A Garota do Metrô escrita por Redfield
Notas iniciais do capítulo
Pessoal, postei com pressa para ter um capítulo ainda hoje. Desculpem os erros e boa leitura!
O dia começara com uma breve chuva que apesar de curta parecia nunca ter fim. Embora o asfalto estivesse molhado e o céu carregasse uma cor cinza e turbulenta, nada fazia aquela cidade parecer triste. Com o fim das aulas, Peter decidiu ir até o Central Park esfriar a cabeça e refletir um pouco. É incrível como um simples banco de um parque pode se tornar um divã quando você tem tantos sentimentos transbordando por dentro de si.
As nuvens negras continuavam a dominar a cidade. Peter se lembrou da primeira vez que estivera com Lana naquele lugar e do quanto ela gostou das árvores e da tranquilidade que tudo aquilo a transmitia. E foi então que o garoto foi juntando os pontos e pensou que poderia fazer uma surpresa para ela bem ali, naquele lugar que ela tanto gostava. Lana adorava parques, era nostalgicamente apaixonada pelos anos 80 e tinha uma paixão profunda por rosas azuis. Peter juntou tudo isso e resgatou um pouco da coragem que nem sabia que ainda tinha para ligar para Lana, que atendeu no terceiro toque.
— Oi, eu sei que eu não deveria estar te ligando, mas eu preciso te encontrar — A voz dele soava baixa, mas firme.
— O que você quer, Fischer? — Lana respondeu um pouco ríspida.
— Eu estou no Central Park neste momento, perto daquele banco que a gente ficou um dia, lembra? Eu quero que você venha me encontrar aqui — Uma grande pausa se seguiu até o garoto obter uma resposta.
— Eu não vou me encontrar com você, Peter. Tenho um trabalho pra fazer agora, então vou desligar... — Antes que ela pudesse finalizar aquela frase, Peter a interrompeu.
— Eu preciso de você — O som daquelas palavras eram tão doces que Lana não conseguiu rejeitar.
— Tá, eu vou aí. Você só vai ter cinco minutos — Peter sorriu e a linha ficou muda. Lana sorriu também, apesar de não deixar isso transparecer.
O sol estava quase se pondo. Peter estava vestindo uma das roupas que havia comprado em uma loja retrô. Um buquê de rosas azuis era segurado pelas suas mãos e uma cesta de piquenique, que o rapaz achara no depósito de casa, estava em cima de uma toalha bordada. As horas se passavam e não havia nenhum sinal de que Lana chegaria. Peter chegou a pensar que ela só tinha dito que viria para ele parar de lhe encher o saco, mas ele a avistou minutos depois. Sua pele estava um pouco rosada e seus olhos mais brilhantes do que nunca.
— Não se esquece que você só tem cinco minutos — Ela insistia em fazer jogo duro com o garoto.
— Eu preparei um piquenique, você só me dá cinco minutos mesmo? — Peter se aproximou mais, com o buquê em mãos, Lana as viu e sua pele corou mais ainda.
— O que você tá pretendendo com isso? — Lana pegou o buquê das mãos dele e sentiu o aroma doce das rosas.
— Eu me lembrei que você adorou este lugar e em como você dizia que gostava o quanto as pessoas eram autênticas e destemidas nos anos 80 e que você gostaria de ter nascido nessa época — Disse como se estivesse ditando uma biografia da garota.
— Nós não estamos nos anos 80, Peter. Eu até queria que estivéssemos, mas não posso fingir isso, assim como também não posso fingir que você não me magoou — O orgulho de Lana insistia em permanecer e atormentá-la.
— Nós podemos voltar no tempo hoje, se você quiser. Podemos fingir que não existe rádio, nem televisão. E eu não me importaria se essas coisas não existissem, desde que você esteja comigo — Os olhos de Peter penetravam nos de Lana, não a deixando escapar dessa vez.
— Peter... — A voz da garota estava trêmula agora.
— Sim? — Ele respondeu rapidamente.
— Me beija — Lana pediu e foi atendida. Peter se aproximou lentamente e colocou a mão nos cabelos da garota. Seus lábios se tocaram suavemente e Lana o abraçou forte, colocando a cabeça no peito do rapaz.
Passaram algum tempo assim, só sentindo a presença um do outro. Peter ainda não acreditava que estava segurando a garota dos seus sonhos em seus braços novamente. Perto da meia noite, Peter pegou seu iPod e se deitou na toalha bordada com Lana. O garoto colocou um dos fones no seu ouvido e o outro no dela. Um sorriso bobo contagiava os dois, que se limitavam a escutar a música e sorrir.
— Como você consegue fazer isso? — Lana perguntou, tirando o fone de ouvido e quebrando o silêncio entre os dois.
— Isso o quê? — Peter disse, se livrando do fone também.
— Você faz tudo parecer perfeito, sabia? — Seus olhos brilhavam mais do que a lua que pairava no céu.
— E você é linda demais, mais até do que todas essas estrelas juntas — Peter a beijou e as horas se passaram rapidamente. Rápido até demais. Sem eles nem perceberem, já eram quase três horas da manhã. Peter dormia com Lana em seus braços. O sol nascera e os fios de luz os acordaram.
— Nossa, que horas são? — Lana perguntou, esfregando os olhos.
— Quase cinco horas da manhã — O garoto concluiu ao conferir no celular.
— A gente precisa ir. Temos aulas daqui duas horas — Os dois se levantaram e Lana deu um selinho demorado em Peter, arrumaram as coisas na cesta sem muita demora e foram para o colégio.
O Empire High School ficava a algumas horas dali, então os garotos chegaram lá com quase uma hora de atraso. Peter precisava explicar aos amigos o porquê de não ter aparecido mais cedo e também teria que ter cuidado para não magoar Olivia.
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Espero que tenham gostado e até o próximo capítulo :3.