Amor impossível escrita por Gabriel Lucena


Capítulo 19
Eu quero morrer!!!


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o capítulo.


Boa leitura...



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POV Chaves

Que vacilada da Chiquinha, pra que ela foi me beijar logo agora? Tá certo que ela queria me beijar pra descontrair, mas não podia ser naquele lugar, tinha que ser em um lugar longe dos nossos pais, agora eles descobriram e podem fazer sei lá o quê!

Senti minha pele ficar branca, como a de um morto-vivo, afinal, eu senti meu coração pular do peito que parecia que ia sair pela boca. Mas enfim, depois de uns dez segundos, como nenhum de nós falamos nada, o Seu Madruga insistiu:

–VAMOS, QUERO UMA RESPOSTA!!!- berrou ele.

Aquele grito me tirou de meu estado catatônico, então, astutamente, já que não tinha mais como esconder, segurei a Chiquinha pela cintura e disse:

–Significa que a gente se ama.- eu disse, me controlando pra não tremer.

–Que brincadeira é essa Chavinho?- perguntou ele.

–Não é brincadeira, eu e a Chiquinha, a gente se ama.-rebati.

–O quê?- exclamou minha mãe, indignada.

–Não tô ouvindo isso.-disse o Seu Madruga.

–É papai, eu...- a Chiquinha tentou falar, mas ele não deixou.

–Olha chega. Não quero ouvir mais uma palavra.- ele disse, calmo.

–Olha Seu Madruga, eu sei que isso é estranho mesmo, eu entendo...- eu disse e ele me interrompeu também.

–Não Chavinho, você não entende, aliás, eu não quero ver e nem me lembrar dessa cena, NUNCA MAIS.- ele disse.

–Sim amor, mas eu quero ouvir essa história direito.- disse minha mãe.- Há quanto tempo vocês estão juntos assim?

–Uns três dias antes de vocês se casarem.- eu disse.

–Como é que é?- Seu Madruga se exaltou.

–Calma papai, foi assim tão depressa, ele estava bem a fim da Paty antes, mas aí ele foi magoado por ela e quando eu fui consolar ele, acabou acontecendo, sei lá, não dá pra explicar.- disse a Chiquinha.

–Olha, não precisam explicar nada porque a gente já viu tudo, não sei o que vocês tinham na cabeça mas podem esquecer, esse namoro acaba aqui.- disse o Seu Madruga, exatamente como eu imaginava.

–Não, não eu não vou abrir mão do Chaves.- disse a Chiquinha.

–E eu também não vou desistir da Chiquinha, querendo ou não vocês vão ter que aceitar.- eu disse.

–Ah não?- minha mãe disse.

–Mas de jeito nenhum, irmãos não namoram e nem casam.- disse Seu Madruga.

–Nós não somos irmãos, embora vocês nos vejam assim, só porque vocês se casaram não significa que somos irmãos, ela não tem o mesmo sangue que eu, ela só tem o mesmo sentimento que eu tenho por ela, e se vocês não aceitam isso, problema é de vocês!!!- eu explodi na hora, deixando eles de olhos arregalados, nunca tinham me visto falar com tanta raiva e firmeza como agora, até eu mesmo me admirei, era como se alguém tivesse lá dentro de mim me ajudando a falar essas coisas, mas o máximo que eu pude fazer depois de dizer aquilo foi puxar a Chiquinha pra fora do restaurante:- Vem Chiquinha.- eu disse, puxando ela, foi quando olhei nos olhos dela e vi que ela também estava chocada com minha atitude, que vergonha caramba, por quê eles não nos levaram pra casa pra tirar essa história a limpo ao invés de gritar com a gente ali mesmo? Poxa, aquilo foi o maior vexame da minha vida, e eu nunca vou perdoar meus pais por isso.

Que se dane o que eles iam pensar de nós agora. Levei a Chiquinha pra casa de táxi e quando chegamos lá, ela soltou minha mão e foi correndo se trancar no quarto, assim como eu também fiz, depois dessa, eu não tinha mais coragem de olhar na cara deles.

Pra variar, ainda tive que ouvir o choro barulhento da Chiquinha do meu quarto, mas naquele momento eu estava com tanta raiva que pela primeira vez não me importei com o choro dela. Fiquei lá, deitado na cama, olhando o teto, liguei a televisão do meu quarto, mas não tinha nada de especial passando, então desliguei e fui pro computador, procurei meus amigos, mas nenhum deles estavam online, deviam estar estudando, já que segunda ia ter prova, então, desliguei o computador e fiquei olhando o teto novamente, até que escuto uma batida na porta, pensei que fosse a Chiquinha, mas quando ouvi a voz da minha mãe, decidi não abrir, se ela quisesse falar comigo, teria que arrombar a porta.

–Filho, você está aí?- ela disse, pergunta besta, se a porta estava trancada, lógico que eu estava lá.- Abra a porta, preciso falar com você.- mesmo assim, eu não levantei para abrir a porta, ela ainda insistiu algumas vezes, mas eu nem me importei, aguentei firme a vontade de mandá-la parar de bater a porta e me deixar em paz. Até que ela finalmente parou, ouvi passos descendo as escadas e depois de um tempo, tive a impressão de ouvir ela conversando com o Seu Madruga, abri a porta devagarinho, não tem ninguém, realmente minha mãe conversava com o Seu Madruga.

Fui até a sala, estava vazia, então eles só podiam estar na cozinha, fiquei parado na porta pra ouvir a conversa deles, eu sei que isso é falta de educação, mas eu não podia evitar.

–Temos que achar um jeito de separá-los. Isso é loucura!- disse o Seu Madruga.

–Eu sei meu bem, mas como? Eles não vão ceder assim tão fácil pelo que eu vi.- disse minha mãe.

–Então teremos que fazer à força. Só precisamos pensar em um jeito.- disse o Seu Madruga, se sentando na cadeira pra pensar, minha mãe fez o mesmo logo depois.

Mais que depressa, eu subi as escadas pra pensar numa forma de escapar dessa armadilha deles de me separar da Chiquinha, quando eu vejo ela abrindo a porta do quarto devagar, olho pra ela e vejo que ela está com o rosto molhado e olhos vermelhos de tanto que chorou.

–Chiquinha, me deixe entrar, tenho que falar uma coisa pra você.- eu sussurrei pra que eles não me ouvissem. Ela assentiu e me deu espaço pra passar, trancou a porta e eu sentei na cama dela, quando ela sentou do meu lado na cama, ainda soluçando um pouco, contei pra ela tudo que acabei de ouvir.

–Então Chiquinha, vamos ter que nos preparar para o pior, porque alguma hora eles vão tentar separar a gente, vamos ter que nos preparar para passar por todos os obstáculos.- eu disse.

–Eu sei Chavinho, eu percebi isso pelo olhar deles depois do que você disse lá no restaurante, e eu tô nessa com você.- ela disse e eu sorri, depois ela abriu um sorriso meio triste e me beijou. Mas logo me afastei e fui para o meu quarto, pra não ser flagrado ali e piorar ainda mais a situação, mas antes de abrir a porta do quarto, ouvi minha mãe dizer da cozinha.

–Ele vai para um colégio interno, e deixamos a Chiquinha aqui.- na hora em que ela disse isso, senti uma fraqueza no corpo, parecia que eu ia desmaiar, rapidamente entrei, tranquei a porta e desmaiei na cama, completamente chocado com a decisão da minha mãe, e naquele momento eu pensei:

–EU QUERO MORRER!!!


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Notas finais do capítulo

O que acharam do capítulo? Se não ficou bom, podem me dizer, aceito críticas muito bem, não precisa ter medo de dizer.



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