Na Noite mais Escura escrita por TreinadorX


Capítulo 76
Apagando provas - parte 4




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Os agentes de Ryukosei avançavam, com cuidado, até a casa de Kouga, eles sabiam da existência do sistema de segurança e estavam trabalhando para desligá-lo pelo lado de fora e enquanto isso do lado de dentro, Satsuki, com Genku no colo, continuava a falar com InuYasha pelo celular.

SATSUKI – Tio! Eles já estão aqui.

INUYASHA – Vocês têm que dar um jeito de saírem daí agora! O que o Shippou está fazendo?

SATSUKI – Ele está no computador, fazendo sei lá o que! (olhando para o amigo) - Falo com o senhor depois. (ela desliga o celular)

INUYASHA – Espere Satsuki.

Ao perceber que a sobrinha tinha desligado o celular, InuYasha ia ligar novamente para ela a fim de saber a situação, mas naquele momento ele avistou Houjo vindo com um policial, o mesmo que deveria vigiar Kikyou quando esta estava internada, ambos se aproximaram do marido de Kagome.

HOUJO – Aí está ele, policial! Prenda-o.

INUYASHA – Eu não posso ser preso agora.

POLICIAL – Pode sim! O senhor é um foragido da justiça.

INUYASHA – Vocês não entendem! Shippou está com problemas e...

HOUJO – Sim! Ele está! Ele e Kagome estão cheios de problemas desde o dia que te conheceram.

INUYASHA – Como ousa falar assim comigo? Eu salvei sua vida hoje.

POLICIAL – Já chega de papo furado! De costas!

InuYasha se vira para que o policial o algeme e em seguida o leve para fora do hospital e enquanto isso na casa de Kouga, sentindo que os agentes estavam se aproximando, Satsuki estava questionando Shippou, que ainda continuava a digitar algo no computador.

SATSUKI – O que está fazendo afinal de contas?

SHIPPOU – Escute Satsuki! No quarto de Kouga e Ayame tem um alçapão que na verdade é uma rota de fuga até a rua mais a frente.

SATSUKI – Como sabe disso?

SHIPPOU – O Kouga é que me disse! Foi idéia da Ayame no caso de precisarem fugir! Eles eram ladrões, força do hábito, mas isso não interessa! O que quero que faça é que fuja com Genku por esse alçapão.

SATSUKI – Mas e você?

SHIPPOU – Eu vou ficar aqui por enquanto.

SATSUKI – Pra que?! Eu não vou sair daqui sem você e...

SHIPPOU – Eu preciso ficar aqui para ativar a auto destruição da casa! Kouga e Ayame prestaram serviços de segurança para vários clientes que ficarão expostos se aqueles homens invadirem o local! Como não posso impedir a invasão, vou destruir tudo! Tenho certeza que era isso que Kouga e Ayame iriam querer.

SATSUKI – Mas...

SHIPPOU – Você é surda por acaso? (ele se levanta e a encara) – Vai de uma vez.

Shippou puxa Satsuki pelo braço e a leva até o quarto de Kouga e Ayame, tira a cama do lugar, mostrando onde ficava o alçapão e em seguida o abre.

SHIPPOU – Agora vai!

SATSUKI – Vou ficar esperando você.

SHIPPOU – Serei mais rápido se sair agora, portanto, vá de uma vez.

Satsuki desce com cuidado pela escada, já que carregava Genku com ela e assim Shippou volta correndo para o computador, digita algo nele e percebe que os agentes estavam prestes a desligar o sistema de segurança da casa, por isso ele teria que se apressar e enquanto isso na frente do hospital, mais precisamente dentro de um carro da polícia, InuYasha estava algemado e naquele momento o policial retorna depois de um telefonema.

INUYASHA – Por favor, policial! Eu não posso ser preso, pelo menos ainda não.

POLICIAL – Acha que ficará solto depois de matar o chefe da Segurança Interna. (InuYasha fica surpreso) – Isso mesmo! Já sabemos que o matou! Você está encrencado.

INUYASHA – Ele mereceu aquilo! Você não sabe o que...

POLICIAL – O que eu sei é que devo te levar para o departamento e farei isso.

INUYASHA – Posso dar ao menos um telefonema?

POLICIAL – Quando chegar ao departamento, o senhor poderá dar seu telefonema.

Ignorando os apelos de InuYasha, o policial liga seu carro para levar o prisioneiro para o departamento de polícia e enquanto isso no Grupo Naraku, mais precisamente no topo do prédio, Gatenmaru já descia do helicóptero que o trouxe e Kanna, que estava lá para recebê-lo, foi até ele.

GATENMARU – Aqui está! (exibindo o gravador)

KANNA – Ótimo! (ela pega o gravador) – Eu sei o que fazer com isso.

Kanna tira a fita de dentro do gravador, a leva até a uma fornalha que ficava ali e em seguida a joga dentro dessa fornalha, assim ela e Gatenmaru ficam vendo a fita sendo destruída, agora não havia mais provas do envolvimento de Kanna na conspiração.

KANNA – Obrigado por tudo, Gatenmaru.

GATENMARU – Somos uma família, não é prima? Devemos ajudar uns aos outros.

KANNA – As pessoas não descobrirem que sou filha de Toukaijin, eu até entendo, pois é um segredo guardado a sete chaves, mas como você conseguiu esconder de todos que era sobrinho dele?

GATENMARU – Porque as pessoas não sabem que ele tinha uma irmã, que é minha mãe! Ela foi separada da família por ter ficado grávida de mim, mas o tio Toukaijin conseguiu me localizar e conseguiu me fazer detetive do departamento.

KANNA – Ele nos faz sentir útil, não é?

GATENMARU – Sim! Mas é uma pena que tenhamos sido enganados pela Ordem da Espada Morta! Teremos que começar tudo de novo. (ele olha para a barriga de Kanna) – E você terá que ter mais cuidado com essa criança.

KANNA – Eu sei! (ela acaricia a própria barriga) – É por essa criança que faço o que faço! É pensando no futuro dela. (ela avista Rin) – O que ela veio fazer aqui? (eles continuam falando por Rin estar um pouco longe ainda)

GATENMARU – Algum problema?

KANNA – Precisei me livrar de Sesshoumaru, mas ele tinha ligado antes para Rin e agora ela quer saber por que ele sumiu! Você me ajuda.

GATENMARU – Como?

KANNA – Eu disse que você veio aqui para investigar o sumiço dele.

Gatenmaru entende o plano de Kanna e finalmente Rin chega até eles.

KANNA – O que foi, Rin? Algum telefonema importante?

RIN – Não é isso! Eu soube que você incumbiu Onigumo de fazer o rascunho do seu discurso! Isso é verdade?

KANNA – É sim! Eu percebi que estava abalada demais para fazer o serviço! Por sinal, o detetive Gatenmaru está aqui para investigar o sumiço de seu marido.

RIN – Obrigada, mas quanto ao discurso, eu...

KANNA – Esquece isso, Rin! Achar seu marido é mais importante agora.

RIN – Ta! (ela olha para Gatenmaru) – Eu achei o celular dele no estacionamento.

GATENMARU – Então me leve até lá.

Rin, inocentemente, acredita nas boas intenções de Gatenmaru e Kanna e por isso os acompanha até ao estacionamento da empresa e mostra o local exato de onde achou o celular de Sesshoumaru.

RIN – Foi nessa lixeira, detetive.

GATENMARU – Isso não ajuda muito! Vou ter que chamar uma equipe para examinar esse local, com a permissão da presidente da empresa.

KANNA – Claro que eu permito.

RIN – Obrigada amiga! (ela volta a olhar para Gatenmaru) – E o que fará agora, detetive?

GATENMARU – Á princípio não há sinais de luta! É capaz de ele ter sido emboscado! Vou precisar de uma lista de inimigos dele, não podemos nos isolar somente em Onigumo, já que não há provas contra ele.

RIN – Ta! Talvez eu encontre algo na minha sala. (ela se lembra de algo antes de sair) – Não seria bom também falar com Ban? Afinal ele é o chefe da segurança do prédio.

KANNA – Mas isso será um problema, Rin, pois eu tinha dispensado Ban! Ele deve estar indo para a casa dele nesse momento.

GATENMARU – Talvez o depoimento dele não seja importante.

RIN – Como quiser! Eu volto assim que puder.

Rin sai correndo até o elevador para chegar até sua sala, deixando Kanna e Gatenmaru a sós.

GATENMARU – O corpo de Sesshoumaru terá que aparecer! Como tem tanta certeza que não vão desconfiar de você?

KANNA – É simples! Eu pedi que Ban cuidasse disso para mim e que depois sumisse, mas você vai encontrá-lo e matá-lo por ser autor da morte de Sesshoumaru.

GATENMARU – E provavelmente Rin pensará que ele fez isso á mando de Onigumo! Isso é brilhante.

KANNA – Meu pai tem razão! (ficando de costas para ele) - Onigumo é um ótimo escudo! Tudo acaba nele. (ela volta a ficar de frente á ele) – E o meu pai? Já sabe das novidades?

GATENMARU – Sim! E ele nos contou que Gito foi apanhado por Ryukosei.

KANNA – Há algum problema nisso?

GATENMARU – Relaxe! Gito é insignificante para nós, tanto isso é verdade que ele disse que iria ligar para Ryukosei, parabenizando-o pela descoberta do espião, mas que isso não vale de nada.

KANNA – Ele quer mesmo ser prefeito dessa cidade! Coitado.

Kanna e Gatenmaru riam da desgraça de Ryukosei e enquanto isso na casa de Kouga, Shippou acabara de ativar o sistema de autodestruição da casa e antes de apertar o botão, ele olha para um porta retrato onde tinha uma foto dele com Kouga, Ayame e Genku.

SHIPPOU – Kouga! Ayame! Desculpe-me pelo que vou fazer. (ele olha ao redor) – Mas é preciso.

Quando percebe que os agentes desligaram o sistema de segurança, Shippou aperta o botão e aciona a contagem regressiva de um minuto e depois disso ele pega o porta retrato e sai correndo para o mesmo alçapão que Satsuki e Genku fugiram e naquele exato, os agentes entram na casa.

AGENTE 1 – Procurem o menino por toda a casa.

AGENTE 2 – Sim senhor.

AGENTE 1 – Espere! (ele olha para a contagem regressiva na tela do computador que mostrava vinte segundos) – Agentes! Saiam todos.

Percebendo o perigo que corriam, os agentes saíram todos correndo da casa de Kouga e assim, segundos depois, acontece uma enorme explosão deixando todos os agentes assustados.

AGENTE 2 – Aquele moleque se matou e tentou nos matar junto.

AGENTE 1 – Não seja idiota! Ele não se matou e nem quis nos matar! Ele quis que a gente pensasse isso! É provável que ele tenha fugido por alguma saída secreta! Essa casa é cheia de truques.

AGENTE 2 – O que vamos fazer, senhor? Desistir?

AGENTE 1 – Está louco? Temos nossas ordens! Ele deve estar pelas redondezas! Precisamos achá-lo e eliminá-lo! O menino é um perigo para a segurança nacional.

Os vários agentes se separam para procurar Shippou pela região, já Shippou estava, naquele momento, tentando abrir a tampa de um bueiro para chegar ao lado de fora e depois que consegue e sai, tampa o bueiro de novo.

SHIPPOU – Isso é nojento! Necessário, mas nojento.

Shippou ficou se cheirando para ver se não estava com algum odor desagradável e naquele momento, ele ouve a voz de Satsuki, que estava em um beco.

SATSUKI – Por aqui, Shippou!

Shippou vai correndo até Satsuki, que ainda segurava Genku no colo.

SATSUKI – Puxa Shippou! Eu senti a explosão daqui! Como conseguiu fazer isso.

SHIPPOU – A idéia da auto destruição foi de Ayame, mas foi Kouga quem bolou a forma! Ele criou um programa capaz de armazenar toda a energia da casa para um único local, só que concentrar muita energia assim provoca o que você viu.

SATSUKI – Você é muito inteligente mesmo.

SHIPPOU – Eu nunca pensei em fazer uma coisa destas, mas não estamos seguros ainda! Aposto que aqueles homens não desistiram de me pegar.

SATSUKI – Mas por que querem te pegar?

SHIPPOU – E você ainda pergunta? Eu invadi um sistema ultra secreto e o governo japonês não vai deixar barato. (ele segura a mão dela) – Vamos sair daqui.

Shippou puxa Satsuki para fora do beco a fim de irem para um outro local e enquanto isso, InuYasha acabava de chegar ao departamento de polícia e estava sendo conduzido pelo policial e para sua surpresa, ele avista Shiori, que vai até ele.

INUYASHA – O que ainda faz aqui?

SHIORI – Eu fiquei sabendo que estava sendo procurado pela polícia e resolvi ficar.

INUYASHA – Olha Shiori! Eu sou inocente! Precisa acreditar em mim e...

SHIORI – Eu acredito InuYasha! Sei que o homem que salvou minha vida não seria capaz de fazer as coisas às quais está sendo acusado.

POLICIAL – Não acredite nisso, moça! Ele matou o chefe da Segurança Interna.

SHIORI – Isso é verdade?

INUYASHA – É sim, mas tem explicação.

Shiori sorriu para InuYasha, ela acreditava em tudo o que ele contava, o policial ia conduzindo InuYasha para a detenção, mas naquele momento apareceu Jinenji, que acabara de chegar depois de ter vindo do ministério da defesa.

JINENJI – Eu cuido dele, policial.

POLICIAL – Sim capitão!

O policial se afasta e Jinenji leva InuYasha para a sua sala e quando chegam lá, o capitão fecha a porta para que conversassem mais a vontade.

INUYASHA – Capitão! Eu preciso ligar para a minha sobrinha! Ela estava junto com Shippou na casa de Kouga.

JINENJI – Claro! Fique a vontade.

InuYasha pega seu celular e liga para o celular de Satsuki, que naquele momento estava fugindo com Shippou e Genku da perseguição dos agentes de Ryukosei.

SATSUKI – Alô. (falando baixo)

INUYASHA – Satsuki! Que bom ouvir sua voz! Como estão?

SATSUKI – Olha tio! Não da para falar no momento, mas fique sabendo que eu, Shippou e Genku conseguimos fugir! Shippou teve que ativar o sistema de auto destruição da casa de Kouga para despistar os agentes.

INUYASHA – Mas estão todos bem?

SATSUKI – Vamos ficar se conseguirmos sair daqui! Tem agentes por todos os lados! Eles estão nos cercando! Precisamos de ajuda, tio.

INUYASHA – Ta! Eu estou indo até aí.

InuYasha desliga o seu celular e estava prestes a sair da sala, mas é impedido por Jinenji.

JINENJI – Aonde pensa que vai?

INUYASHA – Meu enteado e minha sobrinha estão correndo perigo! Preciso ir ajudá-los.

JINENJI – Se sair por essa porta, sem uma liberação, será preso novamente.

INUYASHA – Deixe-me ir, capitão! Eles são só garotos inocentes de trezes anos.

JINENJI – Escuta InuYasha! Mesmo que eu deixe você ir, não conseguirá chegar até ao local para ajudar os garotos, pois os policiais, inclusive eu, estão sob o comando de Ryukosei agora, por causa da morte de Toutoussai.

INUYASHA – Droga! Alguém tem que ir até lá.

JINENJI – Eu sei! Eu mesmo iria, mas vou chamar a atenção por estar fora do departamento.

InuYasha fica desesperado por não ter ninguém da sua confiança que possa ajudá-lo, mas de repente, Shiori abre a porta, aparecendo diante dos dois.

SHIORI – Olha capitão! Acho que é um erro manter InuYasha preso! Eu tinha que vir e dizer isso, senhor.

InuYasha e Jinenji nada falam e apenas sorriem um para o outro, pois tinham encontrado a pessoa para ajudá-los e enquanto isso, depois de passar por sua sala, onde não conseguiu achar a chave para abrir uma das gavetas, Rin foi até ao almoxarifado, na esperança de encontrar lá a chave, mas ao dobrar o corredor, ela viu Ban de costas fechando a porta do almoxarifado, ela dobra novamente o corredor antes que Ban se vire.

RIN – “Mas Kanna não tinha dito que ele foi dispensado? O que ele faz aqui?” (pensando)

Rin percebeu que Ban estava vindo em sua direção e por isso, ela se esconde em um armário, mas não fechando a porta totalmente, pois pela fresta ela poderia ver para onde Ban ia e ao vê-lo descendo as escadas portanto uma arma, Rin saiu do armário e o seguiu discretamente, Ban, depois de descer as escadas, chega á sala onde Sesshoumaru era mantido preso, ele estava amarrado na cadeira.

BAN – Chegou sua hora, amigo! (ele aponta a arma contra o jornalista) – Vou matá-lo aqui e levar o corpo para outro lugar.

SESSHOUMARU – Não faça isso, Ban! Kanna não vale a pena.

BAN – Eu faço qualquer coisa por ela.

SESSHOUMARU – Ela está te usando.

BAN – Não está!

SESSHOUMARU – Claro que está! Quem você acha que vai levar a culpa pela minha morte? Você! E você está caindo que nem um patinho.

BAN – Cale-se! (ele engatilha a arma) – Não tenho que ouvir isso.

Sesshoumaru fechou os olhos, já esperando pelo pior, mas é nesse momento que Rin aparece na sala e flagra aquela cena.

RIN – O que está acontecendo aqui? (nisso Ban aponta a arma contra Rin)

SESSHOUMARU – Rin! Não devia estar aqui! Fuja!

BAN – Não devia estar aqui moça!

RIN – O que vai fazer? Vai me matar? Eu não entendo muito disso, mas acho que isso não estava nos seus planos.

BAN – Não, mas dou um jeito.

Temendo pela vida da esposa, Sesshoumaru, mesmo amarrado na cadeira, se jogou contra o corpo de Ban, fazendo este largar a arma, mas como o chefe de segurança estava com as mãos livres, deu um soco em Sesshoumaru e em seguida pegou um pé de cabra que estava próximo e quando ia golpear Sesshoumaru, acabou sendo acertado por um tiro disparado por Rin, que tinha pegado a arma.

RIN – Ai meus Deus! (vendo o corpo de Ban cair no chão) – Eu o matei.

SESSHOUMARU – Rin!

Rin larga a arma no chão e vai para junto do marido para desamarrá-lo e percebe os vários ferimentos nele.

RIN – Meu amor! O que fizeram com você? Você está bem?

SESSHOUMARU – Estou vivo e graças á você, meu amor.

RIN – Mas por que o Ban fez isso com você? (ela fica pensativa) – Espere! Então ele trabalha para Onigumo! Só pode ser isso e...

SESSHOUMARU – Rin! Escuta-me! Onigumo não tem nada haver com isso. (ele faz uma pausa) – Foi Kanna.

RIN – O que?!

SESSHOUMARU – Isso o que ouviu! Foi Kanna que fez tudo isso! Eu vou contar tudo.

Sesshoumaru contava com detalhes para Rin as atividades de Kanna e seu parentesco com Toukaijin e Gatenmaru, que também estavam envolvidos e enquanto isso em seu gabinete no ministério da defesa, Ryukosei voltou a se sentar diante de Koharo.

RYUKOSEI – Desculpe-me, mas tinha que atender á um telefonema.

KOHARO – Tudo bem! Mas já que está de volta, o senhor vai me entregar a documentação do perdão?

RYUKOSEI – Claro que vou! É por isso que veio, não? (ele entra um papel á ela) – Aqui está.

KOHARO – Obrigado.

RYUKOSEI – Mas antes que saia, precisa saber de uma coisa que acabei de ser informado! E o assunto te interessa.

KOHARO – O que seria?

RYUKOSEI – Eu sei da sua ligação com Miroku, portanto eu sinto lhe dizer que ele faleceu.

KOHARO – O que?! (se levantando da cadeira) – Miroku está morto? Mas como?

RYUKOSEI – O carro dele despencou da rodovia e acabou explodindo com ele dentro.

Koharo entrou em choque ao receber aquela notícia, tanto que teve que voltar a se sentar para não desmaiar, Ryukosei percebeu a fragilidade dela.

RYUKOSEI – Eu sei que Miroku te ajudou muito nessa vida, mas agora ele está morto, portanto você está livre.

KOHARO – O que quer dizer? Como tem coragem de me dizer isso?

RYUKOSEI – Mau uso das palavras! Desculpa-me! Vou refazer minha colocação! (ele se levanta e vai até ela) – Você é uma jovem com muitos talentos e não tem que se manter presa aos ideais de Miroku, pois infelizmente ele morreu, mas você continua viva.

KOHARO – Eu ainda não entendi aonde quer chegar.

RYUKOSEI – Esse seu jeito de boa moça não me engana! Eu sei como você é! Está se comportando assim na esperança de Miroku notá-la algum dia, mas esse dia nunca chegará, então por que continuar com esse fingimento? Eu vejo nos seus olhos os desejos de alguém que quer mais do que uma vidinha simples.

KOHARO – Verdade. (com a expressão triste)

RYUKOSEI – Então seja leal á mim e não se arrependerá! Sua convivência com Miroku será de grande utilidade para mim, mas não precisa responder agora! Por enquanto chore a morte do seu grande amor, mas depois que passar um tempo, me procure. (ele entrega um cartão a ela) – Eu serei prefeito dessa cidade e poderei ajudar aqueles que me ajudam.

KOHARO – Ta!

Se sentindo fragilizada e sozinha, Koharo pega o cartão e sai da sala, Ryukosei a acompanha até a saída e do lado de fora ele vê Souta esperando por ele.

RYUKOSEI – Chegou a sua vez.

SOUTA – Finalmente.

Souta ficou feliz e assim seguiu Ryukosei para o interior da sala do ministro e quando se sentou na cadeira para iniciar a conversa, seu celular tocou.

SOUTA – Alô.

HOUJO – Sou eu! Cara! Você precisa voltar ao hospital agora.

SOUTA – Mas eu não posso, estou com um compromisso importante e...

HOUJO – Kagome está no hospital e corre risco de vida.

SOUTA – O que? Do que está falando?

HOUJO – Ela tinha ido mesmo ajudar InuYasha e acabou se ferindo nisso.

SOUTA – Eu sabia que InuYasha seria um peso para ela! E como ela está?

HOUJO – Ela está mal, muito mal! Precisa vir correndo para cá.

SOUTA – Ta bom! Estou indo. (ele desliga o seu celular e Ryukosei se manifesta)

RYUKOSEI – O que houve?

SOUTA – Minha irmã se feriu! Ela está no hospital em estado grave! Tudo por culpa do InuYasha. (ele se levanta da cadeira) – Olha ministro! Preciso ir até lá, o senhor me entende, não é?

RYUKOSEI – Claro! Claro! Família em primeiro lugar, mas eu preciso falar com você ainda hoje.

SOUTA – Mas hoje? Não pode ser amanhã? Já está tarde e não sei quanto tempo Kagome ficará nesse estado e...

RYUKOSEI – Tudo bem, Souta! Amanhã nos falaremos.

SOUTA – Obrigado ministro, muito obrigado.

Souta se curva em sinal de agradecimento e sai em seguida da sala de Ryukosei para ir até o hospital e enquanto isso no Grupo Naraku, depois de ouvir toda a verdade da boca do marido, Rin estava inconformada com as atitudes de Kanna.

RIN – Mas isso que Kanna fez é monstruoso.

SESSHOUMARU – A sua amiguinha é uma mulher muito perigosa.

RIN – Então o que Miroku disse era verdade! Kanna realmente está por trás da morte de Kohaku.

SESSHOUMARU – E olha que ela está esperando um filho dele.

RIN – Se for dele, pois eu não duvido de mais nada! Mas isso não me interessa! Vamos sair daqui e denunciá-la! Nunca vou perdoá-la pelo que ela te fez.

Rin queria levar o marido para fora da empresa, o que seria difícil, pois teria que fazer sem chamar a atenção de ninguém e naquele momento o seu celular começa a tocar, Rin vê o numero de InuYasha pelo visor do aparelho.

RIN – É InuYasha!

SESSHOUMARU – Coloque no viva-voz!

RIN – Ta! (ela faz isso antes de atender) – InuYasha.

INUYASHA – Olha Rin! Eu sei que pode parecer difícil de acreditar, mas...

SESSHOUMARU – InuYasha! Sou eu! A Rin já sabe de tudo! Acabei de contar a ela.

RIN – Isso mesmo, InuYasha! É quase inacreditável que Kanna tenha enganado tanta gente.

INUYASHA – Sesshoumaru! O que aconteceu com você? Estou tentando entrar em contato há horas.

SESSHOUMARU – Lembra do nosso último telefonema? Logo depois que desliguei, fui acertado e capturado e posteriormente torturado por Ban, á mando de Kanna! Ele ia me matar, mas graças a Rin, eu consegui escapar.

INUYASHA – Essa mulher não pode ficar á solta.

SESSHOUMARU – Eu soube que conseguiu uma prova do envolvimento dela e que alguém ligado á Kanna conseguiu pegar! É verdade?

INUYASHA – Sim! Mas Infelizmente Gatenmaru a pegou de mim! Era uma gravação de uma conversa entre Kagura e Kanna que deixava claro a possibilidade de Kohaku ser morto.

RIN – Ai meu Deus! Então é por isso que Gatenmaru veio aqui! Ele está com Kanna nesse momento.

SESSHUMARU – Ela já deve ter destruído a gravação.

INUYASHA – Gatenmaru foi quem realmente matou Kouga.

SESSHOUMARU – Isso é uma tragédia.

INUYASHA – E isso não é tudo! Miroku está morto! Kagome e Sango estão gravemente feridas! Eu só não sei por que ela fez tudo isso.

RIN – InuYasha! Ela fez isso por ser filha de Toukaijin.

INUYASHA – Filha de Toukaijin?! Mas que história é essa?

SESSHOUMARU – É verdade InuYasha! As pessoas naquela foto, que Sara guardou, eram Kanna e Toukaijin! De alguma forma, Sara descobriu esse parentesco e deve ter sido por isso que foi morta.

INUYASHA – E o que Toukaijin ganha com isso?

SESSHOUMARU – Ele planejou tudo desde o começo! Toukaijin teve um caso com a esposa de Naraku, mas isso não foi revelado! Anos depois ele convenceu Kanna a continuar a fingir que era filha de Naraku, prometendo a ela que um dia Naraku iria pagar pela morte da mãe.

RIN – Kanna acha que Naraku foi responsável pela morte da mãe e aceitou esse plano louco.

INUYASHA – Entendi! Eles sabiam que Naraku iria morrer por causa do poder da jóia de quatro almas.

SESSHOUMARU – Exato e assim, como única herdeira do Grupo Naraku, Kanna poderia ajudar Toukaijin em seus planos.

INUYASHA – O plano de contaminar os chineses e depois lucrar com a cura! Isso daria prestígio ao Japão, mas principalmente á Toukaijin, que como ministro da saúde, seria declarado herói mundial.

RIN – Isso mesmo.

INUYASHA – Isso não foi pelo bem do Japão ou dos japoneses! Isso foi pelo poder, pelo amor ao poder! Pessoas queridas morreram por causa disso.

RIN – Eu ainda não acredito que fui tão enganada.

INUYASHA – Precisamos deter Kanna de qualquer jeito.

SESSHOUMARU – Mas como? Sem provas contra ela, nada poderemos fazer, por mais credibilidade que tenhamos.

INUYASHA – Foi por isso que liguei para vocês! Eu tenho um plano, mas vou precisar da ajuda dos dois.

RIN – Ta! Mas antes eu tenho que tirar Sesshoumaru daqui! Se Kanna souber que ele ainda está vivo, vai mandar matá-lo.

INUYASHA – Não Rin! Se você sair, vai levantar suspeitas! Quero que Kanna continue achando que você não sabe de nada, isso faz parte do meu plano.

RIN – O que?! Você quer que eu volte para lá e me comporte como se nada soubesse? Eu não vou conseguir! Eu não posso ver a Kanna, sem querer botar as mãos no pescoço dela e...

SESSHOUMARU – Escute Rin! InuYasha está certo! Eu não sei qual o plano dele, mas nossa única vantagem é Kanna não souber que você sabe de tudo.

RIN – Mas...

SESSHOUMARU – Precisa ser forte, querida! Por nós.

RIN – Eu não sei se consigo! Será que não entendem?

INUYASHA – Eu sei que é difícil, mas precisa conseguir! Se Kanna e a corja dela se livrarem da justiça, nada os deterá, além do que eles tem o auxílio de um ministro do governo japonês.

RIN – Ta! Eu vou tentar, mas e Sesshoumaru? Não posso deixá-lo aqui.

SESSHOUMARU – Eu já sei! Rin! Procure Onigumo e peça ajuda á ele.

RIN – Acha que podemos confiar nele?

SESSHOUMARU – Pode sim! Ele foi usado, pois todas as desconfianças recaiam sobre ele.

RIN – Ok! Eu vou indo.

INUYASHA – Entre em contato comigo, depois.

InuYasha desliga o seu celular e volta a dar atenção á Jinenji com quem estava na sala.

JINENJI – Por que não falou de sua sobrinha?

INUYASHA – Eles precisam de toda a concentração possível e além disso nada podem fazer para ajudar Satsuki e Shippou.

JINENJI – Espero que Shiori possa.

INUYASHA – Eu acredito nela! Aquela moça é corajosa. (ele se levanta) – Agora tenho que ir.

JINENJI – Deixa que eu te ajude! Falo com os outros policiais de eu vou levá-lo para a detenção.

InuYasha e Jinenji saem da sala e fingem que um está conduzindo o outro para a detenção e assim eles entram no elevador do departamento e chegam até ao primeiro andar, de onde InuYasha saiu tranquilamente.

JINENJI – Pegue meu carro, pois o seu ficou no hospital.

INUYASHA – Obrigado, capitão! Obrigado pela sua ajuda.

JINENJI – Não precisa me agradecer.

INUYASHA – Preciso sim! Está se arriscando muito e eu agradeço por isso.

InuYasha sai correndo até chegar ao carro de Jinenji e em seguida sai dali, o capitão fica olhando InuYasha ir embora, mas o que ele não sabia era que o policial que trouxe InuYasha, tinha visto toda a cena e voltou para o departamento e enquanto isso, ainda fugindo dos agentes, Shippou e Satsuki continuam correndo até que chegam á um beco, sem saída, por isso dão meia volta, mas quando estão prestes a dobrar a esquina, percebem a aproximação de um agente.

SATSUKI – Essa não! Estamos encurralados.

SHIPPOU – Mas que droga! Tenho que pensar rápido.

SATSUKI – Melhor pensar logo.

SHIPPOU – Já sei! (ele pega Genku do colo dela) – Dê-me Genku para mim.

SATSUKI – O que vai fazer? Usar Genku para amolecer o coração do agente? Acho que não vai dar certo.

Shippou nada responde e foi para o fundo do beco carregando Genku com ele e curiosa, Satsuki, foi atrás dele e viu o amigo se agachando para pegar um cesto sujo, coloca Genku nele, depois o coloca atrás de uma lixeira.

SHIPPOU – Por favor, Genku! Fica quietinho. (ele da o porta retrato) – Brinca com isso.

SATSUKI – Shippou! Diga-me o que está pensando em fazer?

Shippou se levanta lentamente e lentamente igual ele levanta seu olhar para fitar Satsuki, ele parecia meio vermelho.

SHIPPOU – Desculpe-me pelo que vou fazer, Satsuki.

SATSUKI – Desculpar pelo que?

Shippou nada fala e simplesmente pega na mão de Satsuki, a puxa contra si e lhe da um beijo na boca, não era o primeiro beijo deles, mas sim o primeiro entre eles e bem nesse momento o agente passa pelo beco e vê os dois se beijando, preferiu não importunar, achando que fossem namorados e por isso seguiu em frente na procura de Shippou sem perceber que era Shippou quem estava no beco, o menino ao perceber o afastamento do agente, para imediatamente o beijo.

SHIPPOU – Acho que ele já foi! (ele olhava para baixo para não encará-la) – Me desculpe pelo que fiz, Satsuki.

SATSUKI – Tudo bem, Shippou! Entendi que queria enganar o agente e parece que deu certo.

SHIPPOU – Sim! Foi por isso que parei.

SATSUKI – “Por que parou? Eu estava gostando! Aposto que quando beijava Soten, ele não parava no meio.” (pensando)

SHIPPOU – Mesmo assim eu não tinha esse direito.

SATSUKI – Não esquente! Foi um beijo sem importância.

SHIPPOU – “Sem importância? Era de se esperar que fosse assim! Aposto que quando beijava o Hiro, ela não achava sem importância.” (pensando)

Shippou e Satsuki ficaram um pouco sem graça depois daquele beijo, o clima de constrangimento só foi quebrado com o choro de Genku , o que fez os dois irem imediatamente pegar o bebê para irem embora dali.

Próximo capítulo = O começo da queda da conspiração – parte 1


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