Pov’s Jack

– Isso mesmo, mundo todo

– Mas... mas... NORTE! Como eu vou fazer isso?? O mundo é muito grande! Como assim levar o inverno?

– Ah sobre isso... – ele jogou o livro em uma mesa, se aproximou em um mapa e apontou – A cada três meses cada continente troca de estação, e a cada seis meses muda de inverno para verão. Você só precisa marcar quais continentes que mudam em determinadas estações. E quando chegar o inverno, você faz a sua parte

– E por que eu tenho que fazer isso? A natureza dá conta do recado. Alias, não sou o guardião das crianças? O que tem isso a ver com as crianças? E outra, sempre teve inverno, por que agora do nada precisam de mim? – cruzei os braços indignado

– Oras Jack, aceite logo o fa... – antes dele terminar, a luz da Lua iluminou toda o salão. Norte encarou a Lua e um minuto de silêncio predominou

– Fa...?

– Silêncio Jack! O Homem da Lua está falando com ele!

– Então é assim? Pensei que era só comigo... – depois de um tempo, a luz diminui e a Luz voltou a seu brilho normal. Norte voltou sua atenção a mim meio pensativo

– O que ele disse? – Coelhão perguntou

– Mudou a missão do Jack

– Minha missão? E o que ele disse?

– Disse que você deve proteger a diversão

– Ué, e por que ele mudou?

– Ele disse que o inverno não está em perigo agora. Você só ganhará esse posto se Breu não for extinto antes do final do próximo equinócio de Outono da Inglaterra

– Por que? O que irá acontecer? Ou o que poderá acontecer?

– Já isso eu não sei. E nem quis perguntar. Ele não gosta de dar previsões. Mas no seu caso senhor Frost, quem sai ganhando é você!

– Então o que devo fazer agora?

– Proteger a diversão e o inverno. É, leve a diversão ao redor do mundo. Faça de tudo para tirar sorrisos e risadas

– Ah, isso é mole!

– Mas vai ter que acompanhar alguém! Sandman e Fada fazem trabalham todo dia então você terá de ir com um deles. – Sand levantou a mão

– Otimo Sand! Ele nunca aguentaria o meu ritmo... ai mas esse é horrível! Essas crianças americanas não escovam os dentes não? Que molequinho porco! – Fada comentou sobre os dentes que uma de suas fadinhas acabara de lhe trazer

– Obrigado Sand! Jack, seja sensato! Não quero saber do senhor mudando os climas e nem trazendo caos

– Sim senhor – dei as costas para sair dali

– Aonde você pensa que vai?

– Ãnnn... embora?

– Ainda não acabou! Temos a cerimonia!

– Fala sério Norte!

– Sério – alguns Yetis soltaram uma risada grossa e estranha

– Norte, vai mesmo coroar esse moleque como um guardião? Eu não confio nele!

– Oras, cale essa matraca colega! Continue a sua querida cerimonia Norte

– Ok, onde eu estava? Assim! Jack Frost, você foi escolhido pelo Homem da Lua para ser um guardião. Para guardar e proteger as crianças, zelar por elas. Você foi escolhido no meio de muitos para ser um de nós. Aceita essa missão?

– Aceito – respondei com um pouco de dúvida

– Você promete diante de todos aqui presentes proteger as crianças do mundo?

– Prometo

– Então meus parabéns Jack Frost! Te declaro oficialmente o guardião da diversão! – e então os yetis tocaram seus trompetes e seus tambores e os elfos espalharam confetes em todo sala.

– Parabéns Jack! – recebi um caloroso abraço de Fada e uma reverencia amigável de Sandman

– Obrigado gente, vai ser top “trabalhar” com vocês. Não acho vocês ranzinzas como outros...

– Ele é legal Jack. Só muito sensato, ele te acha muito irresponsável só isso

– Não é isso, acho que é pessoal

– Não pense isso. Você só precisa dar uma chance a ele.

– Sei não

– Parabéns rapaz, espero que pelo menos se sinta honrado, conheço muitos que gostariam de ser um guardião, não despedisse essa oportunidade. Ser um guardião é muito sagrado

– Não sou tão imbecil quanto pensa. Eu sei o que é proteger e sei a importância que isso é

– Bom mesmo – ele me lançou um olhar severo e por outro de seus túneis, saiu da Oficina

– Chega! Chega! Acabou a comemoração! De volta ao trabalho! Fada, Jack e Sand, vocês já podem ir

– Boa noite gente, até mais – Norte jogou no chão um de seus globos e abriu-se um portal para o Palácio das Fadas. Fada passou pelo portal e desapareceu

– Agora o portal de vocês, é Viena né Sand? – ele fez que sim e Norte jogou outro globo no chão.

– Espero dar conta do recado

– Nós damos conta então não é impossível. Logo você descobrirá que ser guardião é o melhor trabalho do mundo – depois dessas ‘sábias’ palavras atravessamos o portal e fomos para Viena, na Áustria

Corona

Narração...

Em um dos cantos do frios e abandonados do calabouço, Gothel se lamentava de cara para a parede, se recusando olhar pela a greta do portão que lhe isolava da liberdade. Indignada, revoltada, cheia de ódio e aflição. Mas, apesar de tantos sentimentos misturados, um predominava: o de frustração. Estava pasma “Como posso ter tanta falta de sorte?! Como a encontraram? Rapunzel é ingênua demais! Jamais sairia da torre! E mesmo que a encontrasse, talvez ela não acreditaria que eles são os pais dela! Será que alguém a achou antes?” – ela repetia essa pergunta várias e várias vezes. A bruxa, criou coragem e pegou do bolso e dentro de seu manto, a única coisa que lhe sobrou: um pedaço do seu espelho partido. Ela o encarou e observou seu rosto velho e enrugado, afinal, sem sua fonte da juventude, ela voltaria a sua aparência “normal”.

– MALDITA! – Gothel jogou do outro lado da cela o pedaço de espelho. Porém, o espelho não caiu no chão, ele simplesmente desapareceu.

– Se me contassem eu não acreditaria! Justo você Gothel? Presa? Inacreditável! – Breu se revelou do meio das sombras com o pedaço de espelho na mão

– B-Breu? – ela ergueu os olhos

– Tchram! Surpresa?

– Breu? Haha, o que devo a honra da sua visita? – ela se ergueu em um pulo e sarcasticamente o encarou

– Gothel, que isso, você sabe que vim aqui pela nossa amizade

– Fala logo o que você quer e vá embora! Já basta eu ter que ficar aqui...

– Mas que derrota é essa Gothel? Nem parece a mesma de sempre. Ah, está bolando um plano de sair daqui e nem vai me contar?

– O que o traz aqui Breu?

– Olha só para você Gothel! Com medo, confusa, conformada...

– Medo? Desconheço esta palavra meu caro

– Hahaha sério que você vai mentir para o guardião do medo? Acha que não sei que está com medo da sua aparência? Ou de morrer?

– Oras, Breu, você sabe perfeitamente que o medo é uma armadura que os mais espertos usam para esconder suas fraquezas. Não ouse falar de medo comigo, você é mais covarde do que o próprio medo.

– Hahahaha minha querida, jogando a minha própria frase contra mim? Aprendeu comigo... quanta esperteza... pena que você foi traída pela sua própria confiança. Achou mesmo que a sua fonte da juventude iria ficar para sempre naquela torre? Admito que foi uma tacada de mestre enche-la de medo mas só é preciso um pouco de esperança e tudo vai por água abaixo.

– O que sabe que eu não sei?

– Quanta decadência Gothel! Você nem sabe quem foi o responsável de estar aqui! Acha mesmo que foi conhecidência terem-na encontrado? Acha mesmo que ninguém mais participou disso?

– E quem seria?

...