Na Noite mais Escura escrita por TreinadorX


Capítulo 77
O começo da queda da conspiração - parte 1




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Depois de conseguirem despistar aquele agente, Shippou e Satsuki pararam de correr.

SATSUKI – Vamos descansar um pouco. (ele se senta no chão mesmo)

SHIPPOU – Ta!

Shippou se senta ao lado dela e percebe que Genku adormeceu em seus braços, o que fez o garoto rir.

SHIPPOU – Nós passando por esse apuro e esse danadinho nem aí.

SATSUKI – Ele parece tão tranqüilo dormindo assim! (ela se incana para acariciar a cabeça do bebê) - Eu queria ter essa paz de espírito agora.

SHIPPOU – Nem me fale.

Com os dois apreciando a tranqüilidade de Genku e nem perceberam que seus rostos estavam próximos, o que fez ambos se lembrarem do beijo e envergonhados, voltam a se afastar e a ficar um sem olhar para o outro e aí ele resolve se levantar.

SHIPPOU – Melhor irmos andando e...

SATSUKI – Shippou! Espere. (ela se levanta também para ficar frente á frente com ele)

SHIPPOU – O que foi?

SATSUKI – Não é verdade.

SHIPPOU – Não entendi! O que não é verdade?

SATSUKI – O beijo! Quando eu disse que não teve importância, não estava falando a verdade! A verdade é que ele representou muito para mim porque eu gosto de você, gosto de verdade.

SHIPPOU – Satsuki.

SATSUKI – Olha! Se ainda gosta da Soten, eu vou entender e...

Shippou tampa a boca de Satsuki com a sua ao dar-lhe outro beijo e esse foi sem desculpa, ele deu por que quis, porque sentiu vontade.

SHIPPOU – Soten não está aqui, mas você está. (ele acaricia o rosto dela) – Você não sabe quanto tempo esperei para ouvir essas palavras de sua boca.

SATSUKI – Mesmo?

SHIPPOU – Mesmo! Eu sempre te amei, Satsuki! Te amei desde a primeira vez que te vi! Eu ainda era um menininho, mas já sabia o que era sentir amor por alguém.

Satsuki não resiste á aquela declaração e a retribui com um beijo apaixonado, beijo que só foi interrompido pelo som da buzina do carro de Shiori.

SHIORI – Hei garotos! Não querem uma carona? (os dois a olham melhor para ver quem era)

SATSUKI – Quem é ela?

SHIPPOU – O nome dela é Shiori! Depois falo dela! Vamos lá.

Shippou e Satsuki vão até o carro de Shiori e entram no banco de trás do veículo.

SHIPPOU – Valeu mesmo, Shiori! É muita sorte você ter passado por aqui.

SHIORI – Não foi sorte! Vim aqui á mando de InuYasha.

SATSUKI – Meu tio?

SHIORI – Isso mesmo e... (ela vê algo) – Vocês dois! Abaixem-se.

Shippou e Satsuki fazem o que Shiori mandou, pois naquele momento um grupo de agentes estava passando e parou em frente ao carro dela.

AGENTE – Hei moça! Por acaso viu esse garoto? (ele mostra uma foto de Shippou)

SHIORI – Deixa-me ver! (ela pega a foto e depois a devolve) – Não senhor, não vi não! Posso perguntar por que estão atrás desse garoto? Ele me parece tão inofensivo.

AGENTE – Aparências enganam, moça! Esse menino explodiu uma casa e comprometeu a segurança nacional! Se por acaso vir esse garoto em algum lugar, ligue para nós. (ele entrega um cartão)

SHIORI – Claro senhor.

O grupo de agente se afasta do carro de Shiori e quando ela percebe que eles estão fora de vista, se manifesta.

SHIORI – Podem ficar tranqüilos! Eles já foram.

SHIPPOU – Isso foi por pouco.

SHIORI – Que história é essa de explodir uma casa! InuYasha não me contou nada disso.

SHIPPOU – Isso é uma longa história! Depois eu te conto, agora vamos sair daqui.

SHIORI – Então vocês vão ter que me guiar.

SATSUKI – Por quê? Não sabe andar nas ruas de Tóquio?

SHIORI – Não é isso! A verdade é que InuYasha quer que eu os leve até a casa de um tal Miroku, vocês sabem onde ele mora, não é?

SHIPPOU – Sim, mas por que ele quer que eu vá para lá?

SHIORI – Isso você vai ter que perguntar á ele, pois ele disse que assim que chegar nessa casa, é para ligar para ele.

SHIPPOU – Ok! Siga em frente.

Shiori liga o carro e assim os três vão para a casa de Miroku e enquanto isso no departamento de polícia, Jinenji estava em sua sala quando de repente o telefone toca e ele atende.

JINENJI – Alô.

RYUKOSEI – Gostaria de saber que história foi essa de libertar InuYasha?

JINENJI – Eu não entendi, senhor.

RYUKOSEI – Entendeu sim! Como você pode libertar o assassino do chefe da Segurança Interna?

JINENJI – Olha senhor ministro! Eu fui até aí para reclamar do autoritarismo de Toutoussai e o senhor não teve a gentileza de me receber, sem falar que não sou seu subordinado, pois o protocolo de absorção acabou quando foi decretado o fim do toque de recolher.

RYUKOSEI – Você ousa me desafiar?

JINENJI – Não estou lhe desafiando, senhor ministro! Eu apenas estou lhe informando que não sigo ordens suas! Obedeço apenas ao prefeito, ele sim é meu chefe.

RYUKOSEI – Então saiba que eu logo serei seu chefe e quando eu assumir a prefeitura, a minha primeira medida será sua demissão.

JINENJI – Como quiser, senhor, mas primeiro tem que ser eleito e agora, com licença, pois estou atarefado.

RYUKOSEI – Espere! Eu não terminei e...

Jinenji desliga na cara de Ryukosei, que ficou furioso com aquela atitude e naquele exato momento o seu celular começou a tocar.

RYUKOSEI – Alô.

AGENTE – Sou eu senhor.

RYUKOSEI – Por favor, me dêem uma boa notícia! Mataram o moleque?

AGENTE – Infelizmente não.

RYUKOSEI – Como não?! Vocês não são agentes treinados? Como não conseguiram matar um simples moleque.

AGENTE – Mas senhor, esse moleque nos pareceu bem esperto! Ele chegou a explodir a casa de Kouga e quase nos matou.

RYUKOSEI – Eu não estou nem aí para sua incapacidade operacional! Vocês não passam de um bando de incompetentes! Continuem procurando pelo moleque até achá-lo.

AGENTE – Sim senhor.

Ryukosei desliga o seu celular e de tão nervoso ele vira a mesa da sua sala para extravasar a raiva e enquanto isso no hospital, Houjo falava com o médico.

HOUJO – Como está Kagome, doutor?

MÉDICO – Conseguimos paralisar a hemorragia depois de estancar por completo o ferimento na artéria! Ela vai ficar boa.

HOUJO – Mas que boa notícia.

MÉDICO – Já a amiga dela, está em um estado mais grave! Ainda faremos outros exames e...

HOUJO – Essa outra não me interessa! Ela é amiga de InuYasha! É tão responsável quanto ele pelo estado de Kagome.

MÉDICO – Mesmo assim vamos cuidar dela.

HOUJO – Como quiser, doutor! Posso ver Kagome?

MÉDICO – Claro, mas não fique por muito tempo! A paciente ainda está inconsciente, mas mesmo assim ela está fraca pela perda de sangue.

Com a permissão do médico, Houjo entra no quarto onde Kagome estava internada, a esposa de InuYasha estava deitada na cama ao lado de uma máquina de transfusão de sangue, Houjo acaricia o rosto dela.

HOUJO – Estou aqui para cuidar de você, Kagome! Não vou mais permitir que InuYasha lhe faça mal, pois eu te amo muito.

Houjo beija a testa de Kagome que não mostra nenhuma reação e naquele momento, Souta entra no quarto e logo se aproxima da irmã.

SOUTA – Eu vim o mais rápido que pude, maninha. (ele olha para Houjo) – O que os médicos disseram?

HOUJO – Ela está fora de perigo.

SOUTA – O que aconteceu?

HOUJO – InuYasha trouxe Kagome e a amiga dela que no momento está sendo operada! Acho que tudo isso aconteceu na fuga.

SOUTA – Onde Kagome estava com a cabeça quando resolveu ajudar InuYasha? (pergunta retórica) – E minha mãe?

HOUJO – Ela já está acordada, passou bem pela operação! Vai lá vê-la e pode deixar que fico com Kagome.

SOUTA – Obrigado, Houjo! Tem sido um amigão nessas horas.

Souta sai do quarto onde Kagome estava internada e em seguida entrou no quarto onde sua mãe estava, a senhora Higurashi parecia ansiosa e isso só aumentou ao ver o filho.

HIGURASHI – Eu soube de Kagome! Ela está bem?

SOUTA – Está sim, mãe! Está fora de perigo! Não corre risco de morte.

HIGUHASHI – Eu ouvi isso do médico, mas me sinto melhor ouvindo isso de você. (ela percebe a expressão séria dele) – O que foi, filho? Aconteceu alguma coisa? Me conta.

Souta foi até a porta e a fechou para que ninguém os incomodasse durante a conversa, depois ele se senta na cama onde a mãe estava deitada.

SOUTA – Eu vou contar! É sobre o papai! A fabrica de chocolate que ele supervisionava para o exercito.

HIGURASHI – Mas eu não sei do que está falando e...

SOUTA – Sabe sim, mãe! O ministro Ryukosei me contou tudo.

HIGURASHI – Te contou?! Mas por que ele fez isso?

SOUTA – Ele soube que Kagome pediu ajuda á mim para mexer nessa história, mas ele me convenceu de que essa informação deve ser compartilhada por poucos, ou seja, Kagome tem que ficar de fora.

HIGURASHI – E eu não sei disso! Sabe filho? Eu sinto um aperto no coração toda vez que me lembro dessa história. (ela acaricia o rosto do filho) – Eu tinha acabado de ter você, seu pai ficou muito feliz porque tinha conseguido dar um filho homem! Era tudo que ele queria! Ele sentiria orgulho de vê-lo no exercito.

SOUTA – Eu sei.

Souta pega a mão de sua mãe, que estava em seu rosto e a beija e enquanto isso no Grupo Naraku, Rin corria pelos corredores da empresa, ela tinha muita pressa, pois temia que Onigumo já tivesse ido embora, mas ao entrar na antiga sala dele, o ex. diretor financeiro da empresa ainda estava nela.

ONIGUMO – Não se preocupe! Vim apenas arrumar algumas coisas que usei para fazer o rascunho! Eu já estou de saída e...

RIN – Espere Onigumo! Não vá embora ainda.

ONIGUMO – Eu não estou entendendo! Achei que queria me ver pelas costas.

RIN – Esquece isso! (ela pega na mão dele) – Precisa vir comigo, por favor.

ONIGUMO – Ir com você aonde?

RIN – Eu sei que estou pedindo muito. (ela olha ao redor para ver se ninguém estava por perto) – Confie em mim! Venha comigo.

Onigumo não entendeu aquela súbita mudança de atitude de Rin, mas aquilo o deixou curioso e por isso aceitou seguir a esposa de Sesshoumaru e assim ambos foram até o local onde Sesshoumaru estava, o jornalista estava sentado no chão e com muitos machucados pelo corpo.

ONIGUMO – Você o encontrou? (ele se aproxima do jornalista) – Mas o que houve?

SESSHOUMARU – Eu fui torturado.

ONIGUMO – Mas quem foi o responsável por isso?

RIN – Foi Kanna.

ONIGUMO – O que?! Kanna?! Vocês estão malucos e...

RIN – Foi ela sim, Onigumo! Ela mandou Ban matar Sesshoumaru, por sorte, consegui impedi-lo.

ONIGUMO – Do que estão falando? Pelo que sei, Ban foi dispensado por Kanna! Ele não poderia fazer isso.

RIN – Então olhe ali.

Rin aponta um volume coberto por um saco preto, Onigumo vai até a esse volume, retira o saco e assim pode ver o corpo de Ban e foi nesse momento que ele percebeu que Rin e Sesshoumaru falavam a verdade.

ONIGUMO – Meu Deus! (com uma das mãos na cabeça) – O que está acontecendo aqui? Então Kanna é responsável por isso mesmo?

RIN – Não Onigumo! Não foi só isso! Ela é responsável por todos os acontecimentos ruins! A explosão do hospital beneficente, o roubo no Grupo Naraku, o desvio do contrabando de armas e de todas as mortes oriundas desses acontecimentos.

ONIGUMO – Até a morte de Kohaku?

SESSHOUMARU – Sim! (ele se levanta com dificuldade para se juntar a eles) – Kohaku estava chegando perto da verdade.

ONIGUMO – Espere aí! Agora um assunto que me interessa! E Kikyou?

SESSHOUMARU – Eu ouvi a história que Kanna contou para você sobre Kikyou, InuYasha e Sango! É tudo mentira! InuYasha nunca teve caso com nenhuma das duas! Armaram para ele, porque ele e Sango conseguiram uma prova contra Kanna.

RIN – Kikyou não te traiu Onigumo! Kohaku tinha realmente pedido para Kikyou se aproximar de você para descobrir algo e ela conseguiu interceptar uma conversa telefônica entre Kanna e Kagura, conversa que comprometia e muito Kanna! Sabe Onigumo? Kikyou se apaixonou por você de verdade e era por você que iria contar o que descobriu, mas Toutoussai a matou.

ONIGUMO – Então Kikyou não me traiu e o filho que ela esperava era realmente meu.

RIN – Era sim! Eu sinto muito.

Onigumo ficou com uma ânsia de vomito ao ficar sabendo de tudo que Kanna fez e de como ela usou todo mundo, de como ela enganou todo mundo por tanto tempo, mas ele fez um esforço para se refazer da situação.

ONIGUMO – E a prova de que falaram?

SESSHOUMARU – Está com Kanna! Certamente ela destruiu.

ONIGUMO – Então não temos nada.

RIN – InuYasha tem um plano, mas eu não sei o que é! Olha Onigumo! Não foi por isso que te chamei aqui.

ONIGUMO – O que quer de mim?

RIN – Preciso que tire Sesshoumaru daqui da empresa! Eu faria isso, mas InuYasha quer que eu fique, então...

ONIGUMO – Pode deixar! Eu já estava de saída mesmo.

RIN – Mas espere um pouco! Kanna e Gatenmaru estão no estacionamento! Preciso tirá-los de lá.

ONIGUMO – Ok! Olha Rin! Para nossa segurança é melhor continuar a nos comportar como desafetos, pelo menos na frente de Kanna.

Rin sai da sala enquanto Onigumo pegava o corpo de Ban para carregá-lo e enquanto isso no estacionamento, Kanna e Gatenmaru falavam com Toukaijin através do celular, ambos podiam participar juntos da conversa porque o aparelho estava no viva voz.

TOUKAIJIN – Está destruída mesmo?

KANNA – Virou cinza!

TOUKAIJIN – E a jóia de quatro almas?

KANNA – Está bem guardada em um cofre de segurança.

TOUKAIJIN – Excelente! Poderemos usá-la no futuro, mas no momento é melhor deixar a ‘poeira abaixar’! Ah Gatenmaru! O que faz aí ainda?

GATENMARU – Tive que ficar porque Rin achou o celular do marido! Estou fingindo que estou investigando seu desaparecimento.

TOUKAIJIN – Deixa o celular para trás foi um grande descuido.

KANNA – Isso foi culpa de Ban, mas ele será castigado logo, logo. (eles percebem que Rin saiu do elevador) – Tenho que desligar.

TOUKAIJIN – Saibam que estou muito orgulhoso! Dos dois! Nos falamos depois.

Kanna desliga seu celular e em seguida olha para Rin se aproximando, a esposa de Sesshoumaru teria que fazer um esforço sobre humano para não demonstrar toda sua repulsa contra sua ‘amiga’.

KANNA – Aposto que não achou nada, não é?

RIN – Não! Não tenho nada que possa ajudar a encontrar meu marido.

GATENMARU – A equipe técnica vai demorar um pouco. (ele olha para Kanna) – Isso não irá prejudicar seu discurso?

KANNA – Não se preocupe, detetive! Farei esse discurso em outro lugar. (ela acaricia o rosto de Rin) – Faço tudo por minha amiga! Não quero prejudicar as investigações.

Rin sentia repulsa ao ser tocada por Kanna, mas tinha que manter a aparências e por isso abraçou Kanna.

RIN – Obrigada.

KANNA – Detetive! Fica com a gente?

GATENMARU – Se não se importar?

KANNA – Claro que não! Será um prazer. (ela olha para Rin) – Vamos Rin?

Não vendo alternativa, Rin segue Kanna e Gatenmaru até ao elevador para os três entrarem nele a fim de chegarem até o andar onde ficava a sala da presidência e quando saem do elevador, andam um pouco pelo corredor até que encontram Onigumo no sentido contrário.

ONIGUMO – Kanna! Coloquei o rascunho de seu discurso em cima de sua mesa.

KANNA – Obrigada Onigumo! Eu te agradeço.

ONIGUMO – Então se é só isso! Estou de saída.

RIN – E já vai tarde. (fingindo)

ONIGUMO – Não vejo a hora de sair daqui! Não me sinto bem na companhia de certas.(fingindo também)

KANNA – Já chega os dois! Onigumo! Eu sei que é pedir muito, mas preciso que fique comigo durante o discurso.

ONIGUMO – Eu não acho isso uma boa idéia.

KANNA – Mas eu acho. (Rin se manifesta)

RIN – Um homem com o passado dele pode prejudicar seu discurso e...

KANNA – Está decidido, Rin! (ela olha para Onigumo) – Você fica e pronto.

Kanna entra na sala enquanto Rin e Onigumo ficam se olhando, Gatenmaru estava presente.

GATENMARU – Não vão entrar?

RIN – Sim! Só tenho que pegar uma coisa na minha sala.

ONIGUMO – E eu na minha.

E assim Gatenmaru entra na sala enquanto Onigumo e Rin voltavam a conversar.

RIN – Onigumo! O que faremos?

ONIGUMO – Eu não sei! Mas por que Kanna faz tanta questão da minha presença.

RIN – Por acaso se esqueceu? Com você aqui, Kanna estará protegida de qualquer suspeita! Ela é muito esperta.

ONIGUMO – Ok! Então temos que enrolar Kanna até pensarmos em alguma coisa.

RIN – Onde está Sesshoumaru?

ONIGUMO – No elevador de serviço com o corpo de Ban! Como não há funcionários, ninguém vai para lá! Ele estará seguro por enquanto.

RIN – Vá à frente falar com Kanna! Eu vou depois, melhor ela não nos ver conversando, isso pode levantar suspeita.

E assim Onigumo segue em frente e entra na sala de Kanna enquanto Rin entra em sua sala para usar seu celular, ela ligou para o celular de InuYasha, que naquele momento estava dirigindo o carro de Jinenji.

INUYASHA – Fale.

RIN – Temos um problema!

INUYASHA – Qual?

RIN – Kanna faz questão da presença de Onigumo durante o discurso que irá fazer.

INUYASHA – Que discurso?

RIN – Ela vai dar uma entrevista coletiva, explicando o envolvimento de Kagura com os terroristas, mas isso não importa, InuYasha! Com isso, Onigumo não pode tirar Sesshoumaru do prédio e Sesshoumaru está ferido demais para sair sozinho.

INUYASHA – Acalme-se Rin! Agora diga-me onde está Sesshoumaru?

RIN – No elevador de serviço! Eu sei que o Onigumo disse que é seguro, mas só vou me sentir segura mesmo quando Sesshoumaru estiver fora daqui.

INUYASHA – Ok! Então fora você e Onigumo, só tem Kanna e Gatenmaru na empresa, correto?

RIN – Sim!

INUYASHA – Ótimo! É só mantê-los longe de Sesshoumaru! Eu já sei o que vou fazer, vou cuidar disso agora mesmo, mas agora me diga uma coisa! O discurso de Kanna será na empresa?

RIN – Não porque Gatenmaru chamou a polícia técnica para investigar o sumiço de Sesshoumaru, mas ele é um hipócrita mesmo, pois ele sabe muito bem o que aconteceu.

INUYASHA – Rin! Escuta-me com atenção! Precisa saber onde vai ser esse discurso e depois me informar.

RIN – Por que precisa saber disso? O que pretende fazer, InuYasha?

INUYASHA – Quero confrontar Kanna! Me liga assim que conseguir saber o local.

RIN – Ta bom! Pelo menos vou ligar para Satsuki e tranqüilizá-la.

INUYASHA – Ok! Mas faça isso longe de Kanna e Gatenmaru! Quando falar com ele, saberá por quê.

InuYasha desliga o seu celular e mesmo continuando a dirigir o carro de Jinenji, ele volta a usar o celular seu celular para ligar para o celular de Satsuki, que naquele momento junto com Shippou e Shiori estavam em frente à casa de Miroku.

SATSUKI – Alô.

INUYASHA – Sou eu, Satsuki! Então quer dizer que estão á caminho da casa de Miroku?

SATSUKI – Não tio! Nós já chegamos, mas a porta está trancada! Acho que devíamos esperar por Miroku.

INUYASHA – Passe-me com Shippou.

SATSUKI – Ta tio. (ela vai até Shippou que estava tentando abrir a porta) – É o tio Inu. (ela entrega o celular para ele)

SHIPPOU – InuYasha! Muito obrigado por enviar Shiori! Nós escapamos por pouco.

INUYASHA – De nada! Mas agora preciso de um favor seu! Quero que entre na casa de Miroku e use o computador que ele tem.

SHIPPOU – Mas tem um problema, InuYasha! A porta está trancada e ajudaria se chamasse Miroku, mas eu liguei para o celular dele e ninguém responde.

INUYASHA – Shippou! Ele não responde por que Miroku morreu.

SHIPPOU – O que?

INUYASHA – Ele se matou para que não fosse usado como moeda de troca por Toutoussai, para que esse não ficasse com a prova de minha inocência e isso não é tudo! Sango e Kagome estão no hospital nesse momento.

SHIPPOU – O que?! No hospital? Elas estão bem?

INUYASHA – Eu acho que sim, mas não tenho certeza, pois fui levado preso e só sai por causa da ajuda de Jinenji.

SHIPPOU – Eu preciso saber como está Kagome e...

INUYASHA – Shippou! Você não vai conseguir ajudá-la agora! Os médicos já estão cuidando dela! Se vai se sentir melhor, ligue para Houjo depois! Ele está lá no hospital! Ele que chamou a polícia para me prender! Isso depois de eu ter salvado a vida dele.

SHIPPOU – InuYasha! Eu nem sei o que falar.

INUYASHA – Não precisa falar nada, Shippou! Só tem que entrar na casa e usar o computador dele.

SHIPPOU – Mas como? A porta está trancada com trava eletrônica, se eu tentar arrombar, o alarme irá disparar e ninguém aqui quer a polícia e eu não tenho a senha para...

INUYASHA – Tente 0709.

SHIPPOU – Ta! (ele digita os números) – 0709!

Depois de digitar aqueles números, a porta se destrancou e assim eles podiam entrar na casa.

SHIPPOU – Deu certo InuYasha! Como sabia?

INUYASHA – 0709 são o dia e mês em que o pai de Miroku morreu! Miroku me disse uma vez que esse dia marcou muito sua vida.

SHIPPOU – Entendo! Agora que já estou dentro, o que quer?

INUYASHA – Preciso que crie um link digital.

SHIPPOU – Ta! Mas um link digital de onde para onde?

INUYASHA - Daí até as ruínas do hospital beneficente.

SHIPPOU – Ok! Mas alguém vai ter que levar um laptop até lá para fazer a conexão.

INUYASHA – Shiori fará isso! Arrume o que for preciso e entregue á ela.

SHIPPOU – Ta!

INUYASHA – Agora deixa-me falar com ela.

Shippou entrega o celular de Satsuki para Shiori, que naquele momento estava segurando Genku no colo.

SHIPPOU – Ele quer falar com você.

SHIORI – Ta! (ela entrega Genku para Satsuki) – Segure, por favor.

SATSUKI – Ta!

Enquanto Satsuki embalava Genku, Shiori pegou o celular dela para falar com InuYasha.

SHIORI – InuYasha.

INUYASHA – Shiori! Eu agradeço muito pelo que está fazendo! Não sei se conseguiria sem você.

SHIORI – Não foi nada, InuYasha.

INUYASHA – Sem querer abusar, mas já abusando, preciso que me faça um favor, ou melhor, dois.

SHIORI – Quantos você quiser, InuYasha! O que quer de mim?

INUYASHA – Shippou vai te entregar uns equipamentos que eu quero que leve para mim nas ruínas do hospital beneficente, mas antes disso quero que passe pelo Grupo Naraku e apanhe meu irmão.

SHIORI – O senhor Sesshoumaru?! O que houve com ele?

INUYASHA – É uma longa história! Só faça o que pedi! Ele deve estar no elevador de serviço no andar do estacionamento.

SHIORI – Ta! No estacionamento! Entendi! Olha InuYasha! Devo falar isso com sua sobrinha?

INUYASHA – Não! Deixa que a madrasta dela fale.

SHIORI – Ta legal.

Shiori desliga o celular e vai até Shippou e Satsuki para devolver o aparelho para a dona e percebe a expressão triste do garoto enquanto ele guardava um laptop em uma sacola.

SHIORI – O que houve?

SHIPPOU – Kagome está no hospital! (acabando de guardar todos os equipamentos necessários e segue para outro cômodo)

SATSUKI – Mesmo?! Então não acha melhor parar com o que está fazendo e ligar para saber como ela está?

SHIPPOU – Não! Não é melhor! Uma ligação minha não fará Kagome ficar boa mais depressa! O que estou fazendo agora é urgente.

Shippou entrou no antigo QG do motoqueiro Noturno, o lugar não era mais o mesmo, pois Miroku tinha dado a maioria dos equipamentos para Kouga, mas ainda sim, existia alguns equipamentos úteis, Shiori estava espantada ao avistar o uniforme do Motoqueiro Noturno.

SHIORI – Estou reconhecendo isso! (chegando perto do uniforme) – É o que estou pensando?

SHIPPOU – Se está pesando no Motoqueiro Noturno, é sim.

SHIORI – Minha nossa! Eu já tinha visto várias reportagens sobre ele! (ela volta para junto dos dois) - Não me diga que esse amigo de vocês, chamado Miroku, era o Motoqueiro Noturno?

SATSUKI – Não! Miroku apenas o financiava, mas você o conhece.

SHIORI – InuYasha?

SATSUKI – Bingo.

SHIORI – Por que não estou surpresa? Afinal ele é tão forte e valente.

Shiori não conseguia esconder sua admiração por InuYasha, já Satsuki, enquanto segurava Genku, percebeu o interesse de Shiori, já Shippou, estava mais preocupado em selecionar equipamentos para um link digital e nem notou tal interesse.

SHIPPOU – Vou estabelecer um link digital para InuYasha! Depois que acabar, ligo para o hospital.

SATSUKI – Link digital? Mas para que?

SHIPPOU – Eu não sei! InuYasha precisa dele e aposto que é para provar sua inocência. (ele pega mias alguns dispositivos e os coloca na sacola) – Pronto! (ele entrega a sacola para Shiori) – Leve isso para InuYasha.

SHIORI – Ok! E você, cuidem-se.

Shiori pega a sacola e sai do antigo QG do Motoqueiro Noturno sob o olhar de Satsuki, que ainda segurava Genku no colo.

SATSUKI – Você notou algo, Shippou?

SHIPPOU – Notar o que? (ele mexia no computador)

SATSUKI – Como o que?! Não viu o jeito como Shiori ficou quando soube que o tio Inu foi o Motoqueiro Noturno? Acho que ela está apaixonada pelo tio Inu! Então é bom a tia Kagome ficar boa, pois se não...

SHIPPOU – Como está engraçadinha! Eu não notei nada disso.

SATSUKI – Porque vocês homens são cegos nesse assunto.

Shippou não parecia muito ligar para aqueles comentários de Satsuki, ele estava concentrado mesmo em fazer o link digital e naquele momento o celular dela voltou a tocar, ela vê o numero do celular de Rin no visor e por isso atende imediatamente.

SATSUKI – Oi Rin! Já sabe alguma notícia do meu pai?

RIN – Sei sim, Satsuki! (ela fecha a porta do banheiro) – Escute Satsuki! Nesse momento estou no banheiro porque o que tenho para falar sobre seu pai é grave.

SATSUKI – O que foi Rin? Assim está me assustando! Meu pai está bem?

RIN – Mais ou menos! Ele foi capturado e torturado pela conspiração, mas está vivo, pois eu consegui achá-lo antes que o matassem.

SATSUKI – Graças a Deus! Mas o que houve?

RIN – Todos nós fomos enganados Satsuki! Não era Onigumo o líder da conspiração e sim Kanna.

SATSUKI – O que?! Kanna?! A sua amiga Kanna?

RIN – Deve imaginar como me sinto humilhada por isso! Ela pegou Sesshoumaru porque seu pai descobriu que as pessoas que aparecem na foto que Sara guardou são Kanna e Toukaijin! Os dois são os cabeças dessa conspiração.

SATSUKI – Mas se Kanna é a líder, por que você ainda está aí no Grupo Naraku?

RIN – InuYasha disse que tem um plano e que eu tenho que ficar aqui para ajudá-lo.

SATSUKI – E meu pai?

RIN – Ele também está aqui, mas está ferido demais para sair sozinho, mas InuYasha disse que está cuidando disso e se ele disse, eu acredito.

SATSUKI – Eu também.

RIN – Então fique tranqüila querida! Seu pai está salvo.

SATSUKI – Rin! Parece que já sabe de muita coisa dessa conspiração! Eu preciso saber de uma coisa.

RIN – Mas tem que ser rápido, Satsuki! Kanna pode entrar aqui á qualquer momento e...

SATSUKI – Minha mãe.

RIN – O que tem Kagura?

SATSUKI – Ela não se matou, não é?

RIN – Não! Ao que parece, os líderes da conspiração ficaram com medo da súbita mudança de atitude de Kagura depois da conversa que vocês duas tiveram e aí a mataram.

SATSUKI – Que bom.

RIN – Mas por que, que bom, Satsuki?

SATSUKI – Bom por saber que minha mãe tinha muitos defeitos, mas ela não era covarde! Eu sei que é meio mórbido, mas me sinto melhor em saber que ela foi morta e não se matou.

RIN – Eu entendo! (ela escuta um barulho) – Alguém está vindo! Tenho que desligar.

Rin desliga rapidamente seu celular, aperta a descarga para fingir que usou o sanitário e em seguida sai do banheiro e encontra com Kanna, que estava lavando as mãos e assim ela lava as dela também.

KANNA – Estava falando com alguém?

RIN – Não! Estava aqui sozinha.

KANNA – Acho que foi impressão minha.

RIN – Kanna! Você ainda não me disse onde será seu discurso.

KANNA – Eu ainda vou ver isso, mas quando souber, eu te falo.

Kanna e Rin acabaram de enxugar as mãos e saem do banheiro, a esposa de Sesshoumaru precisava saber a hora e local do discurso da presidente do Grupo Naraku.

Próximo capítulo = O começo da queda da conspiração – parte 2


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