Enquanto isso em Corona...

Pov’s Rapunzel

Minha mãe acreditou em mim. Isso é formidável! Ela realmente acredita em mim, quando contei sobre o Jack ela ficou entusiasmada de verdade! Eu disse a ela que quando ele viesse aqui novamente iria apresenta-lo! Estranho demais pra ser verdade né?

Depois do adorável jantar, joguei com a minha mãe várias partidas de dominó e baralho. Às 22:13 fui para o meu quarto. Tomei banho, li alguns livros mamãe me emprestou sobre o Jack, dei banho em Pascoal e fui dormir. Assim que deitei na cama, não demorou muito para o sono chegar pois estava exausta.

***

Acordei com uma voz familiar

– Princesa! Acorda! – recebi um beijo na testa de Jack que estava ajoelhado ao lado da minha cama

– Jack? Estou sonhando? – esfreguei os olhos confusa

– Não você não está. Entendo porque a pergunta já que ter beijado Jack Frost não é pra qualquer uma – rimos

– Não é? E o que você viu em mim? Sou uma mera qualquer uma. – me sentei na cama e o encarei

– Qualquer uma? – ele passou a mão sobre a minha testa – Não, não é febre, talvez seja uma alucinação...

– Oras, estou muito bem – ri fraco

– Só pode ser! Qualquer uma? Você não é e nunca será qualquer uma!

– Se eu não sou qualquer uma, sou o que?

– Uma bela e inofensiva princesa que foi salva pelo seu príncipe encantado – ele tentou afinou a voz

– Inofensiva? – bati o travesseiro na cara dele

– Uh que malvada – ele se levantou com um sorriso vingativo e pegou outra almofada na mão

– Isso não vai ficar assim Rapunzel!

– Ah é? E o que você vai fazer?

– Ah minha querida, você nem imagina – ele pulou em cima da cama e apertou a almofada sobre o meu rosto com força contra a minha cama, eu estava com dificuldade pra respirar

– Ai, ai Rapunzel! Vou te dizer foi mais difícil do que eu pensei – seu tom de voz mudou para agressivo e maligno e imediatamente, ao perceber que aquilo não era uma inocente brincadeira, tirar a almofada do meu rosto mas não conseguia porque ele me prendia. – Olha, o Breu tentou te avisar pra não chegar perto de mim, sabe aqueles pesadelos? Ah aquele patife dificultou as coisas mas... olha só! Consegui! O Cabelo mágico da minha vida está prestes a ser meu! – parei e pensei um pouco; eu o chutei no meio das pernas; ele saiu de cima de mim morrendo de dor caindo pelas paredes

– Jack! VOCÊ TENTOU ME MATAR? COMO OUSA?? SEU... SEU... VERME!

– Ah querida – ele se ergueu ainda com dor – Vai dizer que você não gostou? Beijou Jack Frost meu bem!

– O QUE VOCÊ QUER COM O MEU CABELO??

– Preciso dele para voltar a ser uma “pessoa” querida. E bem... vamos facilitar as coisas ok? Eu te dou uma pancada na cabeça e pronto! Você não sente mais nada!

Não pensei em mais nada! Sai correndo do quarto gritando, chamando todos que poderiam me chamar. Mas a única coisa que ouvia era o eco da minha voz.

– HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA sério Rapunzel? Meu amor, não há ninguém vivo aqui mais, congelei seus papais e seus cacho... guardas! HAHAHAHA

– MALDITO! – gritei quando vi minha mãe inconsciente no chão do corredor; olhos arregalados, sangue saindo pela boca, corpo gelado... tudo indicava que ele estava certo...

– Ah ela foi dar uma de esperta pra cima de mim e congelei o coração... vê-la morrer aos poucos foi tão... satisfatório... ela podia me ver! Falou de mim pra ela né princesinha?

– MALDITO!! – as lágrimas correram pelo meu rosto instantaneamente ao segurá-la. Eu tentei reanima-la em uma tentativa inútil... uma esperança... e também tinha os empregados, estavam todos em perfeitas estátuas de gelo espalhadas por todo o castelo. – MINHA MÃE NÃO TINHA NADA A VER COM ISSO! NENHUM DELES!! SE ERA A MIM QUE VOCE QUERIA, PEGAVA A MIM, SÓ A MIM!

– Ui quanta nobreza Rapunzel! – ele bateu palmas devagar enquanto ria muito; me levantei com muita raiva e corri para a cozinha depressa. Quando cheguei lá, abri todas as gavetas que tinha na minha frente procurando algo de útil para matar aquele desgraçado (é claro, menos a frigideira!).

– Princesa, onde você está? – sua voz foi se aproximando aos poucos. Então peguei o que achei útil: um facão (olha só, eu fiquei nervosa ok? Qualquer coisa já servia!). E depois sair correndo da cozinha em busca da saída, mas as portas, como imaginava, estavam completamente congeladas então fui para a sala de estar. Tudo bem o plano é: ganhar tempo e quando ele estiver distraído, saio pelas portas de emergência dos fundos. Esperando estar aberta!

Me escondi atrás do sofá. Uma menina apareceu. Ela era muito bonita. Ei, aquela menina era muito parecida com... o JACK! Devia ser a irmãzinha dele. “Tadinha, está sendo usada pelo próprio irmão”- pensei. Ela me viu sorriu e saiu correndo na mesma direção que o Jack estava. Pensei em gritar “Não menina, ele está louco!” mas sabia que ele ouviria então pensei comigo mesma: “Tudo bem, é só ficar quietinha.”

Achei que ele nunca iria me achar ali... achei... uma pancada e não vi mais nada.

***

Quando voltei a mim, estava deitada na cama do meu quarto como antes, aquilo não passou de um pesadelo! Ufa, que alívio!

– Aquele pesadelo era... real demais! Era como se realmente tivesse acontecido ou que iria acontecer! Tudo que mais temia estava lá e pior... a irmãzinha do Jack também estava. Pode ser uma espécie de sinal...? – comentei pra mim mesma

– Droga! Ela acordou! – a irmãzinha do Jack apareceu no quarto e o chamou

– Sai deixa eu resolver isso – ele a empurrou e entrou no quarto, só então percebi que estava presa a cama com a cortina amarrada bem forte no meu pescoço.

– Bom dia princesa, isso é só um pesadelo né? – ele apertou meu pescoço com a cortina e antes de me enforcar disse:

“Não é justo? Sonhos por sonhos certo?” – e não vi mais nada

...