Water and Fire Attract? escrita por Gabi Messias
Notas iniciais do capítulo
Pessoas do meu
Me sentei no chão exausta, com um sorriso um tanto idiota no lábios, enquanto bagunçava o cabelo para tirar o pó dos monstros.
– Parece que perdeu, minha ruiva esquentadinha. - disse Leo apagando o fogo que estava em suas mãos.
– É, infelizmente eu perdi. - olhei em volta em volta, vendo alguns mortais evitarem a ponte. - Agora temos de achar uma siderúrgica...
– Sim. - ele estendeu sua mão para mim e eu a aceitei. - Não deve ser tão difícil achar a siderúrgica, nós achamos a loja de construção bem rápido. - Leo passou seu braço sobre meu ombro e aproximou seu rosto do meu.
– Tomara, eu não quero mais lidar com esses monstros. - digo tirando seu braço de meu ombro e afastando seu rosto com a mão.
– Você é uma Russa bem difícil, Srta. Nikolai.
– Gosto de pensar que isso atrai pessoas. - digo eu sorrindo de lado e olhando as ruas d construções da cidade.
– E está certa, realmente esse seu jeito cativante atrai a todos. - continuamos a andar em silêncio por um tempo. - Sabe, queria saber mais sobre minha futura esposa, algum dia eu terei essa honra?
– É complicado... Não quero falar sobre isso agora.
– Acho que sei como é isso, quero dizer. Todos os semideuses sabem o que é isso. Ter problemas com a família ou mesmo alguns poucos que chegam órfãos no a acampamento. Frank, Hazel, Jason e eu somos um deles. - olhei para Leo e vi uma certa dor em seus olhos.
Mordi o lábio inferior e segurei a mão dele, fazendo seu olhar se voltar para mim.
– Então temos muito em comum. - digo sorrindo também de forma dolorosa.
Seguimos nossa busca pelo alcatrão conversando sobre a mãe de Leo, Esperanza, e como ela e Hefesto se conheceram. E como Valdez não pode salvar a mãe e se sentia culpado.
– Acho que algum dia eu te conto sobre a história de como minha mãe conheceu Poseidon. - apertei um pouco mais a minha mão contra a de Leo.
Ele sorriu e levantou nossas mãos.
– Gostou de ficar de mãos dadas comigo? - revirei os olhos e empurrei de leve o ombro dele.
– De certa forma eu gostei sim. - resmunguei olhando em volta. - Espero não achar mais nenhum monstro, já passei da cota essa semana.
Nós dois rimos e continuamos a andar pelas ruas de Veneza, nos perdendo várias vezes. Por fim, depois de vários minutos chegamos ao grande canal e do outro lado, a siderúrgica.
– Parece estar vazia. - disse Leo fazendo um binóculo com as mãos. - E como vamos atravessar? Não vejo nenhuma ponte e mesmo que tivesse uma, iríamos nos perder de novo.
– Podemos ir nadando, não vejo ou sinto nenhuma daquelas coisas. - olhei ao redor, havia poucos turistas na grande praça e alguns barcos. - Ou podemos usar eles. - ele assentiu e entramos no barco mais próximo.
– Então... Eu vou remar, ou... - me concentrei e começamos a flutuar na água sozinhos.
Fomos tão rápidos que Leo caiu sentado em um banquinho. Ri da expressão surpresa dele e diminuiu a velocidade das correntes, uma vez que estávamos próximos. Assim que paramos, Leo saiu por primeiro e tirou uma corda de seu cinto, prendendo no barco e em uma pequena viga, ele estendeu a mão para mim com um sorriso galanteador.
– Não ache que só porque andamos de mãos dadas eu irei aceitar. - me levantei e sai do barco sozinha.
– Russas são realmente difíceis. - ele murmurou se virando para a construção horripilante. - Então vamos minha ruivinha esquentada.
– Não me chame assim Valdez. - o olhei irritada e entrei por primeiro, parecia ser um abrigo de algo grande, mas sem ter sido mexido a muito tempo. - Parece estar abandonado.
– Por que não gostou do apelido? Cai bem em você, Ruivinha. Do mesmo jeito que... - ele andava normalmente pelo local e falava alto, como se tivesse esquecido que somos semideuses e sempre temos de estar atentos.
O puxei para trás de uma máquina desativada, quando um enorme vulto apareceu na frente da fábrica.
– Fale mais baixo da próxima, Valdez... - sussurro irritada. -... Vamos acabar morrendo por sua culpa...!
–... Eu não morreria antes de ganhar um beijo seu, Darya... - ele sussurrou sorrindo e se levantando um pouco, para ver o que era o vulto.
Mordi a parte interna de minha bochecha e apertei as unhas contra a pele de minha mão, me virando para também olhar a criatura.
–... É um ciclope, que maravilha... - ironizei pegando o bastão de bronze e apertando o botão, o transformando em uma espada de fio duplo de bronze celestial.
– Gostei dessa sua arma... - olhei para Leo que sorriu.
– Foi um presente... Dos meus pais... - digo um pouco receosa, enquanto ando devagar para trás de um pilar.
Ele olhou atentamente para mim, acho que poderíamos prolongar nossa conversa, mas aquela maquina arremessada me trouxe a realidade. Olhei rapidamente para trás, vendo o ciclope de Quatro metros de altura pegar um pilar quebrado e olhar na direção oposta a nós dois.
– Malditos ratos, estão espalhados por todo lugar. - ele resmungou com a voz rouca e grossa, mas um tanto... Idiota.
Leo andou silenciosamente até mim, mas o problema foi o rato ao nosso lado. O barulho da pedra se quebrando o assustou e o fez correr, batendo sua cauda em uma lata.
– Achei vocês. - disse o ciclope atrás do pilar em que nós estávamos.
Ele agarrou o pilar de concreto com as duas mãos e o puxou, ao mesmo tempo vários pedaços começaram a cair e eu não pensei duas vezes antes de fazer aquela barreira de água. Os grandes pedaços de concreto que cairiam em minha cabeça e na de Leo, simplesmente deslizavam para o grande canal.
– Boa, Nikolai. - Valdez sorriu e tirou uma marreta do cinto, ainda quero saber como isso funciona.
– O que vocês estão fazendo aqui... - o ciclope se inclinou acima de nós e cheirou, lambendo os beiços em seguida. -... Semideuses?
– Leo, tente achar o alcatrão. - segurei a espada com as duas mãos e arrumei a postura. - Eu dou um jeito no meu irmãozinho.
Ele sorriu e se aproximou, bagunçando meu cabelo.
– Se cuida, Nikolai. - Leo segurou a marreta em uma mão, enquanto na outra deixava livre, apenas em chamas e correu até uma parte escura da fabrica.
– Você não se parece nada com os outros irmãos que eu tenha devorado. - disse o ciclope tentando me pegar com a sua grande mão.
Levantei a espada em um movimento rápido e cortei a palma da mão dele, deixando o "pobre coitado" chorar de dor.
– Com certeza não se parece com eles. - o ciclope pegou uma grande barra de metal e correu até mim.
Desviei o mais rápido o possível, quando ele desceu a arma contra minha cabeça. Apertei novamente o botão, guardando o bastão em meu coturno.
– Ainda bem que não sou como eles. - fechei os olhos e me concentrei.
Ouvi os gritos abafados do ciclope e sua luta para me abater quando impedi que se mexesse, usando a água para prendê-lo, apertando cada vez mais. Poucos minutos depois, abri os olhos novamente e olhei eu bastão no coturno. Me consentirei e fiz com que a água o tirasse de lá. Rapidamente apertei um dos botões e ele se transformou em uma lança, da qual eu a atirei, acertando o estômago. Segundos depois o monte de pó de monstro estava no mesmo lugar do meu "querido" parente. No meio de toda a sujeira, estava uma pequena chave.
– Darya, achei um armazém, só que é meio impossível de abrir. - Leo olhou para mim e para o monte de pó. - Foi rápido.
– Aqui está. - sorri e joguei a chave para ele, que a pegou no ar e fomos até o armazém. - Vamos voltar pela água, ok? Vai ser muito mais rápido.
– Tudo bem, capitã. E como realmente uma garota do seu tamanho conseguiu, sozinha, acabar com um ciclope de uns três metros? - ele começou a andar até o local e eu o segui.
– Você não é tão alto pra falar assim de mim, mas eu tenho um talento bom contra grandalhões.
– E qual seria? - ele abriu o armazém e entrou, me falando para esperar do lado de fora.
– Simples, eu impeço que o sangue chegue ao coração. - sorri maldosa quando ele voltou com um galão pequeno.
– É, acho que tenho que ter cuidado com você, Nikolai. - ele engoliu em seco e pegou outro.
Pegamos os galões e voltamos para o Argo II o mais rápido possível.
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Bem, daqui alguns dias (juro que não demoro) ou mesmo hoje, posto meu pedido de desculpas.
Até a próxima, minhas queridas e meus queridos semideuses.