Dear Gringo escrita por Gaby Molina


Capítulo 3
Capítulo 3 - Will Klein Einstein


Notas iniciais do capítulo

Muito obrigada pelos reviews e pelos que adicionaram a história como favorita (com apenas dois capítulos! OMG!) ;33



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Isaac

Aula de Química. Minha ideia de uma aula de Química ideal seria uma série de experimentos que explodissem. Mas o máximo que fazemos é misturar bicarbonato de sódio e vinagre para fazer um "vulcão", que só borbulha.

Grande merda. A professora nos dividiu em duplas. Eu estava muito a fim de fazer dupla com a Clara — porque né —, mas a linda da sra. Ramirez não nos deixou escolher as duplas.

Como aparentemente eu era um gringo lesado e Will — o aspirante a Calvin Klein — era um mini gênio, ele acabou sendo minha dupla para fazer um vulcão de bicarbonato de sódio.

Adivinha só? Ele era ótimo em Artes também. Então fiquei ouvindo One Republic enquanto ele montava o vulcão com algum material lá.

Oh, but I'm not that old

Young, but I'm not that bold

I don't think the world is sold

I'm just doing what we're told.

Ryan Tedder era incrível. Ele cantava, as músicas dele eram fodas e ele também produzia. O cara era um gênio.

Porém, minha nota de Química estava bem feliz com o tipo de gênio que Will era.

Combinamos que eu ia misturar o bicarbonato de sódio e o vinagre (que eu tentaria trocar por algo mais legal porém não muito perigoso, tipo... Urânio?).

Everything that kills me makes me feel alive...

— Vamos ter que terminar isso depois — disse Will Klein Einstein quando o sinal que indicava o fim da aula de Química bateu. — Tá livre no Sábado?

— Está falando sério?

— Claro que estou falando sério.

Soltei uma série de palavrões em Inglês.

I speak English, you know (Eu falo Inglês, sabe) — comentou Will.

— Então por que eu tive que aguentar a Peruzzo?! — bufei, mas não tinha muita certeza de que aguentar Will seria melhor do que aguentar Allison. Pelo menos eu podia desviar os olhos para os peitos dela se ela começasse a falar muito. Mas eu não tinha feito isso ainda, porque tudo o que ela falava para mim eram provocações e/ou xingamentos, e ambos eram bem rápidos.

— Ah, ela mostrou a escola para você? — perguntou ele. Assenti. — Ela é bem gente boa.

— Com você.

— Vai dizer que não ficou nem um pouco interessado nela?

Soltei um riso.

— Vai nessa.

— Está de olho em quem, então?

Apontei com os olhos para Clara.

— Ah, entendi — Will sorriu levemente. — Boa sorte com isso.

— Lembre-se: a Peruzzo é toda sua.

Will riu e saiu da sala. Quando fiz o mesmo, um vulto pequeno pulou em mim.

— O que você disse a ele, seu gringo filho da mãe?!

— Ele disse que você é gente boa, Peruzzo. Eu não disse nada.

Ela estreitou os olhos cinzentos.

— Conta outra!

— E ele parece achar você atraente, se quer saber. Ainda não sei o que você vê nele, além do fato de ele ser gatinho, um doce de pessoa, muuuito esperto e ótimo em construir vulcões! — falei a última parte em falsete. — Os últimos dois, yay me.

— Eu não falo assim!

— Certo, Allison. Mas viu só como eu sou legal? Ele até te defendeu quando eu reclamei que você é fucking irritante.

Ela tentava permanecer carrancuda, mas eu podia ver o pequeno sorriso bobo tentando se formar no rosto dela.

Allison

— Oi! — Bianca apareceu, dando um sorriso afetado ao ver Isaac.

— Olá — Isaac abriu um sorriso de canto. — Eu sou...

— Isaac. Certo.

Ái-sec — ele corrigiu baixinho, choramingando um pouco, mas acho que Bianca não ouviu.

— Eu sou Bianca!

— Oi, prazer. Se me dão licença, vou falar com o meu mais novo amigo — Isaac me lançou um sorriso malicioso e apontou para Will.

— Isaac Geymer, eu vou chutar a sua bunda de volta para o seu país — cerrei os dentes. — Ou para o inferno. Ainda não decidi.

— Relaxa, Peruzzo, seu nome não será citado. O senhor Calvin Einstein é meu parceiro de Química. Falando nisso, sabe onde posso arrumar urânio?

Franzi o cenho.

— Numa usina nuclear, talvez?

Ele passou a língua entre os dentes, pensativo. Espere. Aquilo era um piercing?!

God, Peruzzo, pare de encarar meus lábios. Se quer tanto me beijar, tudo o que tem de fazer é pedir — ele revirou os olhos.

— Vá se foder. Eu só estava olhando o seu... — parei de falar. — Esquece.

— Por que os três bonitinhos não estão em aula?! — disse a coordenadora com sua vozinha aguda e irritante.

— Excelente pergunta — Bianca sorriu levemente. — Eu só estava... Érrr... Vamos, Alli.

Fui arrastada pelo corredor.

— Qual é a do gringo? — ela me fitou.

— Me infernizar — suspirei. — Ele me pegou olhando para o Will, humpf. Agora não vai me deixar em paz.

— Então um cara gostoso não deixa você em paz? Que. Tortura — ela zombou, rindo. — Você parece distraída. No que está pensando?

Parei de andar e encarei-a por um momento.

— Ele tem um piercing na língua!

Bianca

Eu ri.

— Como se não desse para ele se tornar ainda mais bad boy e ainda mais gato...

— Meu Deus, abaixa esse fogo.

— Tá! Parei.

— Obrigada. Vamos falar sobre o Will!

Suspirei.

—... Acho que ele finalmente está me notando, sabe? — ela abriu um sorriso bobo. — Acha que eu deveria ir falar com ele?

— Eu...

— Droga, a Calixto está vindo...

Allison saiu correndo, e eu ia sair correndo atrás dela quando alguém segurou minha mão e me puxou para dentro do armário de limpeza. Não precisei nem acender a luz para saber quem era.

— A louca da Calixto está vindo.

— Bem, ela não vai achar a gente aqui — era como se o sorriso dele brilhasse na quase escuridão.

— Estamos perdendo aula.

— Eu sei, Bia. Mas apenas... não consegui ficar longe de você.

Afastei meu cabelo do rosto, já ciente do que aconteceria. Will se inclinou e deixei que ele me beijasse.


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Notas finais do capítulo

E o prêmio de melhor amiga do mundo vai para...
Bem, só sei que não vai para a Bianca.
PS: O próximo capítulo vai ser maior, é que esse TI-NHA de terminar ali.