How Far We’ve Come escrita por Lithium


Capítulo 8
6 — Underwater Unicorn


Notas iniciais do capítulo

Oi seus lindos! Voltei rápido, né?

Queria agradecer as meninas que comentaram no cap anterior, vocês são lindas ♥ E também quero dar as minhas solenes boas vindas as novas leitoras. Apareçam, okay? Ah, e para você que está lendo as notas mesmo que eu não tenha pedido para ler: Valeu, cara ^^

Underwater Unicorn = Unicórnio Subaquático. Título que não quase nada a ver com o cap, mas estava com isso na cabeça e está aí! Hehehehehe.

Então, não tenho muito a dizer aqui hoje, deixo o papo maior para as notas, MAS isso não quer dizer que eu já tenha acabado.

Esse cap foi quase todo narrado por garotas. Sério. Os únicos POVs masculinos foram de Percy e de Nico, pelos motivos que estão nas notas finais. E as únicas meninas que não narraram foram Thals e Lyly, mas em compensação elas narram no próximo =D

Sinto falta de algumas leitoras. O que houve, girls? Me abandonaram?

Agora vou parar de falar, conversamos mesmo nas notas finais!

Hoppe you enjoy!

P.S: LEIAM AS NOTAS FINAIS! LEIAM AS NOTAS FINAIS! LEIAM AS NOTAS FINAIS!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/463355/chapter/8

Luke, The Beatle Maniac – “Love is a game to you, it’s not pretend” está online.

Jase G. – We don’t need no education… está online.

Luke, The Beatle Maniac – “Love is a game to you, it’s not pretend” Diz: No MSN a essa hora da manhã, Jason?

Jase G. – We don’t need no education… Diz: Nem vem. Você não tem o direito de me dar lições de moral.

Luke, The Beatle Maniac – “Love is a game to you, it’s not pretend” Diz: E pelo visto, você também acordou revoltado. E cedo — 7:30 da manhã!

Jase G. – We don’t need no education... Diz: Hm, isso foi um elogio ou o quê...?

Luke, The Beatle Maniac – “Love is a game to you, it’s not pretend” Diz: Sei lá. Enfim, pronto para mais um dia no Princesa Andrômeda, o navio dos pesadelos?

Jase G. – We don’t need do education... Diz: Muito engraçado. Mas não. Prefiro o nosso apartamento. Bela hora em que Atena foi inventar de nos tirar da nossa alegria...

Luke, The Beatle Maniac – “Love is a game to you, it’s not pretend” Diz: Duas semanas de aproveitamento… Tão pouco.

Jase G. – We don’t need no education... Diz: Acho que esse cruzeiro está mexendo com os nossos neurônios. Em que dia nós acordaríamos às 7:30 da manhã por livre e espontânea vontade, sem despertador nem nada do tipo?

Luke, The Beatle Maniac – “Love is a game to you, it’s not pretend” Diz: Não que nossos neurônios já não tenham algum defeito, não é, “Jase G”?

Jase G. – We don’t need no education... Diz: Qual, Luke, The Beatle Maniac. Eu nunca despejei em meu nickname o meu amor por The Beatles e coloquei um trecho de uma música do Imagine Dragons no meu status.

Luke, The Beatle Maniac – “Love is a game to you, it’s not pretend” Diz: A música é Hear Me, okay? Não é qualquer uma. E Jason, eu não sei se você passou por lavagem cerebral enquanto dormia, mas ainda estamos no mesmo quarto. Vou te sufocar com o travesseiro em três, dois...

Gothic – “Don’t get to close, it’s dark inside” está online.

Gothic – “Don’t get to close, it’s dark inside” Diz: E aí, povo?

Jase G. – We don’t need no education... Diz: Nico! Cara, que alegria em te ver por aqui.

Gothic – “Don’t get to close, it’s dark inside” Diz: Mas...

Jase G. – We don’t need no education... Diz: Sem “mas”, só me escute/leia/dane-se. Se alguém estivesse querendo me matar agora, você iria querer que eu permanecesse vivo?

Luke, The Beatle Maniac – “Love is a game to you, it’s not pretend” Diz: Claro que você não ia querer, não é, Nico?

Gothic – “Don’t get to close, it’s dark inside” Diz: Hm... Claro que sim. De onde tirou isso, Luke?

Jase G. – We don’t need no education… Diz: Viu só, Luke? Não pode mais me matar!

Gothic – “Don’t get to close, it’s dark inside” Diz: Quem foi que disse, Jason? Se eu quiser, posso muito bem mudar de opinião.

Jase G. – We don’t need no education... Diz: O QUÊ?

Luke, The Beatle Maniac – “Love is a game to you, it’s not pretend” Diz: Ah, botei fé agora, Nico.

Jase G. – We don’t need no education… Diz:… Isso é um complô ou quê?

Gothic – “Don’t get to close, it’s dark inside” Diz: Complô, tentativa de assassinato, planejamento de execução do amigo de que todos estamos cansados... Quem sabe?

Jase G. – We don’t need no education... Diz: Agora eu fiquei chateado.

Luke, The Beatle Maniac – “Love is a game to you, it’s not pretend” Diz: Não sei nem por que se chateou. Você sabe muito bem que só estamos brincando com a sua cara.

Gothic – “Don’t get to close, it’s dark inside” Diz: Luke tem razão. Pare de dra…

Bad Boy Supremo – Come as you are, as you were… está online.

Bad Boy Supremo – Come as you are, as you were… Diz: Porra, Nico, pelo menos desliga a merda do alto-falante do celular! Tem gente querendo dormir, sabia?

Gothic – “Don’t get to close, it’s dark inside” Diz: Ué, ninguém mandou você inventar de dividir o mesmo quarto em que eu durmo.

Bad Boy Supremo – Come as you are, as you were... Diz: Ah, dane-se. Mas e aí, meu povo, fazendo o quê de bom?

Luke, The Beatle Maniac – “Love is a game to you, it’s not pretend” Diz: Planejando o assassinato do Jason. Quer se juntar?

Bad Boy Supremo – Come as you are, as you were… Diz: Eu adoraria…

Jase G. – We don’t need no education... Diz: Leo! Muita consideração, hein?!

Bad Boy Supremo – Come as you are, as you were... Diz: Você não me deixou terminar. Eu adoraria, mas não estou em clima de matar ninguém além do meu pai, então... Passo.

Gothic – “Don’t get to close, it’s dark inside” Diz: Argh, Percy está roncando em alto e bom som aqui no nosso quarto. Não sei nem como os mosquitos não entram. Por que está mijando de rir, Leo?

Bad Boy Supremo – Come as you are, as you were... Diz: Isso o que você acabou de dizer... Cara, foi muito engraçado!

Gothic – “Don’t get to close, it’s dark inside” Diz: Eu não vi graça nenhuma.

Luke, The Beatle Maniac – “Love is a game to you, it’s not pretend” Diz: Isso é porque seu senso de humor é estranho e porque é ainda mais engraçado ler vocês dois conversando por aqui quando estão um de frente para o outro.

Gothic – “Don’t get to close, it’s dark inside” Diz: Só para constar, vocês estão no mesmo estado. E, ué, já que eu estou aqui, vou logo digitar ao invés de gastar saliva, porque estou morto de fome. Vou ver se encontro um concierge por aí...

Luke, The Beatle Maniac – “Love is a game to you, it’s not pretend” Diz: Isso aqui não é hotel, mas tem uma mini lista telefônica dentro da primeira gaveta do criadinho branco do seu quarto. Ligue para o serviço de quarto, disponível no Princesa Andrômeda.

Gothic – “Don’t get to close, it’s dark inside” Diz: Valeu.

Gothic – “Don’t get to close, it’s dark inside” está offline.

Jase G. – We don’t need no education… Diz: Só eu que estou pensando seriamente em seguir o exemplo dele? Meu estômago está implorando por comida...

Bad Boy Supremo – Come as you are, as you were... Diz: Não, você não está sozinho. Estou com fome, Luke.

Luke, The Beatle Maniac – “Love is a game to you, it’s not pretend” Diz: Pensando em comer tão cedo… Tsc, tsc, o que eu faço com vocês, hein?

Bad Boy Supremo – Come as you are, as you were… Diz: Nem vem dar lição de moral, Luke. Você pensa em comida vinte e quatro horas por dia.

Luke, The Beatle Maniac – “Love is a game to you, it’s not pretend” Diz: Certo, então. Tem um café da manhã variado no Restaurante do Princesa Andrômeda. Avise ao Nico para que não ligue ao serviço de quarto.

Bad Boy Supremo – Come as you are, as you were... Diz: Okay, vou avisá-lo, esperem aí.

Jase G. – We don’t need no education... Diz: Sabe se hoje tem bolo formigueiro? Estou com vontade de comer bolo formigueiro.

Luke, The Beatle Maniac – “Love is a game to you, it’s not pretend” Diz: Você tem vontade de comer de tudo, Jason.

Bad Boy Supremo – Come as you are, as you were... Diz: Prontinho. Niquito está avisado, e está berrando para que eu pare de chamá-lo de Niquito. É melhor eu desconectar, Nico está tentando me sufocar com o travesseiro.

Bad Boy Supremo – Come as you are, as you were... Está offline.

Jase G. – We don’t need no education… Diz: Então, acha que o Leo morreu?

Luke, The Beatle Maniac – “Love is a game to you, it’s not pretend” Diz: Hm, acho que não. Mas acho que é você quem vai morrer, JASE…

Jase G. – We don’t need no education... Está offline.

Luke, The Beatle Maniac – “Love is a game to you, it’s not pretend” Diz: Não pode fugir de mim! Continuamos no mesmo quarto!

Luke, The Beatle Maniac – “Love is a game to you, it’s not pretend” Está offline.

. . .

Em uma das mesas mais distantes da entrada do Restaurante do Princesa Andrômeda, Annabeth e Thalia “planejavam” enquanto comiam.

– Eu não vou ao baile, Tals – repetiu Annabeth, pela milésima vez. – Detesto festas, você sabe disso.

– Annabeth, você vai receber seu diploma em breve, garota. Qual a graça de se formar sem ir a festa?

Enquanto mastigava uma fatia de bolo formigueiro, Annabeth revirou os olhos. Ela não sabia explicar, só não gostava de festas. E ponto final.

– Esse processo todo de ficar horas e horas em dúvida sobre o que vestir... Isso é um saco! – ela exclamou. – Como você aguenta isso, Thalia?

– Eu é quem pergunto como você não gosta de festas! Annabeth, tem música, comida, oportunidade de conhecer novas pessoas... Não é ótimo?

– Definitivamente não.

– O que eu faço com você?!

– Esqueça a ideia de me arrastar para a festa – sugeriu Annabeth, animada com a possibilidade. – E aliás, nem sabemos se a festa vai mesmo acontecer. Nossa escola está só enrolando com tudo...

Mas Annabeth foi interrompida por um animado Ethan Nakamura, que entrou no refeitório já gritando:

– NOTÍCIAS DA FESTA DE FORMATURA! NOTÍCIAS DA FESTA DE FORMATURA!

Thalia riu triunfante, enquanto Annabeth amaldiçoava o mundo. Bela hora para alguém aparecer e cortar seu maior argumento...

– Bom dia, meninas! – Ethan cumprimentou, entregando a cada uma delas um panfleto laranja. – Ótima forma de começar o dia, não? Notícias da festa de antemão!

– Obrigada mesmo, Ethan – disse Thalia. – Já que a festa está marcada, Annabeth e eu podemosir...

Ethan piscou o olho que não estava coberto pelo tapa-olho e bateu continência como despedida1. Annabeth se segurou para não tacar o seu bolo na cabeça do garoto quando ele fez isso.

– Maravilhoso. Vamos ver o que diz nessa merda de panfleto.

– Annie xingando? Meu Deus, o mundo está perdido! – zoou Thalia, que calou a boca com o olhar assassino de Annabeth. – Certo, certo, vamos ler.

Extremamente irritada, ela abaixou os olhos para o panfleto laranja-neon e começou a ler as palavras ali escritas, e se surpreendeu ao ver que tudo o que havia escrito era uma matéria do jornal da escola:

Atenção, formandos! Baile de formatura e colação de grau, enfim, marcados!

Todos os formandos da Half Bloody High School esperavam por algum comunicado da parte de sua escola sobre as datas do baile de formatura e da colação de grau, mas essa espera, enfim, acabou.

A Half Bloody passou por um longo processo de avaliação de boletins, históricos escolares, notas anuais, prestígios em atividades acadêmicas, desempenho escolar e demais tópicos do Histórico Permanente de seus formandos e, mesmo após a aprovação, as datas demoraram a ser divulgadas, mas, enfim, foram decididas.

Uma reforma de última hora está sendo realizada no salão, porém ambas as festas não tardarão mais a acontecer. O baile de formatura está marcado para o início do mês de agosto – mais especificamente, 07/08. Já a colação de grau será dois dias depois, no dia 09/08, também no salão de festas.

Apesar de tudo, o motivo da demora na decisão ainda é desconhecido. A direção não prestou explicações e, se não mentiram, nenhum dos professores sabe o motivo. “É como uma espécie de informação confidencial”, disse Dionísio Field, professor de Educação Física da Half Bloody. “Como segredo da escola ou algo assim. Ninguém sabe ao certo.”

Em nota, Gleesson Hedge, treinador de basquete da Half Bloody há vários anos, afirmou que também há boatos dentre os professores. O mais popular é que Quíron, diretor da escola, estaria passando por chantagens da parte de Mason Owens, diretor da Goode High School, que não só tem escolas de primário, ginásio e colegial, mas também uma universidade. “Alguém precisa lutar contra esse homem e seu covil diretorial! Morram!”, bradou o treinador.

Por hora, não temos mais informações, mas estaremos aqui para deixar-lhes a par de tudo o que estiver acontecendo.

Live Eye Journal, página 07, escrita pelo jornalista Ethan Nakamura.

– Lindo – comentou Annabeth, após ler a matéria. – Mas e daí?

E daí? – repetiu Thalia, incrédula.

– É só uma foto de uma matéria de jornal em um panfleto, ambos feitos pelo próprio Ethan!

– Annabeth, nós duas sobrevivemos ao primário, ao ginásio e ao colegial. Precisamos comemorar! Somos guerreiras!

Annabeth riu.

– Você quis dizer que eu sou guerreira, não é? Porque que eu sabia, aquela história com o gabinete, o cabo de vassoura e os peitos...

– Quer calar a boca?! – ela exclamou. – Te contei isso porque achei que você pudesse guardar um segredo, mas pelo visto, você está louca para revelar o meu ao mundo!

– Pode me passar a manteiga? – pediu Annabeth, ignorando o apelo de Thalia. – Gosto de manteiga nas duas fatias do pão.

– E eu gosto de manteiga espalhada pela sua cara! – disse Thalia. – Vamos fazer um trato. Você concorda em ir à festa, à colação e à todas as festas que surgirem enquanto ambas não chegam, e eu fico sem te pedir para ir a festas por dois meses.

– Só dois meses? Não, obrigada. Passe-me a manteiga.

Thalia encheu as bochechas de ar e bufou, passando a manteiga para a loira. Irritada, a filha de Zeus apoiou a bochecha na mão direita.

– Você é difícil, hein, loirinha?

– Não sou difícil, sou insistente. E não me chame de loira.

. . .

– Então, você vai ou não vai? – insistiu Piper.

Bianca suspirou e fingiu reler o panfleto que Ethan entregara horas atrás, ainda no café da manhã.

– Não sei não, Piper. Isso aqui não é uma praia, é um oceano. E mesmo que estejamos no verão, a água não deve estar tão quente assim...

– Por favor, Bi! – implorou. – Teremos roupas apropriadas, tanques de oxigênio, máscaras, tudo! E de graça!

Para quem se pergunta sobre o que diabos elas estão falando, aí vão as explicações: como Poseidon é biólogo marinho e amigo de Hermes, ele o convenceu a deixá-lo levar Percy e quem mais ele quisesse chamar para um mergulho nas águas do Pacífico, totalmente grátis. E, como aquele cruzeiro era reservado para os formandos da Half Bloody, quem não fosse convidado poderia mergulhar também – claro, pagando.

Como Bianca era sua amiga, Percy com certeza a convidou, mas a garota não estava a fim de trocar o sol que banhava a varanda do navio por água, peixes, corais e estrelas-do-mar.

– Vamos lá, Bi. O mar também tem diversidade natural! – exclamou Lilith, surgindo juntamente de Nico.

– Faz bem se divertir um pouco – acrescentou seu irmão.

Ela não pôde evitar rir do comentário.

– Também faz bem pegar um pouco de sol. E você bem que está precisando, não é, Sr Di Ângelo? – perguntou ela, apontando para a pele pálida como leite do irmão.

Nico bateu o pé.

– Quando eu pego sol, fico vermelho, não bronzeado!

Ela riu, acompanhada por Piper e Lilith. Irritado, Nico bufou e revirou os olhos.

– Assim que você decidir parar de enrolar, me avise! – exclamou Nico. – Porque eu quero dar um mergulho! Tchau, Bianca!

– Espere, Nico! – ela pediu, sorrindo. – Eu vou.

Nico ergueu a sobrancelha. Seria... Desafio? Mas Bianca fingiu não perceber o gesto.

– Quem mais vai conosco? – perguntou.

– Thalia Grace. E Annabeth Chase – respondeu Piper. – Jason convidou a irmã que acabou convidando — ou obrigando, quem sabe — a garota a vir conosco. Não sei você, mas não tenho nenhum problema com ela.

– Eu também não tenho. Percy e Annabeth apenas vivem de implicar um com o outro.

– Ah.

– Terminaram com a fofoca? Obrigado – disse Nico. – Vou avisar ao povo que você vem conosco, Bi, mas pelo amor de Deus, seja rápida!

– Lyly, tem alguma sugestão de biquíni? – perguntou Bianca, ignorando a fala de Nico. – Acho que teremos bastante tempo para fazermos hora em frente ao espelho. Eu pensei em usar azul, mas não acho que azul combine com o horário...

Ela ouviu que Nico bufou irritado com sua provocação, e praguejou alguma coisa sobre mulheres enroladas antes de disparar para longe.

– Você devia pegar mais leve com ele – aconselhou Piper. – Quer dizer, tá na cara.

Bianca franziu a testa.

– O que tá na cara?

– Não tenho tanta certeza assim, mas acho que... Sei lá, Nico sente sua falta.

Ela rapidamente se sentou.

– Ele o quê?

– É tudo apenas um pressentimento. Eu não estou sabendo de nenhum desentendimento entre vocês dois ou algo assim – acrescentou Piper, rapidamente. – Você sabe, tenho facilidade para interpretar as pessoas em certos pontos. Talvez nem ele saiba que sente sua falta... Mas Nico aparenta ser do tipo super protetor.

– Nico e eu podemos ser gêmeos, mas ele é um minuto e meio mais novo.

– Grande diferença – disse Lilith.

– Hm, que tal se nós formos logo ao meu quarto? – sugeriu Bianca, querendo desesperadamente uma mudança de assunto. – Que eu saiba, tenho um biquíni a escolher.

. . .

– Um latte macchiato2 grande com açúcar, chantilly e chocolate – Nico pediu e se apoiou no balcão do Starbucks do navio.

Ele não conhecia nenhum mito popular sobre tomar café antes de nadar, então para ele pareceu totalmente aceitável. Nico gostava do latte: parecia obra de divindade se combinado com chantilly, chocolate e uma dose extra de açúcar, ao invés do adoçante. E o melhor é que não demorava quase nada para ficar pronto.

O atendente lhe entregou a taça cheia com olattee Nico deu um grande gole de uma vez. Teria queimado se ele tivesse doze ou treze anos, mas já descobrira o truque para não ficar sem comer por dias graças à língua queimada.

– Olha só quem está aqui! Nicolas dos Anjos!

Ele engasgou com seu latte. Cacete, não podia ser ele... Podia?

Podia sim.

– Sr D?! – exclamou, reconhecendo seu professor parado bem a sua frente. Vidinha irônica chata. – E é Nico di Ângelo.

– Sim, sim, tanto faz. Pelo visto, o tempo realmente não apagou suas manias irritantes.

– Sr D, não nos vemos há... – Nico encarou o teto, contando. – Duas semanas e três dias.

– Dane-se a lógica, Norman di Angel.

– Nico di Ângelo, e essa frase é minha.

– Qual? Norman di Angel? – zoou Sr D.

– “Dane-se a lógica” – respondeu, indiferente.

Sr D fez algo que lhe pareceu um longo discurso sobre os malefícios da cafeína do latte para alguém vai nadar, mas Nico sequer prestou atenção. Estava mais concentrado em seu celular.

“PRECISO DA SUA AJUDA.”

De: Nico di Ângelo, às 4:28 p.m

“Quem morreu?”

De: Percy Jackson, às 4:29 p.m

“Ninguém, por enquanto. Estou aqui no Starbucks. Parei para tomar um latte, mas acabei me encontrando com Sr D. Sabe como é.”

De: Nico di Ângelo, às 4:31 p.m

“Você é mesmo um completo azarado. Me deve uma, ‘Nicolas dos Anjos’.”

De: Percy Jackson, às 4:33 p.m

“Eu vou te matar.”

De: Nico di Ângelo, às 4:33 p.m

– Então, como todos eles vão se concentrar se... Está me ouvindo, Nico di Ângelo?!

– Finalmente acertou o meu nome.

– Ouviu algo do que eu disse?!

– Claro.

– Repita.

– Náh, to com preguiça.

Sr D estava prestes a boca para dizer alguma coisa e condenar Nico a uma morte lenta e dolorosa, quando Percy apareceu.

– Nico, seu filho da mãe! Aí está você, seu retardado do cacete. Saia logo dessa cafeteria boba e vem jogar basquete!

Basquete?! Era aquela a ideia do idiota do seu melhor amigo?

– Peter Johnson, você não me engana! – disse Sr D. – Sente-se, ainda não terminamos com nossa última conversa!

Longa história, vão por mim.

– Hm... Acho melhor não... Corre, Nico!

E dispararam para fora do Starbucks.

. . .

– Ainda não consigo entender por que tenho que estar aqui! – exclamou Annabeth.

– Porque Thalia te convidou – disse Lilith, ajudando-a a entrar na roupa de mergulho que custava a deslizar pelo corpo de qualquer um.

– Porque “Thalia” lhe obrigou, você quer dizer – corrigiu Thalia, com uma expressão emburrada. – Annabeth é teimosa pra caramba!

– Eu só não...

– Você só não quer mergulhar junto do Percy, já sabemos – concluiu Piper, sentando-se na cama de Bianca. Convencer Annabeth de que Percy não era de todo um idiota era tarefa complicada e exaustiva.

– Sei – disse Annabeth, bufando. – Concordemos que os outros garotos também são legais e eu não posso julgá-los sem conhecê-los bem. Por exemplo, Leo é super engraçado, Jason é fofo – com toda a certeza, Piper pensou. –, Luke é carismático e Nico... Bem, usava menos preto da última vez que tivemos uma conversa com mais de dez minutos de duração, mas é isso aí. Já Percy... Ego, ego e mais ego!

– Annabeth, ouça-me – pediu Bianca, calmamente. Piper o considerou bem convincente. – Sabe há quanto tempo eu conheço aqueles garotos? Sete anos, Annabeth. Serão oito daqui a um mês. Você considera os outros como boas pessoas, e de fato, eles são. Mas Percy também é. Agora, pense comigo: se Percy fosse uma má pessoa, você acredita mesmo que aqueles cinco estariam unidos desde aquele dia no vestiário em que se conheceram, sete anos atrás, quando mal tinham doze anos de idade? Sei que você é uma garota bastante sábia e que vai pensar nisso. Acredite, se der uma chance ao garoto, você vai engolir essas suas palavras. Agora vamos, quero conhecer a diversidade natural subaquática. Lyly, pode me emprestar uma câmera? Não é justo você sempre tirar todas as fotos.

. . .

Como prometido, Hermes parara o navio por um tempo. No bote, Poseidon explicava a Percy, Annabeth, Luke, Thalia, Jason, Piper, Lilith, Bianca, Nico e Leo sobre como respirar e economizar o tanque de oxigênio, que era suficiente por meia hora. O discurso já era conhecido por Percy, mas ele também precisava ficar atento. Não queria que nenhum de seus amigos passasse por nenhum tipo de problema.

– Vocês só precisam respirar normalmente – dizia Poseidon. – Esqueçam-se do cilindro e foquem no mar.

– E se algo de ruim acontecer? – perguntou Jason. Percy achou otimista.

– Eu estarei aqui para ajudar. Podem confiar em mim, sou biólogo marinho e sei como socorrer alguém em uma situação como afogamento e coisa parecida. Algo a dizer, meninos?

– Essa roupa pinica – reclamou Thalia. – E estou morrendo de calor aqui dentro.

– Tenho que concordar com ela, tio Popô – disse Nico, usando um velho apelido que os garotos deram a Poseidon. – É calorenta, pinica, irrita e ainda por cima é... Roxa. Tem certeza de que n...

– Não, Nico, não havia roupas de mergulho pretas – respondeu Poseidon, com um sorriso caloroso nos lábios.

Enquanto seu pai instruía sobre como tirar fotos debaixo d’água, Percy encarou Annabeth pela milésima vez naquele bote. Ele não reclamara sobre sua presença – pelo contrário, não se sentiu irritado nenhuma vez. Apenas estranhara. Percy detestava Annabeth por sempre se achar melhor em tudo, mas não tinha certeza sobre seus motivos para odiá-lo. Mas, se o sentimento era recíproco, por que ela estava ali?

Por mais que Percy não se incomodasse, ele não podia evitar: era estranho ela estar ali, prestando atenção em cada palavra do seu pai e sem reclamar de Percy nenhuma vez. Atentamente, o dono dos olhos verdes a analisou. Era meio lento, porém não burro, e ainda assim Percy duvidou da própria inteligência ao analisá-la direito. Era impressão ou a loira parecia... Relaxada?

Talvez por sentir que estava sendo observada, Annabeth virou-se para Percy e o flagrou a encarando. Ela não desviou o olhar, e muito menos o garoto. Okay, hora de pensar rápido, Percy. Decida-se.

Obedecendo ao Percy “sensato”, ele deu um sorrisinho relaxado de canto a Annabeth e desviou o olhar, satisfeito. Rápido e natural.

–... E é assim que se faz. Todos prontos para começarmos?

Eles murmuraram alguns “sim” aqui e ali e Poseidon sorriu, esfregando a palma das mãos uma na outra.

– Então, vamos lá. Mergulhem na água, um de cada vez, e esperem até que todos estejam submersos. Nada de gracinhas, pelo amor de Deus. Esse aqui continua sendo o Oceano Pacífico. Apesar de ser verão, dependendo da imaginação de vocês a água pode estar um pouco fria, mas fiquem tranquilos, vocês não morrerão congelados. E não saiam muito de perto de mim! Ressalto que isso continua sendo o Oceano Pacífico, o que não impede de serem pegos de surpresa por correntezas!

– Pai, nós já entendemos – Percy apressou. – Vamos logo.

Poseidon sorriu de canto e levantou as mãos em sinal de rendição.

– Okay, Sr Revoltado apressadinho. Pode começar, Percy.

Percy mergulhou no oceano e novamente sentiu a sensação maravilhosa que era estar ali. Já nadara em um oceano de verdade várias vezes, mas era sempre incrível. Cardumes de peixes de todas as cores iam a várias direções por todos os lados. Corais coloridos em todos os cantos. Variedade não faltava. Bianca vai gostar daqui, pensou, sorrindo internamente.

Logo, todos os outros já estavam submersos, esperando por Poseidon guiá-los ou tirando fotos como uma maluca (vulgo Bianca).

Usando os dois dedos, Poseidon fez sinal para que todos os seguissem, e nadou para mais perto dos corais. Depois, ele indicou para que todos se espalhassem, porém não muito, e explorassem por si mesmos.

. . .

Depois da meia hora que tinha direito, Percy sentia-se muito bem. Ao menos uma parte daquele cruzeiro valia a pena: o contato com o oceano. Voltara para o navio, tirara a roupa de mergulho (que de fato era feia e pinicava, mas o moreno não se importava) e voltara à rotina normal do cruzeiro. Jason, Nico e Leo foram para a Hot Zone. Luke fora conversar com algumas das garotas da antiga classe 3-B (eles pertenciam a 3-C3, que ironicamente era a melhor classe do terceiro ano). E ele? Bem, ficara andando por aí, de um lado a outro do navio. Era bom. Além de descontrair a mente, ele se encontrava com antigos colegas e amigos sempre, então ficava sempre com aquela sensação boa que se tem quando se revê um amigo.

Mas vamos para ao ponto importante: em uma de suas voltas pelo navio, Percy encontrou-se com Annabeth, que o parou. E o encarou com um olhar sagaz.

– Preciso saber por que estava me olhando daquela forma quando estávamos no bote – disse ela. – Simplesmente preciso.

Boa pergunta. Nem mesmo ele sabia.

– Hm... Acho que era porque você estava lá – confessou. – Digo, que eu saiba, nosso ódio é recíproco. Então... Vá por mim, não há como não estranhar.

Annabeth bufou, revirando os olhos.

– Só isso?

– Só – respondeu Percy. – Por quê?

Ela bufou novamente.

– Deixe para lá, Jackson. Mas enfim, vim avisar também que amanhã à noite teremos um jantar com minha mãe e seus amigos, o que obriga a sua presença e a dos outros garotos.

Percy xingou internamente.

– Mas que droga! O que esses adultos estão aprontando?

– Não sei, mas tenho um palpite... Porém, preciso que todos vocês estejam no jantar. Piper me falou sobre suas suspeitas, mas acho que há algo mais... Enfim, despeço-me aqui.

Ele continuou observando-a, mesmo quando ela deu meia volta e andou um pouco. Mesmo quando Annabeth parou e o encarou novamente, Percy não desviou o olhar.

– O que foi? – perguntou ela.

– Nada – Percy sorriu, e só teve coragem de murmurar o resto da frase para si mesmo quando Annabeth já havia ido. – É que, por mais que nos odiemos, preciso admitir que você é bem bonita a meu ver...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

LEIAM! LEIAM! LEIAM!

¹: Ethan não é mau nessa fic e.e

²: O Latte, para quem não sabe, é composto por café expresso e uma dose generosa de leite e espuma no topo.

³: Juro que escrevi o fim do cap depois de pensar em Another (yep, o anime ♥)

Então, meu povo, primeiramente: muito obrigada por ler as notas. Preciso falar com vocês, vocês sabem. Vamos por partes:

Esses meninos no MSN... Gente, não tem santo que salve! Kkkkkkk! CORRE, JASON!

Annabeth insiste em discutir com a Thalia... Mas eu sou má e coloco o Ethan com a matéria do jornal da escola, muahahahaha. "Morram!", dissera Gleesson Hedge.

E esse pressentimento da Piper? Hm...

Sério, precisei colocar o Sr D nesse cap. Não resisti! E a última conversa entre ele e Percy é um mistério bem legal que surgiu in my mind, aposto que vocês vão gostar quando eu revelar (rimou)!

Dá-lhe sermão, Bianca! Hehehehe. Quanto ao Percabeth: eu sei, o Percy admitir que a Annie é bonita não é um começo assim tão grande, mas começo é começo, né gente?

PRÓXIMO CAP TEM REVELAÇÕES! E um pouco de Thaluke ^-^ Shippers, se preparem, porque Luke finalmente vai poder jantar com a Thalia!

Estou aqui torcendo para o meu tempo (curto) e a criatividade me ajudarem a chegarmos logo no angst e.e Não sei se todos (pronunciem-se, garotos, sei que vocês estão aí) vocês já sabiam, mas eu tenho um amor tão grande por angst que chega a ser doentio, até. Amo chorar pelo sofrimento dos meus amores ♥

Não sei quando vou postar o próximo, então talvez eu demore já que estou enforcada com minha própria rotina. MAS nem pensem que vou abandonar essa fic! Gente, primeiro AU de PJO é especial, né (Sim, eu também amo AUs de PJO!)?

Até o próximo, pessoal! E COMENTEM PELO AMOR DE DEUS!

Kisses and see ya,

Mel ♥