Ver a Alma escrita por Kah Almeida


Capítulo 2
O Ser




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/46382/chapter/2

- O que isso? Tem alguém aí? Que estranho. Não é a primeira vez que isso acontece.

 

            Alguns anos depois

- Tu vai sair de novo, Carol? Já está tarde.

- Não se preocupe, daqui a pouco eu estou de volta.

- Carol, você não é mais uma simples garotinha. Não sabemos o que existe nessa floresta, tu mesma disse que tem escutado barulhos estranhos, mais um motivo pra você não sair a noite.

            Realmente Carol não era mais uma garotinha, tinha 17 anos e estava linda, um corpo de dar inveja, era bem educada, simpática, apesar de ser absurdamente teimosa.

            -Eu não quero passar a noite inteira aqui, eu vou dar uma volta e daqui a pouco eu volto, e prometo voltar inteira.

            - Minha linda, por favor...

            - NÃO ME CHAME ASSIM. Eu não sou posse de ninguém, então não diga que eu sou sua.

            - Tudo bem, mas por favor fica em casa.

            - Não. Depois eu volto...

            Disse isso e saiu.

 

            A floresta não estava exatamente escura, afinal era noite de lua cheia, mas estava bem silenciosa, de repente Carol escutou sons de galhos quebrando. Achou melhor não falar nada e continuar andando, ela não costumava se assustar fácil.

 

            -UUUUUUUU...

            -Que M... é essa?

            Tudo aconteceu muito rápido: o lobo pulando, ela gritando e algo a salvando(?).

 

            - Está tudo bem? Não se mexa, você me deu um grande susto, tente não andar mais pela floresta há essa hora sozinha está bem?

 

            Antes que Carol tivesse tempo de abrir os olhos direito para ver quem era o seu salvador, ele já havia desaparecido.

            - Que arranhão é esse??????

            - Não é nada, Peter, Luigi não faça essa cara.

            Peter continuou falando, ou melhor, gritando coisas, mas Carol não lhe deu atenção. Ela estava tentando descobriu se o que tinha vivido era verdade, ou fruto da sua imaginação. A cicatriz no seu braço era um sinal de que algo havia ocorrido, mas ela poderia apenas ter se arranhado numa arvore.

            “Imagine a cara do Peter se eu olhasse pra ele e dissesse: esse arranhão? é que eu quase fui devorada por um lobo, mas aí apareceu um ser que eu não sei o que era, ou de onde veio, e me salvou, e eu posso jurar que ele sabia o meu nome. Acho que é mais fácil eu dizer pra ele que na volta pra casa salvei criancinhas de um prédio em chamas.”

 

            Nos dias que se passaram ela foi a floresta varias vezes ao dia procurar por aquele que a tinha salvado, mas não encontrou nem vestígios dele.

“ Da ultima vez, ou melhor, única vez, que ele apareceu eu estava em perigo, será que...”

            -SOCORROOOOOOOOOOOOOO! SOCORROOOOOO! ALGUÉM ME AJUDE!

            - Grrrm... foge... perai, não tem nada aqui. Por que você gritou?

            - Porque eu queria conhecer você.

            - E fingiu estar em perigo pra isso?

            - Eu não sou idiota de me meter em perigo de verdade e ainda por cima de propósito.

            - Faz sentido.

            Ao dizer isso ele riu, nossa, ela nunca tinha visto alguém sorrir assim, era algo contagiante, terno, transbordava felicidade daquele ser, ele parecia humano, apesar de a beleza não ser nem um pouco humana, ele era bonito, alto, pele bronzeada, cabelos pretos, absurdamente lisos, mas havia algo de...feroz(?) na sua postura.

            - Quem é você?

            - Você não quer saber O QUE sou eu?

            - Não, quero saber QUEM é você. Tu está precisando limpar as orelhas.

            - Eu sempre achei que quando você me visse assim, tão perto, fosse se assustar, gritar, até chorar.

            - Pode ter certeza, eu não me assusto fácil, assustador é ver o Luigi comendo, perto disso você é fichinha.

            - Eu estou falando serio.

            Ela se aproximou, ele ia se afastar, mas ela conseguiu pegar a sua mão antes que ele se afastasse.

            - Tudo bem, você quer falar sério, não é?  Eu não tenho medo de você, não quero saber o que você é, nem nada disso, pra mim isso não faz diferença, há uma semana eu venho tentando te encontrar, não é porque as suas orelhas são pontiagudas, ou por que você rosna que eu vou deixar você ir embora. Tu salvaste a minha vida.

            Ele pareceu atordoado com aquela declaração, então resolveu mudar de assunto.

            - Já está escurecendo, tu tens que voltar pra casa.

            - Por quê?

            - Porque a floresta a essa hora não é muito segura, e eu não durmo a algum tempo por sua culpa.

            - Minha culpa? Por que minha culpa?

            - Está na hora de você ir. Eu te levo até em casa.

            - Não vou, o que me garante que eu vou te encontrar de novo?

            Ele olhou pra ela, deu um sorriso de tirar o fôlego de medalhista olímpico e disse:

            - Eu garanto, eu não vou fugir de você, agora é tarde.

            - Ta bom, já entendi que ta tarde, não precisa repetir.

‘ Eu não estava falando sobre a hora, no meu: agora é tarde.’(pensamento dele)

 

 

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Desculpem a demora, mas eu tava com mta coisa pra fazer, prometo postar o proximo capitulo logo...

mas me deem um incentivo...reviews?