Não é mais Um Romance Literário escrita por Jacqueline Sampaio


Capítulo 2
Capítulo 2




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-Finalmente terminamos o trabalho de historia! Bella você... Bella?

-Ah, Oi Angela!

-Sabe... Se não a conhecesse bem diria que você possui autismo. Nunca vi alguém com tanto facilidade para se distrair!

-Perdão. Então, terminamos o trabalho.

-E bem na hora do almoço. Bom eu preciso ir, prometi a meus pais que almoçaria com eles.

-Angela, eu pensei que você comeria aqui comigo! E meus pais nem estão aqui, eles foram chamados para resolver um problema na universidade de Tóquio.

-Lamento Bella, mas preciso ir. Quer vir comigo? Assim não ficará sozinha em casa.

-Não posso Angela.

-Então nos vemos amanhã, certo?

-Tudo bem.

-Mas antes de ir embora... De quem é aquele guarda chuva? –Angela aponta para o guarda chuva próximo a minha cama.

-Nossa com toda essa historia de trabalho nem contei a você! Ontem aconteceu algo... Algo diferente comigo.

-E o que seria?

-Eu seguia pelo parque a fim de chegar aqui em casa antes da chuva, mas no final a tempestade desabou antes de vir para cá. E foi ai que aconteceu!

-Aconteceu o que? Fala logo Bella!

-Eu atravessava a ponte de madeira quando acabei por escorregar e cair. Foi nesse momento que ele apareceu: Era muito bonito e gentilmente ofereceu-me o guarda chuva. Ele o entregou a mim e simplesmente caminhou pela chuva.

-Nossa! Quanto cavalheirismo! Quem era?

-Não sei Angela. Não perguntei seu nome. Fiquei tão abobada com o gesto que não esbocei reação nenhuma.

-Bella é por isso que digo que ser avoada demais ainda vai trazer grandes prejuízos para você! Vai que de repente esse desconhecido era seu príncipe encantado e você desperdiçou a chance de ser feliz.

-Angela, não exagere! –Verdade seja dita nunca em toda a minha vida as palavras proferidas por Angela. E se aquele rapaz era meu príncipe encantado?

-Agora eu preciso ir. Fique mais atenta Bella.

-Pode deixar. Até amanhã. –A acompanhei até a porta e fui diretamente para a cozinha. Preparei uma refeição simples e degustei da mesma calmamente. Meus pensamentos no desconhecido.

-Talvez eu deva voltar ao parque. Pode ser que ele vá para lá novamente.

Durante sete dias passei pelo parque antes de ir para casa. Sempre portando o guarda chuva do desconhecido de cabelos cor de bronze. Não o encontrei. Sentia uma frustração crescente, algo que me surpreendeu. Parece até que vê-lo estava se tornado uma obsessão. O que eu não sabia é que eu o encontraria em outro local, de uma forma inesperada.

-Então Bella... Você vai pegar algum livro?

-Não Angela. Pegue apenas você. Eu a esperarei do lado de fora da Biblioteca está bem?

-Tudo bem. –Sai a Biblioteca e fiquei prostrada diante dela. Sentei nas escadarias esperando Angela escolher os livros que precisaria para estudar. Mesmo desistindo de ir até o parque a fim de encontrar o desconhecido e devolver-lhe o guarda-chuva ainda mantinha o habito de levá-lo comigo. O guarda chuva simples, de cor preta. Olhei atentamente para a minha frente. A biblioteca em que estávamos ficava em frente a uma Editora, uma das mais conhecidas dos Estados Unidos.

O prédio era bonito, de decoração moderna. E foi naquele momento de distração, olhando o local a minha frente, que eu o vi. Era ele, eu não tinha duvidas! Em um Volvo prateado, adentrou lentamente o estacionamento do prédio a minha frente. Levantei assustada. Não poderia desperdiçar aquela chance! Atravessei a rua e me pus diante do prédio. Entraria no local e devolveria o guarda-chuva que felizmente estava comigo. Mas ao tentar adentrar o prédio...

-Desculpe-me senhorita. Mas estudantes não podem adentrar o prédio da Editora Horse sem um acompanhante ligado à escola.

-Mas senhor eu quero apenas entregar este guarda chuva para uma pessoa que acabou de entrar ai! –Tentei convencer o porteiro de todas as formas. Não obtive êxito. Frustrada, sentei nas escadarias da Editora.

Mais cedo ou mais tarde o rapaz teria que sair e eu devolveria o objeto assim como agradeceria a gentileza.

Pensei que não custaria nada, o problema é que fiquei aproximadamente duas horas e meia, sentada nas escadarias. Angela já havia saído da biblioteca e ido para casa. Eu tinha de ir também antes que meus pais dessem conta de minha ausência.

-Droga tanta espera para nada! Melhor eu ir logo! –Vi o coletivo que deveria pegar para ir para casa. Levantei-me apressada e corri para poder pegar o ônibus, esse costumava demorar. Não poderia esperar o próximo. Passei pela frente da garagem do prédio sem dar a devida atenção aos carros que entravam e saiam e foi nesse momento que algo aconteceu. Ouvi um barulho de freios e algo vindo rapidamente em minha direção, algo saindo da garagem do prédio da Editora. Depois disso, não vi mais nada.

 


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