Como não consegue falar com Stella, Mac desiste e depois de tomar café com Melissa, segue para o laboratório, mais ainda imaginava o que Stella estaria pensando, na verdade ele sabia o que ela estava pensando e não era mentira ou mal entendido, ele realmente estava com outra mulher, mas não queria que Stella soubesse daquela maneira, ou mesmo se queria que ela soubesse.
Quando Stella chega na festa, Peter e os outros já estão lá, e ela vai ao encontro deles.
Stella: boa noite – diz se aproximando
Todos respondem e engatam uma conversa animada. Na verdade Peter não estava falando muito, se apegava apenas a olhar pra Stella, que estava belíssima aquela noite. Os outros, percebendo a constante troca de olhares entre Stella e Peter, saem um instante deixando-os a sós, ela resolve falar com ele de uma vez, não podia mais adiar.
Stella: preciso falar com você! – calmamente ela diz
Peter: claro, mais antes me diz uma coisa!
Stella: o quê?
Peter: aconteceu alguma coisa com você? – ele diz estreitando os olhos como se soubesse que tinha acontecido e só precisasse da confirmação dela
Stella: por que está perguntando isso? –ela estranha a pergunta
Peter: eu percebi que você chorou, você está tentando disfarçar, mais sei que algo te incomoda. – ele diz e ela agora parecia surpresa
Stella: você ainda me conhece muito bem... – diz com um sorriso tímido
Peter: acho que sim, e então, o que aconteceu? – pergunta preocupado
Stella: nada demais acredite – ela não iria contar sobre o acontecimento com Mac, isso tiraria o foco do que ela realmente queria falar com ele- mas eu quero falar outra coisa com você!
Peter: tudo bem... - concorda
Stella: vem, vamos ate um lugar mais sossegado – caminha ate a varanda na parte lateral do restaurante e ele a acompanha, o local era mais silencioso.
Peter: está me deixando assustado – diz estranhando todo aquele silencio dela
Stella: preciso saber o que está acontecendo com você! – ela diz se virando pra ele

Peter: comigo? – rebate surpreso
Stella: por favor Peter, não tente mentir pra mim- pede ela em tom de suplica - faz algum tempo que você esta agindo diferente e eu sei que é comigo, e eu só quero saber por que.
Ela já sabia, mas queria ver se ele chegaria a admitir.
Peter: Stella... – ele começa sem achar as palavras
Stella: só me fala!
Peter: é complicado Stella – ele se vira e fica olhando o quebrar das ondas do mar que era visível do local de onde estavam, buscando coragem, talvez
Stella: nunca tivemos isso Peter. Se nossa relação durou tanto tempo é por que sempre fomos sinceros um com o outro e eu preciso que você seja sincero comigo agora – ela falava ainda olhando pra ele e sua voz soava como se desse uma ordem a ele
Ele novamente se virou pra ela e a olhava nos olhos buscando coragem pra dizer o que se passava, dizer o que sentia.
Stella: não vai falar nada, quer que eu tente adivinhar o que foi que eu fiz de tão grave a ponto de você me evitar a tanto tempo? – ela estava impaciente já que ele não dizia nada que pudesse esclarecer as coisas
Peter: não Stella, você não fez nada... – responde rápido e vê que não tem outra opção a não ser falar antes que ela tirasse conclusões precipitadas
Stella: então me fala o que houve!
Peter: o fato é que... – ele para e respira fundo buscando coragem – é que... eu ainda amo você Stella, é isso! – diz de uma vez sem olhar pra ela
Ele falou de uma vez, e agora o silencio reinava. Ficaram assim por um tempo.
Peter: por favor, diz alguma coisa. – diz olhando novamente para as ondas do mar
Stella: Peter... – ela começa
Peter: eu sei que já devia ter esquecido o que houve entre a gente e eu pensei que tinha esquecido, mas quando eu te vi aqui de novo parece que tudo entre nós aconteceu ontem – ele diz se virando pra ela e falando nervosamente e olhando diretamente nos olhos dela
Stella: eu nem sei o que te dizer Peter... – ela não sabia mesmo, parece que estavam vivendo a mesma coisa que antes, mas muita coisa havia mudado
Peter: eu não posso esperar nada de você, e eu não devo. Nós não temos mais nada, já passou, eu só... – ele continua falando como se quisesse se explicar ou mesmo se desculpar por sentir o que sente
Stella: deixa eu te falar uma coisa – ela vai ate ele e segura suas mãos fazendo com que ele a olhe - eu amei muito você e você sabe disso, quando eu fui pra NY só Deus sabe o que eu sofri sem você- ela dizia firme- mais o tempo foi passando, eu comecei a trabalhar, nós estávamos cada vez mais distantes, muita coisa aconteceu, e...
Peter: e você encontrou outra pessoa – ele a interrompe - e agora é ele que você ama – diz abaixando o rosto
Stella: foi isso que aconteceu, mas isso não importa – ela pega o rosto dele e levanta alinhando-o com o dela- o que importa Peter, é que você é meu amigo e não quero que isso acabe.
Peter: não vai Stella – ele diz firme – ainda somos amigos, nós sempre seremos, eu prefiro ter você como minha miga do que não ter de jeito nenhum.

Stella: então prometa que não vai mais me evitar! – diz segurando os ombros dele e em um tom de reprovação
Peter: eu prometo, me desculpe – diz a abraça forte - foi bobeira minha!
Stella: eu te perdoou, mas com uma condição? – ela disse isso em tom desafiador, e ele a olhou um tanto assustado e ela não teve como não rir da expressão dele – dance comigo!
Peter: com todo prazer – ele diz com um sorriso largo, e certo alivio, pensava que a condição seria algo mirabolante que ela pensou naqueles segundos.

Ela agora tinha um sorriso largo no rosto, ainda ria da cara de assustado dele.

“Ela é realmente apaixonante” – Peter pensa, mas as coisas estavam boas entre eles do jeito que estavam, e ele não pretendia estragar.
Eles vão ate a pista de dança que havia sido adaptada no restaurante e dançam animadamente... Depois de dançarem, bateu sede e a bebida que tinha ali ficou pouca pra eles. Logo por que Stella a cada copo que virava era uma dose a mais pra esquecer Mac de vez, e Peter só aproveitava cada momento com Stella de novo, parecia estar voltando no tempo. E festa vai festa vem, os dois já bem “animadinhos” vão pra pista de novo, musicas lentas tocavam agora, as luzes do lugar deixaram de ser piscantes e o ambiente foi preenchido por luzes vermelhas com um contorno amarelado que deslizavam lentamente pelo ambiente.

Ela estava com as os braços em volta do pescoço se segurava firme junto a ele descansando sua cabeça no ombro dele, logo porque já estava meio zonza. Ele por sua vez tinha seus braços em volta da cintura dela, e por vezes deslizava suas mãos pelas costas de Stella. Dançavam em um suave balanço de pra lá e pra cá, em silencio, ate que já não contendo mais seus atos e devido a proximidade dela ao seu corpo, Peter beija a curva do pescoço de Stella, ao mesmo tempo em que deslizava seu rosto e passava seus lábios pela pele exposta dos ombros dela até chegar em sua orelha, respirando fundo como se quisesse que o cheiro dela ficasse entranhado em suas narinas pra sempre. Estava cominado, seriam só amigos, mas os dois estavam bêbados e nem respondiam mais a seus atos. Depois Peter beija sua bochecha bem próximo a boca dela no mesmo impulso que a trás pra mais junto dele.
Stella: ei Peter, o que está fazendo? - diz de olhos fechados, percebendo as ações dele, e por conhecê-lo tão bem sabia que estavam carregadas de segundas intenções
Peter: nada, só queria sentir seu cheiro de novo – diz com o nariz afundado nos cabelos dela
Stella: não faz isso Peter – diz em um sussurro, já totalmente envolvida- lembra do que conversamos?
Peter: não sei se lembro ou se quero lembrar, por favor Stella – eles se olham ainda dançando - só preciso sentir você de novo.

Ela o olhava e sabia que se fizesse qualquer coisa iria se arrepender depois, ela não o amava mais, não como homem, e tinha medo de avançarem o sinal e ele alimentar qualquer tipo de esperança, mas ela não podia negar que estava envolvida, ou ao menos ficou com vontade, não se sabia se era pela raiva que estava de Mac ou simplesmente por estar bêbada. As coisas poderiam ficar confusas no dia seguinte, mas... era no dia seguinte e ela não quer pensar nele agora.

Stella: Isso não vai dar certo – ela diz balançando a cabeça negativamente, mas no canto da boca tinha um sorrisinho que não passou despercebido por Peter.
Peter: tomara que não dê mesmo! – diz apertando-a mais contra ele e colocando uma de suas mãos na nuca dela
Sem dar a ela a chance de dizer mais nada que pudesse frear seus atos, ele a beija ali na frente de todos. Ela sentiu os lábios dele nos dela e era como se tivesse voltando no tempo que eram namorados, o beijo dele continuava igual, e sem ela ao menos ter tempo de relembrar mais algum detalhe já sente a língua dele invadindo sua boca, e ela não resistiu, abriu mais sua boca e o beijou de volta.

Stella: Droga Peter – ela diz com as mãos cerradas na gola do paletó que ele usava - eu sei que vou me arrepender disso depois – fala mantendo ainda seu rosto colado no dele.
Peter: pensamos nisso outra hora, agora vamos sair daqui- diz se afastando dela
Ele pega na mão dela, pegam o carro dele e vão rumo à casa de Stella. No caminho ela pensou em desistir, não queria dar esperanças a ele, mas ela não parou se já estava ali, agora iria ate o fim. Peter nem de longe pensou em desistir, só queria ir pra qualquer lugar em pudesse ter Stella só pra ele novamente. Chegam a casa dela e não pararam pra mais nada, ele parece que tinha sede dela, e em pouco tempo estavam juntos na cama de novo, como nos velhos tempos, que agora não pareciam tão velhos assim. Enquanto faziam tudo aquilo, ela pensava.
Stella: “Eu não vou negar que isso está muito bom. Peter me conhece muito bem, conhece meu corpo, e não era pra menos, ficamos juntos quase que uma vida. Ainda é bom sentir o toque dele, sentir seu corpo no meu, sua boca na minha, sua língua na minha língua, ficarmos juntos de novo nessa cama como nos velhos e bons tempos. Eu sei que ele ainda me ama, eu também gosto muito dele mais não como ele espera. Então se eu não o amo, por que estou fazendo isso, por que estou entregue a ele de novo...? Claro. Ele, sempre ele... Mac Taylor.”

Continua...