A Garota do Metrô escrita por Redfield


Capítulo 4
É agora ou nunca


Notas iniciais do capítulo

Segundo capítulo! Boa leitura.



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Peter havia chegado em casa há 10 minutos e tudo o que conseguia fazer era deitar na cama enquanto se perdia nos próprios pensamentos que foram quebrados pelo som do computador. Paul havia mandado uma mensagem: "E aí, cara? Vai mesmo encontrar a garota?" perguntou. Peter parou alguns minutos para pensar, pulou na cama de novo e olhava as paredes azuis cobertas por pôsters de bandas que rondeavam o quarto do garoto. Ele mal sabia sobre a garota do metrô e só agora finalmente descobrira seu nome: Lara. Um nome que ecoava sem parar na sua mente. Por fim, uma coragem surgiu no peito de Peter que pegou seu skate e foi em direção ao shopping sunset.

As ruas de Nova York estavam lotadas, como sempre. As pessoas pareciam sempre apressadas segurando seus cafés do Starbucks e observando as vitrines das mais diversas lojas. O sol já não estava tão quente, algo bom para os pedestres pelo menos. Peter finalmente chegou ao seu destino, não avistou ninguém do clube de teatro no térreo do shopping, então tentou o segundo. Ao subir o elevador, o jovem pôde ouvir vozes que conhecia se aproximando.

— Pessoal, essa peça é muito importante para o meu histórico escolar e se um dia eu entrar para Harvard ou até quem sabe Yale, eu farei uma menção honrosa à cada um de vocês — Prometia Patrick, o líder do clube de teatro da escola. Ele era o típico garoto prodígio: dois de seus artigos sobre dramaturgia haviam sido publicados no New York Times e ele se achava o máximo por isso.

— Relaxa, Patrick. Nós vamos arrasar — Mel, que estava usando um top rosa e calça jeans clara, falou com um sorriso.

O elevador chegou ao andar e Peter viu os rostos das vozes familiares que o reconheceram na hora.

— Ora, ora, ora se não é o melhor amigo do meu namorado — Mel brincou cruzando os braços enquanto os outros iam para a pequena sala de ensaio.

— Oi, Mel. A Lana tá aí? — Peter perguntou.

No mesmo segundo, a mencionada garota apareceu do nada, direcionando a voz para Mel.

— Mel, preciso confirmar o número do seu figurino. Pode anotar depois pra mim? — Lana perguntou. A garota estava com o mesmo estilo que Peter já conhecia e agora seus olhos estavam ainda mais destacados com o lápis de olho e rímel.

— Lana, esse aqui é meu amigo Peter. Ele estuda no Empire High School também — Mel disse e saiu em seguida, tentando deixar os dois a sós.

Lana virou o olhar para o garoto e pensou por um segundo que aquele rosto não lhe era desconhecido, porém não conseguia lembrar muito bem onde o tinha visto.

— Oi — A garota disse, não muito interessada.

— Quer tomar um café ou um chocolate? — Peter perguntou como quem não quer nada.

— Claro, por que não? — Lana sorriu e ambos foram para um café dentro do shopping. Peter pediu um café simples e Lana um chocolate quente com chantilly enquanto conversavam.

— Eu vim para Nova York esse ano — Lana dizia enquanto levava a xícara à boca.

— Eu reparei. Você não parece ter nascido aqui — Peter disse.

— Tá dizendo que não sou digna de ser uma nova iorquina? — A garota brincou, dando um sorriso bobo.

— Não, claro que não. É que você é diferente das pessoas daqui — Peter disparou, tentando não deixar a garota sem graça.

— Diferente como? — Lana perguntou, curiosa. Seus olhos estavam grandes como uma lua cheia, ela parecia estar gostando da conversa. De repente, uma mão masculina surgiu nos ombros de Lana. E aquilo não agradou nem um pouco Peter.

— Oi, gatinha! — Era Carter. Sim, aquele maldito do Carter. Peter não conseguia acreditar que uma garota como Lana havia virado amiga de alguém sem escrúpulos como ele.

— Oi, Carter. Não sabia que você estava aqui — Lana parecia confusa.

— Eu vi no seu perfil do Facebook que você estava aqui e resolvi dar uma passadinha. Só não sabia que você estava tão mal acompanhada — Carter falou olhando para Peter que parecia constrangido.

— Eu já estava indo mesmo, boa noite pra vocês — Peter falou, indiferente.

Lana percebeu que Peter havia se levantado e ido embora. Talvez ele estivesse ficado com raiva por causa de Carter. Ela precisava saber o porquê daquele garoto, que ela acabara de conhecer, tinha saído daquele jeito. Então foi atrás dele, que já estava do lado de fora do shopping.

— Que estressadinho. O que aconteceu? — Lana perguntou sem perder o bom humor.

Peter estava sentado na beira da calçada, olhando os carros passarem sem dar muita importância para mais nada.

— Desculpa. Sério, desculpa. É que eu odeio o Carter, desde sempre — Peter disse, por fim.

Lana parecia entender, de alguma forma. Então sentou-se ao lado dele.

— Ele é meio babaca mesmo. Acredita que já me chamou pra sair umas 3 vezes? Acho que ele pensa que tem alguma chance comigo — Lana disse, rindo.

— E ele tem? — Pela primeira vez, Peter olhou nos olhos cor de mel de Lana e seus olhos azuis a deixaram um pouco sem graça.

— Não sei, talvez. Por que o interesse? — Lana brincou, colocando as mãos nos joelhos.

— Nada, só curiosidade. Enfim, eu tenho que voltar pra casa — Peter parecia mais confuso do que antes.

— Espera aí, queridinho. Quer dizer que você não vai mostrar os melhores lugares da "cidade que nunca dorme" para a sua mais nova amiga? — Lana riu.

— Tá bom, "amiga". Sorte a sua que estou bonzinho hoje — Peter riu também e se levantou da calçada, dando a mão para Lana para que ela levantasse também.

— Ótimo. Eu quero conhecer tudo — Lana disse, entusiasmada.


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Notas finais do capítulo

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