P.O.V Lisa

Eu amo neve! Principalmente quando ela te impede de ir para a escola! TODOS SAUDAM A CAMADA BRANCA E MACIA QUE CHAMAMOS DE NEVE! Em Paris quando nevava só faltava eu chorar de tanta alegria, agora a situação não é tão diferente.

– Você quer brincar na neve... Um boneco quer fazer... – Cantarolei enquanto colocava minha roupa de frio. –Você podia me ouvir e a porta abrir, eu quero só te ver...

Combinei de encontrar Cat e Jake em um parque que tem perto da casa deles (Já fui outras vezes lá, então conheço o local) para brincarmos na neve! Pode parecer infantil, mas nunca se é velho demais para fazer anjos de neve.

Olho pela janela enquanto guardo dentro de minha mochila meus patins de gelo, é que depois de brincarmos na neve vamos patinar no lago que tem aqui, e me admiro de como a camada branca consegue deixar tudo mais bonito e mais delicado. As casas ao nosso redor estão cobertas pela neve e os flocos que caem são fascinantes, pois são únicos. / Oh, William Shakespeare! Baixa essa bola Lisa, ta parecendo àquelas meninas que escrevem um poema para cada foto que postam na internet. / Não é minha culpa se a neve e o frio me deixam inspirada! / Você vai se atrasar se continuar conversando comigo desse jeito./ Ok, tchau Cel! /Esse apelidinho fudeu comigo né? Tá parecendo que eu sou o seu celular. / Quer o que então?! Se encontrar um melhor me avisa. / O nome Celeste é amaldiçoado, ou meu apelido tem haver com um eletrônico ou com um lugar. / Lugar? / Leste / Há, é verdade! Agora é sério, eu preciso ir. Tchau! (N/A: Nada contra o nome Celeste, na verdade, eu AMO esse nome! É um dos nomes que gostaria de dar para minha filha, caso tenha uma)

Desci as escadas correndo, minha mãe estava na sala de estar conversando, ou melhor, beijando o William. Assim que me aproximei dos dois pelas costas tossi alto para chamar a atenção dos dois, que se separaram bruscamente. Ambos estavam levemente corados, mas eu continuei com a face neutra.

– Estou indo sair com meus amigos, tchau para o casal.– Falei indo para a porta.

– T-tchau Elizabeth.– Mamãe falou.

Seu namorado acenou e eu retribui. Fechei a porta rapidamente e me arrepiei assim que pisei fora dos portões de nossa casa, a única parte ruim da neve (Além dos acidentes que ocorrem. Meus pêsames para as pessoas que sofrem com o frio e não tem onde morar para se defender dele. *Fufufufu* Era para ser o barulho do assobio de Jogos Vorazes) é que a locomoção é complicada. Imagina como será para que eu chegue até o metrô? É, eu me fodi! We!

Ei, lembra que eu tinha pedido para me arrumar um visu?! / Ah é! Disso que eu estava esquecendo... / Inventa um aí! / Mas eu vou me atrasar. / Você não consegue pensar enquanto anda não?! / Ok, ok...

Feliz? /.../ Celeste? / EU SOU LINDA! OBRIGADA LISA!/ De nada... Que medo. / Sou perfeita! Sabe qual a música que me descreve? / The Monster, do Eminem? / Haha, muito engraçado! É “Diva”, da Beyoncé. / Céus, eu criei um monstro...

...

Sabe aquele momento em que você entra em um filme? Bem, estou vivendo esse momento agora! Já vi várias vezes à velha Nova York coberta de neve, com crianças, adultos e jovens se divertindo e aproveitando, mas nunca imaginei que ao vivo e a cores iria ser tão magnífico assim.

– Lisa! – Cat acenou enquanto vinha em minha direção, Jake estava um pouco atrás dela.

Esperei que ela se aproximasse, não ia aguentar gritar, com esse frio minha garganta se fecharia.

– Oi Cat. – Falei a abraçando e depois dando um beijo em meu namorado. – Bom dia Jakenson.

– Bom dia Elizabeth. – É assim que funciona! Todos os três amigos com nomes exóticos!

Ri, a cada palavra que saia de minha boca conseguia ver um ventinho saindo.

– Adivinha o que irá acontecer daqui duas semanas? – Jake tampou meus olhos com as luvas.

– Hã? O que irá acontecer?

– Seu aniversário, sua idiota. – A loira riu.

– Aé! Uhu, dezoito anos de pura gostosura. – Fiz uma pose exageradamente lezada.

Nós três rimos.

– O que fará nesse dia especial? – Perguntou o moreno.

– Querem mesmo saber? – Assentiram. – Eu queria visitar a Broadway e ver alguma peça teatral.

– Uma peça? Sério, pensei que iria sei lá, que eu, sua melhor amiga no mundo inteiro, passasse o dia com você.

– Mas você já passa. – Escapuliu de meus lábios.

Cat e eu arregalamos os olhos, eu acabei de me dedurar.

– Como assim? – Jake franziu o cenho.

– Eu estava falando que há vejo todo dia na escola e praticamente todo final de semana que ela está livre nós saímos. Hehe. – Falei concertando meu deslize.

– Ah, bem que eu pensei: Espera, mas eu trabalho o dia inteiro, como posso passar tanto tempo com a Lis? Haha. – Fez uma risada forçada.

Ficamos com o lindo silêncio constrangedor no ar.

– Que tal nos divertirmos um pouquinho? – Incentivei.

– Simbora! – Cat sorriu.

Fizemos anjos na neve, depois brincamos junto de outras crianças de guerra de bola de neve e enquanto Catherine dava o fora em um garoto de dez anos que a estava pedindo em casamento, Jake e eu fomos tirar fotos juntos.

– Por que eu tenho que fazer isso? – Ele perguntou.

– Odiar fotos é de família por acaso?! – Fechei a cara. – Eu quero várias fotos nossas, para guardar de lembrança criatura. Tenho várias com a Cat quando saímos para conhecer N.Y e em outros lugares.

Por fim ele cedeu, fizemos várias poses e íamos a vários lugares diferentes do parque para tirarmos mais. Tenho que admitir: Ficaram incríveis! Vou revelar uma por uma!

– Olha essa aqui. – Mostrei para ele uma em que estávamos nos beijando. – Ficou tão fofa, e a árvore cheia de neve deu o toque especial. – Passei para outra. – Ah, eu preciso revelar essa daqui!

– Já entendi Lisa, você amou nossas fotos. – Falou rindo e bati de leve em sua nuca, ele me empurrou de leve e eu ri. – Boba.

– Finalmente aquele garoto entendeu que não vou me casar com ele! – A loira apareceu se jogando em meus braços. – Por que eu tive que nascer tão... Gata?!

– É a vida, viva com esse fardo. – Brinquei e ela saiu de meus braços.

– Acreditam que o garoto me ofereceu um dos brinquedos dele para que eu me casasse?! Qual o problema das crianças de hoje em dia?

– Realmente não sei, afinal, como um garoto iria pedir uma coisa feia dessas em casamento? – Jake revirou os olhos e sorriu.

Cat tentou bater nele, mas foi mais rápido e a segurou em um abraço, mas parecia mais uma chave de braço.

– Não tente bater em seu irmão mais velho, realmente. – Sugeriu a soltando.

– Um ano de diferença! APENAS UM ANO! – Apontou o dedo na cara dele.

– Mas ainda assim é um ano.

– Seus infantis. – Joguei meu cabelo para trás fingindo ser da alta sociedade.

– Minha querida, você é a mais nova aqui.

– Cala boca, Laranjinha!

Começamos a discutir. Ela me chamava de Elizabeth e eu a chamava de Laranjinha.

– Como eu aguento essas duas? – Perguntou-se Jake.

– Fica na sua, Jakenson! – Cat e eu falamos juntas e depois rimos da cara do moreno.