A Garota do Metrô escrita por Redfield
Notas iniciais do capítulo
Oi, pessoal! Aqui vai mais um capítulo, boa leitura!
A aula de história mal começara e Peter já tinha pego no sono. A professora Margareth Brown era um amor de pessoal, mas suas técnicas acadêmicas eram um tanto quanto arcaicas e entediantes.
— E foi assim que acabou as guerras púnicas. Alguém gostaria de fazer algum comentário? — A senhora Brown perguntou, mas não obteve resposta. Passou as mãos pelos fios brancos levemente tingidos de cinza e escreveu algumas coisas no quadro negro.
Enquanto isso, Paul teclava no celular com sua namorada, Mel Young, que comentava sobre seu mais novo vestido da Gucci. O rapaz se despediu da garota e viu seu amigo dormindo, algumas pessoas cochichando e a senhora Brown penando para atrair a atenção dos alunos.
— Senhora Brown, creio que um dos alunos não está muito interessado no seu discurso sobre as guerras púnicas — James Levitt, o palhaço da sala, apontou para Peter enquanto o resto da sala ria da situação.
A senhora Brown se aproximou lentamente do garoto adormecido e elevou um pouco a voz.
— Sr. Fischer, poderia fazer o favor de prestar atenção ou terei que mandá-lo para a diretoria?
Peter acordou bruscamente com todo aquele "auê", esfregou os olhos e se desculpou.
— Perdão, senhora Brown.
— E que isso não se repita mais — A brava senhora proferiu enquanto voltava para a bancada da sala.
Peter olhou para o lado e percebeu que Paul o olhava fixamente. Ele arqueou um pouco as sobrancelhas para ver se seu amigo diminuía a expressão séria e então Paul riu. O sinal do intervalo tocou e todos os alunos saíram correndo loucamente da sala como porcos fugindo do abate. Paul ficou sentado, brincando com seu lápis, enquanto via Peter se aproximando.
— Cara, a gente precisa encontrar aquela garota — Peter parecia preocupado.
— Calma, a garota não vai ser abduzida por alienígenas, nem sumir — Paul brincou enquanto se levantava da cadeira e ia para o pátio acompanhado de Peter.
"Ótimo, o refeitório está mais lotado do que nunca" Peter pensava enquanto vasculhava com os olhos os quatro cantos do lugar.
— Devem estar distribuindo chocolate quente grátis hoje — Paul comentou, desbloqueando a tela do celular para conferir as mensagens.
— Tanto faz. Vamos ver se encontramos ela na área aberta — Peter andou até o local e viu algumas pessoas sentadas tocando violão, o grupo de teatro da escola ensaiando alguma pessoa, todo mundo estava lá, todo mundo exceto a garota por quem ele procurava. Alguém se aproximou e Paul reconheceu aquela voz doce.
— Te procurei pelo colégio todo — Mel, a namorada de Paul, segurou em seu braço esquerdo e lhe deu um beijo rápido.
Paul gostava mesmo daquela garota. Apesar dela fazer parte do grupinho dos populares e esnobes da escola. Ela era um pouco diferente deles, seus cabelos loiros e seu corpo esbelto atraíam a atenção de todos os garotos.
— Oi, gata. Tô ajudando o Peter a encontrar uma pessoa e meu celular ficou sem bateria — Explicou enquanto tentava seguir os passos do amigo.
— Por quem vocês estão procurando? — Ela perguntou curiosa.
— Uma garota. Na verdade, não sei o nome dela — Paul disse enquanto viu Peter se aproximando, interessado na conversa.
— Mel, você não a viu por aí? É uma garota um pouco baixa, olhos cor de mel, parece gostar de rock — Peter a descreveu enquanto se sentava no banco do pátio.
— Entrou uma novata hoje na minha aula de francês. Pelo o que sei, ela entrou no colégio hoje ou ontem — Mel lembrou.
— Opa, estamos chegando perto do ouro — Paul esfregou as duas mãos e fez uma expressão engraçada, o que fez Mel e Peter rirem.
— Você sabe o nome dela? — Peter perguntou.
— O professor de francês a apresentou para a gente hoje. O nome dela é Lana — Mel disse.
Alguns minutos depois o grupo de teatro da escola passou por ele e Mel observou que a tal garota estava junto deles.
— Ali, a Lana está ali com o grupo de teatro — Ela mostrou discretamente. Paul e Peter se viraram.
— É, é ela — Peter confirmou.
— Acho que ela acabou de ingressar no grupo de teatro da escola. Se me dão licença garotos, vou lá com eles — Mel soprou um beijo e seguiu os alunos.
Paul parecia pensativo e Peter sabia que nada de bom acontecia quando Paul ficava pensativo daquele jeito, mas sempre tem uma exceção.
— Peter, tá com seu celular aí? — Paul perguntou.
— Tô sim — Peter respondeu, tirou seu iPhone do bolso e entregou para Paul.
O rapaz fuçou por alguns minutos no aparelho e depois mostrou algo para o amigo.
— Aqui, cara. O grupo de teatro se reúne todas as segundas-feiras depois do colégio no shopping sunset e adivinha que dia é hoje? segunda-feira! — Paul exclamou dando um sorrisinho malicioso.
— E nós vamos lá? — Peter olhou esperançoso para Paul.
— "Nós" eu não sei, eu tenho curso de inglês hoje, mas você pode ir lá — Paul encorajou.
— Vou sim, cara — Peter sorriu. Os dois ouviram o sinal tocar, declarando o fim do intervalo. Ainda tinham duas longas aulas pela frente. Depois delas, todos os alunos iam para casa em seus carros, de ônibus ou de metrô como Peter.
O dia estava mais ensolarado do que nunca, o que contrastava o nublado que se iniciou o dia. Peter chegou em casa e estava determinado a fazer alguma coisa para conhecer Lana de uma vez por todas.
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