Apenas primos?? escrita por EviGrangerChase


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Dedico esse cap. à Carol Granger Potter e Srta Jackson por comentarem fielmente a minha fic. Obrigadoo!! Esse cap. é para vocês!!



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–Rosa, do que você está falando? Como não podemos mais ser amigos?– perguntei.

–É isso aí Alvo. Não há mais o que fazer para salvar nossa amizade. Você agora tem namorada, vai ficar a maior parte do tempo com ela e vai me esquecer. – respondeu Rosa. Ela ainda estava parada ao lado do corpo desfalecido de Alex.

–Isso não é motivo para dizer que não quer ser minha amiga. – eu estava confuso. Ela não podia estar falando sério. Não podíamos deixar de ser amigos, além de tudo, a melhor parte do meu dia era quando eu a via.

–Quem disse que esse era o único motivo? – falou. Havia dor em seus olhos, e pude perceber que o que Alex havia falado sobre ela estar magoada era verdade.

–Então me conte. Somos melhores amigos desde que nascemos, pode confiar em mim, quero te ajudar. – eu estava tentando achar uma explicação para tudo que estava acontecendo.

–Não posso contar isso, não mais. Além disso, não quero mais te ver. – seu tom agora era frio, algo que me assustou, ela nunca havia falado comigo naquele tom.

–Aqui em Hogwarts pode ser que não me veja, mas não esqueça, estamos sempre na casa um do outro, porque se você não se lembra, nossos pais são amigos e não ache que por causa de uma teimosia sua eles vão deixar de se ver. – falei começando a alterar o tom, eu não queria brigar, mas ela não estava me deixando alternativa, me culpando por algo que eu nem sabia que tinha feito e dizendo que não queria mais me ver.

–Teimosia? Está tentando mudar de assunto. Às vezes eu acho que você é cego, não vê a verdade. Queria poder fazer você entender, mas parece que nunca vou conseguir fazer isso. – seu tom voltara ao normal, mas ainda podia se ouvir a magoa escondida atrás da expressão calma. Apenas agora percebi que ela estava chorando. Lágrimas lavavam o rosto que eu tanto gostava. Como eu queria poder dizer o quanto a amava, mas eu não tinha coragem. Eu não deveria estar na Grifinória.

–Sim, acho que eu sou cego, você poderia fazer a gentileza de me contar essa verdade que você tanto fala? Estou ouvindo. – falei friamente.

Rosa já estava se descontrolando, percebi que logo falaria o que estava entalado em sua garganta, mas quando falou, ela me surpreendeu, começou a gritar as palavras para mim:

–Eu te amo Alvo, sempre te amei e sempre vou te amar, não importa quanto tempo se passe. Só você nunca viu. Sempre vi você como mais do que um amigo. O meu dia só ganha novas cores quando eu vejo você pela manhã. Já tentei sufocar isso, mas foi impossível, o que sinto por você é forte demais. Eu ia contar ontem isso para você, mas você não foi quando combinamos e eu ainda encontro você aos beijos com outra garota. Imagina como foi difícil para mim? Convivo com esse sentimento há muitos anos e quando eu finalmente tomo coragem para falar, vejo que isso não é mais necessário. Tem noção de como tudo aquilo doeu? Além disso, ela está com você apenas porque você é famoso, ela só quer chamar atenção. Você não é mais o mesmo, eu sinto muito mesmo Alvo, isso está me matando por dentro, mas é melhor assim. – e sem mais uma palavra virou-se e foi embora. Seu rosto estava vermelho, as lágrimas jorravam sem parar.

Fiquei paralisado, como se estivesse preso por um feitiço. Eu não podia acreditar. Rosa também me amava. Como eu pude ser tão cego?

Voltei para o meu dormitório para botar meus pensamentos em ordem e Alex estava ameaçando acordar, receei não conseguir me controlar e lançar um feitiço ainda pior nele. Eu devia ter ido atrás dela, mas eu fiquei parado como um idiota. Pego de surpresa pelas palavras da pessoa que eu amava. Tudo que me cercava me lembrava dela, então sai do dormitório e fui caminhar. Enquanto passava para ir ao buraco do retrato, percebi que Alex já havia acordado, mas onde estava eu não fazia ideia e nem queria saber.

Sai para os jardins e imediatamente fui cercado por uma nuvem de cabelos loiros. Senti pelo perfume doce e agradável de mel que era Luana. Ela veio correndo me abraçar assim que me viu, me pegando de surpresa.

–Onde você estava? – perguntou com uma voz meiga. – Procurei você pelo castelo inteiro.

–Eu estava na Sala Comunal, eu fui lá depois do café. – respondi.

–Eu já estava com saudade. – e começou a me beijar. Lembrei do que Rosa havia dito: que ela estava comigo só pela minha fama e que queria chamar atenção. Mas eu não via motivo para Luana fazer isso. Tudo bem que ela era da Sonserina, mas eu já conheci muitas pessoas legais que são de lá. Minha irmã é daquela casa e é leal, sincera e simpática. Por que Luana seria diferente?

Depois que nos beijamos, caminhamos de mãos dadas pelos jardins e Luana me conquistava cada vez mais.

–Luana, quer ir comigo a Hogsmeade? – convidei. Faltava uma semana, mas eu queria garantir que minha namorada não recebesse outros convites.

–É claro que eu quero. – respondeu toda feliz e começou a encher meu rosto de beijos.

Como o almoço logo seria servido, muitos alunos começaram a entrar, entramos também, mas Luana foi para a mesa da Sonserina e eu me dirigi à mesa da Grifinória.

Procurei Rosa ao longo da mesa e percebi que ela sentou-se exatamente no lado oposto a mim. Ela estava junto com Alex. Meu irmão Tiago e meu primo Hugo sentaram-se perto de mim.

–Belo peixe que você pescou mano – disse Tiago rindo. Sempre com brincadeiras. Hugo começou a rir também. Dei um sorriso falso. – Relaxa Al. É só uma brincadeira.

–Você brigou com a minha irmã? – perguntou Hugo.

–Como sabe? – perguntei.

–Vocês não se desgrudam e hoje ela está do outro lado da mesa. Acho que ela gosta mais de você, que é nosso primo, do que de mim que sou o irmão.

–Sim, nós brigamos. – respondi.

–Por quê? – pediu Tiago.

–É uma longa história. – falei. Eu não estava com vontade de relembrar tudo o que tinha acontecido.

–Bom, seja o que for, espero que vocês se entendam logo. – falou Hugo levantando-se. – Bom, eu vou indo, estou sem fome.

–O Hugo está sem fome? Temos que tirar a febre dele. – comentou Tiago. Meu primo era como o meu tio. Adorava comer.

Levantei-me também, estava praticamente sem fome. Enquanto ia rumo as escada, escutei Tiago falando:

–Vai me deixar sozinho aqui? Que amigo!

Virei-me e me limitei a dar um sorriso brincalhão.

Subindo as escadas, vi que havia duas pessoas no topo. Quando cheguei mais perto, percebi que estavam se beijando.

Era Rosa com o novo amiguinho dela Alex. Comecei a tremer de raiva. Eu gostava de Luana, mas não chegava nem perto do que eu sentia por Rosa. Eu não tinha visto que eles haviam deixado a mesa da Grifinória, mas agora eles estavam lá, alheios ao mundo ao redor. Tive vontade de azará-lo novamente, mas me contive, apenas falei:

–Foi para isso que você brigou comigo? Disse tudo aquilo para mim e agora se joga nos braços de outro.Eu também não te conheço mais Rosa.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem. Reviews, pleeaseee!!