Não é mais Um Romance Literário escrita por Jacqueline Sampaio


Capítulo 30
Capítulo 30




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O local onde eu estava deitada era perfumado, quentinho. Um toque do perfume que Edward usava nos lençóis. Abri preguiçosamente meus olhos apenas para constatar que estava na cama de Edward.

-AHHHHHHHHHHHHHHH!

-Ela acordou. –Edward dá seu típico meio sorriso continuando seus afazeres na cozinha.

“Como vim parar aqui?” - Vasculhei minha memória a fim de satisfazer minha curiosidade. A última coisa que lembrei foi de havia adormecido no sofá. Como teria ido para o quarto? Teria bancado a sonâmbula? Edward teria me encontrado e me carregado até lá? E a pergunta mais importante: Edward teria se aproveitado de mim? Bufei irritada. Eu não o perdoaria caso ele tivesse feito isso. Peguei minhas coisas e rumei para o banheiro. Olhei cuidadosamente para meu corpo esperando algum sinal de abuso, nada. Por mais que estivesse irritada por não saber o que se passou enquanto estava desacordada. Mas em meu íntimo, eu sabia: Edward não havia me tocado.

-Bom dia. –Eu disse ainda visivelmente mal humorada. Edward olhou-me e riu.

-Não faça essa cara. Eu não abusei de você, Bella. Se quiser posso levá-la até uma delegacia.

-Não precisa. –Ele terminava de arrumar a mesa do café da manhã na grande sacada da sala. Com a brisa marítima invadindo o recinto pelas portas abertas, inalei lentamente o aroma.

-Você fez o café?

-Alguém tinha que fazer, não é? –E novamente fico deslumbrada com aquele meio sorriso de Edward. Meu sorriso brotou naturalmente. Não hesitei em me aproximar de Edward enquanto este retirava distraído o avental antes usado. Edward estava de costas quando o abracei, ele pareceu ficar surpreso com meu ato, mas não se importou. Eu o ajudei a retirar o avental e o abracei novamente agora de frente, Edward abraçou-me ainda visivelmente atordoado.

-O que é tudo isso? Está feliz só por que não me aproveitei de você?

-Não é nada disso. Eu... Ta. Tudo bem. Em parte estou feliz por ter sido tão cavalheiro e não ter feito nada comigo.

-Eu lhe disse Bella... –Ele se curvou sussurrando em meu ouvido. –Farei com que você peça pelo meu toque. –E não demorou a meus lábios serem cobertos pelos lábios tentadores de Edward em um beijo de tirar o fôlego! Edward afastou-se depois de alguns minutos.

-Melhor tomarmos o café. Vamos sair hoje.

-Sério? Para onde?

-Para a praia.

-Nossa que legal! Eu pegarei um biquíni para usar. E você? Vai levar um calção para usar quando for nadar?

-Eu não irei nadar. Irei para lá apenas com meu laptop. Tive boas idéias para o nono livro.

-Não creio que trabalhará! Pensei que não quisesse.

-Mas não posso me virar de costas completamente para o trabalho tendo inspiração.

-Pensei que minha presença aqui era para ajudá-lo a não trabalhar, mas não estou obtendo sucesso pelo que vejo.

-Não se preocupe Bella. Sua presença está sendo muito bem aproveitada... Como inspiração para este projeto.

-Está me usando como fonte de inspiração em seu nono livro? –Me desesperei. Imagine meus pais sabendo o que fazia com Edward através de um livro?

-Não se preocupe. Não colocarei seu nome e não descreverei detalhes de nosso cotidiano assim. –Edward parecia se divertir com minha cara irritada.

-É BOM MESMO! A última coisa que quero é que minha privacidade desapareça. Se bem que...

-“Se bem que” o que? –Edward olhou-me curioso.

-Minha vida não seria de mais valia para sua historia. É comum demais.

-Está enganada Bella. Sua vida é bem interessante.

-Por que acha isso?

-Por que eu faço parte dela, oras!

-Convencido você! –Sorri.

-Melhor nos apresarmos. –Edward disse passando a degustar do café preparado por ele, eu o imitei.

-Nossa!

-O que foi?

-Você cozinha bem!

-Foi algo que aprendi para conquistar o público feminino. Mulheres gostam de homens que sabem cozinhar, sabia?

-Sério? Eu não me importaria se você não soubesse cozinhar.

-Isso, Bella, é por que você é uma exceção do público feminino com o qual costumo lidar.

-E isso é ruim Edward?

-Não para mim. –E aquele sorrido devastador. Juro que não senti o gosto da comida em quando a ingeria. E quando já havíamos tomado café e nos arrumado devidamente, estávamos descendo uma comprida escadaria para ir até a praia.

-Então você tem uma escadaria que leva direto para a praia. Folgado, hein?

-Não tenho culpa. Quando comprei esta casa ela já vinha com acesso à praia, a uma parte mais remota, na verdade. Apenas eu tenho acesso visto que para alcançar esta parte da praia os banhistas teriam de atravessar um caminho repleto de pedras.

-Que sorte a sua Edward! Praticamente uma praia particular!

-Ela costuma ser útil para quando desejo ficar só a fim de retomar meu trabalho, como agora. –Descemos as escadas e logo estávamos em uma parte remota da praia. Ninguém a vista.

-Bella? –Eu me virei vendo-o sentar em uma cadeira de madeira que já estava no local.

-Que?

-Ninguém pode nos ver aqui... –Um sorriso malicioso em seus lábios enquanto posicionava o laptop em cima de suas cochas torneadas cobertas com a calça branca de algodão. –Se quiser fazer topless fique a vontade.

-Há há há! Vai sonhando Cullen! –Eu o olhei e voltei-me para o mar. Estava um belo dia, um dia quente. Eu queria mergulhar, mas não sozinha.

-Edward? –O olhei. Agora mexia no notebook.

-O que foi?

-Nada comigo?

-O quê? Medo de animais marinhos ou algo assim?

-É que não querer nadar sozinha. Vai, não custa nada para você.

-Custa sim Bella. Eu não trouxe roupa de banho. Esta roupa que estou usando custou caro. Não irei estragá-la na água salgada.

-Então pegue um calção! Sua casa é próxima daqui, não custará nada pra você.

-Bella, se você não quer se banhar sozinha então fique sentada ao meu lado. –Edward moveu seus olhos para o laptop digitando algo, fui ignorada. Fiquei enraivecida. Se Edward havia mostrado interesse extremo por mim nos últimos dias aquilo tinha se acabado.

“Ah, mas eu vou fazer você entrar na água comigo!” - Pensei tramando diabolicamente enquanto retirava o vestido que usava para ficar apenas de biquíni. Nem me virei para ver a expressão que Edward faria ao ver o meu corpo.

-Esta foi à última foto Jacob. –Avisou uma encarregada do ensaio fotográfico ao mesmo. Este, aparentando cansaço, dirigiu-se a uma cadeira. Uma moça lhe ofertou uma pequena garrafa de água e Jacob prontamente aceitou.

“Bella... Será que ela está se divertindo? Acho que irei ligar mais tarde para ela. Quem sabe eu não vou a Camp Pendleton North para vê-la.” - Sorriu. Recostou-se melhor na cadeira fechando os olhos. O cansaço conseguiu atingi-lo em fim.

-Você soube? Edward Cullen começou o nono livro. –Uma mulher murmurou próxima a ele com uma colega.

-Eu soube sim. Estou ansiosa para esse novo livro! Ah! Eu soube que ele deu uma sessão de autógrafos em uma livraria e eu perdi! Eu preciso ver aquele cara gostoso novamente! –Os olhos de Jacob crisparam. Achando melhor conservar sua sanidade mental levantou-se.

-Não se preocupe. Quando o Edward voltar de sua casa em Camp Pendleton North certamente ele fará mais sessões de autógrafos. –Jacob congelou. Sua mente captou a mensagem unindo-se a informação repassada por sua prima. Ela havia ido para Camp Pendleton North com uma colega de escola... Não, ela havia ido para Camp Pendleton North com Edward Cullen! Seus olhos fecharam, suas mãos se apertaram, seus lábios crisparam.

-Com uma amiga, hã? –Saiu rapidamente do estúdio ignorando os protestos dos profissionais que estavam ao seu lado.

Edward continuava digitando freneticamente enquanto as idéias fluíam para o laptop. Sentia-se satisfeito com seu trabalho até agora. Certamente seria um livro bem diferente dos livros que habitualmente escrevia, mas definitivamente não iria deixar a idéia de lado. Ouviu um barulho a alguns metros, barulho este impossível de ignorar. Levou apenas uma fração de segundos para entender o que se passava. Os braços de Bella sacudindo fortemente enquanto esta não podia ser vista, logo o corpo inteiro imergiu. Edward recebeu um choque que o impossibilitou de se mover, logo, vítima de um espasmo, jogou longe o laptop ligado e correu o mais rápido que pôde cruzando o caminho de areia e chegando até a água. Mergulhou rapidamente, não consegui pensar em nada a não ser na imagem de Bella se afogando. Enquanto mergulhava viu Bella parada, seu corpo afundando mais e mais na água. Conseguiu pega-la pela cintura erguendo-a. Correu rapidamente em direção a praia com uma Bella desacordada em seus braços.

-Bella? –A sacudiu levemente, Bella não reagiu. –BELLA!

Edward sacudia-me agora com mais firmeza, tinha de acabar com a farsa. Ainda com os olhos fechados eu ri. Edward parou de clamar pelo meu nome no mesmo instante. Abri meus olhos encontrando os olhos assustados dele, mais assustados do que eu poderia imaginar. Por alguns instantes me arrependi da brincadeira feita apenas para que Edward viesse nadar comigo. Sorri novamente, um pouco embaraçada e sai lentamente do colo dele, ficamos próximos um do outro, ajoelhados.

-Viu? No final das contas consegui fazê-lo entrar na água!

-Você... Fingiu? –Edward ainda tinha os olhos terrivelmente assustados.

-Não consegui pensar em nada melhor para forçá-lo a entrar na água. Realmente acreditou que conseguiria me afogar sendo que não está muito profundo? Ora Edward até parece q... –Ele agarrou-me em um abraço poderoso, senti meus músculos protestarem pelo impacto. Permiti-me ficar parada sendo abraçada por Edward. Depois de longos sete minutos apenas sendo abraçada eu me pronunciei.

-Acho que tenho que me desculpar, não é? –Ele afastou-se.

-SUA IDIOTA! VOCÊ QUASE ME MATOU!

-Desculpe Edward, foi só uma brincadeira.

-SÓ UMA BRINCADEIRA? VOCÊ ENLOUQUECEU?

-Ta bom Edward eu pedi desculpas. Dá para maneirar? Ninguém morreu nem nada disso. –Edward estava irado! Nuca havia visto aquela expressão antes. Ele pareceu tentar se controlar até sua expressão ser bem indiferente. Levantou-se do chão caminhando até onde estava seu laptop.

-Eu vou para casa. Fique aqui se você quiser. –Odiei o timbre de sua voz. Levantei emburrada pegando meu vestido e colocando-o.

-Não, eu vou voltar também. -Edward seguiu a minha frente ignorando-me completamente, nem tentou pegar a minha mão. O clima agradável entre nós parecia ter desaparecido para minha infelicidade.

                       

Edward estava incrivelmente irritado comigo. Não precisava falar para que eu soubesse. Não havíamos estabelecido nenhum diálogo desde que retornamos da praia. Edward fechou-se em si mesmo com seu trabalho enquanto eu procurava por entretenimento. Vi televisão, escutei música, até continuei a ler seu terceiro livro: nada. Nada conseguia me distrair o suficiente. E sentia o peso de minha culpa. Minha atitude inconseqüente criou um precipício entre nós praticamente intransponível. Suspirei derrotada. Não era assim que havia imaginado minhas férias, mas como eu iria saber que Edward teria uma reação tão explosiva? Pensei que quando confessasse a brincadeira ele iria rir junto a mim e acabaria por ceder ao meu pedido de nadar comigo e não que ele ficaria tão assustado. Logo iria anoitecer, Edward não fazia menção de que sairíamos.

-Acho que terei que implorar pelo seu perdão. Hum... Primeiro tenho que pensar no que irei dizer. Talvez falar “perdão” seja o bastante. –Segui para o quarto onde Edward estava, ele usava seu laptop. Em nenhum momento voltou seu olhar em minha direção. As palavras parecem ter desaparecido. Fui até o closet e peguei tudo o que precisaria para um bom banho. Depois de separar tudo o que iria precisar rumei para o banheiro. Meu banho foi demorado, uma tentativa de ganhar tempo e assim descobrir as palavras certas para pedir desculpas. Vesti meu pijama de ursinho que havia comprado e, depois de ficar prostrada em frente à porta durante uns minutos, entrei no quarto. Como imaginei Edward continuou me ignorando, ainda usando seu laptop. Guardei meus pertences no closet para logo mais sentar na beirada da cama olhando para ele.

-Edward... –Ele não me olhou. –Edward, olha pra mim? Por favor? –Edward suspirou pesadamente. Fechou o laptop deixando-o no canto da cama e olhou-me, seus olhos indiferentes.

-O que quer Bella? –O modo ríspido como se dirigiu a mim conseguiu me deixar arrepiada. As palavras pareceram ter sumido da minha garganta, mas quando vieram, eu disse sem hesitar.

-Perdão pelo que fiz. Foi estúpido, eu sei. Eu não deveria tê-lo assustado desse jeito, mas não imaginei que ficaria tão assustado com aquilo. Bom, não importa. Eu não posso corrigir o que eu fiz, mas posso pedir perdão. Eu não quero continuar com você nesse clima horrível. –Respirei. O olhei vendo sua expressão antes dura se acalmar. Edward fechou os olhos e suspirou.

-Não faça nada idiota.

-Não farei. –Eu sorri. Estávamos chegando a algum lugar. –Então... Vamos sair para jantar ou algo assim?

-Bella eu estou trajando pijama, você está trajando pijama. Quer mesmo sair?

-É eu estou vendo que seu humor ainda não está muito bom. Então comemos aqui. Temos ainda muitos dias para passear. -Sentei em uma posição mais confortável em sua cama, Edward pegou o laptop. Iria guardá-lo. Só agora havia percebido que Edward trajava pijama. Uma calça de moletom preta e uma camisa branca colada ao seu peitoral definido. Não consegui respirar enquanto tinha aquela visão. Edward pareceu perceber meu embaraço e sorriu. Desviei o olhar.

-Então... –Ele engatinhou até mim pela cama. –Eu achei algo muito interessante no banheiro.

-O quê? –perguntei tentando conter o meu rubor. Edward foi até a mesa de cabeceira e tirou algo vermelho de lá. Quando vi do que se tratava eu petrifiquei.

-Pretendia usar este lingerie vermelha para mim, Bella? –Ele a sacudia enquanto o sorriso malicioso estava em sua face. Não consegui pensar em nada coerente. Poderia ter jurado que guardei o lingerie na mala, estava equivocada.

-Edward... DEVOLVA-ME! –Eu rugi atirando-me contra seu peito e esticando meus braços na tentativa tola de arrancar a peça dele.

-Ah... Então é seu? –Sua voz irônica. Edward com um braço me imobilizou contra seu corpo e com o outro segurava a peça para longe de mim.

-NÃO! Essa peça... AH! ME DEVOLVE ISSO! EU NÃO TENHO QUE TE DAR EXPLICAÇÕES SEU IDIOTA! –Edward virou-se ficando em cima de mim. Depois de lutar para sair daquela posição e pegar meu lingerie acabei por desistir, estava cansada.

-Desistiu?

-Você é um covarde, sabia? –Falei entre dentes. Edward gargalhou pela minha expressão. Jogou o lingerie no chão e fixou seus olhos nos meus, seu corpo ainda comprimindo o meu.

-Adoro sua expressão furiosa, me excita! –Vi tanta intensidade em seus olhos que a expressão “ficar rubra” seria eufemismo. Eu não consegui rebater sua provocação. Não consegui protestar quando Edward colocou meus braços acima da minha cabeça fixando os mesmos com minhas mãos. Aproximou seu rosto ao meu inalando profundamente meu perfume. Deslizou seus lábios por todo o meu rosto arfando, parecendo um animal possuidor de uma fome voraz. Eu estremeci, não de medo pela reação de Edward, mas pela ansiedade que crescia dentro de mim. Edward roçou seus lábios aos meus, era como se quisesse que eu pedisse pelo seu toque como havia ameaçado. Ele sentiu-me estremecer. Olhou para mim durante alguns segundos e repousou sua cabeça na curvatura do meu pescoço aparentemente tentando controlar sua respiração, seus batimentos cardíacos e sua excitação. Fiquei perplexa por ele ter parado. Ainda sim seu corpo continuou em cima do meu e suas mãos segurando as minhas acima de minha cabeça.

-Desculpe. Acho que me empolguei. Não farei nada contra sua vontade. –Ele falou aos sussurros. Se não estivesse próximo ao meu ouvido certamente eu não ouviria.

-Tudo bem. –Eu falei arfante. –Mas... –Edward começou a se levantar. Eu o detive segurando pela sua camisa. –Eu não quero parar, Edward.

Edward olhou-me a principio surpreso. Ficou a fitar-me com seus belos olhos cor ocre por alguns instantes, sua expressão denotando seriedade. Roçou novamente seus lábios aos meus, suas mãos prendendo meus pulsos acima da cabeça. Logo nossos lábios se encontraram em um beijo a princípio calmo, para depois tomar proporções escaldantes. As mãos de Edward, enquanto beijava-me, se dirigiram pela lateral do meu corpo acariciando toda a extensão suavemente. Senti verdadeiros choques elétricos com seu ato, meu corpo quase sendo vítima de espasmos. Tentei me conter enquanto pude, mas era difícil. Nossas línguas em um beijo lascivo, Edward acariciando agora um de meus seios. Não consegui encontrar nada do que antes me atormentava, o nervosismo, a insegurança, meus medos tipicamente adolescentes. Nada existia agora, apenas Edward e eu. E... Ah... Como eu desejei que fosse para sempre! Estremeci naquelas mãos quentes que alisavam capa pedacinho do meu corpo como sendo agora sua propriedade, o que não era mentira.

-Edward... –Sussurrei seu nome, meus olhos fechados. Seus lábios úmidos percorrendo um caminho que ia de meus lábios até minha clavícula, retornando o caminho para beijar insistentemente meu pescoço. Quando seus lábios se aproximaram de meu ouvido, mordeu o nódulo da minha orelha arfando, arfando como um animal diante de uma presa suculenta.

-Serei extremamente cuidadoso. Não se preocupe. –Quase não consegui ouvir sua voz, minha mente parecia estar em um lugar desconhecido até mesmo para mim. Seus lábios quentes desceram depositando um cálido beijo nas mais variadas partes do meu corpo por cima da camisola de algodão. Beijos que iam de meus lábios até a minha coxa. Retornou em um caminho feito novamente por seus maravilhosos lábios usando suas mãos para tatear meu corpo, um rastro de fogo deixado pelo mesmo. Fui tomada por sensações até então desconhecidas. Como poderia sentir meu corpo queimar sem sentir dor? O que era aquela urgência de senti-lo ainda mais intensamente do que estava sentindo? Lentamente minha camisa de algodão fora retirada, durante este tempo Edward moveu seu rosto olhando para mim. Pelo menos eu acreditava que estivesse olhando. Tomada por uma súbita vergonha fechei meus olhos. Logo senti a brisa chocar-se contra o meu tórax e abdômen desnudos, as mãos de Edward passeando entre meus seios e minha barriga. Inclinou-se até meu ouvido sussurrando:

-Abra os olhos Bella. Eu quero que fique com os olhos bem abertos, quero que você aprecie cada sensação, cada movimento que faremos. –Para mim aquilo não foi um simples pedido, foi uma ordem. Imediatamente abri meus olhos encontrando os dele, nossas respirações mesclando-se. Perdi-me na profundidade de seu olhar sem notar que Edward inclinou-se para beijar meus seios enquanto ainda os massageava.

-Edward... Ah... –Palavras desconexas pareciam querer sair de meus lábios. Fechei os olhos tentando apreciar melhor o calor que Edward fazia brotar de meu corpo, mas Edward, percebendo meu ato, parou com as carícias.

-Bella, olhe para mim. –Com dificuldade abri meus olhos encontrando os dele. Edward voltou a beijar-me ainda mais exigente. Abraçou-me fortemente enquanto beijava-me. Sua língua explorando cada canto de minha boca enquanto procurava fazer o mesmo com ele. Acariciei sua nuca e o fiz inclinar novamente a cabeça. Queria sentir novamente aqueles lábios em meus seios. Edward em fim pareceu obedecer a mim, gostei da sensação de comando que estabeleci por alguns poucos minutos. Segurei fortemente em seus cabelos, não o ouvi protestando quando os puxei um pouco mais forte do que deveria. Eu queria muito mais do que sentir seus lábios, queria sentir seu corpo inteiro em mim. O afastei empurrando-o pelo ombro, nós dois arfávamos sem necessariamente estarmos cansados. Antes que Edward pudesse protestar quanto minha ação ao interrompê-lo, eu segurei sua camisa retirando-a com certa urgência. Ajoelhei-me diante dele, Edward fez o mesmo. Não resisti e acariciei com as mãos aquele peito desnudo, inumanamente lindo que este exibia. A pele branca, perfumada, convidativa ao toque e extremamente máscula. Encostei minha cabeça próxima à base de seu pescoço inalando aquela fragrância inebriante que ele emanava. Edward, com suas mãos hábeis, segurou meu queixo obrigando-me a encará-lo. Não demorou muito a tomar meus lábios novamente. O beijo a cada momento mais e mais exigente. O enlacei pelo pescoço comprimindo meu corpo ao dele, sentindo uma imensa satisfação por sentir sua pele em contato com a minha. Edward deitou-me lentamente tomando cuidado para que eu não sentisse completamente seu peso. Trilhou novamente um caminho pelo meu corpo com seus lábios usando a língua a fim de deixar-me ainda mais excitada. Senti suas mãos agora retirarem minha calça de algodão lentamente, sua respiração chocando-se contra minha virilha. Retirou todas as minhas vestes e agora eu estava nua, a mercê daquele homem que logo me converteria em mulher, em sua mulher. Novamente a trilha de beijos enquanto eu tentava manter os olhos abertos.

Doce tortura que este homem me proporcionava. Logo seus lábios encontraram o caminho para os meus e seu corpanzil voltou a cobrir minha fronte.

-Edwar... –Pronunciar seu nome para mim era tão prazeroso quanto sentir o seu corpo. Edward olhou-me para logo mais beijar-me avidamente. Quanto tempo esta tortura prazerosa poderia durar? Eu não sabia. Edward afastou-se e terminou de se despir.

Será que Adônis, Zeus, Apolo... Será que algum desses deuses mitológicos sentiu inveja de um mortal? Creio que se estivessem visualizando o mesmo que eu eles sentiriam inveja de Edward.

Embora rubra não consegui desviar o olhar. Apenas quando meu rubor já havia se transformado em pânico, ousei fechar meus olhos. Edward engatinhou até mim, arfando, arfando. Senti sua masculinidade pulsando, estava envaidecida. Para quem Edward arfava, para quem Edward mantinha-se excitado? Era para mim, para a colegial desengonçada e confusa. Para a menina Bella, para a mulher Bella. Suas mãos tocando-me, seus lábios nos meus lábios, o calor de seu corpo, seu perfume. Tudo era gravado por mim, pois eu não sabia até quando duraria todo este sonho. Edward entrelaçou seus dedos aos meus colocando minhas mãos um pouco acima da cabeça. Olhou profundamente para mim como quem pediu consentimento para aprofundar a carícia. Em meio ao turbilhão de sentimentos que me dominava levantei-me um pouco encontrando os lábios dele. Aquela era a minha resposta. Edward abraçou-me fortemente usando as próprias pernas para afastar as minhas cochas, não hesitei. Enquanto Edward invadia meu corpo fechei fortemente meus olhos. Minhas mãos estavam em suas costas, acabei por enfiar minhas unhas em suas costas, Edward pareceu não se incomodar tão alheio que estava pelo prazer que eu estava proporcionando a ele. Os movimentos começaram e eu fiquei parada, tentando manter meu corpo o menos tenso possível, tentando encontrar prazer naquele ato. Fiquei surpresa ao senti-lo, não imaginei que em uma primeira vez poderia se sentir prazer. Uma de minhas mãos puxava seu cabelo, a outra pressionava seu corpo para mais próximo do meu, o que era praticamente impossível. A não ser que nossos corpos se fundissem o que eu aceitaria de bom grado. A respiração de Edward ficou tão pesada quanto a minha. Ele afastou-se, nossas mãos agora novamente entrelaçadas. Fechei meus olhos com a onda de prazer repentino que me tomou. Edward protestou como eu já imaginava.

-Abra os olhos Bella. Eu quero que olhe para mim enquanto fazemos amor. –Sua voz falhava em meio à gradação de gemidos. Tentei o quanto pude me controlar, mas parecia q eu estava fora de mim.

-Edward... Ahhhhh... –Edward sorriu. Ele gostava de ouvir seu nome em meio aos meus gemidos.

-Fale Bella... Fale meu nome... Ahhh... –A voz de Edward fora sedativa, senti meu corpo relaxar mais e tentei acompanhar seus movimentos com meus quadris. Edward, Edward, Edward! Seu nome em um turbilhão de pensamentos, sensações. E em fim o êxtase. A mesma sensação invadiu nossos corpos suados, em espasmos. E, enquanto me recuperava, senti um forte cansaço, tão doce quanto o cheiro daquele homem ainda em cima de mim. Minha pele marcada por ele, eu era dele. Edward tentava, assim como eu, se recompor, não obtendo muito sucesso. Zero sussurrou em meu ouvido depois de alguns minutos absorvo:

-Você está bem?

-Maravilhosamente bem, na verdade.

-Eu não te machuquei?

-Não. Estou bem. –Olhei para o seu rosto sonolento e sorri. Edward afastou-se de mim apenas para que eu pudesse respirar melhor, ficou deitado ao meu lado, sua respiração acalmando-se. Ficamos nos olhando.

-Nossa!

-Acho que isso responde a pergunta que iria fazer, se foi bom.

-Edward, não fique muito envaidecido, mas... Foi maravilhoso! –Fechei meus olhos lembrando de cada detalhe. Realmente fazer amor com Edward com os olhos abertos fez com que surpreendentemente cada detalhe fosse gravado. Senti os braços de um Edward praticamente adormecido puxando-me de encontro ao seu corpo, repousei minha cabeça em seu peito ouvindo seu coração desacelerando. Edward estava adormecendo mais e mais. Fiquei quieta esperando pelo sono que não demorou a chegar. E quando tive a certeza de que ele não estava ouvindo...

-Edward? –Sussurrei próximo ao seu ouvido, a respiração de Edward, assim como seus batimentos cardíacos, extremamente calmos. Aconcheguei-me melhor em seu peito.

-Eu te amo. –Apenas um murmúrio e a certeza de que ele não ouviria. Um sorriso cravado em meus lábios e logo o cansaço me dominou. Doce cansaço que se apossou de meu corpo assim como Edward havia feito. E não me importava mais com o amanhã.


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Notas finais do capítulo

Bonus para minhas leitoras. Deixem muitos reviews aqui e no cap anterior ^^/