Wolfhardt escrita por Lena Saunders


Capítulo 3
Alpha


Notas iniciais do capítulo

- Capitulo reescrito-



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Levei horas para finalmente conseguir dormir e precisei acordar cedo para ir à escola. Dormi por apenas umas quatro horas então meu humor estava ácido, mais ou menos como eu acredito que minha aparência estava. Depois de algum tempo, organizei meus sete pequenos e barulhentos irmãos, e fomos para a escola. Apesar da transformação de Kylle, ele insistiu que se sentia bem o suficiente para ir conosco. Resolvi não me opor e deixá-lo manter o que restava de seu orgulho.

Por um milagre consegui chegar na sala adiantada e me sentei no mesmo lugar do dia anterior, com a cabeça apoiada nos braços, sobre a carteira, tentando aproveitar os minutos antes da aula para cochilar. Meus olhos estavam quase se fechando...

– Bom dia, meu raio de sol. - Ele parecia feliz. Feliz demais para qualquer ser vivo que estivesse acordado nesse horário.

– O que foi Aaron? - Bocejei, levantando a cabeça apenas para ver um sorriso animado por baixo do capuz negro.

– Nossa, parece que alguém não dormiu bem... - Sua expressão era, no mínimo, divertida, mas quando ele se sentou ao meu lado, pude ver as olheiras. Estava tão cansado quanto eu.

– Não quero falar sobre isso. - Olhei ao redor e percebi que algumas pessoas nos encaravam, provavelmente se perguntando sobre nossa repentina amizade. Eu não podia culpá-los, já que eu mesma ainda não havia entendido.

– Tudo bem. Só queria te avisar que meus pais aguardam você e sua adorável matilha essa noite. - Ele disse, jogando a mochila preta e desgastada no chão, enquanto sentava na cadeira ao meu lado. Acredito que de certa forma nos tornamos a dupla um do outro naturalmente. Me perguntei porquê ninguém se sentava com ele antes. Ele era o único que se sentava sozinho. Perguntaria o motivo mais tarde.

– Matilha é o plural de cães, garoto-lobo. - Sussurrei tão baixo que não tinha certeza nem se ele tinha conseguido ouvir. Os olhares alheios estavam me deixando nervosa.

– Eu sei. Mas por enquanto é o melhor que posso fazer por eles. Quando todos forem lobos eu posso chamar aquilo de alcatéia. - Ele riu consigo mesmo. Aposto que estava imaginando minha família correndo por ai, como filhotes de lobo desajeitados.

– Nao seja bobo. Você nunca vai ver todos eles como lobos. - Fui sincera. Talvez um pouco demais, a julgar pela expressão dele.

– Porque não? - Ele parecia confuso.

– Porque pretendo passar só esse ano aqui. Vou deixá-los viver a experiência de ir à escola, ter vidas relativamente normais e pronto. Acabou. Agora me deixe dormir.

– Ãh... Certo. - Aquilo era tristeza nos olhos dele? - Enfim, vamos juntos para a minha casa. Mas tem algo que acho que você precisa saber...

– Oi, você é nova aqui né? - Um garoto se aproximou da nossa mesa.

– Ãh, sim. Sou. Isso é meio óbvio. - Respondi irritada. Eu só queria dormir. Só isso. Não é pedir demais, certo? Ele não se deixou abalar pelo meu mal-humor.

– Meu nome é James. E você é? - Ele puxou uma cadeira próxima, se sentando ao meu lado. Querido, não te dei essa liberdade.

– Lunna. - Respondi secamente, tentando mostrar que eu não estava feliz com a sua presença.

James não era como Aaron, mas suponho que é injusto compará-los, já que minha ilustre dupla não era exatamente humano. James tinha ombros largos e era alto. Não tanto quanto Aaron, mas ainda sim, bem alto. Acho que mesmo de pé eu precisaria olhar para cima para falar com ele. Ele tinha olhos daquele lindo tom de castanho que parece fogo líquido e seus cabelos eram pretos, naturalmente espetados. Seu maxilar era marcado e tinha um sorriso que só poderia poderia ser descrito com sexy.

Ouvi um som que logo associei à uma tentativa - totalmente falha, diga-se de passagem - de Aaron de conter uma risada. Acho que eu estava secando ele muito descaradamente. Ops.

– Então, sei que o seu amigo já deve ter avisado. - Ele olhou para Aaron pelo canto do olho e pronunciou "amigo" como alguém diz "bastardo". - Mas vai ter uma festa para comemorar o início das aulas, sexta-feira, na minha casa. Todo mundo vai e eu quero que saiba que está convidada.

– Na verdade ela não vai cara. Ela não gosta desse tipo de entretenimento. - Aaron respondeu, sério.

– Eu posso falar por mim mesma, Aaron, obrigada. - Me virei para James. - Não vou poder ir, mas obrigada pelo convite.

Ele fez uma expressão confusa. Acho que não estava acostumado a receber um "não", mas pelo menos fui educada.

– Ãh, certo, me avise se mudar de idéia. - Ele se levantou.

– Claro. - Sorri, mostrando todos os dentes. Aaron finalmente não agüentou mais e riu, alta e sonoramente, chamado ainda mais atenção.

James se afastou, sem dizer mais nada, levando a cadeira com ele, enquanto o professor chegava e fechava a porta atrás de si, mandando todos sentarem.

O Sr. Charles tinha uns trinta anos, acho, mas aparentava ter menos. Tinha incríveis olhos azuis faiscantes, destacados pelo cabelo preto e seu corpo era, obviamente, o de um intelectual. Ele era magro e alto, quase esguio, e desprovido de músculos chamativos, mas não era feio. Pelo contrário, na verdade, em apenas dois dias eu já havia reparado que mais da metade das meninas da sala tinham uma quedinha por ele.

Ele se virou para escrever a data no quadro e as garotas soltaram um suspiro. Ok, talvez um "tombo" fosse mais apropriado do que uma uma "quedinha". Encarei as costas do professor, tentando entender qual a obsseção que essas garotas tinham pelo traseiro dele.

Aaron escreveu rapidamente em um pequeno pedaço de papel e o empurrou na minha direção. Li o que estava escrito.

"Pare de olhar para a bunda do professor."

Sua letra tinha personalidade. O tipo de letra de quem nunca precisou passar horas treinando. Ri baixinho e escrevi de volta:

"Mas é tãão linda."

Passei o bilhete, da forma mais discreta possível. Ele me olhou, com os olhos arregalados.

"Se você gosta tanto assim de bundas, pode olhar para a minha. É bem mais bonita, eu garanto."

Ri novamente, virando os olhos.

"Era brincadeira. Estou tentando entender porque as garotas secam tanto ele. Mas o que te faz pensar que a sua bunda é melhor do que a dele?"

– Senhorita Lunna, porque não compartilha com a sala esse adorável bilhete? - O professor caminhou até a minha mesa e tudo que eu conseguia pensar era se daria tempo de fingir uma convulsão ou um desmaio.

Ele tirou o bilhete da minha mão e eu sabia o que vinha depois. Tinha visto isso acontecer ontem. Agora, ele leria meu bilhete em voz alta, na frente da sala toda. Aquilo seria tão humilhante. Ele ficou vermelho e começou a rasgar o bilhete. Ainda bem que ele viu o que estava escrito antes de ler em voz alta. Jogou os pedaços de papel picado no lixo.

– Espero que isso não se repita. E os dois aguardem depois da aula da tarde, para conversarmos.

Concordamos em silêncio e não dissemos uma palavra até o fim da aula. Almoçamos juntos, e Aaron me explicou o que era detenção, advertência e até suspensão. Eu não ficaria surpresa se ganhássemos os três. Voltamos para a sala e assistimos a aula da tarde.
Quando o sinal tocou todos os alunos se levantaram e saíram apressadamente, enquanto Aaron e eu enrolamos guardando o material. Fomos até a mesa do professor que nos encarava com olhos azuis de puro ódio.

– Eu não quero saber o motivo daquele bilhete. Mas admito estar decepcionado com o Sr.. - Ele encarava Aaron, com uma sobrancelha arqueada.

– Já a senhorita eu nem mesmo tive tempo de avaliar antes desse evento lastimável. Aliás, tirem o capuz. - Aaron tirou o dele e o professor ficou olhando para mim, esperando. Tirei o meu e ele continuou falando. Acho que aquilo estava relacionado ao fato de olhar nos olhos enquanto fala. Ele fazia isso.

– Os dois não apenas passaram bilhetes, mas também atrapalharam a aula e desrespeitaram um professor. Mereciam detenção, duas vezes por semana até novembro.

Seguramos a respiração. Aaron havia me explicado o suficiente para eu saber que detenção era ficar preso na escola, fora do horário de aula. E quem cuidaria das coisas em casa? Eu já estava com o tempo apertado. Se tivesse que perder mais... Aaron também não parecia tranquilo com a situação. Ele passava uma mão na outra, nervosamente e olhava para o chão.

– Para a sorte dos dois, entretanto, podemos resolver isto de outra forma. O baile de volta as aulas vai acontecer em cerca de duas semanas e, embora os convites estejam sendo vendidos com eficiência, os alunos não parecem tão empolgados para ajudar na montagem. Os dois podem escolher entre a detenção e o comitê do baile.

– Baile. - Respondemos juntos. Eu já tinha ouvido falar sobre bailes antes. Eram festas onde adolescentes iam com vestidos bonitos e tentavam dançar musicas ruins com caras bonitos. Parecia tão ruim quanto a detenção, mas aparentemente eu não perderia tempo na escola.

– Certo. Amanhã estarão dispensados da aula da tarde para comprar parte do material necessário. O baile será naquele salão de festas aqui perto. O colégio vai bancar a maior parte dos gastos com o dinheiro arrecadado com a venda de doces das ferias. Sugiro que vocês dois comecem o planejamento ainda hoje.

– Ãh... Nós não deveríamos verificar o que o comitê já esta organizando primeiro? - Perguntou Aaron e eu concordei com a cabeça. Parecia lógico, afinal, não queríamos fazer as coisas erradas.

– Ah. Vocês não entenderam. Vocês são o comitê. - Ele nos entregou alguns papéis, com uma calma admirável. - Estão dispensados e, por favor, não discutam mais sobre o meu corpo.

Senti o sangue subir para o meu rosto. Eu provavelmente estava completamente vermelha. Puxei meu capuz e sai da sala praticamente correndo, com Aaron atras de mim. Caminhamos pelo pátio, em direção a saída.

– Ele nos enganou perfeitamente. Fez parecer que seria simples e que apenas ajudaríamos o comitê. E agora teremos que fazer todo o trabalho. Eu nem sequer já fui a um baile. - Aaron parecia frustrado, ao contrário de mim que estava quase explodindo de vergonha e irritação.

Me lembrei do que eu havia planejado perguntar mais cedo.

– Aaron, porquê você se sentava sozinho na sala?

Ele pareceu bastante desconfortável com a pergunta. Me arrependi de ter perguntado.

– Com quem eu me sentaria? Com James? "Você quer ir na minha festa?"

Ele fez uma péssima imitação de James e eu precisei rir. Ele acompanhou minha risada. Foi nesse momento que eu percebi o quanto gostava da risada dele. Era clara e gostosa de se ouvir.

– Tudo bem. Talvez não com ele. Mas porque com ninguém mais? - Eu estava genuinamente curiosa.

– Antes de você vir estudar aqui, a turma estava em número ímpar e eu não tenho muitos amigos. Na verdade, só você. - Ele disse, olhando para os pés. Eu fiquei surpresa. Ele me considerava uma amiga. A única, na verdade.

– Você também é meu único amigo. - Eu disse, sem pensar. Me surpreendi pelas minhas próprias palavras.

– Olhe. Seus irmãos estão ali. -Olhei na direção em que ele apontava.

Khira estava sentada silenciosamente, com uma postura régia. Seus cabelos quase brancos estavam presos em uma trança e ela observavaenquanto Kylle tentava separar os pequenos Edwin e Meghan que rosnavam e tentavam morder um ao outro.

Maeve e Astryd estavam meio separadas, como se não quisessem que ninguém as associasse a eles. Scott estava sentado em cima do muro do colégio, com seu bloco de desenho na mão. Vez ou outra ele passava a mão suja de carvão no cabelo castanho.

Minha doce e problemática família feliz.

– Ok, chega vocês dois! - Disse, enquanto puxava Edwin para um lado e Meghan para o outro. - Sinceramente, nem parece que são irmãos. Somos uma familia e se não pararem de brigar, não ganham sobremesa.

– Sobremesa? Como... Doce? - Perguntou Meghan com os olhos verdes brilhando.

– Talvez. - Eu disse. - Agora vamos indo. Luppie, mostre o caminho.

Aaron fez uma careta ao ouvir o apelido que eu lhe dera.

– Como quiser, Lunnie.

Que garoto vingativo. Ele sorriu um sorriso torto, muito bonito, principalmente com as adoráveis covinhas dele.

Olhei para meus irmãos enquanto eles caminhavam. Scott estava com o rosto sujo do carvão que ele usava para desenhar. Ele caminhava, mostrando seus últimos desenhos a Khira e tentando explicar seus significados. Maeve andava segurando a mão de Meghan. Astryd conversava com Kylle, que carregava Edwin nos ombros. Meus bebês.

Nossa escola não era exatamente na periferia, mas era em uma área relativamente calma de Nova York. Caminhamos em silêncio por alguns minutos e notei que íamos na direção da floresta. Ele devia morar lá perto.

– Então, se você mora por aqui, somos quase vizinhos, certo? - Tentei puxar assunto, cansada do silêncio.

– É um pouco mais complicado do que isso, Lunna.

Olhei ao redor, procurando qualquer casa que pudesse ser dele, mas tudo o que vi foi algum tipo de museu, desses de vários andares. Antigamente deve ter sido um castelo, ou algo assim. Era surpreendente que algo assim ainda existisse em uma cidade tão modernizada. Atrás dele, a floresta se estendia gloriosamente.

– Lembra-se que hoje eu ia te falar uma coisa quando o idiota do James interrompeu?

A maneira como ele disse isso me levou a concluir que os garotos já se conheciam há algum tempo, e que não eram exatamente coleguinhas amigáveis. Me perguntei o motivo daquela inimizade. James parecia um garoto legal, embora um pouco intrometido. E ele tinha olhos realmente lindos.

– Claro. - Olhei para trás e vi meus irmãos correndo e cutucando uns aos outros enquanto riam. Eles estavam tão felizes.

– Então... Era isso que eu queria dizer. Não há florestas em Nova York, Lunna. Pelo menos, não florestas ãh... Públicas.

– Como assim? - Eu estava confusa. - Claro que há uma floresta. Eu moro nela seu bobo. Com o trailer, lembra?

Ele me olhou daquela forma estranha. Como se estivesse com medo de mim. Ou da minha reação.

– Lunnie, entenda... O ãh... Lugar onde você mora, é... Bem, uma propriedade particular. Da minha família, na verdade.

Eu parei de caminhar, fazendo Astryd trombar comigo.

– O quê? Como assim? Eu estou morando no seu jardim? - Eu esta a em choque, tentando administrar aquela informação e pensando no que eu iria fazer. Eu não poderia ficar morando lá se fosse propriedade da família dele.

– Algo assim. Lobos precisam de espaço, então, há décadas nossa alcatéia comprou esse território para vivermos. Aquela é a minha casa. - Ele apontou para o enorme museu.

E foi então que eu percebi. Eu deduzira que era um museu por causa do tamanho e estilo antiquado que apresentava à distancia. Mas agora, de perto, eu via que era, na verdade,um tipo de castelo gigantesco, desses bem antigos, com dezenas de quartos, sacadas e talvez até tivesse um porão mal assombrado. O jardim era enorme e cheio de flores, com uma fonte de cada lado do caminho que ia do portão até a porta da casa.

Três meses. Durante todo esse tempo eu estive morando praticamente no jardim de Aaron.

– Mas... Mas... Vocês saberiam! Como poderiam não saber que eu estava morando ali? - Eu estava em choque. Ele abriu o portão e caminhamos em direção a porta.

– É uma floresta grande, Lunna. Nós só costumamos estar nela nas noites de lua cheia.

– Eu viajo na lua cheia. Sempre foi assim.

– Exato. E seus irmãos não tem o cheiro suficientemente forte para chamar a atenção. Pelo menos, não tinham. - Ele diz, olhando sobre o ombro para Kylle.

E a compreensão recaiu sobre mim, me atingindo como um raio.

– Você é rico e mora em um castelo. Você sabia que eu estava morando na floresta particular da sua "família" - Fiz aspas no ar ao dizer "família". - Mas não disse nada.

– Eu tentei dizer... Mas você não teria acreditado em mim de qualquer forma.

Ele estava certo. Era um pouco assustador pensar que eu o conhecia a apenas dois dias e ele já previa corretamente minhas reações.

– Mais alguma coisa que eu deva saber?

– Bem... Meus pais eles são...

E a grande porta dupla da frente se abriu. Parado ali estava o casal mais estranhamente adorável que já vi. Eles poderiam facilmente ser descritos como amáveis e sofisticados, apesar da postura rígida.

A mulher era magra, possuía cabelos castanhos com pequenos cachos nas pontas e olhos verdes brilhantes. Estava arrumada como se fosse à uma festa muito elegante, usando um vestido azul delicado enquanto pérolas decoravam seu pescoço, acentuando sua postura sofisticada. Seu sorriso era, no mínimo, caloroso e ela parecia pequena em comparação ao seu acompanhante.

Ele era enorme, até para homem adulto. Alto e musculoso, e era o pai de Aaron. Eu sabia disso porquê o rosto dele era igual ao do filho, embora com pequenas marcas da idade. Seu cabelo loiro era curto e os olhos castanhos, intimidadores. Ele não sorria, mas não parecia bravo ou chateado, apenas curioso. Seus olhos eram rápidos, quase sanguinários e avaliavam minha família que parara de correr e se arrumara silenciosamente atrás de mim. Agradeci mentalmente pelo bom senso deles.

Quando prestei mais atenção, percebi que na verdade, ela parecia um chaveirinho ao lado dele. Ela era tão delicada que parecia porcelana e eu não tinha dúvidas de que ele mataria para protegê-la, sem pensar duas vezes.

– Pai. Mãe. - Aaron gesticulou rapidamente com a cabeça, em uma espécie bastante leve de reverência. - Estes são Lunna e Kylle, e esses são seus irmãos.

Acho que Aaron os apresentaria, mas duvido que já tivesse decorado todos os seus nomes. Na verdade, duvido que ele sequer já tivesse ouvido todos os seus nomes. Mesmo assim, notei o que ele fez. Ele estava claramente nos apresentando como o motivo do jantar. Os únicos lobos. Os outros estavam ali meramente por conveniência.

– Lunna, Kylle, crianças, esses são meus pais, William e Theresa Moon. - Pensei sobre a ironia de seu sobrenome, mas meu nome e sobrenome me impediu de julgá-los. Aaron falou, sua voz cada vez mais baixa. - Eles são os Alphas de Nova York.


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Notas finais do capítulo

Três comentários e posto o quatro, meus lobinhos.
~Lena



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