Forever And Beyond - Jackunzel escrita por G. Ellie (Miss Frost)


Capítulo 9
O inverno do destino


Notas iniciais do capítulo

Hey divas do Nyah! Como prometi aqui estou eu! Um obg especial a Gabryelle Frost e a voce que está lendo e acompanhando. Dedico a voces e a Gabryelle minha nova leitora! Gente esse cap rendeu meu fim de semana. Caprichei, é o maior cap que já escrevi! Bem chega de conversa até lá em baixo...
* boa leitura



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POV Jack

O desespero tomou conta de mim. Tudo que eu queria naquele momento era um abraço da minha mãe que eu nem me lembrava. O que será que ela deve está fazendo agora? Me procurando? Chorando pela minha perda? Além dessas perguntas meio que repetidas outra veio em minha mente confusa: “Eu já existi? Ou eu sou uma espécie de alma sem rumo que se perdeu na terra? Ou melhor, eu sou um fantasma?” EU EXISTI MESMO? EU EXISTO MESMO? Agora com a hipótese de nunca ter existido eu não conseguia ver uma solução. O que vou fazer? E se nunca ninguém puder me ver? Vou viver pra sempre assim? O que será de mim? De repente, uma leve brisa passou por mim bem suave, me fazendo entrar em estado de “eu quero a mamãe” – momento dramático on– Não aguentei, fui um fraco na hora, não segurei minhas lágrimas que caíam era como um pedido desesperado de mim mesmo pedindo ajuda. Sozinho, completamente sozinho. É eu estou assim, sozinho, sem rumo, sem esperanças, sem futuro, andando no escuro, sem a menor dica de onde estou ou quem eu sou. Deitei-me no gramado para olhar o céu estrelado que me presentiava naquela noite. O vento bailava sobre mim levando mim como eu medo de não existir. Minhas lágrimas continuavam a cair sem menor impedimento da minha parte.

– Lua, por favor me diz algo. Por favor... – foi a última coisa que disse antes de cair em um sono profundo que era a única coisa que me fazia bem naquele instante.

...

Acordei com os gritos das crianças que corriam no gramado próximo a mim. Esfreguei meus olhos e sorrir pra elas, era muito bom ver como elas se divertiam sem medo.

– Mamãe, será que esse ano cai neve?

– Amy já disse que aqui na nossa região não faz neve filha.

– Então vamos a Corona mamãe.

– Nunca novou lá querida.

– Por que?

– Não sei filha mas os pesquisadores já garantiram que dificilmente caíra, lá é muito calor.

– Ah eu queria tanto ver neve mamãe.

– Um dia se você for muito boazinha a gente te leva ao norte do país pra ver neve.

– Sério?

– Sim, mas vamos pra casa que está na hora do almoço.

Neve? Neve. Essa palavra me faz bem mas não consigo me lembrar o que é – me sentindo um homem das cavernas. Meus pensamentos desabaram quando um bebe começou a chorar. E vou te falar, que choro estridente! Eu queria tanto que ele ficasse quieto...tanto que, o que? Algo saiu da minha mão? Sim igual aquela camada que fiz no lago há um tempo atrás. Balancei a minha mão e saiu algo mais estranho: um floco de...neve! HAA! Me lembrei do que é neve. Espera aí, um floco de neve saiu da minha mão? Eu faço flocos de neve? Que massa! Fui no menininho que continuava a chorar e soprei o floquinho até o bebe, o floco bateu no narizinho dele e se desmanchou. Mas na hora o bebe parou de chorar. E sorriu. Sorri também. Me levantei e pensei: “Jack Frost seu bebezinho, deixa de ser idiota, vai explorar seus poderes moleque!” É isso aí, explorar meus poderes! Na cidade onde eu, eu, morri?!

– Corona. É lá onde eles vão ver neve, se eu posso fazer flocos de neve talvez também possa fazer neve! Prepare-se povo de Corona vocês vão conhecer o melhor de Jack Frost! Vento me leva! – falei animado

Peguei carona com o meu único amigo: o vento. Cheguei a tal Corona entusiasmado para ver do que eu era capaz. Fui ao mesmo rio onde “morri”.

– Eai rio? Eu voltei! Tudo bem, o que será que posso fazer? Chuva? – levantei as mãos ao céu puxando o ar, oh ilusão – É não tenho poder de fazer chover. Que tal levitação? Vamos lá pedra suba – sabe aqueles momentos que descobri suas próprias idiotices, tão eu – Nada de levitação. Hum, e que tal neve! Vento me ajuda aqui – o vento me puxou com tudo lá pra cima e como não sou nenhum burro fui “chamando a neve”, não ria porque deu certo, quando aterrissei a neve foi caindo.

– Uhuuu! Quem é o cara? Jack Frost. Quem é o cara? Jack Frost! Neve, neve, neve! Eu voou, controlo o vento, controlo correntes frias, faço nevar. O que mais hein? – bati minhas mãos e... – UOU! Rajadas de gelo? Ahaá! Será que eu faço neblina? – voei de novo e soprei junto com o vento e é eu posso fazer neblina, eu sou o cara!

– Cara, todo mundo tem que ver isso. Esse lugar é muito quente. Ei que tal dar uma esfriada? Hehe preparem-se para o inverno! Voei lá no alto com e com a ajuda do vento fiz nuvens e neblina e pra completar com chave de ouro: correntes de frio pra acabar com esse clima de calor. Ah e a neve? Caiu depois. Deu pra ouvir as pessoas murmurando pela repentina virada de tempo. Quando olhei as crianças saindo de suas casas pra brincar com a neve que caia sem parar foi uma alegria. Agitei a galera com os meus ‘flocos de humor’, principalmente as mães mal humoradas que não deixava os filhos brincarem. Foi um dia divertido, joguei bolas de neve em um bando de gente, isso foi chamando geral pra brincar também. O medo do frio foi extinto pela diversão. Andei pela cidade em busca de gente para alegrar.

Enquanto isso...

Narrador

– Mãe, mamãe, acorda! Está nevando! Está nevando!

– Rapunzel vai já pra cama, volte a dormir.

– Mamãe está nevando, acorde!

– Como assim ne...vando? Rápido feche as janelas!

– Já fechei.

– Então vou pegar os cobertores e casacos e você mocinha vai já pra cama vou prepara um chocolate quente para nós duas e acender a lareira.

– Oba! Aí Pascoal, quer ver neve? Eu também nunca vi, acho que a mamãe não vai se importar se a gente der uma espiadinha na cortina. Uau! Que gelo lá fora! ATCHINN, desculpe Pascoal, acho melhor sairmos daqui vamos nos aquecer.

– Querida ponha esse casaco de lã, essa jaqueta, essas luvas, essas meias, esse protetor de orelhas e esse gorro.

– Mamãe, eu já tenho 8 anos. E nem está tão frio assim.

– Ponha já se não o Bicho Papão vai congelar suas orelhas e seu nariz.

– Bicho Papão? Quem é esse?

– É um monstro que pega as crianças malcriadas que não obedecem suas mães.

– Ele existe mesmo? Eu não tenho medo mamãe.

– Ah você cresce e fica sem graça! Venha logo para perto da lareira.

Oito anos depois

Pov’s Rapunzel

Mais uma vez o dia está começando
Às sete em ponto devo varrer o chão
Tudo encerar, polir pra ficar brilhando
Faço assim, e no fim e sete quinze já são

Então começo a ler um livro ou dois ou três
A minha galeria eu pinto outra vez
Depois violão, tricô tentando imaginar
Quando a minha vida vai começar

Depois do almoço jogos e usar o forno
Papel machê, balé e jogar xadrez
Vasos, ventriloquia e fazer adornos
Alongar, retocar, escalar, sem timidez

Então voltar a ler se tempo me sobrar
Pintar um pouco mais sem nunca terminar
Depois o meu cabelo inteiro escovar
Mas sem sair deste mesmo lugar

Imaginando mas quando, mas quando a minha vida vai começar?

Amanhã de noite irão aparecer
As mesmas luzes convidando a descer
Como será? Preciso descobrir
Minha mãe agora bem podia deixar eu ir

– Ufa! Como dá trabalho ser responsável né Pascoal? Pois é amanhã é meu aniversário e não sei o que vou pedir de presente me dá uma ideia. – Pascoal apontou seu rabo para o lado de fora da janela

– Mas aí não tem jeito eu não saio e nem o senhor. Lembra ano passado no que deu? Ela ficou chateada e não quero magoá-la novamente. Eu sei que ela só está me protegendo, é pro meu bem. Ei sabe o que queria? Que nevasse no meu aniversário. Seria muito legal e muita sorte também.

Em algum lugar de Corona...

– Estão ouvindo isso? São risadas. Eles estão sorrindo, estão felizes e pior: não estão com medo. Maldição! Como isso foi acontecer? Logo aqui? Tem alguém tirando meu medo, quem é o intrometido? Se eu descubro! Aliás, e essa neve em Corona? Mas eu vou descobrir! Seja lá quem está fazendo isso vai aprender o que da se meter com o Bicho Papão.

Pov’s Jack

Abril, mês de outono, mês chato. Oh droga! Eu queria mesmo mês frio todo mês mas a lei da natureza não permite. Umas sombras ao lado de uma casa me chamam atenção uma delas era em forma de um cavalo. Peguei meu cajado e segui até um beco.

– Ora, ora, ora. Então é você o rapazinho do bem. Oh que bom menino!

– Quem é você? Você pode me ver?

– Mas é claro que sim assim como você também me ve.Vou ser direto, fica na sua garoto, você está trapalhando a minha área.

– Como assim área? Do que você está falando?

– Pare com essa de diversão. Andei observando você, você e suas palhaçadas estão fazendo as pessoas perderem o medo.

– Mas isso não é bom?

– NÃO! É CLARO QUE NÃO! Pode ser bom pra você que gosta de viver sozinho e invisível mas eu não. Então larga dessa de menino da diversão.

– Espera aí, você é o tal Bicho Papão! Que fica pregando peças em todo mundo. Você está deixando todos com medo sabia?

– Obrigado, obrigado, sei que sou bom.

– Bom? Você é ridículo! Assustar crianças? Que coisa mais imbecil!

– Olha moleque não me questione! Você não sabe do que sou capaz, não entre no meu caminho!

– Nem você do que EU sou capaz.

–Haha e o que você vai me fazer me bater com essa vara?

– Vem pra você ver.

– Hum já que pediu.

Me lembro de uma escuridão me levou pra cima. Depois cai e mesmo assim ele não se deu por vencido, cavalos negros vieram pra cima de mim e me cobriram. Então joguei uma rajada de gelo neles e cai mais e mais. Outro cavalo persistente tentou me puxar e lancei nele e nos outros uma forte corrente de ar. Antes de cair ouvi o trovão anunciando a chuva.

Pov’s Rapunzel

Nossa como o tempo mudou, esfriou e estava ventando muito. Fechei todas as janela da torre e acendi cuidadosamente a lareira que foi apagada pela enorme ventania que abriu a janela principal. Pascoal voou longe e caiu no sofá. Fechei novamente a janela e fui correndo ver como meu lagartinho estava.

– Pascoal, vocês está bem? Pascoal?

Ele deu grilhinhos mostrando que a mudança de temperatura não lhe fez bem.

– Oh dó, você está doidoi? Deixa que eu cuido de você. Vou te preparar um mingau bem morno como você gosta. Ih olha só começou a chover, bem do jeito que você gosta, ouvir o barulhinho da chuva.

*

Pov’s Jack

Quando voltei a mim já estava encharcado e perdido. Cai bem no meio de uma floresta densa e úmida. Tentei voar mas não consegui devido a chuva forte. Subi em cima de uma pedra para me localizar mas foi inútil. Sentei embaixo de uma árvore e tentei me apoiar na pa...rede? QUE PAREDE? Não era uma parede e sim uma “muralha de plantas” que formava uma cortina. Abri a “cortina” e achei uma caverna entrei lá dentro pra me abrigar. Mas fui andando, andando, andando e descobri que na verdade era um caminho, um túnel. Fui até o final onde tinha outra cortina. Abri-a e vi um local que se não estivesse chovendo seria um paraíso. Não tinha árvores juntas uma das outras, tinha um lago, flores e até no meio havia uma torre. Isso aí, uma torre, aparentemente abandonada. Encostei em uma das paredes e fiquei pensando no que fazer. Subir seria a melhor opção. Então escalei a torre com dificuldades mas foi.

*

Pov’s Rapunzel

Eu e Pascoal ficamos em frente a lareira tomando chocolate quente e lendo histórias. De repente ouvi barulhos, parecia que alguém estava escalando a nossa torre! Levantei e peguei a coisa mais pesada que vi: minha frigideira de chumbo grosso. Ficamos de alerta em frente a janela principal onde dava acesso a torre. Seja quem for o espertinho ele vai se ver comigo ou não me chamo Rapunzel!

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...


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Notas finais do capítulo

Continua.... haha
Malvada né eu sei mas faz parte da surpresa hehe
Ah, no próximo o Jack vai sorrir (deixando o melhor pra depois)
Bjoss com glitter, até quarta!