My new (crazy) life! escrita por Mitsue, Uchiha Elric


Capítulo 25
Conversation


Notas iniciais do capítulo

O nome saiu meio bugashion, mas o capítulo ficou bacana >.



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P.O.V Lisa

Estou trancada em meu quartinho com Cat, tia Belle e minha mãe gritando do outro lado da porta pedindo para entrar. Não estamos brigadas, posso ouvi-las gritar “Ai meu Deus, minha filha já é uma adulta!”, “Sua filha da mãe! Fica falando de mim, mas está seguindo meus passos! MUAHAHAHA!” e até “Eu vou ser tia, finalmente você fez algo de útil Lis!”. Argh! Coloquei o travesseiro em cima de minha cabeça para não ouvi-las falar comigo, apenas ouço sons abafados e gritarias. Mulheres... /Você fala como se não fosse uma! / Mas eu não iria fazer todo esse escândalo por uma coisa dessas! / Foi a sua primeira vez com ele! Claro que elas têm que fazer esse barulho! / Argh, até você Celeste?! Por que Jesus?! Por que até a minha amiga imaginária tem que fazer isso?! / O pior é que eu estava presente no momento... / CALADA!

– Eu sabia que iria encontrar a chave reserva. – Ouvi tia Belle falando.

PUTA QUE PARIU! EU ME ESQUECI DESSA MALDITA CHAVE! EU DEVIA TER PULADO DA JANELA IGUAL DA ÚLTIMA VEZ!

– Saíam daqui, criaturas de satã! – Fiz sinal de cruz com os braços.

As três se sentaram em minha cama. Meu quarto tem cara da cada da mãe Joana?!

– Como você pode fugir e se trancar no seu quarto depois de contar uma bomba dessas? – Minha mãe falou. – Estava tão ansiosa para esse dia chegar!

– Mãe! – Resmunguei.

– Não acredito que minha amiguinha dormiu com o meu irmãozinho tolo! – Cat sorriu e eu mostrei o dedo do meio para ela. – Ui, ficou putz revolts?!

– Lisa, Lisa... – Tia Belle bateu em meu ombro delicadamente. – Seu inferno particular acabou de começar.

Merda, merda! O que eu fiz de errado?! Há, já sei o que fazer para me livrar disso! Coloquei minha cabeça no modo avião e comecei a voar enquanto elas falavam, via suas bocas se mexendo, eu concordava com a cabeça e murmurava algumas coisas do tipo “Você está certa”, “Claro” e para a Cat eu apenas revirava os olhos, pois sei que só iria sair porcaria da boca dela. Quando percebi que pararam de falar voltei ao normal.

– Entendeu o que falamos Lisa? – Mamãe perguntou.

– Claro! Eu entendi tudinho. – Sorri confiante.

– Ok, então repita. – Tia Belle desgraçada!

– Ér... Alguma coisa haver com namoro!

– Sua mãe acabou de falar para você tomar cuidado, e usar... – A loira ia falar, mas fiz sinal de silêncio.

– Já entendi tudo! Agora façam o favor as duas aí – Apontei para as adultas. – vazem, por favor, pois quero conversar com a pessoa da MINHA IDADE.

– Traidora... Depois quero ver quem vai vir rastejando atrás de mim. – Disse tia Belle semicerrando os olhos.

– Vamos logo Isabelle, deixe as duas conversando. – Minha mãe puxou a morena. OBRIGADA!

As duas saíram e assim que a porta se fechou, Cat sentou com as pernas cruzadas em minha cama e me olhou cheia de animação, os olhos arregalados e um sorriso enorme no rosto, mas consegui ver um pingo de malícia nele.

– Agora que as duas foram embora você vai me contar tudo, nos mínimos detalhes! – Estimulou.

– E eu tenho cara de “Cinquenta tons de cinza” para contar nos mínimos detalhes?! Jesus! – Falei me afastando um pouco da loira.

– Não foi isso que eu quis dizer Lisa! Tipo, onde e como foi, quando foi... Mas não precisa dar uma de ninfomaníaca! – Brincou.

– Palhaça. Ok, eu falo. – Sorriu. – Foi depois da festa de Hallowen, foi muito bom e aconteceu no carro dele...

– NO CARRO DELE?!

– Fala baixo, filha da puta. – Joguei uma almofada em sua cara.

– Eu nunca mais vou aceitar uma carona, prefiro voltar a andar de metrô! Eca, sua ninfomaníaca!

– Ninfomaníaca virou a palavra do dia por acaso? Você nem deve sabre o que significa isso!

– Sei sim. Significa exatamente o que você é, Elizabeth.

– Não sou não, Catherine.

Nos encaramos. Eu não sou ninfomaníaca! / Você contou para ela sobre suas noites em pubs de Paris? / Calada Celeste! Como eu já disse: Deixe o passado para trás / Foram ótimos tempos aqueles, eu adorava quando você saia do apartamento do cara toda descabelada e com os tênis nas mãos. / De assistir até pode ser engraçado, mas eu deixei essa Lisa para trás. A nova Lisa não transa com caras que conhece em pubs. / Nem com os amigos de escola, vizinhos, primos distantes... / Eu nem sabia que o Zeke era meu primo! Nos encontramos em uma soverteria e começamos a conversar, uma semana depois fomos para cama. / E para sua sorte, na mesma semana ele e a mãe vão te visitar / Sério, eu estou com fama de puta agora! Queridas pessoas imaginárias: Eu admito, já fiz muitas coisas pervertidas, mas não sou puta agora!

– Foi sua primeira vez? – Cat arqueou a sobrancelha.

– Não. – Falei sem pensar e depois arregalei os olhos. – Quer dizer, sim.

– Ahã, fala aí. Já dormiu com outro cara?

– Que tal comermos pipocas?

Ela riu e depois olhou diretamente em meus olhos.

– Sem mentiras, conte tudo para mim! – Fez cara de psicopata.

– Tem certeza absoluta que quer saber?

– Você nunca me conta sobre como era sua vida em Paris! Só sei como você é em Nova York, como você ERA em La France? – Tentou fazer sotaque francês.

Suspirei e comecei a contar a ela sobre meu passado. Tenho que admitir uma coisinha: Fiz muitas maluquices, comecei a mudar de verdade quando estava chegando meu aniversário de 17 anos, pois tia Belle tinha passado um tempo conosco lá na França e viu todas as coisas que eu andava fazendo escondido de minha mãe. Ela me puxou no cantão e me fez escutar umas poucas e boas, devo dizer: Quando quer, ela pode ser uma ótima mãe, pois ela botou moral legal em mim. Joguei minhas roupas de puta fora, me concentrei mais na escola, maneirei na bebida, parei de ir à cama de muitos caras e arranjei amizades legais. / Quando ela diz amizades legais, quer dizer que em vez de andar com patricinhas e gostosões, andou com os pouco populares. / É bem mais legal, meus antigos amigos eram engraçados e não me julgavam. Ajudávamos uns aos outros.

– Uou. – Disse depois que contei tudo. – Você era desse jeito.

– Exato. – Falei.

– Devo dizer, prefiro mil vezes essa Lisa a antiga.

– Eu também. – Sorri, mas depois fiz uma careta. – Odeio esses flashbacks do meu passado, fica parecendo aquelas pessoas que estão indo pro corredor da morte e se lembra de todos os erros. – Pensei um pouco. – Realmente, meu passado é muito obscuro, prefiro que ele fique na dele, bem lá atrás!

– É o que diga, cada vez que tento descobrir sobre você, mais medo sinto e mais aliviada.

– Aliviada?

– Por não ser mais a mesma garota de antes.

Já entendi Universo! Eu era uma puta, nojenta, idiota, desmiolada e baita de um matusquela xarope (Bob Esponja hoje, Bob Esponja amanhã e Bob Esponja sempre), mas eu mudei! Não precisa ficar jogando na minha cara o quão ruim eu já fui, estou mudada! O que mais quer que eu faça?! / Dê todo o seu dinheiro para a Celeste / Calada! E você nem precisa de dinheiro! É apenas uma voz em minha cabeça! / Uma voz que precisa de roupas novas! Você por acaso já imaginou como eu sou?! Nop! Apenas minha voz, nem tenho uma imagem correta! / Ai, dramática! / Crie logo a porcaria da imagem! / Ok, essa voz me assustou um pouco... Quem sabe? Vou pensar no seu caso Cel. / OWNT! Obrigada!

– Lisa? – A loira balançou a mão em minha cara.

– Sim? – Falei piscando lentamente.

– Você estava conversando com aquela sua vozinha interior idiota?

Idiota é o cu dela! “Vozinha idiota”...

– Ela não é idiota, e sim, eu estou conversando com ela. – Falei defendendo minha voz.

– Sabia que é estranho quando isso acontece? Você entra em um mundinho próprio e se desliga, como se o mundo estivesse parado para esperar vocês duas pararem de conversar.

– Mas não é assim?

– Não, enquanto você dá as suas voadas, a vida continua andando.

Bolada, pensei que era assim. / Até eu sei que não é! / Foda-se!

– Ah! Como estou feliz! – Cat se jogou para trás. Folgada, fica deitada ocupando mais da metade da MINHA cama.

– Por que criatura? – Perguntei deitando na metade desocupada.

– Faltam menos de três meses para acabar as aulas! Vamos para a faculdade Lis, quase adultas!

– Verdade! Uhu! – Falei rindo. – Infelizmente não estaremos mais estudando na “Grande Futuro”. Olha a minha cara de tristeza por não ver mais a Claranha.

Rimos um pouco, mas ela parou.

– Acho que não poderei fazer Medicina, como eu queria. – Murmurou chateada.

– Você pode ganhar uma bolsa, não desanime Catherine! – Chutei fraco o seu ombro.

– Aonde você vai? Quero dizer, qual faculdade?

– Minha mãe quer me colocar na Universidade de Cossumba, ou algo assim.

– A UNIVERSIDADE DE COLUMBIA?!

Ela gosta de gritar né?

– Essa é uma das faculdades privadas mais prestigiadas! – Disse animada. – Ia ser legal se continuássemos estudando juntas. E o Jake junto para ficar de olho em você.

– Que de olho o que! Eu amo aquele garoto, não tem perigo nenhum em me perder.

Ficamos em silêncio, até que a loira se levanta e me olha espantada.

– VOCÊ ADMITIU QUE O AMA! VOCÊ ADMITIU! – Gritou animada.

Arregalei meus olhos.

– Quê?! Não, eu não admiti! – Tentei consertar.

– Cala boca e me escuta: Você ama o meu irmãozinho tolo! Ah, eu vou falar isso para ele...

– Fica na tua, mosquinha de esgoto.

– Que raio de apelido é esse?! Mas voltando: Sim, eu vou contar que você o ama.

Revirei os olhos, irritada, e depois bufei.

–Pode falar, eu já disse isso para ele mesmo. – Dei de ombros, ainda deitada.

– Sério? Quando?

– Adivinha. – Falei irônica

– Ah... Que clichê!

Ri para ela e começamos a conversar sobre as variações e tipos de pipoca.


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Notas finais do capítulo

Perguntinha: Vocês querem saber como eu imagino a Celeste? E como é a roupa que ela sempre usará quando conversar com a Lisa? Então comentem! Será divertido!

Mais uma coisa: Quantos anos vocês acham que eu tenho? Me falem please.