Na Noite mais Escura escrita por TreinadorX


Capítulo 78
O começo da queda da conspiração - parte 2




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Depois de saírem do banheiro, Kanna e Rin entraram na sala da presidência do Grupo Naraku, onde estavam Onigumo, encostado em uma parede, e Gatenmaru que tinha acabado de falar com alguém através do seu celular.

GATENMARU – A equipe técnica via demorar um pouco mais.

KANNA – Tudo bem, detetive. (ela se senta em sua cadeira) – Se quiser, pode participar da nossa pequena reunião. (ela olha para Rin e Onigumo) – Há alguma objeção?

ONIGUMO – Da minha parte não.

RIN – A presença de policial sempre é bom.

KANNA – Bem, já que está tudo esclarecido, saibam que o discurso televisionado será feito na minha casa.

RIN – E quando partirá para lá?

KANNA – Depois que eu aprovar o discurso feito por Onigumo.

ONIGUMO – Com todo respeito, senhora Kanna! Não seria melhor aguardar as prisões de InuYasha e Sango?

KANNA – Algo me diz que isso não é necessário, mas se está tão preocupado com isso, Onigumo, vou incumbi-lo de uma missão.

ONIGUMO – E que missão seria, senhora?

KANNA – Eu contratei, ás pressas, um novo motorista que nos levará de limusine! Quero que o instrua sobre o trajeto da empresa até minha casa.

ONIGUMO – Farei isso imediatamente.

Onigumo sai da sala, Kanna estava sorridente com o sucesso do seu plano e ela acabou percebendo a certa indiferença de Rin em toda aquela situação.

KANNA – O que foi, Rin?:

RIN – O que?

KANNA – Eu dei atribuições á Onigumo que seriam perfeitamente para você e nem por isso me questionou.

RIN – Você é a presidente da empresa! Deve saber o que está fazendo. (ela se levanta da cadeira) – Já havia dito várias vezes para manter Onigumo longe daqui, mas você o mantinha sempre por perto.

KANNA – Rin! (ela se levanta também e vai até ela) – Se por acaso eu te ofendi quando não te dei ouvidos, por favor, me desculpe! Eu só queria mostrar para todos, inclusive para você, que eu era capaz de tomar as minhas próprias decisões! Eu aprecio muito sua amizade e preciso dela, sabe disso, não sabe?

RIN – Sei! É claro que sei. (ela respira fundo) – Eu vou ligar para Satsuki para saber se ela tem alguma notícia do pai.

Rin se afasta de Kanna, sai da sala e já do lado de fora, encosta na porta e respira mais fundo ainda, para ela estava sendo difícil fingir ser amiga de Kanna.

RIN – “Eu não sei por quanto tempo vou agüentar isso.” (pensando)

Tentando se refazer, Rin segue adiante, mas não para ligar para Satsuki e sim para ir atrás de Onigumo e enquanto isso bem em frente ao Grupo Naraku, InuYasha estaciona o carro que dirigia ao mesmo tempo em que falava com Jinenji pelo celular.

INUYASHA – Cheguei ao Grupo Naraku. (ele sai do carro) – E não tem nenhum policial.

JINENJI – Eu consegui segurar a equipe técnica pedida por Gatenmaru o máximo que pude, mas precisa ser rápido! Como há poucos carros nas ruas, não vai demorar policias chegarem até aí.

INUYASHA – Sim senhor e novamente obrigado pelo que está fazendo.

InuYasha desliga seu celular e adentra o estacionamento, indo direto para o elevador de serviço, que estava aberto e dentro dele estava Sesshoumaru, muito machucado e sentado no chão ao lado do corpo de Ban.

INUYASHA – Sesshoumaru. (estendendo a mão)

SESSHOUMARU – InuYasha! Que bom que veio. (o irmão o ajuda a se levantar)

INUYASHA – Consegue andar?

SESSHOUMARU – Não! Ban machucou muito meu ferimento na perna, aquele que ganhei quando tentamos fugir da cadeia.

INUYASHA – Então venha comigo.

InuYasha fez com que Sesshoumaru se apoiasse nele para pode levá-lo até o exterior do estacionamento, durante o trajeto, eles conversam.

SESSHOUMARU – Preciso falar com Satsuki! Ela deve estar apavorada com meu sumiço.

INUYASHA – De certo modo ela está, Sesshoumaru, mas ela teve outras coisas para se preocupar.

SESSHOUMARU – Do que está falando? (eles saem do estacionamento e vão na direção do carro de Jinenji)

INUYASHA – Toutoussai tinha fugido com a prova e por isso pedi á Shippou que acessasse o sistema de monitoramento do ministério da defesa! (ele coloca o irmão atrás do carro) – De alguma forma Ryukosei descobriu isso e ordenou que um grupo de agentes fosse até a casa de Kouga e eliminassem Shippou, temendo que ele pudesse ter descoberto algo.

SESSHOUMARU – O que?! Satsuki estava lá também. (ele tenta se levantar) – Eu preciso ir até lá e...

INUYASHA – Não se preocupe! Eu já cuidei de tudo! Graças à ajuda de Jinenji, consegui avisá-los á tempo! Os dois estão sãos e salvos na casa de Miroku! Eu não falei nada para você na hora porque não ia adiantar.

SESSHOUMARU – Me fale InuYasha! Satsuki está bem mesmo?

INUYASHA – Eu gosto da minha sobrinha! Eu não mentia sobre o bem estar dela. (ele começa a se afastar do irmão) – Agora deixa eu pegar o corpo de Ban.

InuYasha sai correndo de volta para o interior do estacionamento, vai até o elevador de serviço, pega o corpo de Ban, coloca-o sob seu ombro e sai dali para levá-lo até onde estava o carro de Jinenji, abre o porta malas e coloca o corpo de Ban lá dentro, depois fecha o porta-malas e se senta do lado do irmão.

SESSHOUMARU – Por que não vamos embora nesse carro?

INUYASHA – Logo, logo saberão da ajuda que Jinenji me deu! Os carros da policia são rastreados por satélite, se irmos embora, nos seguiram. (ele olhava em volta como se esperasse por alguém)

SESSHOUMARU – Está esperando alguém?

INUYASHA – Sim e ela chegou.

InuYasha avista o carro de Shiori, que estaciona bem atrás do carro de Jinenji, a moça sai do veículo e vai até onde estavam os irmãos.

SHIORI – Vim o mais rápido que pude.

INUYASHA – Você foi ótima, Shiori! Agora me ajuda a colocar Sesshoumaru no carro.

InuYasha e Shiori pegam Sesshoumaru e o colocam no banco do carona do carro dela, depois disso, ela pega a sacola que estava no banco de trás e mostrar para InuYasha.

SHIORI – Aqui está tudo que precisa.

INUYASHA – Muito bom. (ele olha o interior da sacola)

SHIORI – Eu pensei que ia te encontrar nas ruínas do hospital beneficente.

INUYASHA – Mudanças de plano! A polícia está por vir e não queria que se metesse em encrenca.

SHIORI – Obrigada por pensar em mim e confiar em mim também.

INUYASHA – De nada! (ele sorri) – Agora é melhor ir e levar Sesshoumaru para o hospital.

SHIORI – Ta!

INUYASHA – E se puder, de uma olhada em Kagome! Se ela estiver consciente, fale para ela que estou bem.

SHIORI – Olha InuYasha! Eu estive no interior da casa do seu amigo e vi o que tinha por lá e...

INUYASHA – Já sei! Descobriu tudo sobre mim e o Motoqueiro Noturno! Olha Shiori! Isso é passado e...

SHIORI – Não estou te recriminando! A minha admiração por você só aumentou! Eu ouvi muitas de suas histórias e sei que um homem que fez o que fez não cometeria os crimes de que está sendo acusado.

INUYASHA – Obrigado Shiori! (ele coloca a mão no ombro dela) - Foi significativo o que disse! Agora vá.

Shiori entra no carro e bem naquele momento a equipe técnica pedida por Gatenmaru chega ao Grupo Naraku, assim InuYasha se esconde em um dos becos enquanto Shiori liga seu carro para levar Sesshoumaru para o hospital e enquanto isso no departamento de polícia, Jinenji estava em sua sala e de repente o telefone toca, era o prefeito Gakusajin.

JINENJI – Sim.

GAKUSAJIN – Capitão! Gostaria que o senhor me esclarecesse uma dúvida! É verdade que o senhor libertou um prisioneiro depois que ele foi trazido para o departamento?

JINENJI – Com todo respeito senhor prefeito! A história é um pouco mais cinza do que isso e...

GAKUSAJIN – Capitão! Sim ou não?

JINENJI – Sim, mas eu tive os meus motivos para tal ação e garanto que quando explicar, o senhor irá me entender.

GAKUSAJIN – Então me explique agora.

JINENJI – Infelizmente eu não posso, senhor, mas posso adiantar que envolve membros do atual governo japonês.

GAKUSAJIN – Tem alguma prova disso?

JINENJI – Não senhor.

GAKUSAJIN – Escute capitão! Hoje foi um dia de caos na cidade, nunca tivemos que passar por tal situação! As pessoas querem respostas de todas as autoridades! E como acha que vou explicar para as pessoas que um subordinado meu ajudou um foragido da justiça? Ano que vêm acontecem as eleições municipais! Eu não posso permitir que meus adversários usem esse fato contra mim.

JINENJI – Eu entendo senhor! Sei que a política é algo difícil, mas acredito que isso pode até favorecê-lo já que um dos membros do governo envolvido nisso é Ryukosei, um dos seus adversários políticos.

GAKUSAJIN – Então você acredita que armaram para esse InuYasha?

JINENJI – Tenho certeza que sim! (ele se levanta de sua cadeira) – Senhor prefeito! O senhor não tem nada a perder, pois se eu estiver errado, assumirei toda a responsabilidade, mas caso contrário, o senhor terá ‘munição’ para atacar seus adversários políticos.

GAKUSAJIN – Eu tenho que cuidadoso, capitão! Mesmo fazendo oposição á esse governo, tenho parcerias com ele em alguns projetos da cidade! Não quero ser taxado de subversivo.

JINENJI – Não será senhor.

GAKUSAJIN – Ok capitão! O senhor tem sido um funcionário eficaz dentro da minha administração, por isso vou cobri-lo por enquanto, mas se estiver certo, torça para que esse InuYasha consiga a prova de sua inocência, por que se não, eu não poderei mais ajudá-lo! Lembre-se Jinenji, estou apostando em você! Caso InuYasha não descubra algo contra Ryukosei, minha reeleição estará em risco.

JINENJI – Estou ciente disso, senhor.

Em sua sala na prefeitura de Tóquio, Gakusajin coloca o telefone de volta no gancho, e na mesma sala, Botan, sua assessora de imprensa, tinha ouvido a conversa toda, por isso ele se manifestou.

GAKUSAJIN – Acha que errei, não é?

BOTAN – O senhor é o prefeito! O senhor sabe o que faz.

GAKUSAJIN – Não foi isso que te perguntei! Estou pedindo sua opinião.

BOTAN – Acho que o senhor está correndo um risco desnecessário! O risco é muito maior do que o eventual benefício.

GAKUSAJIN – Acha mesmo?! Se o que Jinenji contou estiver certo, poderei atacar o governo japonês sem medo.

BOTAN – Não senhor! O senhor só poderá atacar Ryukosei! Caso apareça algo contra ele, o governo irá afastá-lo! Isso se esse InuYasha conseguir a prova de que tanto fala. (ela o encara) – Acho que o senhor cometeu um grave erro de julgamento! Se tudo acabar bem, Ryukosei sairá do dia de hoje como herói pelo fim do ataque terrorista á essa cidade e o senhor será relegado á um homem que ajudou um foragido da justiça.

GAKUSAJIN – Mas eu tenho que arriscar, Botan! É tudo ou nada.

Gakusajin estava apostando alto politicamente com aquela crise e enquanto isso no Grupo Naraku, Onigumo acabava de falar com o motorista contratado por Kanna para dirigir a limusine sobre o trajeto que ele teria que fazer e naquele momento Rin aparece diante deles.

ONIGUMO – É só isso! Pode ir. (o motorista se afasta e assim os deixa a sós) – Não deveria ficar aqui.

RIN – Eu não sei se consigo prosseguir com essa farsa.

ONIGUMO – Mas tem que conseguir! Ou quer arriscar a vida de seus amigos?

RIN – Claro que não, mas está difícil ficar com Kanna sabendo quem ela é de verdade, que ela tentou matar meu marido.

ONIGUMO – Olha Rin! (ele segura os ombros dela) – Kanna também é responsável pela morte de Kikyou e do meu filho que ela esperava! Eu a odeio tanto quanto você, mas é por todas as pessoas que amamos, vivas ou mortas, que devemos continuar até que Kanna pague pelo que fez.

RIN – Ta!

ONIGUMO – Então volte para junto de Kanna e fale que a equipe técnica já chegou e que também o motorista já está pronto.

RIN – Mas e InuYasha? Ele precisa saber e...

ONIGUMO – Eu ligo para ele! Dê-me o numero do celular dele.

RIN – Claro! (ela mexe no celular dela e depois exibe o numero no visor) – Aqui está. (ele anota)

ONIGUMO – Ótimo! Agora vá antes que levantemos suspeitas.

Rin volta para a sala de Kanna e Onigumo pega seu celular e começa a discar para o celular de InuYasha que estava esperando uma ligação de Rin.

INUYASHA – Alô Rin.

ONIGUMO – Não é Rin! Sou eu, Onigumo.

INUYASHA – Onde está Rin?

ONIGUMO – Ela está visivelmente emocionada com a verdade sobre a amiga! Eu não sei por quanto tempo ele consegue resistir.

INUYASHA – Coitada da Rin! Deve ter sido um choque enorme para ela saber que Kanna é uma bandida.

ONIGUMO – Para todos nós! Estou te ligando para te informar que Kanna pretende realizar seu discurso televisionado direto de sua casa.

INUYASHA – Discurso que ela não vai fazer, não se depender de mim! Onigumo! Quero que vá até Rin e peça á ela para falar comigo, preciso da ajuda de Rin pra ficar sozinho com Kanna e para isso pretendo seqüestrá-la.

ONIGUMO – Acho que quanto a isso eu mesmo posso te ajudar e muito.

INUYASHA – Como assim?

ONIGUMO – Kanna me incumbiu de instruir o novo motorista sobre o trajeto daqui até a casa dela. (ele olha para o motorista já uniformizado) – Eu posso colocar você no lugar dele.

INUYASHA – Isso é ótimo! Vai me ajudar muito.

ONIGUMO Ok! Mas caso não se importe de me responder, o que pretende fazer com Kanna?

INUYASHA – Eu vou obrigá-la a confessar toda a verdade e gravarei essa confissão em um link digital que Shippou está fazendo para mim.

ONIGUMO – Pretende machucá-la?

INUYASHA – Sim se for preciso! Estou aqui em um beco perto do prédio, traga o motorista até aqui.

ONIGUMO – Ok! Vou dar meu jeito! (ele ouve vozes) - Tenho que desligar.

Onigumo desliga o seu celular ao perceber as vozes de Kanna e Gatenmaru se aproximando e de fato os dois e mais Rin chegam até ele.

KANNA – Onigumo! Rin me contou que a equipe técnica já chegou.

ONIGUMO – Sim! Já estão lá esperando a supervisão de Gatenmaru.

GATENMARU – Obrigado! Já vou indo. (ele segue em frente deixando os outros)

KANNA – E o motorista?

ONIGUMO – Eu só tenho que mostrar algo á ele e logo estará pronto! A limusine está estacionada a frente do prédio.

KANNA – Ta! Estou indo para lá. (ela olha para Rin) – Vamos?

RIN – Depois eu te alcanço! Tenho que pegar algo que esqueci.

KANNA – Ta bom.

Kanna segue seu caminho e Rin finge que ia voltar para sua sala, mas ao perceber que Kanna saiu de vista, ela voltou para falar com Onigumo.

RIN – Falou com InuYasha?

ONIGUMO – Sim! Ele quer seqüestrar Kanna para obrigá-la a confessar tudo.

RIN – Ele ficou louco?! Isso é uma loucura.

ONIGUMO – Também acho, mas ele não tem nada a perder.

RIN – E como ele pretende fazer isso?

ONIGUMO – Ele quer tomar o lugar do motorista da limusine e para isso conta com minha ajuda! Rin! Você tem que me ajudar nisso.

RIN – Como?

ONIGUMO – Você não pode estar com Kanna na hora do seqüestro se não poderá levantar suspeitas sobre você! Kanna tem que acreditar que você não sabe de nada.

RIN – E como farei isso? Kanna quer a minha presença no discurso.

ONIGUMO – Dê seu jeito, mas você não pode estar na limusine. (ele se afasta) – Agora vou cuidar do motorista.

Onigumo vai até o motorista que o estava esperando e assim os dois saíram da vista de Rin, que novamente respirou fundo e foi ao encontro de Kanna e enquanto isso no hospital, Shiori observava os enfermeiros levando Sesshoumaru em uma maca, nisso Souta a vê, indo até ela.

SOUTA – O que faz aqui?

SHIORI – Vim trazê-lo.

SOUTA – Ele? (ele olha para os enfermeiros levando Sesshoumaru) – Aquele não é o irmão de InuYasha?

SHIORI – Isso mesmo!

SOUTA – O que aconteceu com ele?

SHIORI – Eu não sei! Eu o vi assim e o trouxe! Eu soube que sua irmã está aqui! Ela está bem?

SOUTA – Sim! Está fora de perigo.

SHIORI – Eu posso falar com ela?

SOUTA – Por que quer falar com minha irmã?

SHIORI – Informá-la de que o marido dela foi preso.

SOUTA – Isso eu mesmo contaria! E estou feliz por isso.

SHIORI – Mas ele é seu cunhado.

SOUTA – Minha irmã está na cama de um hospital e isso é culpa de InuYasha.

SHIORI – Você não pode garantir isso.

Shiori percebeu que Souta não estava a fim de ajudar InuYasha, muito pelo contrário, ele o entregaria se soubesse onde estava, por isso Shiori resolveu não falar que InuYasha provavelmente estaria nas ruínas do hospital beneficente.

SOUTA – No que ajudou o irmão de InuYasha?

SHIORI – Como disse antes, por que o encontrei caído no chão. (ela fica meio aborrecida) – Um gesto assim não deveria ser elogiado?

SOUTA – Olha Shiori! Eu só estou preocupado com você! Se meter com InuYasha e a família dele pode ser perigoso. (ela pega na mão dele)

SHIORI – Obrigado por se preocupar com meu bem estar, mas não há nada com o que se preocupar e quanto á InuYasha, deveria ter mais fé nele! Eu não acho que ele fez tudo isso de que o estão acusando e acho que no fundo você pensa o mesmo.

SOUTA – Pode até ser, mas desde que Kagome se casou com ele, a vida dela tem sido muito dura! Sem falar que você pensa isso dele só por que ele salvou sua vida.

SHIORI – Entre outras coisas. (sorrindo)

SOUTA – Do que está falando?

SHIORI – De nada.

Shiori se afasta de Souta para ir ao quarto onde estava Kagome, ela percebeu também que Souta não sabia do segredo de InuYasha e enquanto isso, Onigumo conduzia o motorista para o lado externo do prédio do Grupo Naraku e eles passam pela limusine, o que chamou a atenção do motorista.

MOTORISTA – Mas aquela não é a limusine que está a senhora Kanna?

ONIGUMO – Sim, mas ela ainda não está lá! Eu quero te mostrar algo.

MOTORISTA – Mostrar algo?! O que senhor?

ONIGUMO – Vai ver.

Onigumo conduz o motorista até ao beco e quando entram nele, InuYasha agarra o motorista por trás, estrangulando-o até ele perder a consciência e assim começa a se despir.

ONIGUMO – Precisa ser rápido.

INUYASHA – Onde está Kanna? (se trocando)

ONIGUMO – Já está no estacionamento com Rin e Gatenmaru.

INUYASHA – Tem certeza de que ela não desconfia de nada?

ONIGUMO – Absoluta!

INUYASHA – Ta! Eu não quero arriscar a vida de Rin! Muita gente inocente perdeu a vida com essa história. (ele acaba de se vestir) – Agora tenho que ir e...

ONIGUMO – Espere InuYasha!

INUYASHA – O que foi?

ONIGUMO – Boa sorte. (ele estende a mão)

INUYASHA – Obrigado e me desculpe pelo que eu e Sango fizemos com você ontem e também sinto muito pela Kikyou! Soube que ela estava esperando um filho seu.

ONIGUMO – É.

INUYASHA – Sinto muito mesmo! De verdade.

ONIGUMO – Tudo bem! Todos nós fomos usados por Kanna! Ela manipulou tudo e agora irá pagar.

INUYASHA – Pode ter certeza que sim.

Os dois saem do beco e naquele momento no estacionamento, Kanna e Rin observavam Gatenmaru comandando a equipe técnica, que procurava vestígios de Sesshoumaru.

KANNA – Não se preocupe! Eles vão descobrir o que houve com seu marido.

RIN – Ta! (meio nervosa)

KANNA – O que foi? Parece tensa.

RIN – Sabe o que é, Kanna! Eu acho que não é uma boa idéia eu aparecer com você nesse discurso.

KANNA – Por que não? Somos amigas e você sempre esteve do meu lado nas horas difíceis.

RIN – Sim, mas é que eu ainda estou muito preocupada com o sumiço de Sesshoumaru.

KANNA – Mas é claro! Que indelicadeza a minha! Você quer ficar para ver se Gatenmaru consegue algo.

RIN – Exato.

KANNA – Tudo bem! Não precisa ir! Agora só me faça um favor.

RIN – Sim?

KANNA – Veja por que Onigumo está demorando tanto com o motorista.

Rin se afasta de Kanna para sair do estacionamento e assim a presidente do Grupo Naraku aproveita para falar ‘ao pé do ouvido’ com Gatenmaru.

KANNA – Tudo em ordem?

GATENMARU – Sim! Logo os peritos irão encontrar vestígios da presença de Ban e assim ele será acusado pelo sumiço de Sesshoumaru e consequentemente processado, mas infelizmente ele será assassinado antes disso.

KANNA – Deixo tudo com você, Gatenmaru.

Kanna e Gatenmaru sorriem um para o outro e naquele momento, Onigumo aparece no local com InuYasha, que cobria seu rosto com o quepe para não ser reconhecido.

ONIGUMO – O motorista está pronto, senhora.

KANNA – Antes tarde do que nunca! Vamos então.

GATENMARU – Manterei sua amiga e Onigumo informados.

Kanna sorri em agradecimento para em seguida para ir até a limusine, chegando lá, InuYasha abra a porta para que Kanna entrasse, ela nem desconfiava do que estava acontecendo, na entrada o prédio, Rin observava a cena toda, nisso InuYasha fez o sinal de positivo para ela para em seguida entrar na limusine e dirigir o veículo e enquanto isso no hospital, Kagome finalmente tinha voltado á consciência, ela percebeu a presença de Houjo ao lado dela.

KAGOME – Houjo.

HOUJO – Que bom que acordou, Kagome!

KAGOME – Onde eu estou?

HOUJO – Em um hospital! Os médicos trataram do seu ferimento.

KAGOME – Estou vendo. (olhando para seu braço) – Foi InuYasha que me trouxe! Onde ele está?

HOUJO – Preso! Eu mesmo chamei o policial que o levou daqui.

KAGOME – Mas por que você fez isso?

HOUJO – InuYasha só está te fazendo mal! Ele é um criminoso e precisa ser detido e...

KAGOME – Como ousa a falar assim dele? Foi InuYasha que salvou sua vida ou já se esqueceu?

HOUJO – Claro que não, mas isso não justifica o fato dele ter matado uma pessoa.

KAGOME – Você não sabe o que fez e nem o que diz. (ela se levanta da cama)

HOUJO – O que pensa que está fazendo?

KAGOME – Eu vou sair daqui.

Se sentindo relativamente bem, Kagome se afasta de Houjo e sai do quarto, mas ele a segue, com a intenção de persuadi-la a voltar para o quarto.

HOUJO – Assim vai acabar piorando sua situação.

KAGOME – Me deixa, Houjo! Preciso ajudar InuYasha e...

Kagome para de falar ao ver Sango deitada e inconsciente, a detetive respirava com ajuda de aparelhos. Ao ver tudo isso, Kagome encosta a mão no vidro que separava as duas, a esposa de InuYasha não podia deixar de sentir pena da amiga, afinal Miroku morreu.

HOUJO – Eu sinto muito por sua amiga, mas ela é como InuYasha e...

KAGOME – Cale-se Houjo! Já falou demais.

Houjo percebeu que Kagome ficou revoltada com a atitude dele de entregar InuYasha e naquele momento Souta e Shiori aparecem diante deles.

SOUTA – O que faz fora do quarto?

KAGOME – Eu preciso ver InuYasha! Soube que ele foi preso.

SOUTA – Não! Você tem que ficar longe dele! Não vê o mal que ele te faz?

KAGOME – Eu sei perfeitamente o que me faz bem ou mal.

SOUTA – Eu não posso permitir isso! A mamãe também está no hospital! Devia se preocupar com ela.

KAGOME – Mamãe está bem! Depois falo com ela! Agora tenho que ver InuYasha! A vida dele corre perigo e...

SHIORI – Kagome! Deveria escutar o que seu irmão disse. (ela se aproxima ainda mais dela) – Eu vou te acompanhar até seu quarto.

Ao se aproximar de Kagome, Shiori da uma piscada para ela sem que Houjo ou Souta vissem o gesto, assim a esposa de InuYasha percebeu que Shiori queria contar algo.

KAGOME – Ok! Eu só vou voltar por que é a Shiori que me pediu.

HOUJO – Ok! Vamos voltar e...

KAGOME – Não! Só ela. (ela olha para Shiori) – Vamos.

Kagome e Shiori se afastam de Houjo e Souta que resolveram ir até a recepção do hospital.

HOUJO – Afinal de contas, quem é essa moça?

SOUTA – O nome dela é Shiori! Kagome a conheceu quando trabalhou na Segurança Interna! A mãe dela acabou morrendo na explosão.

HOUJO – Parece bem interessado nela.

SOUTA – Não vou negar! Ela é uma gracinha, mas não posso forçar a barra hoje por causa do que aconteceu com a mãe dela, mas e você? Percebi um clima ruim entre você e minha irmã.

HOUJO – Acho que estraguei tudo! Eu contei á ela que eu mesmo chamei o policial que levou InuYasha e é claro a sua irmã não gostou nada.

SOUTA – Dê um tempo a ela! Explique a situação, com o tempo ela irá entender.

HOUJO – Eu espero que sim.

Houjo tinha uma paixão secreta por Kagome, mas seu ato o fez se distanciar ainda mais dela e enquanto isso, já de volta ao seu quarto de hospital na companhia de Shiori, Kagome fecha a porta.

KAGOME – O que sabe sobre InuYasha?

SHIORI – Fique tranqüila, pois ele não está preso, pelo menos não ainda.

KAGOME – Do que está falando, Shiori? Houjo me disse com todas as palavras de que um policial levou InuYasha preso e...

SHIORI – Sim, mas chegando lá, ele teve a ajuda do capitão Jinenji, que secretamente o soltou.

KAGOME – Mas isso é maravilhoso e... (ela pensa em algo) – Mas espere aí! Isso significa que InuYasha virou um foragido de novo e para que?

SHIORI – Eu não sei para que, mas ele ainda quer provar sua inocência e conta com ajuda de pessoas de dentro do Grupo Naraku.

KAGOME – Deve estar falando de Rin! Ela já deve estar sabendo que a amiga é responsável por tudo isso e...

SHIORI – O que?! Está falando de Kanna?!

KAGOME – Xiii! (pedindo silêncio) – Sim, mas fale baixo! Essa informação é muito perigosa.

SHIORI – Claro!

KAGOME – Shiori! Como sabe de tudo isso sobre InuYasha?

SHIORI – Ele me pediu ajuda! É uma longa história.

KAGOME – E tenho muito tempo para ouvir longas histórias.

Shiori começa a contar para Kagome em que ela ajudou InuYasha e enquanto isso, sem se dar conta do perigo que estava correndo, Kanna dava uma última olhava em seu discurso até que percebe que a limusine foi por um outro caminho que não era o trajeto até sua casa.

KANNA – Hei motorista! (ele cutuca o ombro do motorista) - Acho que se enganou e...

Kanna para de falar quando o motorista vira o rosto e assim ele percebe que se tratava de InuYasha, nisso ela tenta abrir as portas, mas não consegue.

INUYASHA – Não me enganei, não! Estou no caminho certo. (ele sorri) – Ah sim! E nem tente abrir as portas, elas estão travadas.

KANNA – O que pretende fazer comigo?

INUYASHA – Você vai ver.

KANNA – Não percebe o erro que está cometendo.

INUYASHA – Cale-se! Agora eu estou no comando.

InuYasha fecha a portinhola que separava a frente da limusine com o fundo, deixando Kanna isolada, mas a presidente do Grupo Naraku não ia se entregar tão fácil.

KANNA – Isso é o que você pensa, meu caro InuYasha.

Kanna aperta a aliança de casamento com Kohaku e nisso um silencioso alarme é ativado, que na verdade era um sinal informando que fora seqüestrada.

Próximo capítulo = O começo da queda da conspiração – parte 3


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