Forever And Beyond - Jackunzel escrita por G. Ellie (Miss Frost)


Capítulo 40
Um mundo por trás dos pesadelos


Notas iniciais do capítulo

Oie oie! Como foi o natal de vcs? ~le desviando das facas~ "Oq ouve agora mocinha"
Vcs ficaram sabendo das chuvas que atingiram SP? Foi sério gente e aqui na minha cidade inundou tudo, bem... a minha casa não :D mas a coisa foi feia, e como eu já suspeitava a minha net foi por água a baixo. Conclusão: mais dois dias sem postar por falta de internet! É foi triste mas estou vivinha (pelo menos por enquanto).
Gente, esse capítulo é um dos mais detalhados que já fiz! Está muito lindo (foi o que eu achei) então recomendo que vcs libertem suas mentes para ele ok?
Obs: Estou lendo As Crônicas de Narnia, ou seja, criatividade never ends, to muito inspirada graças a ele!
Gif: desculpa gente, eu estou com muita pressa e nao selecionei nenhuma
> boa leitura



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Pov's Jack

Quando eu ouvi a palavra “pesadelo”, já estava sabendo que o tio das cavernas estava na parada.

– Ah! Deixe me adivinhar: mais uma cartada do Breu? – perguntei irritado e muito mais confuso

– Exato

– Espera, está dizendo que a menina idêntica a minha irmã que vi agora pouco era um pesadelo? Como? Ela era muito real! E sabia sobre o pacto de sangue! Só pode ser ela! E pesadelos só acontecem quando estamos dormindo não é? – Sand e Fada trocaram olhares nervosos; a expressão deles era de temor e preocupação

– Isso é o que eu sempre quis acreditar. Estudei sobre isso uma vez – ela pegou um livro de uma das mesinhas ali perto – Não são normais, são extremamente paranormais e tem um poder absurdo contra aqueles que os temem.

– Mas eu não tenho medo da minha irmã.

– É uma das pegadinhas de pesadelos manipulados. Não são como os pesadelos do Breu que são o próprio “físico”, se posso dizer assim. Mas o que aquilo representa pra você.

– Então menos mal

– Menos mal? Isso é pior! – agora, o que foi estranho de se ver, a Fada dos Dentes, doce e calma, estava ficando nervosa. – Eles te fazem lembrar as coisas mais dolorosas da sua vida. Como um momento difícil ou uma tragédia, por exemplo.

– Eita... esse ai manja mais do que pensava

– Jack, isso é sério!

– Foi mal, mas isso é meio que uma sacanagem né? Se o cara pode manipular os pesadelos de todo mundo, por que não usou antes?

– Não é um poder dele. É uma magia negra das trevas, algo muito profundo, meche com o psicológico de qualquer um... Oh céus! As c-crianças, e-ele não pode usá-los nas crianças!! Sand precisamos ir rápido!!!! – ela foi depressa pegar alguns de seus objetos dentro do Palácio. Sand parecia tão aflito quanto ela.

– Ir aonde?

– Ao lago Celestial!

– Que é...?

– Onde encontraremos o que precisamos!

– Valeu! Ajudou muito!

– Ah cala a boca! Perguntas pra depois! Venham comigo! – fiquei perplexo e estava pronto pra debater, mas Sand me puxou para seguirmos Fada no tal lugar que ela pedira. Tivemos que segui-la apressadamente por uma enorme escada de vidro em espiral que atravessava todo o Palácio. Como estávamos com pressa, nem deu tempo de contemplar aquele lugar. Sinceramente, muito bonito! Era revestido de vidro, flores, – inclusive lírios e violetas – púrpura, seda, borboletas, pinturas feitas de aquarela e tinha detalhes em ouro fino por toda parte. A cada andar (mais ou menos uns sete ao todo) parecia ficar mais bonito e mais iluminado. O céu estrelado dominava o Palácio já que a Lua tinha se escondido. Nós paramos somente no último andar que assustaria qualquer um que tivesse medo de altura, pois o chão - que nos andares inferiores eram de mármore – agora era todinho de vidro. Dava a terrível sensação de estar flutuando e de cair a qualquer instante. Depois da escadaria, seguimos em frente por um longo corredor cheio de janelas. O corredor era tão sinistro quanto o chão: ele estreitava a cada passo que dávamos. Mais à frente, vi que o corredor tinha seu fim. Havia uma parede de vidro com uma cascata de água colorida. Quando demos de cara com ela, Fada se manifestou após um longo silêncio.

– Preste atenção Jack Frost! Está vendo essa ‘parede’ de vidro? Toque nela – assenti e toquei

– E agora?

– Ela é sólida não é?

– Sim, bem sólida.

– Antes de prosseguirmos, quero que você me prometa que não irá contar isso a mais ninguém. Nem a Norte e ao Coelhão. Promete?

– Prometo... nem pra eles? Por que não?

– Porque o lugar aonde iremos foi revelado somente a mim e ao Sand. Por isso não conte a ninguém, nem a eles ok?

– Ok, tem a minha palavra.

– Certo, agora observe com atenção. – ela deslizou mão direita sobre a parede e com muita leveza, tocou-a; a parede que antes era totalmente sólida estava se desfocando, ondas circulares surgiram, tomando conta da parede. As ondas se centralizaram em um só ponto. Esse ponto emitiu um brilho que se estendeu por toda a parede. Quando percebi, estava olhando não para uma parede de vidro d’água, mas para um espelho refletindo nós três.

– Incrível! Isso é um espelho? Mas como? Era uma parede d’agua! Como simplesmente se transformou em um espelho de vidro?

– Não um espelho de vidro – ela tocou novamente – É um espelho d’água

– Inacreditável!

– Realmente, mas agora é um péssimo momento para ficar admirado Jack. Sand, nós vamos com ele – Sand assentiu sério

– Com ele?

– É, nós vamos para o Lago Celestial com ele.

– E como vamos exatamente...?

– É muito simples: você o atravessa. Encontro vocês lá! – ela atravessou o espelho d’água e num piscar de olhos tinha sumido

– CARAMBA! Ela caiu? Pra onde ela foi?? Tem certeza que isso é se... – Sandman me empurrou contra o espelho.

A sensação no começo foi estranha, parecia que eu estava dentro de um sonho. Várias luzes em torno de mim, e não havia nada ao meu redor, uma luz branca dominou minha visão, acredito que devo ter ficado cego por uns dois segundo.

– Jack! Abra os olhos! - Achei realmente que tinha ficado cego, se Fada não me chamasse teria ficado lá de olhos fechados igual um tapado. Me levantei meio atordoado e só depois reparei que estava em cima de uma ponte de vidro muito alta, tão alta que dava para tocar nas nuvens dali.

– O QUE? GENTE! – Fada afagou meu braço

– Calma Jack, é assim mesmo na primeira vez. Você está em uma ponte de vidro. Recomendo você não olhar pra baixo pois verá uma...

– AH! MAS O QUE É ISSO??

– ...cachoeira

– FADA, É SÉRIO AONDE ESTAMOS?? – Sand surgiu atrás de nós. Ai percebi o tal espelho d’água estava flutuando (exatamente, flutuando!) no ar.

– Ok, olhe ao seu redor.

Cara, é sério, se teve um momento na minha vida que fiquei assustado e impressionado pra valer foi naquele momento. Eu vou tentar narrar pra vocês o que eu vi: estávamos realmente em uma ponte de vidro. Ao meu lado direito, estava vários côvados de montanhas rodeadas por nuvens (sim, eram nuvens, antes pensei que era neblinas mas realmente eram nuvens!). Meu coração quase saiu pela boca ao imaginar que estaríamos tão alto ao ponto de ver as montanhas como míseras pedrinhas. Ao ver o que tinha ao meu lado esquerdo, meu coração quase parou. Era o céu em plena divisa DIA/NOITE, onde havia uma mistura de azul marinha/ azul claro/azul bebe/branco com laranja/amarelo/rosa/azul esverdeado. Alguns raios de Sol, brigavam com as estrelas para ver quem brilhava mais. A ponte atravessava os dois lados. Porém, estávamos quase que na “divisa”, havia muitas nuvens no meio da ponte. Era maravilhoso. Era a coisa mais aterrorizante e linda que já tinha visto.

– V-Vocês e-estão v-vendo i-isso? – meus olhos estavam quase lacrimejando

– Mas é claro! Não é a coisa mais encantadora que você já viu? Quando o Homem da Lua me mostrou esse lugar chorei de emoção. Mas vamos ser breve ok? Outro dia quem sabe, te trago aqui para contemplar a vista.

– O que tem mais ao norte? – apontei para a esquerda

– Ah, isso é um mistério. Norte acredita que é lá aonde o Homem da Lua mora. Ele diz que é uma ponte para a Lua. E que dali pra lá não é mais vidro, é arco-íris. O famoso conto: “Quando você chegar no final do arco-íris encontrará o que mais deseja.”

– Incrível... – foi a única coisa que consegui dizer

– Realmente... mas, o bosque é ao sul – ela apontou para a direita – Vamos seguindo até a Colina Lilás e por fim, daremos de cara com ele.

Eu e Sandman, fomos seguindo Fada. A Lua estava completamente escondida. Naquela noite havia muitas nuvens, inclusive consegui atravessar algumas delas. Foi uma sensação estranha. A ponte ia se inclinando para baixo, por um momento pensei estar perdendo o equilíbrio, mas era só impressão. Mais adiante, havia duas colinas, cada uma com uma cor. Fada me contou que moravam duas fadas no topo de cada uma: Ursula e Carolina. A Colina Rosada era da Ursula. A Lilás era da Carolina.

– Aqui está, a Colina Lilás. – mais tarde apelidei as duas colinas de Colinas Algodão-Doce, pois tinham o cheiro de Algodão-Doce daqueles deliciosos. – Agora falta pouco! – Fada voou bem na nossa frente e jogou uma espécie de perfume na ponte e sumiu de vista. Eu e Sand descobrimos o que houve, ela tinha sido puxada, assim como nós, por uma força não identificada para baixo, beeeeeeeeem abaixo das colinas, parecia ser o precipício da morte. Antes de colidir com tudo contra o chão, a tal força no segurou no ar e caímos sem ilesos em uma grama perfeita. Encontramos Fada sentada a borda de um lago que jamais vi igual

– Bem vindo Jack ao Bosque Imaginável. O que acha?

Imagine um bosque lindo. Imaginou? Saiba que esse bosque não é digno de ser comparado com o Bosque Imaginável. Como o nome diz, é imaginável, mas vou descreve-lo e vê se você consegue imaginar. No centro dele havia um lago cujo as águas não eram como as de um lago normal, eram de lágrimas. Exatamente lágrimas! Ele uma hora estava parado, em outra, agitado, em outra parecia que os sonhos e a esperança estivessem mortos de tão silencioso. Quando me aproximei da Fada, ouvi inúmeros murmúrios bem baixinhos e indecifráveis. Pareciam as vozes das fadinhas no Palácio das Fadas.

Quanto ao resto do bosque era de tirar o folego. A toda parte havia flores separadas por cada tipo. Estavam tão bem agrupadas que pareciam ser travesseiros naturais e fofinhos. Elas se abriam e fechavam sozinhas e soltavam o aroma delicioso de doces... sério, cheguei a querer come-las. Também tinha quatro árvores diferentes em volta de todo o bosque: uma oliveira, uma figueira, um limoeiro e uma macieira.

– Então agora você pode perguntar

– Ah certo... – fiz força para me lembrar das tais perguntas a serem feitas, estava em choque por tudo aquilo – O que viemos fazer aqui?

– Viemos proteger as memórias das crianças

– Mas você não faz isso?

– Faço mas...lembra quando eu disse que pesadelos manipulados podem fazer você se lembrar de coisas horríveis? Então, eles mechem com as emoções de maneiras horríveis. Há séculos atrás, os pesadelos manipulados dominavam todos. Está vendo este lago? Como pode ver, não é formado por água e sim por lágrimas, lágrimas das crianças que foram coletadas depois que o Homem da Lua retomou o poder.

– Lágrimas podem ser coletadas?

– Não, que eu saiba, é mais simbólico. Essas “lágrimas” não são quando uma criança chora porque o brinquedo quebrou ou porque os pais a deixaram de castigo. Essas “lágrimas” são de depressão Jack. Depressão profunda.

– Crianças tem depressão?

– Oh sim, infelizmente sim. E é o pior tipo! Por serem inocentes e não estarem preparadas emocionalmente para tragédias bem... elas se tornam adultos deprimidos e com medo.

– Mas o que acontecia de tão ruim nesses tempos?

– Quando Breu tinha poderes ilimitados Jack... foi trágico... foi muita coisa horrenda nesses tempos. Só depois que o Homem da Lua veio que isso acabou.

– Mas se acabou, porque a tal Idade das Trevas?

– Apesar dele estar no controle, e o Breu não ter poderes com antes, as pessoas continuam acreditando no Breu. Pra eles o Homem da Lua não existe, mas o Bicho Papão sim.

– Mas por que?

– Ah Jack – Fada suspirou – É assim mesmo nin... – fomos interrompidos por Sandman que novamente fazia símbolos rápidos em cima da sua cabeça.

– Tem razão Sand, temos que ser breves!

– Aliás, você ainda não me disse o que viemos fazer aqui?

– Ah! – ela parou e voltou sua atenção a mim – Neste bosque todas as lembranças, boas e ruins, ficam aqui. Podemos usá-las para fazer as pessoas se lembrarem se preciso for. Então, se Breu atacar as crianças, ele não vai conseguir. Esta noite, vamos usá-las!

– Como...?

– Com isso

– Com um arco? De fazer bolhas de sabão?

– Não é simplesmente arco Jack! Observe o que vou fazer com essas lágrimas – ela mergulhou cuidadosamente o arco no lago e em seguida o tirou. Ela levantou o arco o máximo que pode e foi a vez de Sandman se manifestar: ele voou até a colina e foi criando vários de seus sonhos até dominarem todo o lugar. Enquanto isso, bolhas e uma névoa úmida saiam do arco que Fada erguera. Agora, ela o sacudia como uma bandeira. Aos poucos, pude ver o efeito que aquilo causara. As flores se abriram por completo, as árvores balançaram fazendo as folhos caírem, o lago se tornou agitado e assim surgiu várias ondas que batiam em algumas rochas. O céu, consegui ficar mais incrível do que imaginei. Os sonhos, as bolhas e a névoa, rodopiaram o céu traçando uma linha até o final da ponte, bem mais ao sul. Agora, o céu tinha três cores: rosa, azul e verde.

– Aquilo foi sonhos Jack. Sonhos e lembranças boas que irão se separar pelo mundo a fora. Irão proteger as crianças de todos os pesadelos.

– Não acha que elas irão se apavorar?

– A névoa esconde tudo, elas não vão ver nada.

...


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Notas finais do capítulo

Acabou! Só isso...
"Ei e o spoiler?" Opa galera se acalmem ok? Hj, eu postei dois capítulos! então o spoiler está no próximo capítulo! É isso ai, hj eu estou postando dois de uma vez, sinto muito, explicarei o motivo em breve.
Até!