Doce Despertar de Um Vampiro escrita por Jacqueline Sampaio


Capítulo 3
Capítulo 3




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Bella: Tânia disso isso?

 

Edward: Sim. –Bella estava sentada em uma poltrona na sala da casa de Edward, esta não o olhava.

 

Bella: Quero ouvir de sua própria boca. Quero falar com Tânia, talvez ela me explique melhor o que está acontecendo.

 

Edward: Não ligo se quiser sair da segurança desta casa, mas você não pode se aproximar de Tânia. Traria problemas a ela. James a mataria se soubesse que ela ajuda a escondê-la.

 

Bella pareceu pensativa, olhou para um ponto qualquer.

 

Bella: Quanto tempo terei de ficar aqui com você?

 

Edward: Tânia está abrindo uma filial de seu cabaré em Chicago, você irá para lá assim que tudo estiver pronto. Se não dá valor a sua vida e quer sair desembestada por ai pense nela e no quanto será prejudicada com sua decisão.

 

Bella: Não tenho o que pensar. Ficarei aqui. Faço isso por Tânia que é como uma mãe para mim.

 

Edward: Não se preocupe. Eu posso ser um mostro, mas só ataco quando provocado. Se você se comportar, sairá ilesa daqui.

 

Bella: Mesmo falando desta forma tudo isso soa como uma ameaça para mim. –Bella sorriu debochada.

 

Edward: Interprete como quiser. Tem roupas no quarto em que está instalada, fique a vontade. Providenciarei comida humana para você. –Edward sai e Bella o olha aturdida. Não estava acostumada com a idéia de que aquele rapaz não era como ela, não era humano.

 

...

 

Os olhos castanhos abriram-se para a nova manhã. Sabia que o sol havia raiado pela luz que adentrava uma pequena fresta da janela, mas estando naquele palacete parece que a noite estava sempre presente. Estar entregue a escuridão daquela forma não a agradava, mas por Tânia e para manter-se segura seria capaz de tudo, até de conviver com uma criatura de caráter duvidoso.

 

Bella: Conde Cullen... –Pronunciou o nome sem perceber. Banhou-se vestindo uma vestimenta ofertada pelo mesmo. O encontrou sentado em uma grande mesa de jantar, o café da moça arrumado com esmero - Bom dia. –Não ousou fita-lo, sentou-se próximo a ele e começou a degustar da refeição ofertada. Viu que este bebia algo com coloração vermelha, não parecia ser vinho. Não ousou perguntar. Temia a resposta.

 

Edward: Dormiu bem, senhorita Swan?   

 

Bella: Para as poucas horas em que dormi até que dormi bem. E o senhor, Conde Cullen? –Sorriu pelo modo como a moça se dirigiu a ele.

 

Edward: Dormirei assim que terminar sua refeição, senhorita.

 

Bella: Ah, é mesmo! Se você é o que diz ser não dorme durante a noite.

 

Edward: Pelo modo como falou deste detalhe parece não se importar de forma significativa sobre o que sou.

 

Bella: Só não quero demonstrar nenhum sentimento negativo com relação a sua pessoa visto que está me abrigando aqui em sua residência. –Admirou a face serena e a beleza peculiar da moça, era a primeira vez que via um humano que não demonstrava teme-lo pelo que era. E tinha de admitir que estava encantadora no vestido cor vinho oferecido por ele. - Só me preocupo em saber que ficarei estagnada em sua casa sem poder fazer nada para me entreter.

 

Edward: Existe algo que pode ser feito para seu entretenimento. –Aproximou-se perigosamente de Bella.

 

Bella: O que? –Falou confusa.

 

Edward: Cante para mim.

 

Bella: Cantar?

 

Edward: Venha. –Pegou a mão da jovem que ainda estava confusa com a atitude dele. Bella parou em frente às portas negras do aposento do rapaz, crispou seus olhos.

 

Bella: Acha que entrarei em seu aposento, Conde Cullen? –Mandou um olhar assassino para Edward que sorria.

 

Edward: Não interprete de forma errônea o que desejo de você. Estou exausto e irei dormir. Quero escutar sua voz. Disse que queria se entreter. Tem forma melhor do que cantar? Além do mais é uma forma de agradecer por tudo o que fiz para você. –Edward agia de forma contraditória, era isso que Bella pensava enquanto adentrou o aposento do mesmo. Este se deitou em sua grande cama e Bella se pôs de pé, sua voz angelical tomou conta do aposento. Edward, deitado, adormeceu em pouco menos de vinte minutos. Bella cessou seu canto ao perceber que este adormecera. Imaginou que assim que adentrasse o quarto ele a atacaria, não foi o que ocorreu. Talvez estivesse julgando-o precipitadamente. E teve de admitir que se sentiu bem melhor depois de cantar, mesmo tendo apenas um ouvinte. E então viu surpresa que por trás daquele olhar frio e muitas vezes cínico poderia ter uma feição tão angelical.  

Sentou-se na cama, este dormia tão profundamente que parecia estar morto. Se bem que por ser vampiro ele estava sempre pálido e frio. Tocou levemente seu rosto, logo afastou sua mão.

 

“-Devo estar ficando louca!” - Constatou a jovem balançando a cabeça negativamente enquanto levantava-se, alguém segurou sua mão em um pedido mudo para que permanecesse ali. Edward capturou sua mão ainda inconsciente, a força que empregou não deixou Bella se soltar. Esta tentou então acordar o jovem vampiro aproximando seu rosto do ouvido masculino.

 

Bella: Conde Cullen? Acorde. Solte-me. - Falou plácida. Edward não respondeu. Aproximou-se mais e quando iria tentar acordá-lo, Edward puxou o corpo feminino encostando os lábios aos de Bella. Por alguns instantes esta se deixou levar pela prazerosa sensação que sentiu, mas logo acordou. Depois de alguns minutos experimentando os lábios do jovem vampiro enquanto seu corpo ainda estava sobre o dele ela conseguiu se desvencilhar.

 

Bella: SEU... –O olhou com fúria e indignação, Edward sentou na cama e sorriu de forma sensual. Esta deixou o aposento furiosa com o ato, mas ao chegar até o local onde dormia suspirou. O que fora aquela sensação prazerosa? Ela não podia mentir para si mesma, havia adorado sentir os lábios macios e frios daquele ser. Constatou que os vampiros descritos na literatura eram realmente seres misteriosos e envolventes.


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