Why Can't You See? escrita por Mandis


Capítulo 7
15/02/2004


Notas iniciais do capítulo

E lá vamos nós de novo... esse cap é maiorzinho, espero q vcs gostem :D



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Oh, I remember you

Driving to my house

In the middle of the night

I'm the one who makes you laugh

When you know you're about to cry

OMG! Aconteceu algo incrível ontem! Sabe a maratona de HP? Então, não a fiz sozinha. E adivinha justo com quem? Sim, ele mesmo, Oliver Queen (e voltamos ao momento novela mexicana ¬¬)! Enfim, vou transcrever a cena aqui para facilitar.

Estava eu bem confortável com meu short todo desbotado e a camiseta mais velha que tenho, com a gola tão larga que fica de lado no ombro quando a campainha tocou. Como meus pais tem uma aversão enorme a atender a porta eu fui, achando que seria a vizinha pedindo farinha de novo. Sério, ela não compra farinha na casa dela, toda semana é isso! Mas não era ela, era ele, Oliver. E eu daquele jeito, parecendo uma mendiga. Está certo que não é como se me vestisse super bem para ir à escola, mas também não vamos exagerar, não é? Fiquei tão espantada ao vê-lo ali parado que não pensei antes de falar – como sempre.

– O que está fazendo aqui? Como descobriu onde moro?

– Uou, se está ocupada, tudo bem, vou embora.

– Não, desculpa. Eu só... bem, não esperava que viesse aqui hoje...

– Nem eu... – e ai ele olhou para baixo, daquele jeito de pidão que eu estava vendo sempre me derretia porque quando olhou para cima de novo eu já estava para abraça-lo ali mesmo. – Posso entrar? Ou está ocupada com alguma coisa? Ou com alguém?

– Eu? Não, pode entrar. – Por que não convidei? Ia ficar na porta a vida toda? Burra, burra, burra!

Depois disso meus pais vieram e olharam primeiro para mim, depois para ele e depois para mim novamente, como se perguntasse “como assim, um rapaz vindo falar com você?”. E devo dizer que eles não estavam nem zombando de mim nem nada, mas sabe como é, conhecem a filha que têm. Ainda mais um “rapaz” como ele, todo arrumado, como indo para um encontro mesmo. Só disse que ele era um amigo da escola e que iríamos para o jardim dos fundos conversar. Eles continuaram me olhando como se de repente achassem que tinha sido abduzida ou qualquer coisa assim e outra pessoa colocada no meu lugar. Sério, pais. :tsc:

Ao menos Oliver fez que não percebeu nada disso. Ou nem percebeu mesmo, parecia perdido em pensamentos. E triste. Alguma coisa tinha acontecido, estava claro e não só pela presença dele na minha casa em pleno dia dos namorados. Então o levei para o jardim dos fundos e ficamos lá sentados no velho balanço de madeira por uns bons quinze minutos até ele resolver falar. Surpreendentemente consegui ficar quieta e esperar ele tomar a iniciativa.

– Eu tinha um encontro com a Laurel hoje.

– Hum... e porque não está nele?

– Porque nós terminamos.

– Terminaram? Sinto muito, quer falar sobre isso?

– Na verdade, não.

– Ok. – não, não estava ok, eu queria saber! Mas ia fazer o quê? Ameaçar expulsar ele se não me contasse?

– E você?

– E eu o quê?

– Quais eram seus planos para hoje?

– Ah, nem eram bem planos não. Só ficar em casa. – Ao perceber o olhar questionador dele me senti compelida a explicar, – e ver os dois filmes do Harry Potter comendo porcaria.

– Harry Potter? – Ele começou a abrir um sorriso. Tudo bem que era às minhas custas, mas quem se importava?

– Sim, agora sabe meu segredo. Adoro Harry Potter, já li os cinco livros quatro vezes e não vejo a hora de lançarem o sexto. E não me importo se não tenho mais idade para isso, faz anos que comecei a ler, praticamente cresci com eles, ok?

– Tudo bem, não precisa ficar nervosa. É só que nunca vi toda essa graça em HP quanto dizem...

– Como não? Já viu algum dos filmes inteiro?

– Não, mas vi cenas e...

– Então vai ver e tenho certeza de que vai mudar de ideia.

– Tenho opção?

– Claro que não.

E aí ele riu. Estava todo triste e riu e foi a coisa mais fofa. Eu ia ver os filmes no meu quarto, mas quando falei isso meu pai só me olhou sério e disse que podíamos ir para sala, pois mamãe e ele não iriam mais ver TV. Até estranhei um pouco, mas achei melhor não discutir e só peguei os filmes, a pipoca, o refrigerante, os doces e cobertas. Quando coloquei tudo na mesinha de centro, Oliver ficou me olhando de um jeito meio estranho, mas quando perguntei o motivo ele só disse que a única outra garota que tinha visto comer tanta bobagem tinha sido a irmã e que não entendia como eu conseguia ser tão magra. Ótimo, agora ele me compara com a irmã e acha que sou desnutrida, muito bem Felicity.

Depois disso nos sentamos no sofá para ver os filmes, lá para o meio do primeiro, como previsto, ele estava fixado na história, me atormentando querendo saber se o Snape era mesmo o vilão. Como se eu fosse contar. Ao fim do segundo filme estava os dois estirados no sofá, lado a lado e os pés na mesinha de centro, agora vazia. Conseguimos realmente acabar com toda aquela comida e nenhum dos dois pensava em fazer mais nada, nem levantar. Então ficamos em silêncio por um tempo, eu pensando em como tinha acabado de passar a noite do dia dos namorados com ele e imaginando o que ele estava pensando, se estava imaginando a decadência na qual se encontrava para ter ficado vendo Harry Potter ao invés de sair. Também fiquei imaginando porque isso teria acontecido, o motivo do término do namoro dele com Laurel. Foi aí que ele começou a falar.

– Ela me pegou com outra. E então a peguei com o Tommy. – Eu não acreditava no que estava ouvindo. Não sei o que era pior, ele trair a namorada no dia dos namorados ou ela revidar com o seu melhor amigo. Mas tentei não julgar antes de ouvir a história, afinal, sou no máximo uma amiga, talvez nem isso.

– Mas como assim? – Não julgar não significa não perguntar, não é mesmo?

– Eu estava conversando com a Isabel, a vice presidente do conselho, sabe? – Claro que sabia, odiava a menina. Assim como sabia que Laurel também odiava e que a rixa das duas era conhecida na escola toda. – Nem sei o que ela veio me falar, só sei que de repente estava me agarrando e a Laurel apareceu e não entendi nada. Pior ainda, eu correspondi. Foi automático, Felicity. – É, acho que ele percebeu minha reprovação. – Mas o fato é que a Laurel saiu correndo e foi embora. Quando fui para a casa dela, a vi com o Tommy. Estava falando para ele que estava com o amigo errado, que eu não prestava e que se arrependia de ter me escolhido ao invés dele. Aí ele perguntou de mim e ela só disse que nós tínhamos terminado e o beijou. E ele a beijou de volta. Foi então que fui embora dali e vim pra cá.

– Ok.

– Pode falar.

– Falar o quê?

– Que eu mereci, que a culpa foi minha por isso ter acontecido.

– Não.

– Não?

– Não. Porque a culpa não foi sua, não totalmente. Você poderia ter afastado a Isabel, na verdade, deveria ter afastado a Isabel, mas quem te beijou foi ela e não deve ter sido coincidência a Laurel chegar bem na hora.

– Como assim? – Ele realmente não sabia?

– Bom, todo mundo sabe que as duas se odeiam e que a Isabel não presta e que sempre ficou de olho em você. Vai por mim, não foi por acaso. Mesmo assim, custava ter se controlado e afastado a menina? Não gosta da Laurel?

– Bom, mais ou menos.

– Mais ou menos como? – OMG!

– É que de uns tempos para cá a gente não tá se entendendo muito bem. Nem é de brigarmos não, é mais de não fazermos tanta questão de passar tempo juntos e coisas assim. Parece mais que estamos juntos por termos que estar, sabe? Porque é o que esperam de nós.

– Hum, acho que entendo o que quer dizer. Mas então por que não terminaram? Não que eu desejasse o fim do namoro de vocês, mas quer dizer, melhor do que deixar do jeito que estava até acontecer o que aconteceu hoje...

– Você tem razão, mas acho que fomos só deixando e deixando e deixando... e aí quando a Isabel me beijou, bem, nem tive muita resistência e me deixei levar também.

– Hum... nisso tudo só não entendo o Tommy. Não faz sentido. Até onde eu sei ele é seu melhor amigo, não?

– Sim, ele é. Ou era. O fato é que nós dois nos interessamos por Laurel no começo, só que eu de forma mais superficial e ela acabou preferindo sair comigo. Na época deixamos como estava também, nenhum dos dois quis discutir o assunto. Mas eu já tinha percebido que ele não tinha conseguido superá-la e que não estava feliz com a forma como a estava tratando de um tempo pra cá. Acho que viu a chance dele. No fundo, acho que estão melhor juntos, mas mesmo assim não é uma sensação boa.

– Com certeza não. Mas se é como falou, logo vocês estarão bem de novo.

– Sim, só fico imaginando como vai ser na escola segunda, todos vão comentar, né?

– Ah, com certeza, vai ser o assunto da semana. Mas depois esquecem, sabe como é. Só me responde mais uma coisa?

– Claro, o que é?

– Por que você veio até aqui?

– Como assim?

– Não é que não tenha gostado de você ter vindo nem nada, na verdade adorei ter passado o dia dos namorados com você... quer dizer, ter passado a noite com você... não, esquece. – COMO EU CONSIGO? Terra, abra um buraco no chão e me engula, por favor!

– Acho que entendi – ainda bem que ele me interrompeu, mesmo que rindo de mim. De novo! – E não sei. Só... depois que vi os dois juntos a única pessoa com quem pensei em conversar foi você. A única que me veio a cabeça.

Depois disso nós ficamos nos olhando um tempo e cheguei a achar que ele fosse me beijar, mas bem quando esse pensamento passou pela minha cabeça, ele começou a levantar e disse que tinha que ir embora, que estava tarde. Nem estava tão tarde assim, mas achei que o melhor seria deixá-lo ir. osso não ser popular nem nada, mas também não seria step de ninguém, nem mesmo do cara mais gostoso da escola.


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Notas finais do capítulo

Espero q vcs tenham gostado... e comentem, pleaaaaaaaaaaase!


Ah, me senti a mãe dinah hj! vi uma entrevista com o stephen e a emily e ela falou q adorava HP quando era mais nova! Meu, tem noção do meu surto quando a criatura disse isso? Sorry, mas eu tinha q compartilhar do meu momento vidente kkkkkk

By the way, alguém aqui pretende ir na comic con em sp? E alguém torcendo pra ter arrow nela? *.*



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