Amor impossível escrita por Gabriel Lucena


Capítulo 20
Rumo à PCA


Notas iniciais do capítulo

Gente, foi mal não ter postado a semana toda, é que minhas aulas voltaram, então, só poderei postar nos fins de semana agora.

Boa leitura...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/464258/chapter/20

POV Chaves

Cheguei no avião lutando pra segurar as lágrimas que queriam sair, não falei com a minha mãe desde ontem, o Seu Madruga e eu também não nos falamos e eu vou lhe contar o porquê.

Eu fiz a maior besteira da minha vida, depois daquela confusão no restaurante, eu fiquei três dias sem falar com ninguém lá em casa, só falava com a Chiquinha na escola, fiquei com medo do que meus pais pudessem fazer e pedi ajuda pro Sérgio.

Flashback on:

Sérgio, você não sabe o trupé que meus pai fizeram lá no restaurante quando descobriram tudo, agora eles querem me mandar para um colégio interno lá nos Estados Unidos, pra provar que eles são capazes de tudo para separar a Chiquinha de mim e eu não quero isso, por favor, me ajuda nessa cara!- eu praticamente implorei pra ele.

–Espera aí cara, se é pra eu te ajudar, temos que pensar.- ele disse.

Ficamos ali pensando por um momento, até que ele estalou os dedos e se levantou:

–Já sei, chega aí.- ele disse, e me explicou o plano: como eles compraram passagem para daqui a três dias, era só eu ficar todo esse tempo escondido na casa dele, sem nem sequer a mãe dele saber, que aí, depois que os três dias passassem, eles com certeza desistiriam, afinal, a passagem de avião era muito cara, "carississississíssima", eu adorei a idéia do Sérgio e aceitei o plano na hora, depois, no recreio, eu fui avisar a Chiquinha do plano e ela adorou também, então, demos início ao plano ainda naquele dia.

Tudo estava indo bem até que minha mãe tocou lá na casa do Sérgio, dois dias depois, (ela e a mãe de Sérgio haviam ficado super-amigas depois que Sérgio e eu nos conhecemos) e já saiu logo perguntando por mim:

–Sérgio, desce aqui!- gritou a mãe de Sérgio lá de baixo. Eu me escondi debaixo da cama e coloquei um monte de caixas em volta de mim, porque caso ela quisesse me procurar debaixo da cama, ela não ia me ver.

Sérgio desceu, mas se enrolou pra falar e acabou me entregando, o que fez as duas subirem ao quarto dele e me procurar lá, procuraram dentro do guarda-roupa, dentro do banheiro, até debaixo da cama, só que ela viu o topo da minha cabeça em cima das caixas e me descobriu, minha mãe ficou furiosa, armou o maior barraco lá na casa do Sérgio, fez o maior escarcéu e saiu de lá me puxando a orelha. Depois, chegamos em casa e ela contou ao Seu Madruga o que aconteceu e ele ficou muito bravo, durante esses dias todos eu nem falei com eles.

Flashback off:

Hoje, eu não falei com eles também, minha mãe me acordou dizendo que o motorista estava lá embaixo me esperando e eu desci pra tomar café, mas sem dizer uma palavra, quando a minha mãe se despediu, eu também não disse nada, a Chiquinha ficou super triste quando foi se despedir, então, eu fui até o aeroporto com o motorista e sozinho, peguei o avião sem falar com meus pais direito, será que eles vão sentir minha falta e se arrepender? Acho que não.

POV Chiquinha

Hoje eu estou tão triste, o Chaves foi embora pra sempre e eu nunca mais o verei de novo, ele foi embora sem dizer uma palavra tanto para o papai e a mamãe quanto pra mim, parecia que estava com ódio, mas é lógico que ele estava com muita vontade de chorar e ficou calado pra segurar o choro, mas agora quem chora sou eu, como eu vou ficar sem o Chaves? Com será minha vida sem o Chavinho do meu lado? Agora, estou com muita vontade de me jogar na frente do primeiro carro que passar pela rua, mas a minha tristeza é tão grande que estou muito fraca pra me levantar da cama, tá certo, estou em depressão, mas eu tenho motivos pra isso, só tenho que torcer pra que meus pais se arrependam do que fizeram.

POV Chaves

Depois de 32 horas de viagem, finalmente cheguei ao aeroporto dos Estados Unidos, mas não conhecia ninguém lá, então, peguei um táxi e fui direto para a escola interna Pacific Coast Academy (PCA), que ficava na Flórida, logo assim que cheguei em frente à porta, já me admirei com o lugar, mas ainda tinha que resolver algumas coisas, então, fui andando em direção à entrada, quando um garoto alto, de cabelos rebeldes bagunçados de mãos dadas com uma garota loira, que poderia ser a namorada dele, chegou pra mim:

–Aluno novo?- ele perguntou em Espanhol.

–Você fala Espanhol?- eu devolvi em espanhol

–Sim, aqui na PCA falamos quase todas as línguas.- disse a menina.

–E como você sabia que eu falo em espanhol?- eu perguntei ao garoto.

–Pela sua camiseta.- ele apontou pra minha camisa.

http://static.airu.com.br/img/product/airu/0023/4730/camisa-caveira-mexicana_1345165827014_BIG.jpg

Foi aí que eu lembrei que todos os mexicanos usam camisas assim, não só camisas assim, mas bem no estilo mexicano, como aquelas de novelas mexicanas, com figurinos pesados, então, continuei a conversa.

–Sim, eu sou Fernando Chávez, mas podem me chamar só de Chaves.- eu estendi a mão.

–Prazer, eu sou Chase Matthews e essa é minha namorada, Zoey.- disse o garoto.

–Prazer.- eu disse.

–O prazer é meu.- disse ela, sorrindo.

Logo depois, eles me levaram em vários lugares diferentes da escola, eu realmente era um cara de sorte, fiz amigos logo no primeiro dia de aula, sempre aconteceu isso em todas as escolas que eu frequentei. Em certo ponto, fomos até um lugar bem bonito, que deveria ser o refeitório, mas espera, um refeitório ao ar livre? Caramba, se for isso mesmo, vou querer ficar aqui o resto da vida. Numa mesa, tinham algumas pessoas conversando, nós três sentamos com eles e fui apresentado para todos. Um menina de óculos de fundo de garrafa chamada Quinn Pensky, que deveria ser a "nerd" da escola, uma menina bem animada e engraçada chamada Lola Martinez, um garoto com os mesmos cabelos rebeldes do Chase, mas de cor dourada, Logan Reese, um garoto negro, simpático até demais, Michael Barret e o irmão caçula da Zoey, Dustin Brooks, que também era muito gente boa.

Ficamos conversando ali até a hora de ir embora, meu dormitório era o 93, eu não tinha nenhum companheiro de quarto, porque os antigos donos do dormitório saíram, dois se formaram e saíram de lá, o outro saiu pra dar vaga pra mim, mas eu não iria ficar sozinho por muito tempo, porque os diretores disseram que no dia seguinte, mais dois garotos que seriam meus companheiros de quarto, cheguei no meu quarto, coloquei minhas coisas nos lugares adequados e fui olhar se tinha mensagens no meu telefone, só tinha da minha mãe, excluí todas, ainda estava com raiva dos dois. Então, peguei o livro " O último suspiro" e comecei a ler o restante, foi assim até a hora de dormir, quando apaguei com o livro caído na cara.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amor impossível" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.