Apenas primos?? escrita por EviGrangerChase


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Eu vou chorar! Pessoal, esse é o último cap. Eu vou sentir taaaanta saudade de vocês, muita mesmo. Espero que possamos nos encontrar em outra fic. Claro, que ainda temos o epilogo, se vocês quiserem, é claro, mas mesmo assim, temos a possibilidade de não termos um epílogo e por isso quero fazer um grande agradecimento nas notas finais, por isso, leiam-as.Sinceramente, nunca fiquei tão triste ao terminar uma fic como estou nessa. Espero que gostem, ele foi feito com muito carinho. Um grande abraço a todos vocês e quem sabe, nos vemos no proximo cap.
Bjoos Évii *.*



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Quando aparatamos de volta à Toca, fomos cercados por parentes e amigos preocupados. Fui correndo abraçar meu irmão, que havia me defendido até o final. Meu pai e meu tio haviam ficado no lugar e em seguida iriam para o Ministério para dar um destino definitivo aos Comensais capturados.

–Rosa. Não imagina como fiquei preocupado. – falou Hugo ainda me abraçando.

–Eu também. Não sabia o que tinha acontecido com você e se estava bem. – falei. Hugo soltou-me e me encarou.

–Preocupada comigo? – falou incrédulo. – Sinceramente Rosa. Você foi sequestrada por Comensais e se preocupa comigo?

–É claro que sim, meu irmãozinho. – disse a ele e lhe dei um beijo na bochecha e baguncei seu cabelo. Apesar de ser dois anos mais jovem, Hugo estava praticamente da minha altura.

Fui abraçada por uma juba de cabelos ruivos, que só podia pertencer à minha prima e melhor amiga Lilian. Sorri com a recepção calorosa que ela guardara para mim.

–Onde você estava sua maluca? Quase nos matou de susto. – falou, bem no estilo Lilian, me dando um abraço tão apertado que quase fiquei sem fôlego. Ri das suas palavras.

–Senti sua falta também ruivinha. – falei enquanto ria após ela me soltar.

Vi meus avos parados ao lado. Minha avó tinha lágrimas nos olhos. Abracei-os. Havia se passado apenas um dia, mas a saudade que eu tinha deles era sem tamanho. Eu mal conseguia imaginar a preocupação deles.

Na verdade, abracei muita gente. Meus primos Fred, Tiago, Daniel, Vanessa e Molly, além de meus tios Fred e Jorge, e tias Angelina e Cho. Também estavam presentes meus amigos Lune, Alice e Franco, que estavam com os pais Luna e Neville. Fora de uma festa, nunca tinha visto tanta gente da minha família reunida. Pelo visto, a notícia de meu desaparecimento havia corrido pelos quatro cantos.

Entramos na casa de meus avós e os adultos tiveram que ir embora, pois precisavam voltar a seus afazeres, exceto minha mãe e minha tia Gina, que insistiram em ficar, apesar de meus protestos e exclamações de que estava bem.

Sentada ali, percebi o exemplar do Profeta Diário que falava de meu desaparecimento. Pela primeira vez, não tive interesse em ler o jornal. Muita coisa girava dentro de minha cabeça.

Fui tomar um banho rápido. Vesti-me com roupas limpas e voltei para a sala. Provavelmente estavam esperando meu pai e meu tio.

Sentei-me no sofá e dois minutos depois meu pai e tio Harry apareceram, pareciam ter combinado. Minha mãe e minha tia conversavam baixinho em um canto. Hugo e meus outros primos não estavam presentes. Alvo estava sentado ao meu lado, segurando minha mão. Aproximei-me dele e deitei minha cabeça em seu ombro.

–Onde está minha ruivinha? – pediu meu pai entrando na sala e fazendo barulho, como era típico dele. Sentei-me ereta e em seguida corri para abraçá-lo. Foi tão bom sentir seus braços fortes e acolhedores me protegendo. Dei um beijo em sua bochecha e ele bagunçou meus cabelos ruivos como os dele. Exatamente como fazia quando eu era pequena.

–Pai! – exclamei enquanto sorria. Ajeitei um pouco meu cabelo cacheado, que ainda estava um pouco molhado.

Abracei meu tio, que acabara de abraçar Alvo. Ele era como um segundo pai para mim e ainda era muito estranho pensar nele como meu sogro.

–Alvo e Rosa. Queremos falar com vocês. Sentem-se, por favor. – pediu minha mãe educadamente com um sorriso brincando em seus lábios.

Todos nos sentamos. Esperei que continuassem. Meu coração palpitava, eu tinha 99,9% de certeza de que essa conversa seria sobre mim e Alvo. Ou melhor, 100% de certeza. Na nossa última conversa sobre isso, nossos pais haviam decidido que não nos veríamos mais até que terminássemos com Alex e Luana, mas já que eles estavam presos, acho que isso não seria possível.

–Vocês dois já devem imaginar sobre o que vamos falar – falou Gina num tom serio.

–Sim – falei. – Sobre eu e Alvo.

–Exatamente – disse minha mãe. – Na nossa última conversa sobre isso, havíamos proibido vocês de se verem, mas não havíamos dito se aprovávamos ou não. – lembrou.

–E depois de tudo que aconteceu hoje, vocês dois provaram que se amam de verdade. – completou Harry. – Por isso, sabemos o que fazer com os dois.

–Decidimos que o nosso voto é Não. – falou meu pai, sério.

Meu coração parou e em seguida começou uma disparada. Parecia querer competir com ele mesmo. Minhas mãos suaram enquanto eu tentava processar. Como eles podiam nos separar? Eles mesmos disseram que havíamos provado nosso amor. Eu estava sem chão e com dificuldade de respirar.

–Como podem fazer isso comigo? Conosco? – falei em um tom alterado quando recuperei o fôlego – Vocês disseram... – então percebi que estavam rindo. Meu pai e meu tio esforçavam-se para não chorar de tanto rir. Percebi que estava de pé. Quando eu havia levantado?

–É brincadeirinha Rosa. – falou meu pai, esforçando-se para parar de rir, mas sem sucesso. – Calma ruivinha.

–Os ignorem, são dois idiotas – falou minha mãe sorrindo “de orelha a orelha”. – É claro que aprovamos vocês. Não há prova de amor maior do que a que deram hoje. Estamos todos muito orgulhosos.

–É claro que estamos – falou minha tia também sorrindo. – É a melhor nora que Alvo podia arrumar para nós.

Abracei as duas e Alvo também. Ele era o único que havia ficado em silêncio o tempo todo.

Olhei para os dois que ainda estavam rindo. Não resisti e comecei a dar tapinhas nos dois, o que os fez querer rir mais ainda.

–Se pudessem ver a cara de vocês – meu pai conseguiu dizer entre espasmos sendo acompanhado por Harry. Tinha certeza que minha expressão não fora tão engraçada. Harry começou a imitar minha expressão, e meu pai ria ainda mais, o que me fez pensar: “Que coisa mais indigna para dois homens tão importantes como eles fazer.”

–Quando deixarem de serem crianças, podem me dar um abraço se quiserem – falei ainda enfurecida por terem feito aquela brincadeira de mau gosto.

Meu pai olhou para mim, subitamente sério. Temi ter ido longe demais. Mas antes que pudesse me desculpar, iniciou-se um ataque de cócegas em que eu praticamente gritava de tanto rir.

Quando consegui me recompor, meus pais anunciaram que iriam para casa. Falei que queria ficar n’A Toca por mais um tempinho e eles concordaram. Alvo também quis ficar e ninguém viu nenhum problema, desde que dormíssemos em cama separada, o que me fez dar muita risada depois que meu tio disse isso.

Despedi-me de todos e pedi para minha avó em que quarto eu dormiria. Segui para o quarto que fora da minha tia e que ela às vezes dividira com minha mãe. Tomei um longo e demorado banho quente para relaxar meus músculos. Vesti um pijama simples e fui para cama.

Eu estava tão exausta, que assim que deitei na cama, adormeci.

Sonhei que eu estava correndo por um campo relvado. Usava um lindo e simples vestido de linho branco. Meu cabelo estava solto, mas enfeitado com uma coroa de flores brancas. Estava descalça e me sentia leve como uma pluma. Eu estava adorando a sensação de correr sobre aquela grama e quando passei por algumas flores, parei para colher uma delas. Era uma rosa vermelha (parece ironia) e seu perfume era inigualável. Tão suave e tão marcante.

Passei os dedos pelas suas delicadas e frágeis pétalas, sentindo sua textura. Desci s dedos até seu caule, onde acidentalmente raspei o dedo em um espinho. Não nego que senti um pouco de dor. Uma gota minúscula de sangue se formou, mas antes que eu pudesse fazer algo, alguém se ajoelhou à minha frente. Olhei para ver quem era e perdi o fôlego quando olhei dentro de dois lindos e grandes olhos verdes.

Alvo sorria para mim e segurou minha mão tão suavemente que quase nem senti seu toque, mas foi o suficiente para enviar um arrepio por toda minha pele. Delicadamente, ele encostou seus lábios em meu dedo onde a pequena gota ainda pairava. A gota magicamente sumiu. Fiquei perplexa diante disso.

Comecei a olhar para Alvo. Como ele havia feito aquilo?

Ele levantou-se e estendeu a mão para mim. Fiquei em pé ao seu lado e começamos a caminhar de mãos dadas. Eu não sabia onde estávamos e nem para onde iríamos. Queria perguntar, mas tinha medo de estragar aquele momento. Por fim, a curiosidade venceu, mas as palavras que saíram de minha boca foram outras:

–Como fez aquilo?

–Aquilo o quê? – perguntou calmamente, olhando-me com intensos olhos verdes.

–A gota de sangue. Ela simplesmente desapareceu. – falei. Alvo sorriu.

–O amor é como uma rosa – ele sorriu mais ainda. – Ele é belo, frágil, delicado e sensível, porém às vezes machuca, e esse ferimento, é só o mesmo amor que pode curar. O amor que sinto por você, não se compara a nada nesse mundo.

Uma lágrima escorreu por meu rosto, mas eu sorria. Percebi que eu ainda segurava a delicada flor por entre meus dedos, mas agora, os espinhos sequer conseguiam me fazer senti-los.

Uma leve brisa soprou meus cabelos enquanto Alvo secava minha lágrima. Ele estendeu o gesto, descendo a mão delicadamente até meu pescoço. Ele estava lindo. Mais lindo do que jamais o vira. Usava uma camiseta branca e calças da mesma cor. Também estava descalço. Os cabelos, mais despenteados que nunca, mas com um charme hipnótico.

–Eu amo tanto você – falei.

–Não mais do que eu te amo.

E selamos nosso amor com um beijo. Seus braços envolviam minha cintura e meus braços abraçavam seu pescoço. Nada se comparava à sensação de estar em seus braços. Não havia lugar melhor para se estar.

Deitamos em meio à relva, mas inda de mão dadas, simplesmente sentindo a presença um do outro.

No dia seguinte, quando acordei, o sonho veio-me como o vento. Eu ainda conseguia sentir a sensação de sua mão passando delicadamente por meu rosto, o arrepio que eu sentia toda vez que nos encostávamos e seus lábios nos meus, como se tudo aquilo tivesse sido real. Fiquei triste, o sonho havia sido mais do que perfeito. Desejei que fosse real. Também lembrei-me do que ele havia falado sobre a rosa.

Sentei-me na cama e percebi duas coisas que me deixariam intrigadas pelo resto da vida. Eu usava o mesmo vestido de linho branco que estava no sonho e segurava a rosa vermelha, que, como se fosse conservada por magia, nunca murchou ou envelheceu.

Delicadamente, corri os dedos por suas pétalas, que ainda guardavam o mesmo perfume e a mesma delicadeza.

Passei a mão por meus cabelos, lembrando-me do enfeite, mas a coroa de flores havia desaparecido.

Antes que eu pudesse me levantar, a porta de meu quarto se abriu e lá estava ele. Com exatamente as mesmas roupas do sonho. Como aquilo acontecera?

Olhava-me com uma expressão espantada, como se tivesse sonhado a mesma coisa. Corri até ele e o abracei. Encostei meus lábios no dele, sem saber que nosso sonho havia diferenciado em uma coisa. Para ele, quem havia explicado sobre a rosa, fora eu.

A única coisa que me importava agora era meu amor por ele, e já que tínhamos a aprovação de nossos pais, nosso futuro juntos era por nossa conta.


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Notas finais do capítulo

Bom, então aqui teremos nossos agradecimentos.
Primeiramente, à minha amiga de fora do Nyah!, que dia após dia insistia para que eu terminasse a fic e que foi uma leitora incrivelmente fiel.
Quero agradecer à CarolElenaSalvatore, que acompanhou desde o início, inclusive foi o primeiro review que recebi nessa fic e me mandava reviews incríveis, além de também ter escrito uma linda recomendação.
À Samantha Hensherlm, de quem recebi um dos reviews mais incríveis e que foi uma leitora assídua.
À Srta Jackson, de quem recebi inúmeros reviews, principalmente no começo da fic.
À Nathy que se tornou uma fiel leitora.
À Nessinha Snape, que também se tornou uma leitora incrível.
À Ellen Mcs e Mandy Sunshine, que também ajudaram a tornar essa fic possível de ser escrita, e também à Titia Mellark que escreveu uma linda recomendação.
Obrigado à todas vocês!! Vocês tornaram essa fic possível e eu espero do fundo do coração que tenham gostado dela tanto quanto eu.
Bjoos Évii *.*