Entre Mundos escrita por MakaSama


Capítulo 2
O Encontro


Notas iniciais do capítulo

Nesses primeiros capítulos acho que vão ficar meio "desorientados",mas quando o acontecimento "chave" acontecer, entenderão tudo. :D



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TRÊS DIAS ANTES...

Ela estava em casa cumprindo sua rotina, era de manhã, cedo, De repente seu celular toca um número confidencial.

— Alô? —

— Alô? Layla? — uma voz masculina desconhecida

— É Ela, quem fala? —

— Layla, eu preciso muito falar com você —

— Certo, mas quem está falando? —

— Eu conheço seu pai, mas não é exatamente sobre ele que eu quero falar com você—

— Você ainda não me respondeu a pergunta —

— Meu nome é John —

— Certo o que você quer? —

— Falar com você, se possível, pessoalmente —

— Como vou saber se você não vai tentar me matar, ou tentar alguma coisa? —

— O meu trabalho é te manter viva, e sem nenhum arranhão —

— Hmm... Não me convenceu... —

— Não se preocupe na hora certa eu vou te encontrar —

— Ei!Espera... — ele desliga.

Layla era extremamente cautelosa, e essa ligação a deixou preocupada, agora várias perguntas passavam pela sua cabeça, e aquilo realmente foi muito estranho. “Por que o trabalho dele é me deixar viva? o que meu pai tem a ver com isso? ele não estava pela Europa? Desde que nasci ele sempre me rejeitou, por que agora ele tem alguma coisa que me envolva?” eram as perguntas sem resposta que mais a preocupavam. Mas algumas hipóteses passavam por sua cabeça, para tentar acalmá-la.

Mesmo com o acontecido, ela tenta continuar sua manhã normalmente, o fato de não saber do que se tratava, era o que fazia o medo dela aumentar.

As horas passam e chega o momento que Layla vai para o colégio, que ficava a três quadras de sua casa, ela saiu antes do que costumava sair, e também usou um caminho diferente, normalmente, ela ia andando direto, de sua casa e passava pelas três ruas sem cortar caminho,quando chegava à quarta rua ela entrava e ia andando até o final,que era onde ficava seu colégio, mas desta vez, ela já entrou na segunda rua, que estava vazia, mas havia alguns carros, e duas motos um pouco a frente dela.

De repente uma sensação estranha, ela sentia alguém a seguindo “droga, isso ta estranho...”. Ela sente a pessoa perto, perto até demais, mas tem medo de olhar para trás, pois não sabia quem era. Alguns passos depois, o celular dela toca, número confidencial.

— Alô? — A voz de Layla tenta ser firme

— Você não está com medo de mim, está? — Ela reconhece a voz, que por acaso está bem perto.

— Claro que não —

— Então, por que não vira? — Os dois param, e eles ficam bem próximos, tanto que ela pode ouvir a respiração dele.

— Por que eu não confio em você. — Ela vira num impulso, e se impressiona com a aparência dele.

Ele tem olhos azuis, cabelo vermelho longo, pele branca, e usa roupas bem estilosas. Layla até se tranquilizou com o fato dele aparentar uns 16 anos, mas algo nos seus olhos azuis, diziam que ele era uma caixa de surpresas.

— Tem certeza que não está com medo? — Ele pergunta olhando nos olhos dela.

Ela volta a se controlar e responde:

— É claro que não estou com medo, e pare de perder tempo, seja direto, eu tenho... — Ela olha no relógio — Meia hora. —

— Vamos andando... — Ele coloca as mãos no bolso

— Quer que leve sua mochila? —

— Não, obrigado —

— Certo, olha só, eu tenho muita coisa pra falar em pouco tempo, mas tenho que te dizer o mais, importante... Você precisa acreditar em mim, existem pessoas tentando matar você... Eu sei que parece loucu... —

— Loucura? Sim, parece —

— Mas, por favor, eu te imploro! — Ele vira e a segura pelos ombros e olha nos olhos dela, eles pareciam bem sinceros, Layla às vezes sabia o que uma pessoa estava sentindo olhando em seus olhos, e os olhos dele transpareciam medo... Ela não queria acreditar, mas talvez ele falasse a verdade, a não ser que ele fosse um ótimo ator — Você tem que acreditar e confiar em mim, a sua vida e várias coisas importantes estão em jogo, seu pai está muito preocupado com você, e com a empresa. —

— Hahahahahahaha, ah ta bom, digamos que eu acredite nisso, por que e quem quer fazer isso? —

— Seu pai tem uma empresa muito importante, se matarem você, ele sairá prejudicado, e é claro que ele não quer que nada lhe aconteça, e quem quer fazer isso é a "concorrência" —

— Meu pai, ahahaha, ele nunca se lembrou de mim, e só por que a empresa dele está em jogo, ele decide mandar a imitação de um segurança dizendo que alguém quer me matar, isso é ridículo, olha, eu não sei o quanto ele te pagou pra mentir pra mim, mas pode devolver o dinheiro, não deu certo. — Ela dá as costas e sai.

— POSSO TE PEDIR SÓ UMA COISA? — Ele grita

— O quê? — Ela para, mas continua de costas

— Confia em mim —

— Ah, mas é claro. — Ela vira devido ao absurdo que acabou de ouvir — Eu mal te conheço, você conseguiu meu número eu não sei nem como, me conta essas histórias absurdas, e ainda espera que eu confie em você? —

— É — ele diz sorrindo, com a cara mais idiota do mundo

— Desiste então — Ela vai embora, em direção ao seu colégio.

Á tarde o relógio parece não sair do lugar, a aula estava cansativa e Jonh não saía da cabeça de Layla, “Quem ele era afinal?”, aquele medo que ele passava a fazia querer saber mais e mais, Por que Jonh falava coisas tão absurdas? Existia mesmo alguém atrás dela? Se sim, Por quê? Ela só era uma garota normal, estudava, tirava as boas notas nas matérias que a interessavam, tinha um grupo de amigos, que curtiam a vida, do jeito deles é claro, compartilhavam do mesmo estilo, ás vezes não se viam muito, mas quando podiam estavam sempre juntos e partilhando o problema de um, como preocupações de todos, Layla era a que falava menos, mas quando queria animava todo mundo.

Naquele dia, todos os seus amigos haviam se juntado, pegaram todo o dinheiro que tinham e pediram ao porteiro para comprar uma pizza grande de calabresa em um restaurante próximo dali, todos se animaram, o pior é que ela não podia falar sobre aquilo á ninguém, “O que diriam? Que eu sou louca provavelmente”, Layla até fingia estar tudo bem, mas por dentro estava confusa, “Layla!! Não seja tão idiota!! Uma besteira dessas e você já está se preocupando?”, era isso que seu subconsciente dizia, e foi isso que ela fez, se despreocupou e tentou curtir um pouco aquela pizza deliciosa, e aproveitar o tempo com seus amigos.

A noite chega, as horas passam rápido e logo dá a hora que Layla costuma a ir dormir. Ela dorme por algumas horas, ás 3 da manhã acorda ouvindo uns barulhos estranhos, ela levanta da cama, e vai até a janela, não há ninguém, ela volta pra cama, coloca os fones e vai ouvir um pouco de música. Um tempo depois, Ela vê alguém mexer na janela, olha rapidamente, há um vulto se movendo do outro lado, o coração dela acelera a cada movimento que a sombra faz, ela fecha os olhos “Não há nada lá fora... Não há nada lá fora... calma... respira... ”, a sombra para de se mexer e abre a janela como se não estivesse trancada, “Iéch”, era John entrando no quarto.

— Oi! — Ele diz sussurrando, e age como se fosse a coisa mais normal do mundo.

Layla está imóvel, "Pronto agora esse cara vai me matar, será que eu grito? Não.. mas também não posso bater nele... Vou esperar o que ele vai fazer." Ela pensa.

Ele fecha a janela e vai chegando perto, fazendo o mínimo barulho possível, e se senta na cama.

— Desculpe, mas eu tenho que manter você viva, e eu estava com um mau pressentimento, logo, logo eles vão vir atrás de você e eu vou impedir que eles te façam algo — Ele diz sussurrando

Layla sente um arrepio que lhe corre a espinha, e vários calafrios depois.

— Sai daqui, saia daqui agora — Layla tenta não entrar em pânico

— Tudo bem, eu posso até sair da sua cama, mas do seu quarto só saio quando seus pais acordarem, então você estará segura —

— Olha esse negócio de que tem alguém atrás de mim, ta passando dos limites —

— Já falei pra você que isso é sério, só resta você acreditar —

— Acho que tem alguém perto, silêncio! — Layla levanta cuidadosamente e faz de tudo pra não ter que encostar-se em John, ela anda silenciosamente em direção a janela e ele vai logo atrás.

Ela abre a janela e vê um homem, terrivelmente macabro, pois suas feições assustariam o próprio Cerberus, guardião do inferno. Ele tem o cabelo curto preto, e olhos castanhos, que mais parecem vermelhos, um sorriso maléfico, que mais parece a lua minguante, dentes brilhantes e pontudos, ele tem várias argolinhas em sua orelha direita, mas o que mais chamou a atenção foi uma cicatriz que não está muito visível no rosto do homem, ela vai da sobrancelha até a metade da face e depois não é mais vista devido a escuridão. Ele se aproxima da janela e chega perto de Layla, e tenta não assustá-la... (o que é quase impossível) e diz:

— Querida, não se engane, ele é meu filho, E eu sei quando ele está mentindo, ele não quer o seu bem, não confie nele... Ele está do lado errado, só quer se aproveitar de você — Ele lança um olhar para Jonh, seus olhos são frios e cruéis, como de um assassino.

Layla percebe que era como se ele estivesse dizendo alguma coisa, apenas pelo olhar.

Ela se afasta da janela e sem querer, encosta-se em Jonh que está logo atrás, e diz:

— Isso não me importa já que não confio em ninguém, então saiam os dois daqui agora — Ela tenta esconder o medo e continua se mantendo firme

— Não se preocupe, pode confiar em mim, conversei com seu pai há algum tempo, e ele já estava preocupado com eles, Jonh e a corporação, com medo que fizessem alguma coisa a você, então como gratidão a uma coisa que ele fez por mim há um tempo, estou te protegendo — Ele parece realmente convincente, pois o olhar frio de antes desapareceu completamente e sua expressão é de um homem sincero e realmente generoso

— Ele está mentindo Layla! Ele faz parte da “concorrência” que eu te falei— Jonh tenta manter a calma e a voz baixa

— Jonh, eu mal te conheço, e também não confio em nenhum dos dois, então adoraria que os dois se retirassem, principalmente você que chegou agora — Ela vacila a voz, mostrando seu nervosismo

— Ok, mas o aviso foi dito, cuidado em quem você escolhe confiar... — O homem vai andando e desaparece nas sombras do jardim de Layla. Ela nem sequer vê se ele abriu o portão ou pulou o muro, ele apenas se camufla na escuridão.

Layla vira ainda assustada devido às inusitadas visitas, ela não sabe o que pensar muito menos o que fazer, ela pretendia conversar com Jonh, pois ele parecia bem mais confiável, mas em um ato inesperado, Jonh agarra seu pescoço e começa a estrangulá-la.

— PA... RE! — A força de impacto foi tão grande que rapidamente Layla não consegue falar, ela está começando a sufocar, sua visão fica turva, ela sente todas as veias de seu pescoço pulsarem de acordo com as batidas de seu coração.

Ela mal ouve o que ele está dizendo, ela sente suas veias pulsarem cada vez mais forte, sente seu sangue pouco a pouco vir de sua garganta, como se estivesse sendo jogado pra fora,até que escorra pela sua boca.

— Al... guém... me... —

A força que ele usa é maior do que a de um homem normal... Layla sente uma de suas veias quase estourando... Pulsando com força, enquanto o sangue tenta passar... Ela sente uma dor insuportável, como se seus ossos estivessem lentamente sendo quebrados...

Jonh faz muito esforço para controlar suas mãos, parecia que uma força, muito maior que a dele, o controlava, até que em um esforço final ele consegue soltar o pescoço de Layla.

—[...] ­— Ele a pega nos braços. Ele fala, mas Layla não pode ouvi-lo. — [...] — Ele senta no chão com ela nos braços. Layla vê os lábios dele se mexendo, mas não tem nem idéia do que ele está falando.

Ela usa suas últimas forças para olhar nos olhos dele e dizer:

— Eu... Vou... Me... Vingar... De... Você — Ela desmaia.


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