Ver a Alma escrita por Kah Almeida


Capítulo 3
Você chorou, mas não superou


Notas iniciais do capítulo

Dedico o capitulo a Many oliver...
te amo S2



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Carol chegou em casa e deu-se conta de algo...


            - Eu não sei o nome dele!!


            - Dele quem, Carol?


            - Nada... Estava divagando...


            - Sei...


            Peter ficou apenas observando a discussão dos dois irmãos, Carol estava aprontando alguma coisa e ele nunca se perdoaria se algo acontecesse a ela...


 


            - Eu vou dar uma volta.


            - Mas ainda é muito cedo, espere ao menos até o sol nascer completamente.


            - Eu quero o ver nascer, lá fora... sozinha.


            - Carol...


            Mas ela já tinha saído, procurou entre as arvores, mas não o encontrava. De repente ela o viu. Foi traiçoeiramente até ele, pensando em dar-lhe um susto.


            - Bom dia, tu acordou cedo hoje.


            - Como tu sabias que eu estava aqui??? Eu cuidei pra não fazer barulho.


            - O seu cheiro, eu o reconheceria a quilômetros de distancia.


            Ela não sabia o porquê, mas tinha adorado ouvir aquilo. Ela achava que estava esquecendo alguma coisa, mas não lembrava o que era.


            - O que nós vamos fazer hoje?


            - Como assim?


            - O que vamos fazer hoje? Pra passar o tempo, nos divertirmos.


            - Vamos? Quer dizer nós...eu e você?


            - Obvio. Ia ser quem? Eu e o Gasparzinho?


            - Bom, eu não tinha pensado em nada.


            - Tudo bem, a gente inventa.


            Ela o pegou pela mão e começou a andar pela floresta, só que de repente percebeu que não era mais ela quem guiava, ele havia se posicionado na frente e a estava levando cada vez mais para dentro das arvores.


            - Pra onde nos estamos indo?


            - Você queria que fizemos algo hoje. Pois bem, eu vou te levar pra conhecer um lugar.


            - Que lugar?


            - Tu já vai descobrir... - ai aquele sorriso de tirar o fôlego.


 


            E realmente, em pouco tempo eles estavam em uma clareira, o sol entrava com perfeição nela, as arvores pareciam terem sido esculpidas, e ELE dava aquele toque de perfeição ao lugar.


            - Onde nós estamos?


            - Na clareira, eu gosto de vir aqui, me sinto bem.


            - E porque tu me trouxeste aqui?


            - Não sei...Acho que é um bom lugar pra gente conversar.


            - Conversar sobre?


            - Você.


            - Eu não sou tão interessante...


            - Eu discordo...


            - O que você disse?


            - Que eu quero saber mais sobre você mesmo assim...


            - A sua frase parecia bem menor...


            - Como você veio parar aqui?


            - Eu...minha família...nós...


            Ele se sentou ao lado dela no tronco caído de uma arvore, ela abaixou o rosto, ele pegou o queixo dela e o levantou, fazendo com que ela olhasse em seus olhos.


            - Você pode confiar em mim, você chorou essa dor, mas você não a superou.


            Ela levantou do tronco, deu um pulo para trás e começou a gritar.


            - VOCÊ NÃO ME CONHECE O SUFICIENTE PRA SABER O QUE EU SUPEREI OU NÃO. EU PERDI OS MEUS PAIS EM UM ACIDENTE DE AVIÃO, NUNCA PUDE ENTERRÁ-LOS, SABE POR QUÊ????? POR QUE TINHA PEDAÇOS DELES PRA TODO LADO.  PETER NÃO QUIS QUE VISSEMOS, MAS EU FUGI A NOITE E VI.  OS PEDAÇOS DELES ESTAVAM LÁ. e...e...


            Carol chorava compulsivamente, ele levantou e a abraçou. Ficaram ali durante muito tempo, não saberiam dizer exatamente quanto. Mas quando se separaram Carol sentia-se melhor. Ele passou a mão pelo rosto dela e achou que era melhor levá-la pra casa.


            - Obrigada.


            - Pelo que?


            - Tu sabes, eu realmente precisava disso


            - Me senti feliz por fazer isso.


            - Bom, boa noite. Até amanha?


            - Acho melhor não.


            - Por quê?


            - Tu podes ter problemas, por passar de novo o dia inteiro fora, não queremos que Peter se irrite. Vemos-nos depois de amanha.


            - Não me importo com o que Peter acha, eu quero ver você amanha.


            - Você é linda, sabia? Às vezes parece uma criança mimada, mas é linda.


            Ela deu um sorriso tímido e foi em direção a casa. Ele esperou ela entrar em casa e depois foi embora, pensando que teria que deixá-la, só assim ela seria feliz.


 


            - Droga, o nome dele, eu não perguntei de novo.


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Notas finais do capítulo

Reviews?
Curiosos pra saber o nome dele?