Não é mais Um Romance Literário escrita por Jacqueline Sampaio


Capítulo 40
Capítulo 40




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-Tem certeza que quer contar agora? Nem sabemos se Edward está na sua casa. Não deveria faltar tanto as aulas ou seus pais suspeitarão e...

-Não é hora para pensarmos nisso Ben. Eu devo falar o quanto antes.

-E onde está o envelope com o teste?

-Deixei em casa, no meu quarto.

-Sei. –Continuamos a seguir com o carro para o hotel. A chuva que ameaçava despencar finalmente caiu. Naquele momento eu não estava preocupada com meus pais ou com o julgamento que sofreria por ser uma mãe solteira. Eu só pensava nele e nada mais.

Olhou atentamente a joalheria a sua frente. Saiu do carro sem se importar com o pouco de chuva que tomou no caminho. A decisão havia sido tomada e agora só bastava mais um passo para a felicidade.

“Não é hora para deixar as dúvidas me tomarem. Tomei minha decisão. Mesmo sem saber o que sinto por ela eu não perderei tempo. Corrigirei meus erros.” - Pensou Edward olhando atentamente a um par de alianças na vitrine. Prontamente a atendente apareceu.

...

-Acho bom eu ir com você.

-Agradeço pela carona, mas agora é entre mim e Edward. Serei eu a contar o que se passa e não quero que ninguém interfira. –Falei serena a Ben. Estávamos no hall de entrada do hotel.

Subi sem importar em me anunciar. A cada andar que o elevador avançava sentia minhas pernas perderem a força necessária para me sustentar. De repente o discurso que eu tinha elaborado havia evaporado. O que eu diria a Edward? Como eu reagiria depois de não vê-lo durante um mês desde o acidente que Edward sofreu? E quando dei por mim, eu estava diante de sua porta. Bati rapidamente e esperei. Estranhamente comecei a me tranqüilizar. E então, de repente, a porta se abriu. Meu mundo naquele instante, vendo aquela figura, ruiu. Eu olhei para seus olhos ocre e comecei a desmoronar antes mesmo de perguntar algo.

...

Ben aguardava ansioso por Bella, sentado em uma poltrona do Hall de entrada do hotel. Foi à mesma sair do elevador às pressas.

-Bella? –Tentou segui-la, mas foi impossível. Bella correu em disparada para fora do hotel sem se importar com a chuva torrencial que caia.

“O que aconteceu?” - Decidiu ir até o apartamento do irmão. Sentiu a ira atingi-lo. O que Edward poderia ter dito para Bella sair desse jeito? Seja lá o que tivesse falado estaria disposto a partir a cara do infeliz. Não demorou a estar prostrado diante do apartamento batendo na porta com aspereza. Quando a porta se abriu Ichiru congelou.

-Rosalie?         

-Ben? O que faz aqui? –Olhou para a ex-mulher que usava apenas uma camisa masculina, provavelmente de Edward.

-O QUE FAZ AQUI? –Adentrou o apartamento sentindo o sangue ferver.

-EU É QUE PERGUNTO ISSO! VÁ EMBORA!

-VOCÊ ESTÁ COM EDWARD? É ISSO? –Segurou fortemente o braço da mulher.

-E O QUE ISSO IMPORTA? EU NÃO SOU MAIS CASADA COM VOCÊ!

-O QUE DISSE PARA A BELLA?

-Bella? Quem é essa?

-Ela veio aqui! O que disse a ela Rosalie?

-Eu não disse nada aquela garota! Ela veio aqui, tocou a campainha, me viu e sumiu.

-MAS QUE MERDA! –Ben sai do apartamento. Temia que o pior acontecesse a Bella. Entrou nervoso no elevador, contando os segundos em que a porta se abriria. Quando esta se abriu Ben preferiu pegar qualquer outro caminho. Adentrado o hall de entrada estava Edward. Não conseguiu conter a fúria. Ao se lembrar da face de Bella antes e depois de ver Rosalie no quarto de Edward deixou a fúria tomar conta de si.

-MISERÁVEL! –Andou a passos rápidos até onde Edward estava.

-Ben? Ora o que veio faz... –Cambaleou quando recebeu um soco do irmão. Precisou de alguns minutos para se recompor. –SEU IDIOTA! O QUE ESTÁ FAZENDO? POR QUE ME BATEU?

-Você realmente merece ficar com a Rosalie, com alguém tão podre quanto você. E não se preocupe, eu cuido do filho que deveria ser seu. –E Ben seguiu as pressas deixando para trás um Edward atônico.

“O que ele quis dizer com aquilo? Por que falou em Rosalie e em ‘filho’?”. –Foi até o balcão de recepção.

-Escute... –Se dirigiu ao atendente. –Quem estava com meu primo Ben no hotel? Você chegou a ver?

-Bem senhor Cullen eu o vi entrar com uma garota de cabelos achocolatados. Ela já veio aqui algumas vezes.

“Bella...” - Seguiu rapidamente para seu quarto, sentia algo inexplicável, um misto de ansiedade e desespero. As palavras de Ben, o fato de Bella ter vindo para o hotel... Algo não estava bem. Rapidamente entrou em seu apartamento com o auxílio de sua chave e então a cena: Rosalie deitada no sofá trajando apenas uma camisa masculina branca.

-Mas o que...

-Amor! Que bom que está aqui! –Rosalie tenta abraçá-lo. Edward a empurra.

-O QUE ESTÁ FZENDO AQUI?

-Eu vim lhe ver amor.

-SUA VADIA! SAIA DA MINHA CASA! O QUE ESTÁ FAZENDO AQUI? COMO ENTROU? QUE DIABOS ESTÁ FAZENDO COM A MINHA CAMISA? –Edward aproxima-se segurando fortemente Rosalie pela camisa.

-E-Eu vim lhe ver eu... Agora que estou solteira nós podemos...

-VÁ PARA O INFERNO! Acha mesmo que só por que está solteira podemos ficar juntos? Eu já não a queria antes, não a quero agora! –Os olhos ocre olhando mortiferamente para uma Rosalie atônica.

-Mas Edward eu... EU AMO VOCÊ! EU... –Rosalie começa a chorar. Edward se mostra indiferente.

-Pare com esse drama mexicano e vá embora antes que eu a expulse. Tire minha camisa. –Rosalie pega a bolsa que antes estava no sofá e ruma para o banheiro.

“Mas que droga esse hotel não serve pra nada! Qualquer um pode entrar aqui! Deve ser por isso que o Ben...” –Edward pára. As peças de um complicado quebra-cabeças se unem. Enfim ele havia entendido. Sem pensar capturou a chave de seu carro e saiu desembestado.

...

A cena ainda ecoava em minha cabeça. Quando a porta se abriu, eu sorri. Eu desejava ver aquele rosto de beleza fulminante e o que encontrei? Uma mulher. Eu já havia visto seu rosto em uma fotografia. Aquela que encontrei no apartamento de Edward era a ex-mulher de Ben, Rosalie Hale. O que ela fazia ali trajando apenas uma camisa de Edward? Eu não sabia, eu não queria saber. Eu já deveria ter imaginado que Edward estaria com alguém. Claro! Ele é bonito, rico, famoso... Tantas qualidades! E o que eu sou? Uma patética estudante que foi seu passatempo. Sai às pressas do hotel. Ignorei a voz familiar que me chamava, certamente era Ben. Peguei o primeiro taxi que vi e fui embora daquele lugar. Logo estaria em casa, embora não soubesse se deveria ir para lá. Meus pais certamente veriam minha tristeza. Enquanto chorava vi o taxista estacionar em frente a minha casa.

-Chegamos. –Ele anunciou. –A senhorita está bem? –Perguntou. Não respondi. Joguei o dinheiro da corrida e deixei o carro. Estava ensopada, mas não liguei. Agora eu queria me refugiar em meu quarto. Segui lentamente para a porta de casa. Como estava ensopada, meu rosto inchado pelo choro não chamaria atenção. Felizmente estava cedo, não haveria razão para meus pais estarem cedo em casa. Mas às vezes parece que o destino age contra nós. O destino definitivamente me odiava.

Quando passei pela porta quis de imediato sair. Lá estava minha mãe, o rosto tomado pela fúria. E em sua mão, o envelope do laboratório.


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Notas finais do capítulo

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por hoje é só. logo postarei mais. só aguardar.