra mim? Ela só pode estar maluca! Ela só seria um bom partido pra mim se a intenção fosse me enlouquecer! Coisa que ela já está tentando fazer, sem nem existir NADA entre nós!

Quando me dei conta todos me olhavam. Capí com um sorriso meio incrédulo. Caimana sorria maliciosa. E Viny estava a beira de gargalhadas.

–Nunca vi você tão bravo com alguém por nada. – disse Capí ainda rindo.

–Cada dia que passa... – parei e finalmente respirei depois da ceninha dela, e por fim continuei. – ... ela fica pior!

Foi a deixa para Viny rir e dizer:

–Eu adoro sua namorada!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado :3



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