Acordei de uma pesadelo, no qual eu estava em um lugar deserto e escuro. O monstro disse que se eu livrasse sua alma de todos seus arrependimentos ele me deixaria em paz. Ele não é mal, apenas quer ser apaziguado e descansar em paz? Ou simplesmente estava brincando comigo?

Estava com uma carta na mão, como sempre.

Porém essa carta era diferente. Em vez da cantiga de ninar que tanto me atormentava, havia um recado:

Era uma vez, uma velha mansão, dentro de uma floresta, dizem que quem vai nunca retorna. É vigiada por um monstro terrível. Certo dia uma garota foi visitar a mansão...

Continue essa história, você consegue? hahaha.

Ele estava de brincadeira comigo. Ele não me deixaria em paz se não o fizesse. Eu sou apenas uma peça... Ele está me esperando, talvez eu possa acertar tudo de uma vez.

De acordo com uma antiga lenda da cidade. Há uma casa no meio da floresta. Apenas as pessoas ''convidadas'' a podem ver. Aquele obviamente era um convite.

Segui o caminho indicado de acordo com a antiga lenda, e era verdade. Havia uma mansão. Entrei lá.

Não tinha ninguém lá. Tentei sair, porém a porta em que eu acabei de passar se trancou. Continuava sem ninguém no lugar.

Eu olhei no balcão. Havia vários documentos antigos. Dentro de um encontrei uma chave escrita "Jardim" . Todos os cômodos estavam possivelmente trancados, teria que abrir um por um e tentar a sorte.

Comecei pelos quartos do andar de baixo. De um lado da parede haviam quartos normais, do lado oposto estavam os de estilo oriental. Comecei um por um, os quartos normais estavam todos trancados. Tentei os orientais. Também estavam trancados, exceto por um, que estava firmemente bloqueado. Eu poderia tentar abri-lo sem a chave. O problema era como.

Voltei para o salão principal, o por qual eu entrei. Cruzei o caminho e fui investigar os quartos do lado oposto. Eram todos iguais os anteriores. De um lado Orientais e de outro Ocidentais. Foi quando me dei conta de que todo o terreno do andar de baixo formavam uma simetria perfeita. Exceto por um quadro.

Foi quando tentei retirá-lo. Atrás dele encontrei um cofre, porém precisava de uma senha.

Não tinha mais nada à fazer no andar de baixo, subi para o segundo andar para ver se encontrava alguma pista.

Tentei todos os quartos. Todos trancados. Tentei subir o terceiro andar, estava bloqueado. Foi quando notei, atrás das escadas, uma pequena abertura.

Olhei por lá, chegava ao primeiro quarto. Se eu tivesse algo para abrir um pouco mais aquele buraco na entrada, pelo qual desmoronou, eu poderia passar, pois o resto do caminho era estreito. Seria sorte se eu encontrasse um pé de cabra...

Voltei ao salão principal. A porta ainda estava trancada. Porém, em algum lugar da casa, eu ouvia um choro infantil. Se eu encontrasse a criança, poderia pedir para ela entrar no buraco e abrir a porta...

Comecei a passar todos os corredores novamente. Olhei para fora da janela. A criança estava ali. Provavelmente se perdera ou algo assim.

O menino olhou para a janela. Eu perguntei se ele conseguia dar a volta na casa e entrar pela porta do salão principal, talvez ele não abrisse por dentro por estar enferrujado.

A criança concordou com a cabeça e rodeou. E eu fiquei esperando sentada no sofá. A porta abriu e ele entrou.

–Você está perdido? - Perguntei.

–Sim, mamãe disse para eu esperar que ela voltaria, mas ela está demorando muito. - Dizia o menino enquanto chorava.

–Ela entrou na casa? Talvez eu possa ajudar.

–Sim, ela entrou pelo sótão lá de fora.

–Possivelmente deve estar trancada em um lugar dentro da casa. - Respondi, tentando acalma-lo.