Wolfhardt escrita por Lena Saunders


Capítulo 13
The Sun, The Moon, The Truth


Notas iniciais do capítulo

DUAS RECOMENDAÇÕES! MAIS DE MIL VISUALIZAÇÕES! COMENTÁRIOS LINDOS ESCRITOS POR LEITORES MARAVILHOSOS!

Essas são as principais razões por esse capítulo ter saído tão rapidamente. Quero agradecer mais uma vez a todos vocês e dedicar esse capítulo a Vickie Lovegood, que escreveu uma linda recomendação. Obrigada, Vickie. Significou mais do que posso dizer.
Sem mais delongas, aproveitem.
~Lena

Obs.: Esse capítulo foi inspirado nas "três coisas que não podem ser escondidas por muito tempo. Fãs de TW entenderão.



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Há momentos na vida em que nossa mente dispara. Mil pensamntos correm de forma desordenada, tentando sobrepor uns aos outros. Essa não foi uma dessas veze. A única coisa que me veio a mente foram as palavras de Peter.

"Não se preocupe, lobinha. Você está se saindo bem. Eles gostam de vocês e vão aceitar o que quer que você e sua familia estejam escondendo."

Agora, na platéia, ele me encarava com um sorriso confiante, me incentivando a continuar. As outras expressões variavam do choquee da confusão à incredulidade e revolta.

– Eu menti. Sobre tudo. Sobre meu dom, meus pais e até as idades dos meus irmãos. Eu estou disposta a contar a verdade para vocês, mas apenas se vocês puderem guardar meus segredos.

– Guardar de quem, Lunna, querida?

Theresa parecia ser a única disposta a ainda dizer algo.

– Dos meus irmãos. Meghan e Edwin. Eles não estão prontos ainda.

– Prontos para o que, exatamente?

– Para saber a verdade. Eles não tiveram escolha como os outros. Eu os carreguei, mas eles eram pequenos demais para escolher.

Eu estava chorando involuntariamente, agora. Todas as lágrimas que guardei por cinco anos, finalmente livres.

– Certo, Lunna, porque não tenta explicar tudo desde o princípio?

– Meus pais não nos abandonaram. Eu fugi e carreguei meus irmãos comigo.

Kylle se levantou, apesar dos avisos de William, e se sentou no chão, ao meu lado, segurando minha mão. Apenas então eu notei que estava tremendo.

Encontrei o olhar preocupado de Isaac. Eu conhecia todos eles a tão pouco tempo. Mas ainda assim sentia como se eles gostassem de nós. Pelo menos um pouquinho. Mas isso estava prestes a mudar.

Aaron parecia querer matar todos naquele cômodo e não o culpava por isso. Ele, diferente dos outros, não estava em silêncio por opção.

– Nosso pai, bem, ele não é como vocês. Isaac, quando nos conhecemos, você perguntou meu sobrenome e eu disse que não havia nenhum. Mas quero que todos vocês saibam que houve, um dia.

"Eu vivia presa em casa, como todos os meus irmãos. Nós erámos proibidos de ir ao primeiro andar e vivíamos com nossos empregados. Eles nos ensinavam diversas línguas, matemática e filosofia. Cuidavam dos nossos horários e de nossa alimentação. Ocasionalmente nosso pai nos visitava. Nós não sabíamos o que ele era. O que nós éramos.

De vez em quando eu olhava pela janela e via mulheres vindo para casa. Raramente, elas traziam bebês. Um dia, eu vi a mulher mais bela de todas. Tinha cabelos ruivos que desciam em uma cascata de ondas sobre seus ombros e olhos que de tão azuis pareciam transparentes. Sua pele era tão pálida e perfeita que ela parecia uma das minhas bonecas de porcelana.

Mas ela parecia triste e faminta. Estava coberta com manchas de sangue, embora não parecesse machucada. Ela tentava se soltar enquanto meu pai a arrastava pelo braço. Por alguma razão, eu quis ajudá-la. Senti que precisava. Era meu dever, minha missão de vida.

Naquela noite, eu desci para o primeiro andar pelo elevador de comida. Minha necessidade de ajudá-la era maior do que meu medo de ser pega. Meu pai estava dormindo e eu caminhei na ponta dos pés, procurando a garota.

Eu a encontrei em uma espécie de gaiola. Ela vestia uma roupa limpa mas ainda parecia triste e faminta.

– Oi. Eu sou a Lunna. Quem é você?

Ela se assustou com a minha presença e demorou para responder, ainda presa em sua própria tristeza.

– Eu sou Margaret. - Seu sorriso era trista, porém sincero. - Você é uma das filhas dele? A mais velha, imagino.

Mais velha. Sim. Eu achava que era. Concordei com a cabeça, ainda admirando os olhos verdes quase transparentes da mulher. Eles pareciam varrer a minha alma milímetro por milímetro.

– E qual é o seu dom?

Imagino que minha expressão confusa deve ter me entregue: eu não fazia idéia do que ela estava falando. Ela não insistiu no assunto.

– Bem, Lunna, você gosta de viver aqui?

– Claro! Eu ganho lanche e horas de TV se me comportar e fizer a lição!

– Que bom. Fico feliz em ouvir isso. E você cuida dos seus irmãozinhos?

– De todos eles. O Edwin dá mais trabalho, mas quando não está chorando ele é até bonzinho.

Nós conversamos durante horas. Todas as noites eu encontrava Margaret. Alguns dias ela parecia mais triste do que em outros. Eu via as marcas de mãos ao redor de seu pescoço e pulsos mas era muito jovem para compreender. Apesar de tudo, ela era sempre gentil. Sempre.

As vezes, a porta da gaiola estava destrancada mas ela não ousava tentar sair. Nem um passo para fora. O medo era maior do que a sede de liberdade. Isso foi algo que só compreendi meses mais tarde. Ela não temia por si.

Com o passar das semanas, Margaret começou a engordar. Eu demorei para notar, mas, quando percebi, não pude evitar perguntar sobre o que ela andava comendo.

– Eu estou grávida, Lunna. Você vai ganhar um novo irmãozinho ou irmãzinha.

Eu sabia o que era gravidez, embora não tivesse a menor idéia sobre a reprodução em si. Eu também sabia o que significa ter um irmão ou uma irmã. Era ter o mesmo pai e a mesma...

– Então você é minha mãe?

Hoje eu sei a verdade. Mas não a culpo por suas mentiras. Ela só queria fazer eu me sentir melhor. Queria me ensinar o que era família.

– Isso mesmo. Você vai cuidar do bebê que está na minha barriga?

– Claro! Eu vou sempre cuidar dele.

– Lunna, você pode me prometer que vai cuidar do bebê, contar a verdade para ele e vai protegê-lo, não importa o que aconteça?

– Claro que prometo. Eu protejo os meus irmãos. Sempre. Você já sabe qual vai se o nome dele?

– Ainda não pensei nisso. Você tem alguma idéia?

– Bem, eu gosto de Aquiles.

– É um nome bonito. Mas por que esse?

– Ele era forte e corajoso. Ele tinha uma fraqueza, por que todo mundo tem, é o que nos torna mortais. Mas ainda assim ele era o melhor guerreiro de todos.

– Parece uma ótima escolha. Mas e se for uma menina?

– Que tal... Meghan?!"

Ouvi Kylle sussurrar algo e olhei para nossas mãos. Eu perfurara suas palmas com suas garras. Outra coisa que eu não conseguia controlar. Afroxei meu aperto e sussurrei um pedido de desculpas. Ele sorriu de volta.

Eu ouvia apenas as respirações de todos. Theresa parecia comovida, ao contrário de seu marido, sempre indiferente. Sempre autoritário.

A expressão de Aaron era, no mínimo, reconfortante. Ele obviamente não estava contente com a situação mas parecia não me julgar. Por enquanto.

"Cinco meses se passaram e eu acordei no meio da noite, com os gritos de Margaret. Eram desumanos. Parecia que alguém estava quebrando osso por osso de seu corpo. Mas eram apena as dores do parto.

Meghan nasceu prematura, com apenas seis meses e meio, mas ela era suficientemente forte para sobreviver. Meu pai levou mais tempo para aparecer daquela vez.

Eu desci, duas noites depois, e a encontrei amamentando um bebê pequenino e rosado, enrolado em cobertor rosa desgastado. Maeve já usara aquele cobertor, coberto de estrelas.

Meghan era tão bonita quanto a mãe. Meu pai começara a confiar em Margaret o suficiente para deixar a porta sempre destrancada. Assim ela podia cuidar do bebê, que costumava ficar em um berço no canto do quarto.

Meses depois, quando Meghan tinha quase meio ano, eu encontrei Margaret no mesmo quarto. Ela colocara algumas roupas e todas as coisas de Meghan em um lençou e amarrou tudo, formando uma trouxa. Sua fuga era iminente e óbvia.

– Lunna, eu e Meghan vamos embora, hoje a noite. Você pode vir conosco, se quiser.

– Mas por que? E os meus outros irmãos?

– Eu não pertenço a esse lugar, Lunna. Ninguém pertence. Venha comigo. Nós seremos mais felizes, ficaremos juntas. Eles ficarão bem.

Não precisei pensar muito na resposta.

– Eu... Eu não posso. Preciso ficar. Pelos meus outros irmãos.

– Lunna, minha filha, tem certeza? Eu posso te levar, mas apenas você. Vou cuidar de você, mas preciso que você venha logo. Temos pouco tempo.

– Eu não posso, Margaret.

Eu queria, mais do que tudo, ir. Mas eu era a irmã mais velha. Jamais poderia abandonar meus irmãos.

– Tudo bem. Então preciso que você suba de volta, tudo bem? Não conte a ninguém que você me conhece ou que eu estou indo embora. Volte para a cama e descanse.

As vezes ainda posso sentir os lábios dela tocando minha testa, a leve formigação que eles causaram e a sensação de calor no meu peito. Foi tão rápido. Tão bom.

– Eu te amo, Lunna. Não importa quanto tempo se passe, o que as pessoas digam ou o que aconteça. Eu sou sua mãe e eu te amo. Não esqueça disso jamais, minha filha.

Os passos no corredor foram uma surpresa para nós duas. Ela teve tempo apenas de me empurrar para trás das pesadas cortinas. Margaret era assim. Ela sempre pensava nos outros antes de si mesma.

Era noite de lua cheia mas eu não sabia o que isso significava. Não fazia nem idéia.

Eu nunca vou me esquecer de como os dentes dele perfuraram Margaret. A pele perfeita dela, o rosto, tão bonito, tudo destruído. O cabelo laranja ficou enegrecido pelo sangue e tudo o que eu conseguia ouvir era o choro de Meghan.

Mesmo sem estar em sua forma lupina, meu pai a matou violentamente. Ela tentou se defender mas os meses de péssima alimentação e ausência de exercícios cobraram o seu preço. E não foi barato.

Ele nunca soube que eu estava lá. Apesar dos sentidos aguçados, o sangue, o ódio e o choro de bebê encobriram a minha presença.

Eu sai correndo no segundo em que ele saiu do quarto. Não pude evitar olhar para o corpo de Margaret. Minha mãe.

O sangue cobria a maior parte de sua pele alva e os olhos verdes estavam estranhamente desfocados, opacos. Eu nunca tinha visto um corpo antes, mas soube que ela estava morta, mesmo com o sorriso triste que dançava em seus lábios.

Peguei Meghan e subi pelo elevador de comida, chorando e falando para ela que ia ficar tudo bem. Que ia dar tudo certo. Eu prometi que iria protegê-la e estava disposta a manter a promessa, não importando o custo.

Dormi abraçada com ela e, no dia seguinte, quando meu pai perguntou onde eu a encontrara, eu disse que uma moça ruiva, muito bonita tinha pedido para eu cuidar dela. Era uma meia-verdade. Minha vida sempre foi repleta delas.

Ele não se opôs. Duvido que lembrasse sequer de tudo o que acontecera na noite anterior. Para ele, minha explicação era completamente plausível.

Eu poderia ter cuidado de Meghan e tudo ficaria bem. Ela cresceria como eu, aprendendo novas línguas e cercada por irmãos que cuidariam dela.

Mas, naquele dia, as mães chegaram. Nosso acesso ao primeiro andar finalmente foi permitido e nosso pai permitiu que nossas mães vivessem em nossa casa. Três delas que, diferente de Margaret, pareciam querer estar ali.

Mas elas não eram amáveis ou minimamente legais. Elas nos odiavam. Nunca entendi o motivo, mas elas não nos suportavam e, como curávamos depressa, elas não se importavam em nos machucar.

Uma vez, uma delas quebrou o braço de Scott, porque, segundo ela, ele era inútil e só desenhava o tempo todo. Elas nos forçavam psíquica e fisicamete. Horas de exercícios físicos e mentais. Quando elas começaram com as queimaduras como punição, foi demais.

Eu realmente não gosto que machuquem meus irmãos. Ninguém pode fazer isso. Ninguém.

Arquitetar a fuga foi fácil. Diferente de Margaret, eu não deixaria nada nem ninguém me impedir.

Eu sabia que ela havia sido pega porque demorara e eu sabia que a culpa era minha. Mas eu manteria minha promessa. Eu cuidaria de Meghan e a protegeria. Sempre.

Conversei com meus irmãos e os deixei escolher se vinham comigo ou não. Arrumei as malas e roubei tudo o que consegui. Coisas caras e pequenas. Kylle pediu a uma funcionária para colocar a bagagem no carro, esperar anoitecer e nos levar até o aeroporto. Na época nós pensamos que havia funcionado porque ameaçamos dizer ao nosso pai que ela queria nos raptar. Nós sabíamos que ele acreditaria em nós.

Mas era apenas o dom de Kylle se manifestando.

Quando chegamos ao aeroporto ele falou com um piloto e o convenceu a nos levar para longe. Novamente, culpamos a sorte e os nossos argumentos.

Me pergunto o que teria acontecido se não fosse Kylle a pedir. Provavelmente estaríamos mortos.

De qualquer forma, essa é a nossa história. Nós fugimos e continuamos fugindo até acabar aqui em NY. Até Aaron me encontrar."

"Até nós nos encontrarmos" - Vi os lábios de Aaron formarem essa frase, silenciosamente.

Ele não parecia mais zangado ou triste do qe quando chegamos ali e me perguntei se aquilo era um bom sinal. Talvez ele não me odiasse ou talvez apenas não se importasse.

– Então, ao invés de terem sido abandonados, vocês fugiram porque eram maltratados pelos pais? - William tentou sintetizar a história.

– Não. - Eu respondi. - Nós fugimos porque nossas mães nos odiavam e nos batiam. Fugimos porque achei que depois de Margaret, nós seriamos os próximos. Achei que ele nos mataria. Mas eu estava errada. Nosso pai nunca nos machucaria.

– E o que te leva a crer nisso?

– Nós somos toda a vida dele. Literalmente. Eu ouvi histórias e pesquisei, através dos anos. Ele estuprou Margaret porque queria um bebê dela. Margaret era uma Eclipsada.

Foi a primeira vez que vi William demonstrar surpresa. A expressão não combinava nem um pouco com sua fisionomia.

– Eu não sei exatamente o que significa, mas sei que era por isso. Cada um de nós tem uma mãe poderosa. Meu pai queria "purificar" os licantropos. Queria criar crianças poderosas, formidáveis. Margaret tinha dezesseis anos. Ela era filha dele. Antes, ela vivia em outro cativeiro, por ter tentado fugir uma vez. Ela não era poderosa o bastante. Ele queria mais. Queria a perfeição.

Desenhei as aspas com as mãos, no ar. Eu parara de chorar, mas Kylle parecia levemente enjoado. Ah, meu pequeno Kylle. Ele era um pouco maior do que Edwin é hoje, quando o convenci a fugir. Me lembro de seu cabelo loiro colando em sua testa com o suor e de suas reamavoes de cansaço. Ele carregou Meghan, enquanto eu levava Edwin. Ele era irresponsável e arteiro mas eu não o trocaria por ninguém. Ele é leal, honesto e bondoso. Ele é meu irmão.

– Isso significa que seus irmãos não são, exatamente, seus irmãos, certo?

– Eles são tão meus irmãos quanto Katherine, Elizabeth e Alex são irmãos uns dos outros.

– Não, não somos. - Kylle, mesmo com todas as ameaças de William, falou. - Somos mais do que isso. Somos seus filhos Lunna, e você sabe disso. Você ensinou Meghan e Edwin a falar e andar. Separou nossas brigas, ensinou Maeve, Astryd, Scott e Khyra a ler e a escrever. Você nos amou, nos educou e ensinou da melhor forma que pode e nós te amamos por isso. Estaremos do seu lado, não importa sua decisão.

As lágrimas voltaram a deslizar livremente pelo meu rosto, trilhando um caminho que se tornava conhecido.

– Nós vivíamos em um castelo, trancados em torres e não, isso não é uma metáfora. Menos de um mês depois da fuga eu me transformei. Então, decidi que nunca mais aconteceria. Comprei um calendário e passei a juntar dinheiro para as viajens. Eu deixava Khyra, Kylle e Scott cuidando dos menores e saía. Todos os meses. Era uma fortuna mas eu não me importava. Tinha medo de fazer com eles o que meu pai fez com Margaret. Eu sinto muito pelo que fiz ontem, de verdade, mas as vezes essas coisas acontecem. Eu machuco quem está ao meu redor e quero que vocês saibam que, se quiserem, eu me mudarei sem pestanejar. Nunca mais voltarei. Mas não mandem meus irmãos embora, por favor.

– Lunna, você disse que viviam trancados em torres... - Eu não podia ver nem mesmo uma sombra de preocupação em William. - Que tipo de torres?

A compreenção me atingiu como um balde d'água fria, gelando até meus ossos. Ele sabia. Ele sempre soube a verdade. Tudo isso, essa "Convocação", era um teste. Para saber se eu diria a verdade. Ele estava me empurrando até o limite, tentando me forçar a contar a verdade. Toda ela. Ele já havia tomado sua decisão, independentemente do que eu diria.

Pela primeira vez, desde que a Convocação começara, Aaron parecia estar em silencio por vontade própria. Eu não me importava com a opinião que William tinha sobre mim, mas me importava com a de Aaron. Certa vez Margaret disse que a verdade era importante. Disse que a verdade me libertaria. Era hora de testar sua teoria.

– Do tipo alta, construída a séculos atrás. Torres de pedra seculares, cercadas por quilometros de florestas e um sistema de segurança poderoso.

Há certos momentos na vida em que precisamos aceitar não apenas quem somos, mas o que somos. Precisamos aceitar nosso passado, nossa história, para seguir em frente. Esse era um dos meus momentos.

Eu sou Lunna, um monstro. Eu mato e machuco as pessoas. Eu destruo famílias e eu fugi de casa aos doze anos. Eu trouxe os meu irmãos comigo, atrás de uma vida melhor que eu nem sabia se existia. Eu encontrei essa vida. Mas agora seria expulsa dela.

Tudo isso diz quem eu sou, mas não o que sou. Esse segredo está tão profundamente enrraizado na minha alma que me vejo tomar fôlego antes de puxá-lo para fora, antes de minha língua torná-lo real.

– Eu sou Lunna, da dinastia Wolfhardt, herdeira do Rei Vicent e Princesa dos Licantropos.


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Notas finais do capítulo

Tan tan tan tammmmmmm
Ai está. O passado de Lunna. O título da história. A budega toda. Não, não tudo. Ainda tem muita água para rolar, muitas surpresas por vir. Essa é apenas a parte da história que a nossa querida princesa quis contar.
No próximo capítulo: Aaron não está quieto demais?
~Lena