Forever And Beyond - Jackunzel escrita por G. Ellie (Miss Frost)


Capítulo 10
O encontro


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! me perdoem por não ter postado ontem! Vou fazer o impossível pra postar sem falta! Eu alterei as datas de postagens, agora vai ser as segundas e terças-feiras. Ai mais um cap que é o primeira vez que eles se encontram! Emoção a flor da pele! Espero que gostem ;)
* boa leitura



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POV Jack

Aquela torre, vou te contar, oh coisa difícil hein! Parece que foi feita pra ninguém escalar! E a chuva não ajudava nem um pouco, engrossava mais a cada segundo! Imagine: você é lançado com tudo velozmente até uma floresta densa e desconhecida. Cara, eu estava sonzinho. E na chuva! Nem pensei duas vezes quando achei a torre. Finalmente cheguei ao seu topo onde tinha uma enorme janela com umas... flores? Flores vivinhas? Como? Alguém mora ai? Isso é o que vou descobrir agora...

É aqui onde estou agora, e em resposta a minha pergunta, sim tinha alguém de cara uma voz suave se dirigiu a mim:

– Eu sei o que faz aqui, mas saiba que não tenho medo de você!

Alguém está escondido na torre e... espera, o que é aquilo no chão? Uma corda? Não, meus olhos estão me iludindo? Não pode ser! Isso é CABELO ESPANHADO PELA TORRE?

– Eu não tenho medo de você! – uma frigideira veio em minha direção e por centímetros não me acerta.

– HÁ! Eu não tenho... o que? Pascoal eu juraria que vi alguém aqui. Eu ouvi, eu ouvi alguém subir! – tropecei na frigideira caída.

– Quem está ai? – uma menina sai do escuro da torre, ela fazia força para fazer voz grossa e intimidadora.

– Pascoal, você ouviu? TEM ALGUÉM AQUI! APAREÇA COVARDE! Pascoal você acha que estou ouvindo coisas? Será que é o Bicho Papão? O que ele iria fazer comigo? – a menina apareceu na iluminação da janela e pude ver que aquele cabelo no chão era todinho dela.

– Bicho Papão apareça! Não tenho medo de você! NÃO TENHO MEDO DE VOCE! – me levantei do chão e a menina olhou pra minha direção assustada como, me olhou como se pudesse me ver.

– COMO ME ENCONTROU? O QUE VOCE QUER DE MIM? SAIBA QUE NÃO VAI TER! SAI DAQUI AGORA! – ela olhou de novo pra mim com expressão de susto e de autoridade.

– VOCE NÃO ESCUTOU? SAI DAQUI AGORA!

– Oh menina ficou doida é? Está gritando com quem?

– Oras, está vendo mais alguém aqui além de mim e você?

– Espera aí você pode me ver?

– Está me chamando de cega? É claro que posso te ver idiota!

– Sério? Você pode me ver? E me escutar?

– IDIOTA! SAIA DAQUI JÁ! EU NÃO TENHO MEDO DE VOCE!

– E não precisa ter medo, eu não vou machucar você!

– Não subestime minha inteligência rapaz! Acha que não sei porque você está aqui?

– Se acalme, eu não vou machucar você.

– Me acalmar? Cai fora daqui!

– Calma, me escuta – tentei me aproximar dela

– FIQUE LONGE DE MIM! – ela me bateu uma forte pancada com tudo na minha cara.

Pov’s Rapunzel

Caramba, esses ladrõezinhos de hoje são muito ousados! Pedi para me acalmar? É fogo! Ele até se aproximou de mim achando que sou tolinha e ingênua! É ruim! Dei-lhe uma frigideira na cabeça!

– AH! E agora Pascoal o que eu faço com ele?

– AI DOEU! PARA, OLHA PRA MIM! – ele se levantou do chão ainda consciente, quando ia bateu nele com a frigideira ele segurou meus braços, foi inevitável não olhar pra ele.

– Escuta! Eu não vou machucar você! – empurrei ele pra longe

– Quem é você e o que quer comigo? – não abaixei a guarda.

– Eu nem te conheço o que iria querer com você? Vim parar aqui por acidente, vi essa torre e subi, está chovendo muito lá fora.

– Acidente?

– Sim acidente.

– Como me achou?

– Também por puro acidente.

– Sei, então tá pode ir embora.

– Ei, espere. Até que esse acidente valeu a pena.

– Sai fora moleque!

– Calma, deixa eu explicar. Acredite, por favor acredite, pode parecer loucura mas é verdade. Você é a única que pode me ver, escutar e me entender.

– Tipo você é invisível?

– Sim

– Hahahahahahaha você vem aqui por “acidente” e ainda tenta surtar minha inteligência?

– É sério, por favor acredite!

– Você espera mesmo que eu acredite nisso?

– Olha, é sério!

– Sei

– Olha pra mim bem nos meus olhos e vê se eu estou mentindo. – sabe o que vi? Dois olhos azuis perfeitos que me hipnotizaram.

– Tá e daí?

– Eu não estou mentindo!

– Prove!

– Eu não posso ser visto por ninguém, todos passam por mim como se não existisse a mais de 5 anos!

– O que vai me dizer agora? Que voa e tem super poderes?

– Na verdade tenho sim.

– Hahahahahaha era só o que me faltava.

– E eu posso provar, olhe – o menino fez um sinal com a mão na direção da janela e uma corrente fria entrou na torre.

– Viu?

– Isso foi só uma conhecidência.

– Então isso – ele tocou na mesa e a mesa congelou.

– E isso? Quer mais? Então olhe só – ele soprou na vidraça da janela e desenhou uma borboleta, depois soprou nela e ELA SAIU DA JANELA E VOOU! TOMOU FORMA DE VERDADE!

– Então? Conhecidência?

– Como...?

– Não sei só sei que tenho.

– Como é possível...? Quer dizer ninguém pode te ver? Por que?

– Não sei, sempre quis saber também, mas você, você pode me ver, será que pode tocar? – ele se aproximou de mim com um sorriso bobo

– Posso – toquei em seu braço

– Finalmente depois de tantos anos sozinho alguém me vê!

– Nem imagino como deve ser viver sozinho por tanto tempo.

– Não queira saber.

– Eu realmente não acredito, você, você, você, tem poderes! Você tem poderes!

– Hehe também não. Ah olha a falta de educação. Meu nome é Jack Frost.

– E o meu é Rapunzel

– Me diz Rapunzel, eu sei que é muita impertinência mas sério que você mora aqui?

– Sim moro aqui

– Desde de quando?

– Desde de sempre

– Como você aguenta morar aqui? Aqui é muito longe da civilização, digo, como você encontra suas amigas aqui?

– Eu... ei isso realmente não te interessa. – a chuva lá fora parou.

– Desculpe, foi mal.

– É foi sim. Já parou a chuva, a saída é a mesma que você entrou.

– Espere, é que você...

– Ok, sou a única que te vejo sei - eu ainda não acreditava nessa ladainha toda – Mas o que posso fazer? O que quer que eu faça? Uma festa? Ou um cartaz enorme escrito “Ei tem um menino invisível do meu lado”.

– Não! Eu só... – ouço barulhos do lado de fora da torre, parecem passos.

– Rapunzel, querida! Cheguei!

– Essa não!

– O que foi?

– É a minha mãe ela chegou! Rápido se esconda!

– Oi, ninguém pode me ver esqueceu

– Para de palhaçada moleque! Se esconda e quando minha mãe estiver distraída saia de fininho!

– Ué, você não acredita? Então eu vou provar! Vou ficar bem aqui parado e não saio!

– Rapunzel, eu estou ficando velha de tanto esperar.

– Se eu me meter em uma burrada por sua causa garoto... já vou mãe.

Pov’s Jack

Rapunzel foi a janela e soltou seus enormes cabelos – ih me esqueci dos cabelos dela! – não sei pra que. Então ela os puxou de volta e dessa vez com alguém pendurada nela: uma mulher que deveria ser sua mãe.

– Ora Rapunzel, imagino como deve ser exaustivo fazer a mesma coisa todo dia sem falta.

– Que isso, não é nada.

– Então não sei por que demora tanto. Oh brincadeirinha querida. Rapunzel o que significa esse gelo na mesa.

– Ahnnn, é que...

– Fez tanto frio assim? Minha nossa querida! Tadinha da minha flor! E parece que não foi só o frio, isso aqui é neve?

– Neve?

– Não, não, apenas sujeira tem que dar uma lustradinha depois. Ok, vejo que está tudo em ordem então... O QUE? – ela apontou para minha direção.

– Mamãe, eu posso explicar, não tive culpa...

– Claro que não querida a culpa é minha de deixa-la tanto tempo sozinha em casa em um tempo desses. Veja o estado dessa casa! Suja e gelada! Oh céus! Vá descansar querida enquanto arrumo as coisas que comprei.

Rapunzel foi até o andar de cima – nem percebi que tinha – e eu a segui.

– Como minha mãe não te viu?

– Viu só o que disse? Só você pode me ver.

– Não saia daí, fique ai! Mamãe, mãe corre aqui.

– O que Rapunzel o que houve?

– Olhe mãe, naquela direção o que você vê?

– Seu quarto?

– Isso mas o que tem nele?

– Coisas de quarto

– Não mãe! Olhe direito! Alguém ai?

– Tem algo que queira me contar Rapunzel?

– Sim tem sim

– Conte

– Descobri que o tal Bicho Papão não é o Bicho Papão, o nome dele é Jack Frost e ele está bem aqui no meu quarto olhe!

– Minha filha! Não acha que está meio grandinha pra ter amigos imaginários, cresça Rapunzel!

– Mãe, olhe bem!

– Olhei, não há nada para ver aqui! Chega de palhaçada tenho que arrumar minhas coisas! – a mulher saiu do quarto

– Não acredito que ela não acreditou em mim, ela não acreditou em mim.

– Não disse?

– Será que estou louca?

– Não você não está?

– Você é alguma espécie de bruxo ou mago?

– Não que eu me lembre. Por isso preciso da sua ajuda, não me lembro de nada da minha vida passada.

– Como assim?

– Não me lembro de nada, nadinha mesmo! A única coisa que sei é que meu nome é Jack Frost mais nada. Sai de dentro de um lago congelado, acho que morri lá.

– Isso é loucura!

– É mas é verdade! Por favor me ajuda!

– O que você quer que eu faça?

– As pessoas te veem e podem interagir com você. Tudo que quero é que me acompanhe.

– Aonde?

– Menti, pensando melhor existe alguém que pode me ver.

– Quem?

– O tal Bicho Papão.

– Como ele é?

– Igual como todos falam: capa preta, vive nas sombras e sua diversão é fazer todos ficarem com medo dele.

– Como você o encontrou?

– Foi por ele que vim pra cá. Ele também tem poderes e lançou umas espécies de sombras atrás de mim que me jogaram no meio da floresta e achar você foi consequência.

– Nossa, é muita informação. Mas o que você pretende?

– Quando o encontrei ele disse que podia me ver assim como eu podia vê-lo. Tenho quase certeza que ele sabe por que ninguém me vê.

– Então vai procurar ele?

– Sim

– E onde eu entro nessa história?

–E se ele não puder mais me ver? E se você for a única? Talvez ele não apareça facilmente a mim mas com você sim.

– Por que?

– Porque você é bem...

– Bem?

– Bem, você sabe

– Não, não sei

– Sabe, inofensiva.

– Oras eu não sou inofensiva!

– Ok, você me bateu com uma frigideira e se eu quisesse te “desarmava” facinho.

– Ââââh, está ok senhor fortão, mas não vou aceitar. Não posso sair daqui, sinto muito.

– Não pode?

– Não, não posso!

– Deixa eu adivinhar: mamãe não deixa?

– É isso aí! Aqui é muito seguro pra mim. Minha mãe surtaria se eu saísse e ela não me deixa muito tempo sozinha.

– Rapunzel, querida tenho que te avisar que vou ter que viajar e volto em três dias.

– Aonde vai mãe?

– Caçar conchinhas! Que você me pediu se lembra?

– Oh você lembrou mamãe.

– É claro você não me deixou esquecer!

– Quando vai?

– Amanhã de manhã. Vai ficar bem sozinha minha flor?

– Sim mãe.

– Otimo, estou preparando uma sopinha pra você, sua predileta

– Hum que fome!

– Agora que ela se vai temos como ir.

– E desobedece-la? Por sua causa? De jeito nenhum!

– Ah por favor! Eu faço qualquer coisa.

– Qualquer coisa mesmo?

– Sim qualquer coisa

– Há uma coisa que você pode fazer

– Que é?

– Me levar para ver as luzes flutuantes!

– Luzes o que?

– Todo ano bem no meu aniversário, eles lançam no céu luzes lindas e meu sonho é ir vê-las! Me leve lá e pronto!

– Mas que pedido bobo, é só você pedir pra sua mãe - espere, ela nunca deixou a menina sair? Meu, que mãe é essa!

– Esse ai é o trato, me leve em segurança e vou com você atrás desse Bicho Papão. Feito?

– Feito – apertei a mão dele em sinal de acordo.

– Bom, já vou indo amanhã a gente se fala! Amanhã de manhã venho aqui para nossa aventura. Até amanhã Rapunzel!

– Até Jack! – ela me levou até a janela de entrada e saída e me despedi. Amanhã minha vida pode começar, pensamentos positivos!

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...


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Notas finais do capítulo

Prontinho, o que acharam? Gostaram? Odiaram? O que está faltando?? Comentem!
Prox. cap:: Jack e Rapunzel embarcam em uma aventura para dar sentido a suas vidas, mas não será bem assim.
Bjinhosss, até!