POV Jack

– Ah! Coelhos possuídos! Maravilha! Existe mais alguma coisa extraordinária que pode acontecer contra a gente?

– Haha você tem senso de humor rapaz – Norte comentou

– Preciso dizer que foi arte do Breu e CIA?

– Acho que todos aqui sabemos bem Coelhão. Aquela bruxa deve ser poderosa! Como pode ter se aliado a ele? Gostaria de saber quem é

O rosto da aracnídeo que sequestrou Rapunzel veio em minha mente como um raio.

– Gente, eu sei quem é – seus rostos apreensivos voltaram sua atenção a mim

– Minha suspeita estava certa. Ela me esfaqueou. Foi ela. Eu a via antes de fugir.

– Ela quem? – Rapunzel perguntou confusa. Então caiu a ficha de que ela não sabia que sua “mãe” era uma bruxa

– Gothel. Sim, sim, a mesma em pessoa. Ela é uma bruxa perigosa, como eu temia

– Convivi 17 anos da minha vida sendo criada por uma bruxa?

– Se é ela – Norte conclui – Então, vocês acham que ela ainda tem interesse no cabelo da Rapunzel?

– Eu acho que sim. Ela ainda estaria presa se não saísse comigo. E pela reação dela ao saber que Rapunzel não estava lá, dava pra perceber a obsessão.

– Mas afinal, porque ela é tão obcecada pelo seu cabelo? Ela tem alguma doença incurável e precisa dele?

– Não. Juventude. Eu cantava enquanto ela penteava o meu cabelo e ficava jovem... foi isso que vi quando abri a minha caixinha de lembranças...

– Hm, se é isso, talvez eles tenham feito um acordo: ela a ajudasse contra nós e ele lhe daria... – Coelhão engoliu a palavra “você”

– Espero que esteja errado... -

– E mesmo que eles tenham feito um trato – Jack falei a ela – Ele não vai fazer nada contra você. Eu prometo.

Acaricie seu rosto levemente, ela sorriu. Norte forçou uma tosse.

– Bem, só há um jeito de acabar com Breu: fazendo as crianças acreditarem mais e mais em nós.

– Sim, sim - Fada interrompeu – Falando nisso, está mais que na hora de ir! Há milhões de dentes para entregar ainda esta noite!

Sandman elevou as mãos à cabeça em sinal de preocupação.

– Ok, ok, vamos voltar ao trabalho gente! – Coelhão bateu a pata duas vezes no chão e um buraco se abriu abaixo de nós. Um túnel cheio de curvas nos levou para o térreo da Oficina no Polo Norte.

– Avisa! AVISA!

– Cuidado com o chão rapaz – ele me lançou um sorriso maldoso de diversão

Norte jogou contra a parede um globo de neve como portal Para o Palácio das Fadas.

– Boa noite pra vocês! Qualquer sinal de Breu me avisem! – Fada disse antes de desaparecer pelo portal

– Ei que história é essa? Temos que...

– Ir atrás de Breu? Não somos caçadores rapaz, somos guardiões! Temos que proteger as crianças deles, ele quer elas não a nós.

– Ok, mas ele está a solta por ai!

– Exatamente rapaz, e está à procura de um brecha. Venha Sand, vou abrir um portal pra vocês. Hoje vão para onde?

Sandman fez formou a palavra “Austrália” acima de sua cabeça.

– Sim, sim, aqui vai – outro globo abriu portal – Vá com ele Jack

– Mas e Rapunzel? Você disse que precisamos dela! E ela está correndo perigo e...

– Então vai também menina – Rapunzel assentiu

– Ok então

– Quer um portal colega? – Norte perguntou a Coelhão

– Eu? – ele riu baixo, bateu sua pata no chão e saiu pelo seu túnel.

– Metido – Norte murmurou – Muito bem, agora é pra valer, boa noite gente

Nós três atravessamos o portal. Aparecemos encima do que parecia um casarão abandonado. Na Austrália, ainda era 13:13 da tarde. Sand fez um avião de areia e nos convidou para uma carona.

– Não, valeu Sand. Hoje deixa comigo, a gente pode se encontrar aqui... umas 16:00? – ele assentiu e acenou para nós enquanto entrava em seu avião

– Eu ainda não entendi, o que você tem que fazer aqui?

– Eu não te contei? O Homem na Lua me elegeu o guardião da diversão. – disse orgulhoso

– Uau hein! Que cargo! – Rapunzel forçou uma “cara de rica”

– Haha fazer o que né? – rimos

– E o que vamos fazer?

– Sei lá. Norte só disse: “levar a diversão às crianças”.

– Ei, tive uma ideia! E se você fizesse coelhos fofinhos e os mandasse até as crianças ali? – ela correu até a ponta o parapeito do prédio e apontou para um grupinho de crianças de caras fechadas andando sem rumo na rua.

– Seria uma boa ideia se não fosse coelhos fofinhos. Depois de hoje estou ficando com medo desses bichos.

– Ok Frost, então pode ser outro

– Frost? – olhei indignado

Desci até uma escada de incêndio lateral do prédio. Joguei uma bola de neve um uma menina

– Ei! Quem foi o palhaço?

– Veio dali Nick

– Oras, mas quem jogaria dali? Ah, vamos logo pra casa! – joguei outra bola de neve, dessa vez em um garoto alto e meio desengonçado; antes dele resmungar joguei outras duas na mesma menina.

– Ah! Parem ok? O dia já foi horrível e não estou nada bem pra brincar de... – e nesse momento, no vidro da janela, desenhei três patos, soprei contra eles e com dois dedos os ‘puxei para fora’. Os patos criaram forma e saíram saltitando pela rua em direção às crianças mal humoradas. Assim que os patos rodopiaram eles, sorrisos tímidos foram aparecendo.

Os patos acariciaram as crianças por um tempo, mas depois saíram em direção à um campinho de terra a um quarteirão dali. As crianças se entreolharam e ambas pensaram na mesma coisa. Saíram correndo atrás dos três patos como se tivessem sido enfeitiçadas.

– Ah, é incrível como seus poderes são mágicos – Rapunzel disse quando eu me inclinei ao seu lado no parapeito do prédio

– Eu sou demais eu sei, pode falar

– Ai, ai, o que fazer com você

– Eu sei o que...

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