A um passo do fim. escrita por Evey


Capítulo 7
Por acaso.


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoa que tá lendo a fic!! o
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Não tá gostando? Não tá boa?? Então me ajude, deixe alguma sugestão!! :D
Boa Leitura.



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– Eu sou Hyuuga Hinata... – Disse inclinando levemente a cabeça para o lado esquerdo e mantendo as mãos atrás de si. – O que vocês desejam cavalheiros? – Os saudou assim mesmo percebendo que se tratava de um homem e uma garota.

A brisa agitava levemente o longo cabelo azulado assim como as capas usadas pelos recém-chegados, os inimigos usavam capas com capuz, os mantos eram completamente azuis e cobriam parcialmente a face, acharam a menina a sua frente muito estranha por usar o uniforme daquela escola de vivos, o mais baixo soltou uma pequena risada enquanto sacou uma espada de metal avermelhado enquanto tirava o capuz, revelando olhos verdes brilhantes e cabelo cinza longo contornando um rosto delicado e quase infantil.

– Você vai ser banida hoje Hyuuga Hinata! – Disse a menina que se revelou apontando a espada. – E não me confunda com um homem. – O sorriso que se formou era quase sádico.

A menina assumiu a postura de batalha enquanto os olhos verdes brilhavam de excitação na esperança de ver um espírito sendo banido, antes que pudesse avançar teve seu impulso impedido por um braço estendido a sua frente.

– Espere! – O companheiro a impediu de avançar. – Não estamos aqui para brigar, então guarde a sua arma Yume. Você já se apresentou então acredito que agora é a nossa vez... – O homem fez uma pequena reverencia direcionando suas palavras a Hinata. – Meu nome é Jiro e o meu sobrenome não importa mais para mim.

– Meu nome é Yume... – A garota guardava a espada e demonstrava toda a sua irritação. – E foda-se meu sobrenome, ele não é como o seu.

– Mais respeito Yume... – Jiro falava enquanto colocou a mão na cabeça da pequena forçando-a a prestar reverencia.

Hinata abriu os olhos enquanto desmanchava o sorriso, decidiu parecer indiferente embora estivesse estranhando as atitudes.

– Hinata-sama, desculpe pelas atitudes de minha companheira... – A voz do rapaz era firme e sedutora. – Ela não se esforça para entender a hierarquia da nossa condição. Afinal mesmo em lados opostos você é uma Hyuuga, e não uma qualquer... – O capuz não ocultou o sorriso que se formou. – Você é a princesinha Hyuuga, a herdeira dessa geração.

Na sala de aula o professor Iruka escrevia infinitas operações matemáticas enquanto divagava sobre elas, falando sobre regras conceitos e operações dificílimas com uma naturalidade assustadora. Sasuke não conseguia se concentrar enquanto o lugar de seu melhor amigo estava vago bem a sua frente, puxou o celular do bolso e quando estava prestes a digitar algo o professor Gai estava a porta da sala pedindo para fazer um comunicado aos alunos, assim o professor entrou sendo seguido por dois rapazes que arrancaram suspiros das jovens alunas, o primeiro tinha cabelo negro assim como os olhos, alto e branco usando calça preta e camisa social branca coberta pelo paletó preto aberto sem gravata, o segundo trajava o terno completo e perfeitamente alinhado cinza, apesar da postura séria os dois incitavam desejo.

– Ola pessoal. – Gai abriu seu enorme sorriso enquanto mostrava o polegar em sinal de positivo. – Nesse ano temos uma incrível surpresa para vocês jovens alunos... – Afirmou com um sorriso enquanto piscava o olho direito, os alunos se entreolharam assustados, uma surpresa vinda do professor mais estranho da escola não poderia ser algo bom.

– Esses dois jovens... – Continuou ficando entre os jovens que o acompanhavam. – Representam a Empresa Uchiha. – O homem colocou as mãos no ombro dos rapazes. – Estão aqui para apresentar a vocês um projeto incrível que somente aqueles com o espírito jovem serão capazes de aderir. – Abriu o sorriso brilhante enquanto os jovens reviravam os olhos. – Bem vou deixar que eles expliquem do que se trata. – O homem empurrou levemente seus convidados.

– Bem... – O moreno manifestou-se. – Meu nome é Itachi e este é Izami, a empresa Uchiha fez uma parceria com essa escola por isso vamos levar um grupo de trinta alunos para visitar um dos maiores centros de pesquisa tecnológica do país, o objetivo é fazê-los participar diretamente durante a montagem e o desenvolvimento de vários protótipos que estamos criando em conjunto com a empresa Uzumaki, é claro que devido ao enorme prestigio dessas empresas os participantes terão excelentes recomendações para as inscrições nas melhores universidades em qualquer lugar do mundo. – Itachi fez uma pausa enquanto observava os alunos entusiasmados. – O grupo será selecionado entre aqueles que se inscreveram até amanhã, e suas habilidades serão levadas em conta, as inscrições estão abertas para alunos do segundo e terceiro ano. Alguma pergunta?

– Sim... – A menina de cabelo rosa se manifestou. – Se entendi bem isso será uma espécie de estagio... Quanto tempo vai durar?

– Vai durar dez dias, os selecionados partem na sexta e vão ficar alojados nas proximidades do centro tecnológico. – Respondeu procurando outras perguntas.

– Considerem como uma chance única de trabalhar em uma das empresas mais reconhecidas do mundo e visitar um dos centros mais diversificado que pode existir, podemos afirmar que esse lugar abrange inúmeras áreas do conhecimento. – Izami falava com calma deixando claro seu argumento.

– Nós temos que ir... – Itachi caminhava em direção a porta. – Temos que anunciar em todas as salas...

O grupo saiu deixando vários jovens animados e alguns indiferentes, a aula voltou ao normal e Sasuke só conseguia imaginar que ficaria dez dias preso a milhas de Tokio, afinal ele era um Uchiha e com certeza seria obrigado a ir ficou imerso em pensamentos e ao fim da aula já tinha bolado um jeito de se dar bem, afinal deveria receber algo em troca de tamanho trabalho duro que seria obrigado a fazer, para o moreno aquela era a hora perfeita de barganhar um carro com seu inflexível pai.

No terraço o impasse continuava, Hinata mantinha a postura firme enquanto deixava as mãos ocultas atrás de si, o inimigo ainda com o rosto oculto caminhou levemente até a beira da laje.

– Eu também não tive a oportunidade de ser como eles... – Disse com voz serena enquanto olhava para baixo. – Para muitos deles nós nem existimos.

– Se não vieram brigar... – Hinata revelou as mãos e nelas os belos punhais que carregava. – O que estão fazendo aqui?

– Estávamos procurando oscilações no tecido para ceifar mais algumas vidas antes da hora, afinal é isso que fazemos, não é mesmo? Sentimos uma vibração vinda daqui, logo percebi que se tratava de um médium... – O homem ainda fitava o vazio. – Sempre quis conhecer um...

– Me desculpe duvidar de suas palavras... – Hinata falava com elegância imitando a personalidade do rapaz misterioso. – Só que é bem improvável vocês estarem por aqui assim... Por acaso. – A menina arqueou a sobrancelha enquanto deixava claro o sarcasmo.

– Vamos logo acabar com essa garota. – Yume cruzou os braços enquanto revirava os olhos. – Não importa quem ela seja ainda é nosso inimigo.

– Tem razão Hyuuga-sama... – O rapaz dirigiu sua atenção a menina. – O acaso não se aplica a seres como nós.

Em um movimento rápido Jiro já estava atrás de Hinata que se surpreendeu com a velocidade, a mão direita do rapaz segurou firme o pulso da jovem enquanto a mão esquerda passava embaixo do braço da menina e foi em direção ao pescoço exposto imobilizando-a, Hinata estava perplexa enquanto a respiração ficava descompassada. Yume observava a cena sorrindo, seu companheiro era assim, sempre surpreendia a todos.

– Esses reflexos me divertem muito. – Sussurrou perto do ouvido referindo-se aos movimentos respiratórios desencadeando um arrepio gélido na moça. – Não importa quanto tempo estamos nessa condição, não conseguimos deixar de lado as emoções vivas que nos guiavam.

– O que pretende? – Hinata falou entre dentes enquanto a expressão passada da surpresa para a raiva.

– Não podemos deixar uma preciosidade como você ficar do lado errado dessa disputa. – Afirmou com seriedade. – Me escute com muita atenção Hyuuga-sama, já deve ter se perguntado por que é tão protegida, porque eles não deixam o inimigo se aproximar assim de você ou por que nunca está só, mesmo quando pensa estar, eles apenas querem te impedir de descobrir a verdade... – Nesse momento a imagem de alguém começa a se formar no terraço.

– É melhor largar a Hinata-chan! – A ordem partiu de uma recém-chegada que apontava um revolver em direção a Jiro enquanto o outro estava com a mira ajustada em Yume que prontamente sacou a espada e esperou, a garota estava bem posicionada e os três formavam um triangulo perfeito.

– Como eu disse... – Cochichou para que somente Hinata ouvisse. – Não queremos atrito. – Disse aumentando o tom da voz. – Isso foi apenas um acaso, vamos fazer um trato amigável, eu largo a Hyuuga, minha companheira e eu saímos e ninguém precisa ser banido hoje.

– Não parece que vocês não querem confusão... – Ironizou enquanto deslizava o dedo até o gatilho.

– Pense bem, você pode escolher atirar em minha companheira e a sua também será banida ou pode escolher atirar em mim correndo o risco de acertar a Hyuuga e sofrer um ataque direto da Yume, apenas admita que as chances não estão a seu favor, você não vai conseguir atingir nós dois, por isso considere a minha proposta. – Afirmou com firmeza enquanto apertava um pouco mais o pescoço de Hinata.

– Tenho sua palavra de que vocês vão embora... – A menina mordeu o lábio ponderando se aquela era de fato a melhor opção.

– Nossa palavra é a única coisa que temos agora... – Jiro estava confiante em sua proposta.

– Tudo bem então. Solte-a! – A mulher mantinha a arma levantada.

Jiro soltou Hinata, sabia que aquela garota cumpriria sua parte, Yume guardou a espada e ambos se reuniram no parapeito enquanto a recém-chegada caminhou até a Hyuuga que permaneceu no mesmo lugar, os inimigos já se preparavam para partir, Jiro finalmente tirou o capuz revelando o cabelo castanho e os olhos cinzentos enquanto encarava Hinata.

– Na próxima vez que nos encontrarmos espero que tenha encontrado a verdade do contrario alguém deverá ser banido. – Falou de um jeito frio e depressivo depois sumiu gradativamente junto com sua parceira.

– O que ele quis dizer? – Perguntou a Hinata.

– Eu não sei... – Respondeu evasiva, não era mentira, Hinata de fato não sabia o que aquele rapaz queria dizer. – O que você está fazendo aqui Rin-chan? – As palavras do inimigo pareciam fazer sentido.

– Bem... – Rin estava examinando Hinata para ter certeza de que não estava machucada. – Fui enviada para saber se descobriu algo relevante e para colher informações dos alunos dessa escola, talvez algum desses alunos seja o motivo de tanto interesse por parte do outro lado.

– Já estava desconfiando disso... – Hinata colocou o dedo indicador no queixo. – Essa missão está muito estranha, eles nunca armaram nada com tanta antecedência, eles não têm poder para isso...

– Tem razão. O nosso espião conseguiu essa informação com muito custo e não conseguiu mais detalhes o que torna tudo isso muito complicado. – Rin sentou-se no chão e cruzou as pernas sendo imediatamente acompanhada por Hinata. – Eles já sabem de nossa intromissão, é mesmo que seja muito arriscado em persistir nisso eles se mantém nas sombras enquanto dão andamento a esse plano, aqui deve ter algo que vale muito...

– Ou alguém... – Hinata a interrompeu expressando em voz alta seus pensamentos secretos.

– É melhor eu começar a investigar... – Rin levantou-se rapidamente. – Nos encontramos no fim do dia.

– Tudo bem. Vou fazer algumas rondas para averiguar se tem inimigos pelas redondezas. – Hinata se levantou e caminhou até o parapeito. – Nos encontramos no pátio. – Disse apontando o lugar e depois desapareceu no ar.

A aula terminou e como de costume os alunos enchendo os corredores e o pátio tão logo o sinal os liberou, Sasuke caminhava lentamente na tentativa inútil de não chamar a atenção dos outros, ficou frustrado ao sentir o braço de alguém se enlaçar ao dele.

– Então Sasuke-kun... – Ino falava docemente. – Você vai se inscrever no projeto? – A garota suspirou encostando a cabeça no ombro do moreno enquanto caminhava ao seu lado.

– Sim... – Respondeu secamente.

– É melhor não se animar muito Ino-chan. – Sakura apareceu ao lado da amiga interrompendo um longo suspiro sonhador. – Você não é a única fã do Sasuke-kun que pretendi ir a essa viajem! – Afirmou com uma pequena risada.

Sasuke revirou os olhos olhando fixamente para frente enquanto Sakura ria levemente, aquela risada quase infantil atraiu a atenção do Uchiha que resolveu olha-la discretamente, para isso manteve o rosto direcionado para a frente enquanto a observava de canto, podia ver a garota ao seu lado rindo de olhos fechados, um leve rubor se destacava nas maçãs do rosto da jovem, antes que alguém pudesse perceber o rapaz simplesmente voltou os olhos a posição normal e continuou a encarar o caminho a sua frente.

– E você Sakura-chan, vai se inscrever? – Perguntou com um pouco de irritação por ter seus devaneios interrompidos.

– Bem... – Sakura parou de rir e passou a olhar para frente. – Eu quero ser medica, quando pesquisei sobre os avanços da medicina moderna soube que o centro Uchiha é um dos pioneiros na criação de maquinas que facilitam o trabalho medico, eles estavam anunciando um protótipo genial que pode ajudar no combate ao câncer e por isso irei me inscrever, deve ser uma experiência incrível e vai me ajudar muito academicamente além de me fornecer mais subsídios em relação a minha formação como medica.

– Bastava dizer que vai se inscrever, não precisava expor todo seu argumento intelectual. – Ino ironizou enquanto soltou uma risada. – Essa sua testa enorme só pode estar escondendo um cérebro imenso...

– Cala a boca Ino porca! – Sakura se enfureceu, mas já estava demorando para a sessão de xingamentos amigáveis começar.

Chegaram ao pátio da frente e encontraram alguns de seus amigos conversando animadamente, Sasuke permanecia indiferente enquanto Sakura e Ino esbravejam e faziam caretas na tentativa de manter uma conversa sem nem um tipo de argumento plausível, as duas se conheciam desde crianças e começaram o atrito quando se interessaram em Sasuke quando se conheceram em um encontro amigável entre suas mães, depois de algumas visitas a mansão Uchiha a rosada conheceu Naruto que frequentava a casa do amigo, com o tempo Sakura desistiu de tentar chamar a atenção do moreno e passou a se interessar em Naruto que parecia ser mais gentil e sorridente, ainda assim as garotas mantinham os apelidos e as brigas só fazia aquela estranha amizade se fortalecer ainda mais.

– Pelo jeito vamos todos nos inscrever... – Shikamaru falava bocejando. – Minha mãe vai me obrigar, essa viajem vai ser muito problemática.

– Acredito que a maior parte da nossa turma vai se inscrever... – Shino falou ajeitando os óculos.

– Os melhores alunos foram designados para a nossa turma, acredito que a maioria dos selecionados sejam de lá. – Tenten se manifestou levando o dedo indicador até o queixo.

Todos concordaram e aos poucos se dispersaram, Karin chegou ao pátio e procurou o Uchiha que ha muito já tinha saído dali sem que ninguém notasse, nem mesmo Ino que soltou o braço do rapaz num momento e no outro ele já tinha sumido.

Sai chegou ao pátio um tanto afoito, olhava para todos os lados como se procurasse algo e parou ao ver a Hyuuga balançando o braço para chamar a sua atenção, ela estava perto do portão, com passos apressados ele rapidamente chegou até ela.

– Estava preocupado com você... – O garoto demonstrou um pequeno sorriso. – Senti umas presenças estranhas.

– Não foi nada demais. – Hinata balançava as mãos para tranquiliza-lo.

– Então esse é o médium. – Rin apareceu ao lado dele. – Não me leve a mal, não te vejo desde aquele dia.

– Tá tudo bem. – Sai pareceu não se abalar com o aparecimento repentino.

– Eu já tenho que ir... – Rin se afastou um pouco para começar a transferência. – Hinata você vêm?

– Não. Vou acompanhar o Sai até a casa dele. – Falou enquanto brincava com os pés.

– Tudo bem. – Pode-se notar um leve tom de desaprovação até que Rin simplesmente sumiu.

Sai agia com naturalidade o tom de sua conversa não permitia que os outros pudessem ouvir o que ele falava, entretanto seus modos chamavam a atenção de todos, afinal ele era o garoto que falava sozinho e suas atitudes só confirmavam sua fama, ainda que dispersos era como se os amigos de Naruto pudessem cochichar a distancia enquanto lembravam da pequena briga entre Sasuke e Sai, o pensamento entre os amigos era unânime.

– Esse garoto é realmente muito estranho. – Pensavam ao ver o moreno gesticular sozinho enquanto movia os lábios e caminha até sua moto.

Em um lugar sombrio Jiro e Yume se ajoelhavam perante o indivíduo oculto nas trevas.

– Concluíram a tarefa? – A voz era solene e calma.

– Sim. – Respondeu Jiro de cabeça baixa. – A Hyuuga virá até nós por vontade própria meu senhor!

– Excelente! – A voz era gélida e foi possível sentir um leve tom de divertimento na pequena expressão.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo!! :D



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