POV Hermione

Após conversar com Jerry, do Departamento de Esportes, fui procurar Gina. Iria contar para ela de minhas suspeitas, afinal, ela era minha melhor amiga e mãe de Alvo.

Encontrei-a conversando com Lilian. Pelo que pude ouvir da conversa, algum convidado que havia chegado estava incomodando Lilian. Puxei Gina e mesmo curiosa para saber quem havia chegado contei para ela a história e de minhas suspeitas. Surpreendi-me ao saber que Alvo também estava mais calado que o normal.

Resolvemos procurá-los antes de a cerimônia começar. Fomos pedindo aos convidados se tinham visto algum dos dois, mas apenas uma pessoa os vira. Uma pessoa que pensei que jamais estaria em uma festa dos Weasley. Draco Malfoy.

Ele aproximou-se de mim e de Gina falando:

–Estão procurando seus filhos?

–O que está fazendo aqui? – pediu Gina assustada.

–É uma longa história. Mas eu os vi. – falou.

–Os dois? Estavam juntos? – pedi começando a temer que minhas suspeitas fossem verdadeiras. – Onde foram?

–Entraram naquela sala. Estavam juntos sim, por quê?

Sem responder a sua pergunta, segui com Gina até a sala que ele havia nos mostrado. Abri a porta e ali estavam eles. Aos beijos. Completamente alheios ao mundo ao redor, apenas perceberam nossa presença quando falei:

–Imaginei que estivessem aqui.

Rosa e Alvo nos olharam com uma expressão de surpresa. Assustados com a situação em que haviam sido flagrados.

–Mãe!? – Falaram juntos.

–Podemos explicar – falou Alvo.

–Com certeza vocês vão explicar – falou Gina num tom sério.

–Mas vocês não vão estragar a festa dos seus avós. Depois da festa queremos que expliquem o que está acontecendo. – completei.

–Agora vão para a festa e nada de se beijarem novamente. Alvo, estou decepcionada. – disse Gina.

–Você me desapontou Rosa. Gostaria que tivesse me contado isso. Sabe que pode confiar em mim, eu não iria ficar contra você, mas agora, pensarei duas vezes antes de decidir o que vou fazer. – falei a verdade. Ela realmente havia me decepcionado.

Saí junto com Gina e fomos para o salão. A cerimônia estava começando.

POV Lilian

A cerimônia de bodas foi simplesmente incrível. Minha avó estava linda, com um vestido branco e delicado. Parecia mais jovem. Meu avô estava incrível também.

Tudo ocorrera como planejado por meus pais e tios. Tudo foi feito de forma impecável. Do lugar onde eu estava, pude ver todos meus primos, tios, amigos e pessoas que eu nem conhecia, mas o mais importante foi ter visto meus avós refazendo seus votos.

A única coisa que me incomodou durante todo o tempo, foi a presença de uma pessoa que eu nem fazia ideia que tinha sido convidada. Escórpio estava aqui. Junto com a família dele.

Minha mãe já sabia de minha paixonite por Escórpio e nunca escondera de mim que entre a nossa família e a dele nunca houve amizade. Meu pai e o pai dele foram grandes rivais nos tempo de Hogwarts. Mas eu acreditava que as pessoas mudavam e acreditava que Escórpio não era igual.

Já tinha sido uma tortura fazer a viagem de volta no mesmo vagão que ele. Mas eu havia aprendido a esconder o que eu sentia. Ela havia se tornado meu melhor amigo, por isso, eu não podia deixar de ver como ele era lindo e legal o tempo todo e também não podia mostrar como ele me afetava.

Enquanto pensava nele, escutei alguém chamar meu nome. Virei-me e vi Rosa correndo até mim. Parecia à beira das lágrimas.

–Rosa, o que houve? – perguntei.

–Minha mãe... sua mãe... eu e Alvo... – ela quase não conseguia falar, mas também não chorou.

–O que foi que aconteceu? – conduzi-a até um banco de jardim próximo a onde estávamos. – O que tem minha mãe e Alvo? Você brigou com a tia Mione?

–Não. Elas duas flagraram eu e Alvo. – parecia que Rosa tinha uma bola de pêlos presa na garganta, mas ao mesmo tempo queria desabafar.

–Como assim? Fazendo o que?

Ela nem precisou me responder. Apenas seu olhar me disse que ela havia me escondido uma coisa. Ela estava tendo um namoro escondido com meu irmão e minha mãe e minha tia haviam flagrado os dois. Provavelmente aos beijos. Não vou negar que não fiquei chateada por não ter me contado isso, mas ela precisava de mim. Abracei-a.

Pedi detalhes e ela me contou tudo, não escondeu nada e enquanto terminava vi Escórpio vindo em minha direção. Rosa também o viu e foi embora. Fiquei irritada com ele. Será que não viu que estávamos conversando sobre algo sério.

Ele chegou com um sorriso que sempre me derretia. Sentou-se ao meu lado.

–Oi. – falou.

–Oi. – cumprimentei.

–Preciso te dizer uma coisa.

–Estou ouvindo. – respondi friamente. Eu ainda estava irritada por ele ter praticamente expulsado Rosa de lá quando ela mais precisava de mim. Espero que o que ele tenha a me dizer valha a pena.

Fiquei esperando que ele falasse algo, mas parecia que o que ele queria dizer estava entalado na garganta. Meu coração começou a palpitar rapidamente.

–Lilian... Eu te amo! – falou por fim. Eu não conseguia mais respirar. Será que eu tinha ouvido direito? Escórpio havia dito aquilo mesmo?

–Escórpio... – comecei.

–Vou entender se não sentir o mesmo. – interrompeu-me. – Só achei que devia saber. – E começou a levantar-se.

Levantei-me e segurei seu braço. O toque pareceu enviar uma descarga elétrica por meu corpo. Ele estava tão perto de mim, eu tinha tanta vontade de beijá-lo, eu o amava tanto.

–Eu te amo – falei.

Ele aproximou-se de mim e encostou seus lábios delicadamente nos meus. O beijo foi suave, calmo, mas cheio de amor. Seus braços envolveram minha cintura me puxando para perto e eu me entreguei aquele beijo como se minha vida dependesse disso.

POV Gina

Dois dias depois da festa, Hermione, Rony, Hugo e Rosa vieram até nossa casa. Iríamos tirar a história a limpo. Demorou muito até terminarmos de arrumar a casa depois da festa, então, só agora conseguimos nos reunir.

Rony, Harry, Tiago e Hugo pareciam não entender o que estava acontecendo, mas todas as “crianças” exceto Rosa e Alvo, ficaram de fora da conversa.

Mas Rosa não fora a única que aprontara na festa, Lilian havia dado uns beijos também pelo que ela me contara. O único problema, é que Alvo e Rosa eram primos e isso implicava muitos problemas, se não fosse por isso, adoraria ter Rosa como minha nora.

Todos se acomodaram na sala, esperamos que um deles falasse por vontade própria, mas visto que nenhum disse e nem diria nada, falei:

–Então, é hora da verdade. Podem começar a contar.