Narração

Foi um plano B, improvisado, pegou Gothel desprevenida. Depois que ela viu que Rapunzel perderia seu valioso poder se cortasse seu cabelos, a bruxa não viu outra opção a não ser pegar a menina. Mas onde irá leva-la? Para sua torre escondida no coração da floresta menos visitada de Corona. Uma torre muito escondida e facilmente despercebida, ninguém iria acha-la lá. Mas o que ia fazer com ela? A pobre menina que ainda só tinha semanas de vida iria crescer, ia perguntar tudo sobre sua vida, ia perguntar sobre o cabelo, ia perguntar sobre a mecha de cabelo castanho, enfim, iria fazer perguntas infinitas, então o que fazer?

Naquela noite Gothel nem tinha pensado nisso, estava muito ocupada indo em direção ao seu esconderijo, montada em um cavalo correndo junto com um bebe que não parava de chorar. Ela pegou um atalho pela beira do farol e atravessou os bosques que lhe colidiam. Despistou todos os guardas mas não parou um segundo, Rapunzel não parava de chorar e qualquer sinal de descanso colocaria tudo a perder. Finalmente entrou na floresta Solar Queen (Rainha Solar) e encontrou sua torre sinistra. Com a bebe no colo, ela abriu a porta (que mais parecia um buraco na pedraria da torre) mais sinistra ainda e entrou com a menina passando por uma passagem escura e em espiral que parecia não ter fim. Chegou lá e deixou Rapunzel sob a cama, depois abriu a única janela de sua torre (que aliás era bem grande), acendeu quatro lamparinas que iluminaram o local e pegou vários lençóis e cobertores que tinha para fazer uma espécie de berço para a pequena Rapunzel – que agora já tinha parado de chorar – dormir. Também preparou um leite morno para ela.

– Fique quieta menina! Bebe todo o leite que eu fiz! – Gothel disse com arrogância.

Depois que Rapunzel já calminha e em seu sono perfeito ela foi até um comodo que parecia uma sala de estar e ficou lá parecendo uma doida falando sozinha e andando pra todos os lados.

“E agora o que eu vou fazer? Parece que só tem uma opção. Sem sacrifícios sem vitórias, então vai valer a pena, vou ter que cria-la como minha filha.” – pensou ela.

No dia seguinte, ela saiu da torre e foi no reino de Corona para as comprinhas básicas para sua “filha”. E aproveitando para saber se alguém suspeitava dela.

Quando voltou, preparou mais leite morno para Rapunzel e é claro cantar para ela.

– Olá minha juventude! É hora de acordar! Para brilhar haha. Venha com a mamãe.

“Brilha linda flor

Teu poder venceu

Traz de volta já

O que uma vez foi meu

Cura o que se feriu

Salva o que se perdeu

Traz de volta já

O que uma vez foi meu

Uma vez foi meu”

A bruxa foi aos sorrisos se ver no espelho e sorriu ainda mais ao ver que estava parecendo uma mulher de 30 anos.

– É minha querida flor mágica, parece que você vai deixar a mamãe muito feliz!” – falou as gargalhadas parecendo uma criança quando vai ao parque de diversões.

*

Um ano depois

– Se comer tudinho Rapunzel ganha o bolo.

Aquele era o primeiro aniversário de Rapunzel que crescia mas Gothel nem se preocupava em o que o Rei e a Rainha estavam passando com o desaparecimento misterioso de sua filha..

– Hora da música! – ela pegou a menina no colo

“Brilha linda flor

Teu poder venceu

Traz de volta já

O que uma vez foi meu

Cura o que se feriu

Salva o que se perdeu

Traz de volta já

O que uma vez foi meu

Uma vez foi meu”

– “Binha binha binha”

– Rapunzel você falou? Essa é a sua primeira palavra!

– Binha binha binha – ela apontava pra janela que estava passando “luzes” que só apareciam naquele dia.

– O que é isso? - Gothel analisou as tais luzes

"Ah! Então essa é a tal ideia de achar a filhinha deles?" – pensou Gothel com deboche.

– Se eles dependerem disso. Isso não vai adiantar nada! – ela falou para si mesma.

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