Tudo Acontece em Baker Street escrita por Ell


Capítulo 16
Burburinho na hora do casamento.


Notas iniciais do capítulo

Então né gente, Sherlock levou uns dois anos para contar a verdade para John, e eu só levei um ano para atualizar a fic, ou seja, eu estou perdoada né?
Um milhão de coisas aconteceram nesse meio tempo. Mas o que importa que chegamos ao penúltimo capítulo dessa fic amorzinho.
P.s.: Achou que estou um pouco enferrujada para escrever Jonhlock, então perdoem o capítulo.



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Todos ficaram enaltecidos por terem escutados o voto que Jonh leu para Sherlock. Era tão puro, tão bonito e tão verdadeiro, que foi impossível uma alma naquele recinto não se emocionar com as palavras ditas.

— E agora vai ser a hora que meu irmão estragará tudo. - Mycroft sussurrou no ouvido do marido, Lestrade.

— Será que você consegue ser mais pessimista Myke? - O policial não acreditava como o marido podia destruir o romantismo em alguns poucos segundos.

— Eu não estou sendo pessimista! - Mycroft agora estava virado para o outro, sem se importar nos olhares que podia receber dos outros convidados, ou até mesmo da sua mãe. - Eu conheço meu irmão desde sempre. Quando eu era pequeno cheguei a pensar que ele era algum tipo de robô saído do mundo de Doctor Who. - A voz do Holmes mais velho não estava alto, mas era um murmurio considerável comparado com o silêncio que agora descansava pela igreja. Sem contar que estava com uma expressão cerrada, pronto para começar uma discussão.

— Inacreditável! - Agora Greg também olhava nos olhos do outro. Sua voz, um pouco mais grossa, tinha demostrado que o que começou como um comentário inocente poderia agora evoluir para uma briga. Uma briga no meio do casamento do seu cunhado. - É incrível como você tem que voltar a atenção toda para você, como você precisa está certo sobre tudo e todos.

— Pai? Papai? -Amélia apesar da pouca idade já sabia que aquela cena não era nada bonita para um casório. - Será que vocês podem discutir depois? - A pequena tinha um olhar determinado a parar com toda aquela besteira. - Não sei se vocês se lembram, mas estamos em um casamento. - Ao contrário dos adultos, a menina falava o mais baixo possível, pois já tinha percebido o olhar da avó para os seus pais.

Greg abriu e fechou a boca, sabia que era inútil argumentar com a pequena, e ela estava certa de qualquer jeito, quando voltou-se para Mycroft, o mesmo tinha um sorriso cínico no rosto e um olhar de “ Eu sei que estou certo”.

***

A senhora Holmes por pouco não tinha se levantado do seu lugar para dar uma lição no filho mais velho e no genro. Como é que os dois começaram uma discussão no meio de um casamento?!

— Harriet. - O senhor Holmes disse seu nome, o que chamou a atenção da outra. - Esqueça isso, se você for até lá causará uma confusão ainda maior. Quer mesmo estragar o casamento do seu filho?

— Se ele mesmo não estragar. - Ela respondeu em seco se ajeitado na cadeira branca de plástico. - Diversas vezes eu pedi para ler os votos dele, e em todas ele se recusou. John preparou um discurso lindo, e eu aposto que o desnaturado do nosso filho vai falar sobre cadáveres ou algo do gênero. Onde foi que erramos querido?

O pai apenas riu e beijou a mão da esposa.

***

— Eu aposto duzentas libras que Sherlock vai falar algo que assustará até nós que já convivemos com ele. E você senhora Hudson?

— Molly! Não acredito que você está pensando em algo assim. - Molly se envergonhou um pouco da reação da amiga, mas logo percebeu que a mesma estava esboçando um sorriso, e que estava só brincando. - Mas eu também acho que ele falará alguma tolice. Você está apostando com mais quem?

— Bem, Sally concorda com nós. Só não Andrew.

— Andrew não? O que o mesmo pensa?

— Ah, ele acha que Sherlock ficará nervoso e irá fugir antes.

— Justo. - E as duas mulheres riram.

***

Enquanto isso no altar, Sherlock pigarreava para chamar atenção de todos para si.

— Posso começar? - Ele olhou para o juiz que ministrava o casório. O mesmo assentiu com um balançar de cabeça.

— John, eu estou longe de ser bom com as palavras, você sempre teve mais desenvoltura nesse aspecto. Sei também que muitos aqui acham que falarei alguma bobagem, não os culpo, a mais bela poesia seria perto dos votos que você fez para mim uma bobagem. Porque eu sei John, que você me ama de um jeito quem nenhum escritor poderá sonhar em colocar um papel. Você me ama John, com toda a certeza do mundo, como todos os sentimentos que uma pessoa pode sentir de bom para outra. E eu te amo também John. Eu te amei pela primeira vez quando você salvou a minha vida sem nem mesmo me conhecer. Você me protegeu sem questionar nada. Eu te amei também John naquela piscina, eu te amei e tive medo, porque sua vida corria perigo por causa de mim. Eu te amei todas as vezes que você insistia para que eu comece algo antes de ir trabalhar em um caso. Eu te amei quando você não me deixou quando eu voltei a ter meus problemas com as drogas. Eu te amei quando você esperou dois anos por mim, eu te amei quando eu percebi que eu preferia perder a minha liberdade do que vê você morto. E eu te amei John, quando você me aceitou como seu esposo. E por tantas outras coisas John eu te amo. Eu te amo por você fazer o meu chá quando eu passo noites acordado tentado solucionar um caso. Eu te amo quando você fica bravo quando as pessoas me julgam como um idiota prepotente. Eu te amo quando você deixa sua barba por fazer e seu cabelo despenteado. Quero ressaltar que eu disse barba, e não bigode. Pelos deuses John! Aquele bigode era horrível! - Todos do recinto não aguentaram e soltaram algumas gargalhadas. Até John que tinha seus olhos lacrimejados soltava risos no meio dos soluços. - Eu posso não ser bom com as palavras John Watson. Mas, pelo menos, posso dizer que te amo.


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