O Sangue do Olimpo escrita por Belona
Notas iniciais do capítulo
Gentee obrigada por comentar, sério
Todos se reuniram na Colina Meio-Sangue para assistir.
– Acho que Nico e Reyna devem entrar na votação. – Frank disse, e os outros seis assentiram.
Reyna e Nico recusaram.
– Não podemos. – Reyna disse. – Não somos um dos sete. Se fôssemos escolhidos para fazer isso, seríamos nove. Mas não somos.
– Isso mesmo. – Nico concordou. – Aliás... Só um de vocês poderá fazer isso.
Os sete e os deuses estavam em um círculo meio desarticulado. Gaia estava no meio.
– Zeus, tem certeza? – Hades perguntou. – Não quero passar a eternidade levando olhares tortos de você.
– Tudo bem, irmão. – Zeus assentiu. – Eles merecem. Além do mais, acho que devo isso a eles.
– Então perdemos aquela audiência em que ganhamos o que pedimos. – Leo fez um muxoxo.
Eles riram.
– Então? – Hazel pressionou. – Precisamos decidir. E contar com que os outros seis estejam de acordo.
– Acho que a decisão cabe ao pretor... – Piper olhou para Frank.
– Mas estamos com gregos aqui também. – Ele olhou para Percy. Percy negou. – Então... Vocês têm certeza?
– Temos. – Os seis disseram.
Frank comprimiu os lábios e mirou Leo.
Leo não percebeu que era o centro das atenções de muita gente, e quando se deu conta, ele deu um pulo.
– Ei, mas...
– Mostre que você não é a sétima vela. – Jason levantou as sobrancelhas.
– Eu... – Leo estava estupefato. Então ele percebeu o quanto aquilo era sério, era importante. Ele sentiu-se bem, como um calor espalhando-se por seu corpo. Ele assentiu. – Eu... Sinto-me honrado e tudo o mais, só que... – Ele fez uma careta. – Não tenho uma espada.
Annabeth andou até ele, sacou sua espada de lâmina de drakon e a entregou a ele.
– Por favor. – Ela pediu. – Essa espada... Significa muito.
Leo assentiu e engoliu em seco, caminhando até onde o corpo flácido de Gaia repousava.
– Precisamos de uma fogueira. – Hefesto disse.
Leo incendiou sua mão, mas Frank o deteve. Ele estendeu a mão para Hazel, e ela lhe entregou um pedaço de madeira.
Frank colocou aquilo no chão e pediu para Leo incendiá-lo.
– Tem certeza? – Hazel perguntou.
– Preciso me libertar disso. – Frank sacudiu a cabeça. – Se vou morrer algum dia, não vai ser por um pedaço de pau.
Leo entendeu e tacou fogo na madeira. Frank permaneceu imóvel, os olhos frios, observando. A fogueira queimou na altura de um metro, as chamas intensamente claras.
Ele pegou Gaia no colo, se ajoelhou no meio do fogo e expôs seu pescoço. Ele ergueu a espada de Annabeth acima da cabeça, e iria baixá-la, quando Gaia abriu os olhos.
– Meu peãozinho... – Ela soltou uma risada gutural. – Não tem coragem de fazer isso.
– Não sou seu peãozinho. – Ele sorriu e baixou a espada.
A cabeça dela rolou para o meio do fogo, o toco do pescoço jorrando icor dourado.
– Eca. – Foi a única coisa que ele disse.
Nico bateu o pé no chão, e uma fissura se abriu. O corpo de Gaia e a cabeça dela foram engolidos, junto com a fogueira e qualquer indício de que um dia ela tentara acordar.
– Está feito. – Zeus brandiu o raio-mestre e o céu retumbou. – A Batalha Final chegou ao fim. A Guerra contra Gaia e os Gigantes está encerrada. E, mais uma vez, os deuses venceram. Só que, desta vez... Os semideuses devem ser levados em conta, também.
Um viva ergueu-se dos semideuses. Todos estavam rindo, chorando, brincando e estupefatos demais para fazer qualquer coisa. Mas todos tinham um sorriso no rosto.
Hazel virou-se para Frank e se jogou em seus braços, chorando.
Jason abraçou Piper e começou a girá-la pela cintura, como se fossem duas crianças.
Percy e Annabeth trocaram um toquinho de mão e um sorriso.
– Ah, vem cá – Annabeth agarrou o pescoço de Leo e começou a fazer cafuné em sua cabeça. Logo, todos os sete estavam se abraçando e trocando vivas.
Os deuses se despediram e disseram que precisavam voltar ao Olimpo. A noite haveria um Conselho de urgência, uma coisa inventada só para motivo de festa.
Eles, depois de comemorar, foram cuidar dos feridos.
Clarisse, Grover, Juníper, Connor Stoll, Drew e cerca de cinquenta campistas haviam morrido. Teve-se muitas honras e muitas lágrimas.
A notícia boa era que o bebê do Treinador Hedge havia nascido, e corria tudo bem com ele e Mellie.
– Como vai se chamar? – Piper pegou aquela coisinha fofa e se assustou quando viu que já vinha com uma barbicha e duas insinuações de chifres.
– Frank – O Treinador fungou. – Vai se chamar Frank Hedge.
Frank arregalou os olhos, comprimiu os lábios e assentiu lentamente.
– Nossa, eu... Eu...
– Não precisa agradecer, cara. – Jason sorriu de lado e pegou o pequeno Frank.
– Ah... O que a gente vai fazer agora? – Hazel indagou, com o olhar sonhador. – Tantas coisas...
– Dormir. – Leo disse. – Sério. Dormir.
Eles assentiram. Na verdade todo mundo estava indo fazer isso.
Os chalés estavam, em sua maior parte, destruídos, então eles puxaram cobertores e colchonetes e estenderam-nos no gramado perto da fogueira. Alguns foram para a arena, por falta de espaço.
E aquele foi o sono mais tranquilo que todos eles tiveram desde que aquela loucura começara.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!