O Sangue do Olimpo escrita por Belona


Capítulo 41
Capítulo 41


Notas iniciais do capítulo

Gentee obrigada por comentar, sério



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Todos se reuniram na Colina Meio-Sangue para assistir.

– Acho que Nico e Reyna devem entrar na votação. – Frank disse, e os outros seis assentiram.

Reyna e Nico recusaram.

– Não podemos. – Reyna disse. – Não somos um dos sete. Se fôssemos escolhidos para fazer isso, seríamos nove. Mas não somos.

– Isso mesmo. – Nico concordou. – Aliás... Só um de vocês poderá fazer isso.

Os sete e os deuses estavam em um círculo meio desarticulado. Gaia estava no meio.

– Zeus, tem certeza? – Hades perguntou. – Não quero passar a eternidade levando olhares tortos de você.

– Tudo bem, irmão. – Zeus assentiu. – Eles merecem. Além do mais, acho que devo isso a eles.

– Então perdemos aquela audiência em que ganhamos o que pedimos. – Leo fez um muxoxo.

Eles riram.

– Então? – Hazel pressionou. – Precisamos decidir. E contar com que os outros seis estejam de acordo.

– Acho que a decisão cabe ao pretor... – Piper olhou para Frank.

– Mas estamos com gregos aqui também. – Ele olhou para Percy. Percy negou. – Então... Vocês têm certeza?

– Temos. – Os seis disseram.

Frank comprimiu os lábios e mirou Leo.

Leo não percebeu que era o centro das atenções de muita gente, e quando se deu conta, ele deu um pulo.

– Ei, mas...

– Mostre que você não é a sétima vela. – Jason levantou as sobrancelhas.

– Eu... – Leo estava estupefato. Então ele percebeu o quanto aquilo era sério, era importante. Ele sentiu-se bem, como um calor espalhando-se por seu corpo. Ele assentiu. – Eu... Sinto-me honrado e tudo o mais, só que... – Ele fez uma careta. – Não tenho uma espada.

Annabeth andou até ele, sacou sua espada de lâmina de drakon e a entregou a ele.

– Por favor. – Ela pediu. – Essa espada... Significa muito.

Leo assentiu e engoliu em seco, caminhando até onde o corpo flácido de Gaia repousava.

– Precisamos de uma fogueira. – Hefesto disse.

Leo incendiou sua mão, mas Frank o deteve. Ele estendeu a mão para Hazel, e ela lhe entregou um pedaço de madeira.

Frank colocou aquilo no chão e pediu para Leo incendiá-lo.

– Tem certeza? – Hazel perguntou.

– Preciso me libertar disso. – Frank sacudiu a cabeça. – Se vou morrer algum dia, não vai ser por um pedaço de pau.

Leo entendeu e tacou fogo na madeira. Frank permaneceu imóvel, os olhos frios, observando. A fogueira queimou na altura de um metro, as chamas intensamente claras.

Ele pegou Gaia no colo, se ajoelhou no meio do fogo e expôs seu pescoço. Ele ergueu a espada de Annabeth acima da cabeça, e iria baixá-la, quando Gaia abriu os olhos.

– Meu peãozinho... – Ela soltou uma risada gutural. – Não tem coragem de fazer isso.

– Não sou seu peãozinho. – Ele sorriu e baixou a espada.

A cabeça dela rolou para o meio do fogo, o toco do pescoço jorrando icor dourado.

– Eca. – Foi a única coisa que ele disse.

Nico bateu o pé no chão, e uma fissura se abriu. O corpo de Gaia e a cabeça dela foram engolidos, junto com a fogueira e qualquer indício de que um dia ela tentara acordar.

– Está feito. – Zeus brandiu o raio-mestre e o céu retumbou. – A Batalha Final chegou ao fim. A Guerra contra Gaia e os Gigantes está encerrada. E, mais uma vez, os deuses venceram. Só que, desta vez... Os semideuses devem ser levados em conta, também.

Um viva ergueu-se dos semideuses. Todos estavam rindo, chorando, brincando e estupefatos demais para fazer qualquer coisa. Mas todos tinham um sorriso no rosto.

Hazel virou-se para Frank e se jogou em seus braços, chorando.

Jason abraçou Piper e começou a girá-la pela cintura, como se fossem duas crianças.

Percy e Annabeth trocaram um toquinho de mão e um sorriso.

– Ah, vem cá – Annabeth agarrou o pescoço de Leo e começou a fazer cafuné em sua cabeça. Logo, todos os sete estavam se abraçando e trocando vivas.

Os deuses se despediram e disseram que precisavam voltar ao Olimpo. A noite haveria um Conselho de urgência, uma coisa inventada só para motivo de festa.

Eles, depois de comemorar, foram cuidar dos feridos.

Clarisse, Grover, Juníper, Connor Stoll, Drew e cerca de cinquenta campistas haviam morrido. Teve-se muitas honras e muitas lágrimas.

A notícia boa era que o bebê do Treinador Hedge havia nascido, e corria tudo bem com ele e Mellie.

– Como vai se chamar? – Piper pegou aquela coisinha fofa e se assustou quando viu que já vinha com uma barbicha e duas insinuações de chifres.

– Frank – O Treinador fungou. – Vai se chamar Frank Hedge.

Frank arregalou os olhos, comprimiu os lábios e assentiu lentamente.

– Nossa, eu... Eu...

– Não precisa agradecer, cara. – Jason sorriu de lado e pegou o pequeno Frank.

– Ah... O que a gente vai fazer agora? – Hazel indagou, com o olhar sonhador. – Tantas coisas...

– Dormir. – Leo disse. – Sério. Dormir.

Eles assentiram. Na verdade todo mundo estava indo fazer isso.

Os chalés estavam, em sua maior parte, destruídos, então eles puxaram cobertores e colchonetes e estenderam-nos no gramado perto da fogueira. Alguns foram para a arena, por falta de espaço.

E aquele foi o sono mais tranquilo que todos eles tiveram desde que aquela loucura começara.


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