A Vida escrita por EuSemideus


Capítulo 35
Capítulo 35


Notas iniciais do capítulo

Ei gente, ia postar ontem mas n deu.
Tava meio carente quando escrevi esse cap. Ta aí, espero q gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/463728/chapter/35

Capítulo 35

Autora

Agora você vai ter que cumprir sua parte - disse John.

– O que me garante que vocês realmente cumpriram a aposta? - indagou Tess.

– Você está desconfiando de nós? - indagaram John e Josh se fingindo de incrédulos. (N/a: filhos do Travis e do Connor,respectivamente, cap14)

Tess fitou os primos Stoll e os olhou como que dizia " Vê se acredito". Josh bufou e revirou os olhos.

– Não acredita na gente, ótimo - ele disse - Só espere. Três, dois, um...

Naquele exato momento um grito ecoou pelo acampamento. Era como um urro, um urro raivoso. Tess encolheu os ombros, não acreditava que eles realmente tinham feito aquilo.

Um pouco mais à frente, do chalé de Ares, saiu um adolescente com uma postura matadora e o rosto contorcido de raiva. A única coisa que atrapalhava sua pose de valentão era o cabelo, que estava rosa pink.

Tess engoliu em seco quando o neto de Ares andou na direção deles. Os Stoll tinham pintado o cabelo de Ian Rodriguez de rosa pink, só podiam estar querendo morrer.

– STOLLS! - gritou Ian.

John engoliu em seco e abriu um sorriso.

– Ian, meu querido amigo, vejo que adotou uma nova cor de cabelo! - ele brincou.

O garoto dezesseis anos segurou o de doze pela camisa, o tirando do chão.

– Foi você, não foi?! - ele indagou raivoso - Você e esse seu priminho!

Foi a vez de Josh ser segurado pela camisa.

– E você, Jackson, ajudou?! -perguntou Ian e Tess negou.

Nunca, no auge de seus onze anos, enfrentaria Ian. Ele era filho de Clarisse La Rue Rodriguez, a filha de Ares mais temida de todos os tempos. Ninguém se metia com ele, ninguém.

Tess estava preparado para apanhar defendendo os estúpidos amigos, quando ouviu:

– Ian, o que está fazendo?

Ian automaticamente colocou os garotos no chão e se virou. Atrás de si estava uma garotinha de cabelos castanho claro e olhos escuros. Ela devia ter por volta dos nove anos e tinha um semblante bondoso. Era Claire, irmã de Ian.

– Esses idiotas pintaram meu cabelo de rosa! - ele exclamou.

Claire pôs as mãos nos ouvidos.

– Por favor, não grite - ela pediu - Não gosto de gritos.

Ian imediatamente relaxou o corpo, como se tivesse acabado de perceber o que estava fazendo. Claire era a única, além de seus pais, que podia controlar o garoto tão rápido.

– Desculpe - ele disse já em seu tom normal.

Claire suspirou e assentiu.

– Anda, tome um banho, acho que essa tinta ainda sai com água - ela comentou.

– Mas... - ele tentou argumentar mais foi interrompido pela irmã.

– Você não quer ficar com o cabelo cor de rosa para sempre não é, Ian? - ela indagou e ele negou - Então tome um banho, depois você se resolve com eles.

Ian assentiu, mandou um último olhar raivoso para os Stolls e foi. A sorte dos garotos era que ele nunca bateria em alguém na frente da irmã.

Quando Ian já estava longe, os garotos relaxaram.

– Obrigado, Claire - disse Josh.

– Como podemos agradece-la por ter salvo nossas vidas? - perguntou John fazendo uma reverencia de brincadeira.

Claire bufou.

– Deixem de ser tão idiotas! - ela pediu.

– Creio que seja impossível, mi lady - disse John.

A garota revirou os olhos e se foi na mesma direção que o irmão.

– Satisfeito? - perguntou Josh a Tess.

O garota assentiu ainda em choque com a cena que tinha presenciado.

– Eu não posso fazer outra coisa? - ele perguntou - Ela é minha amiga!

John negou.

– Nananinanão - ele disse balançando o indicador - Nós cumprimos a nossa parte, agora você tem que cumprir a sua.

Tess abaixou a cabeça derrotado. Só esperava que Bia o perdoasse depois daquilo.

– Olha, eu não devia, mais vou te ajudar - disse John se abaixando.

Ele parou a mão perto de um pequeno broto, então fez um movimento com a mão e o brotinho cresceu consideravelmente. Ele ganhou forma, folhas, pétalas e a flor que se formara abriu, revelando uma linda rosa amarela. John pegou a rosa e deu a Tess.

– Pronto - ele disse entregando a rosa - Agora vá. E não se esqueça, pelo menos dez segundos.

Tess assentiu e correu para longe.

– Será que estamos fazendo o certo? - indagou Josh.

– É claro que estamos! - confirmou John passando o braço pelos ombros do primo e seguindo na direção oposta a Tess.

–--------/--------/--------/-------

Tess apertou a rosa nas mãos. Estava agradecendo por John ter feito uma rosa sem espinhos, pois sua mão já estaria completamente ferida.

Se fosse qualquer outra pessoa, podia dar a desculpa de que não tinha achado a garota, mas Tess não. Ele sempre sabia onde ela estava.

Tess se aproximou do pasto e viu Bia ao longe, acariciando o focinho de um pégasus negro. O pasto não era bem um pasto. Era mais um gramado onde os pégasus e cavalos do acampamento ficavam soltos, aproveitando a natureza. Se eles não podiam fugir voando? Podiam, mas por algum motivo não o faziam. Eles gostavam dos semideuses.

Tess sorriu ao ver que o pégasus com quem Bia brincava era Blackjack. Talvez ele o ajudasse a fugir, se precisasse.

Tess se aproximou e cutucou o ombro da garota, com a flor escondida atrás das costas. Bia se virou e sorriu, o abraçando.

" E aí, chefinho?" Cumprimentou Blackjack.

"Tudo bem. E com você, Blackjack?" Ele perguntou acariciando a crina do animal.

"Tudo ótimo!" Ele chegou a relinchar de alegria "Você devia casar com ela chefe, ela é legal. Sempre me trás dunuts!" Ele disse se referindo a Bia.

Tess corou violentamente.

– O que ele disse? - perguntou Bia segurando o riso.

– Er, nada - ele disse rapidamente.

"Blackjack, será que você podia nos dar licença, um pouquinho?"

" Claro, chefinho"

O pégasus acariciou o rosto de Bia com a focinho e trotou para longe.

– Então, Tess, o que foi? - perguntou Bia.

Só nesse momento Tess reparou que ela vestia um shorts jeans e uma blusa do acampamento. Seus cabelos estavam trançados em uma trança de lado e ela usava chinelos.

– Bem, isso é para você - ele disse estendendo a rosa.

Bia a segurou e a cheirou, fechando o olhos.

– Por que você está me dando uma flor? - ela perguntou abrindo os olhos e revelando sua confusão.

– Para pedir desculpas - ele se aproximou de cabeça abaixa.

– Pelo que ? - ela indagou.

Tess levantou a cabeça e olhou nos olhos da amiga.

– Por isso.

Tess colocou a mão na nuca de Bia e a puxou para si, a beijando. De início, a garota arregalou os olhos surpresa, mas logo os fechou e colocou a mão no peito de Tess. Esse guiou a outra mão ao rosto da menina e o segurou. Era um selinho, nada demais, mas foi o bastante para mexer com Bia.

Tess se afastou pensando se os dez segundos tinham passado. Ele abriu os olhos e deu de cara com uma Bia um tanto confusa.

– Me desculpe - ele começou - Foi uma aposta com os Stolls, eu não podia descumprir! Eu sei que foi seus primeiro beijo, e que devia ter sido com alguém especial! Me desculpe.

Bia sorriu, para a surpresa de Tess, e o abraçou.

– Foi bom que tenha sido com você - ela admitiu - Assim eu posso ter certeza que foi com alguém que nunca vai me magoar.

Tess sorriu e retribuiu o abraço. Mal sabia ele que aquele só tinha sido o primeiro beijo de muitos.

–------------------------------------

John estava deitado na cama que anos antes pertencera a seu pai, e agora era dele. Ele preferia ficar no chalé 11 quando estava na acampamento, se identificava mais com as pessoas de lá.

John estava de olhos fechados, quase pegando no nosso, quando ouviu:

– John!

Ah, não. Ele se sentou na cama e engoliu em seco. Ela estava chegando. E se pulasse a janela? Não daria tempo de tirar as grades. E o banheiro? Era sexta, só limpariam o banheiro no dia seguinte, devia estar um lixo.

John chegou a conclusão que não tinha saída, ia ter de pensar em uma maneira de engana-la.

Sua mãe entrou no quarto segundos depois. Os braços cruzados e , no rosto, um olhar de reprovação.

– John Stoll , o que você estava pensando?! - ela indagou.

– Tia, Katie. Não sou o John, sou o Josh - ele tentou.

Sua mãe revirou os olhos.

– Você é meu filho,não te confundiria - ela disse.

John deitou na cama. Onde estava com a cabeça? Enganar sua mãe? Nunca conseguiria. Podia conseguir enganar seu pai, mas sua mãe não, ela o conhecia bem demais.

– Foi uma aposta mãe - ele explicou - E foi por uma boa causa.

A filha de Deméter suspirou e sentou na cama do filho. Esse colocou a cabeça sobre suas pernas e ela acariciou seus cabelos castanhos.

– Que boa causa foi essa que fez você pintar o cabelo do filho de Clarisse La Rue de rosa pink? - ela perguntou.

John fechou os olhos e aproveitou a cafuné da mãe. Podia entender facilmente porque seu pai tinha se apaixonado por ela. Além de ser bonita, sua mãe era correta. Ela tinha senso de responsabilidade e dizia com todas as letras que eles estavam errados. Mas ela também era brincalhona, e tinha senso de humor. Sabia rir de uma boa piada e, quando merecida, ajudar a montar uma pegadinha. Além disso, era muito carinhosa, coisa que os descendentes de Hermes necessitavam primordialmente.

– Estava juntando um casal - ele disse sem abrir os olhos.

– Que casal? - perguntou sua mãe.

– Tess e Bia - ele respondeu ainda de olhos fechados.

– O quê? - indagou sua mãe.

John abriu os olhos e olhou para a mãe.

– Eles ainda vão se casar - afirmou - Lara que me disse.

– A filha de Piper? - perguntou ela.

– Aham. Eu só estava tentando adiantar as coisas.

Katie sorriu e balançou a cabeça.

– Você não pode "adiantar" a amor, meu amor - ela disse - Ele não é uma coisa que aparece quando você quer. Ele brota, cresce e só floresce no momento certo. Vai ver que ainda não era a hora.

John assentiu e fechou os olhos.

– Eu ainda vou ter que pedir desculpas para o Ian, não vou?

– Vai sim - confirmou sua mãe - Você e Josh vão ir lá assim que sua tia traze-lo aqui.

John assentiu e aproveitou a cafuné da mãe enquanto podia. A única coisa que o consolava, era que não enfrentaria o grandalhão sozinho."

__________________________

Bia acordou, mas não abriu os olhos devido a forte dor de cabeça que estava sentindo.

Ela pensava no sonho. Não fora uma lembrança, porque ela não tinha participado de algumas partes, fora como um reprise daquele dia, até das partes que ela não tinha conhecimento.

Uma coisa martelava na cabeça de garota. Se Lara sabia sobre ela e Tess há tanto tempo, porque nunca tinha lhe dito nada? As palavras de mãe de John ecoaram em sua cabeça. Talvez não fosse o momento certo.

Bia sentiu a dor diminuir e abriu os olhos. Ela demorou um pouco para se acostumar com a claridade do ambiente, mas logo sentiu alguém a abraçar. Ela retribuiu o abraço bem forte, era sua mãe, ela tinha certeza.

– Graças aos deuses você acordou - disse sua mão acariciando seu rosto.

– Senti sua falta mãe - ela disse com lágrimas nos olhos.

– Também senti a sua.

Ela se sentou e imediatamente recebeu uma abraço de seu pai. Logo, um por um, todos a abraçaram. Por último veio Tess. Ele estava de cabeça abaixa. Bia sentiu um frio correr sua espinha ao se lembrar do garoto caído na chão sendo coberto pelas aranhas.

Ela o abraçou bem forte e sentiu ele aperta-la contra si.

– Você está vivo - ela constatou.

– Graças a você - ele disse se afastando o bastante para olhar nos olhos da garota - Obrigada.

Bia sorriu e beijou o garoto. Ela ouviu um suspiro coletivo, surpreso com o ato, mas não se importava. Ela só se importava com as mãos dele, uma em sua cintura e a outra acariciando sua bochecha, com o coração dele batendo rapidamente contra seu peito, com os cabelos dele entre seus dedos. Só eles dois importavam naquele momento. E ela soube, que o amor ali já tinha florescido e que tinha vindo no momento certo.

Quando se separaram, Bia o abraçou novamente e apoiou a cabeça em seu ombro. Ela sentiu Tess esconder a cabeça entre seus cabelos e suspirou.

– Alguém pode me explicar o que está acontecendo?

Bia se separou de Tess, que sentou ao seu lado e passou o braço por sua cintura.

– Nós estamos namorando, pai - ele disse para Percy, que tinha perguntado.

O filho de Poseidon fazia uma cara muito parecida com a do pai de Bia, Lucas, só que esse segundo parecia um pouco mais assustado.

Mila abraçou o marido rindo.

– Mas... Mas - ele tentava dizer.

– Quieto, Luck - ela mandou - Ela está feliz, nós estamos felizes.

Depois de algumas risadas,eles decidiram que precisavam sair dali. O navio estava flutuando na estrada da caverna, eles só precisavam chegar até lá.

Hazel e Piper protestaram, afinal, Tommy e Lara ainda não tinham sido encontrados, mas depois acabaram cedendo. Era melhor deixar todos em segurança para depois um grupo pequeno ir procurá-los.

Nico, Alex e Dylan levaram todos para fora da caverna por viagem nas sombras.Quando viu o navio, Leo sorriu.

– Meu bebê! - ele disse colocando as mãos para o alto.

Eles já estavam pensando em como se revezariam para subir até o navio, quando a escada de corda caiu. Na borda do navio estavam Lara e Tommy, sorrindo para eles. Os pais dos dois soltaram um suspiro de alívio e os outros se limitaram a sorrir.

Minutos depois já estavam todos à bordo.

– Nós podemos ir embora, não é? - indagou Frank.

Leo sorriu e tocou os controles do navio, o sorriso sumiu.

– Nanda, o que aconteceu com o meu navio? - ele perguntou para a filha, se virando em sua direção.

Amanda engoliu em seco.

– Ehr, bem, ele foi atacado por um dragão e quase caiu - ela disse e logo completou - Algumas vezes.

Leo fechou os olhos e se obrigou a se acalmar. O navio tinha quase caído "algumas vezes" com sua filhas dentro.

– A que distância do chão ele ficou da última vez ? - perguntou olhando para a filha.

Nanda abaixou a cabeça e coçou a nuca.

– Ehr, bem... Talvez... Sei lá... - ela levantou os olhos - Uns... Dez centímetros?

Leo arregalou os olhos.

– O QUÊ?!

Amanda fechou os olhos e encolheu os ombros.

– Veja pelo lado bom, pai - disse Mary se aproximando para ajudar a irmã - Pelo menos ele chegou até aqui.

Leo passou a mão pelos cabelos e controlou a respiração. Ele sentiu uma mão em seu braço e olhou na direção.

– Amor, se acalme - pediu Calypso - Sua mão está em chamas.

Leo fechou o punho e as chamas se extinguiram.

– Quando tempo até podermos partir? - perguntou Annabeth.

Leo colocou a mão nos controles do navio novamente.

– Com ajuda, amanhã está pronto - ele anunciou - Só vou precisar consertar o estabilizador de voou e fazer alguns ajustes no motor.

Eles teriam de passar a noite ali.

Durante todo resto de tarde e noite, a família Valdez, com ajuda de Annabeth e Alice, consertaram o navio. Os outros aproveitaram o tempo para se atualizar e conversar com os pais ou filhos.

Eles também precisaram rearrumar os quartos, já que não tinham suficientes para todos. Foi Lara quem ficou com essa tarefa.

Bia entrou em seu novo quarto já perto da madrugada. Ele era pequeno, só tinha uma cama, uma mesa e uma cadeira. Ela depositou sua mochila no chão do quarto e foi tomar seu banho no banheiro do corredor, já que o quarto não tinha um.

Quando voltou ao quarto encontrou outra mochila do chão. Com quem ela teria ficado?

Ela deitou na cama e se cobriu. Minutos depois a porta se abriu e revelou um Tess sem camisa secando os cabelos com um toalha. Bia corou automaticamente. Pode-se dizer que o treinamento tinha feito muito bem a ele.

Tess, que não a tinha notado ainda, pendurou a toalha na cadeira e colocou uma blusa. Quando se virou para a cama fitou Bia confuso.

– Acho que você é meu colega de quarto - ela disse.

Tess sorriu de lado, apagou a luz e deitou ao lado da garota. Ela sentiu os braços dele a envolverem e encostou a cabeça no peito dele.

– Eu te amo - ele disse em seu ouvido.

Bia sentiu seu corpo se arrepiar.

– Eu também te amo - disse.

Ele a apertou mais contra si e logo eles dormiram abraçados.

–------------------------------------

Bia acordou no meio na da noite ainda abraçada a Tess. Ela precisava ir no banheiro.

Ela tentou sair sair dos braços do namorado sem acorda-lo, mas assim que se afastou e ele a puxou de volta.

– Onde você vai? - perguntou com a boca no ouvido dela.

– Preciso ir no banheiro - ela disse se soltando e dando um selinho um Tess - Já volto.

Ele assentiu e ela saiu do quarto. Assim que fechou a porta Bia sentiu um pano tampando seu nariz e sua boca, segundos depois tudo estava preto.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

No prox as coisas vão ficar..... emocionantes, se posso assim dizer.
uma one Thalico, que quiser dar uma olhada o nome eh The Photograph.
Bem, eh isso, já vou. Deixem reviews. Bjs, EuSemideus