Nightmare escrita por Filho do Mar, Laris Darwin


Capítulo 6
Can you feel my heart?


Notas iniciais do capítulo

Heeey pessoas que acompanham a fic. Tudo bem com vcs?
Desculpa a demora, eu(Larissa) e o meu companheiro( filho do mar) estávamos em semana de provas :( por isso não deu para postar nada. Mas essa semana de tortura acabou e eu voltei com capitulo novo. Obrigada Filha de Hades por ter comentado a capitulo passado.
Eu escrevi esse capitulo com a ajuda dessa música triste(na minha opinião) http://www.youtube.com/watch?v=6AVRCQBc59w



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P.O.Vs- Brooke Sullivan

Depois do pesadelo dormi apenas uma hora, as imagens voltavam e me assombrava. Passei a noite refletindo sobre aquele pesadelo, ultimamente ele está mais frequente, sei que não devo temer um pesadelo, mas ele é tão real.

Meus ouvidos estão doendo por causa do volume da música, o rock me acalma, mas desta vez está impossível. Tenho que fazer algo para dispersar a mente, eu poderia escolher um livro, mas não estou com cabeça para isso, meus pensamentos estão conturbados, eles procuram uma fonte de organização.

Levanto da cama e caminho pelo quarto, procuro algo ali, mas não acho. Vou ao banheiro e lavo o rosto, acredito que a água gelada vai ajudar em algo, ela só contribui para o meu desconforto.

Preciso pensar, preciso de ar puro. Procuro minha jaqueta e pego minha carteira, saio do quarto e desço as escadas bem devagar. Minha chave está no bolso da jaqueta, saio de casa prestando atenção na movimentação da rua. Está um deserto, ótimo, prefiro assim. Eu sei que sair de madrugada sozinha em um lugar que eu mal conheço é burrice, minha sanidade já está destruída, um pouco de loucura vai fazer bem.

Estou sentindo uma sensação estranha, como se eu estivesse à procura de algo. Mas o problema é que eu não sei o que procuro.

Desço a rua e acho um mercadinho 24 horas aberto, ao entrar um sininho na porta toca. Acho engraçado. O mercado é pequeno, tem um homem barbudo no balcão, ele acena para mim, vou atrás de um refrigerante e ignoro completamente aquele homem. Tenho a sensação de estar sendo observada, não ouso olhar para trás, acho o meu refrigerante, mas bem na frente uma garrafa de vodka chama a minha atenção. Encaro o refrigerante depois encaro a vodka, faço isso umas três vezes antes de pegar a vodka. Vou até o caixa e pago pela garrafa, o homem me olha um pouco cético, mas dá de ombros.

Ao sair do mercado o frio parece mais rigoroso, a sensação de procurar algo ainda está aqui me atormentando. O ruim de procurar algo é que você acaba achando, eu tenho medo do que eu posso achar. Procuro respostas no céu, apenas acho um vão solitário, algo lindo e tão distante, algo que não posso pegar e nem me refugiar. Apenas observo sua beleza que me encanta a cada centímetro que observo. O céu é tão belo e tão simples, sua simplicidade me encanta, a mistura de cores me fascina. Às vezes está azul, rosa, amarelo, roxo, laranja ou a mistura de todas as cores. As estrelas são pontinhos que contam uma historia que dura séculos, são pontinhos tão belos e singelos.

A solidão é a minha melhor amiga, será que alguém consegue sentir meu coração? Ele pulsa aqui dentro em uma velocidade constante.

Acho um playground, sento no balanço e fico pensando. Não entendo o porquê dessa agoniação aqui dentro. Tento entender eu mesma, mas só vejo confusão e pensamentos perturbadores. Será que estou ficando doida?

Meus demônios internos querem liberdade, se forem libertados não terão controle, vou ser levada a escuridão novamente. Eles me levarão ao fundo poço e fez com que eu perdesse aquele que me entendia, a pessoa que eu realmente senti algo.

Aqueles foram dias desleais, eu não tinha controle sobre mim, agia como uma louca sem coração. Eu busquei por liberdade e acabei pagando caro por isso, por que quando nos dão liberdade nós não sabemos aproveitar, viramos seres descontrolados e sem respeito, acabamos confundindo liberdade com outras coisas. Esse foi meu erro, confundir as coisas.

Um passado sombrio e torturante, que me atormenta. Culpo-me por te agido daquela forma, se eu fosse mais responsável ele não teria aquele fim, ele poderia estar aqui ao meu lado, me ajudando a achar o que eu procuro.

Lágrimas escorrem pelo meu rosto, como eu me sinto só sem ele. Por que tiveram que tirar ele de mim. Seu nome era John. Seu sorriso era perfeito, sua voz grave me seduzia, seu cabelo era sempre andava bagunçado, seu abraço aconchegante e seus lábios macios me deixavam louca.

Nós éramos namorados, meu primeiro namorado, era o único que me entendia. Ele era o meu oposto, mas como o destino é maligno, tirou ele de mim. Eu sou a culpada da historia, eu que o matei, eu quis ir aquela festa, eu...

O mais triste disso tudo foi que eu vi a vida saindo de seus olhos, sua luz se foi e eu vi tudo. Não pude fazer nada, apenas observar o meu coração ir junto com ele. É justo, eu o matei em compensação ele foi com meu coração, aquele que eu não posso mais sentir.

Lua. Minha antiga amiga, aquela que sabe dos meus problemas, aquela que ilumina minhas noites sombrias. As lágrimas impedia de ter uma visão clara de minha velha amiga, a bebida também não ajudava.

Levanto do balanço e volto a caminhar sem rumo, limpo as lágrimas que descem. Vejo tudo embaçado, não consigo andar direito. Cara, eu não bebi tanto para chegar nesse estagio. Olho ao redor a procura de algo para me localizar, perfeito, estou perdida. Agora eu percebo o quanto fui longe, não sei onde estou. Deixa-me ver, eu vim da esquerda ou da direita? Acho que foi da esquerda. Não, eu vim da direita. Será? A foda-se.

Volto a caminhar pelo lugar que eu acho ser o certo, a sensação de ser observada volta, olho para trás desta vez. No momento que viro vejo uma sombra, ele me encara, eu sei que ela me encara por causa dos olhos vermelhos. Só o que me faltava, o homem do pesadelo veio me buscar. Meio engraçado né? O homem do pesadelo veio me buscar, era para ele estar em baixo da minha cama. O bicho papão veio beber comigo, vou o chamar para dançar. É eu realmente bebi demais.

Tento, em vão, aumentar os passos, começo a “correr”, mas tropeço nos meus pés, caio e minha garrafa cai junto, ela quebra toda. Quase choro, a coitada não teve nada haver com isso, por que ela tem que sofrer? Mundo cruel.

Levanto com dificuldade e volto a andar, sinto que ele está atrás de mim. Caio novamente. Sinto mãos nos meus ombros me ajudando a levantar, mas quando olho para ver quem é não vejo nada. Pode ser o bicho papão, será que ele veio dançar?

Tento me soltar das mãos, mas o ser é forte, ele não me deixa sair. Agora sim eu entrei em desespero, como assim eu vou ser sequestrada e não vejo meu sequestrador. Ele caminha lentamente até um beco escuro, olho ao redor e não vejo ninguém, grito o mais alto possível.

— Socorro! Socorro! — grito e me debato contra o vão forte—Help! I need somebody! Help! Not just anybody! Help! You know I need someone! Help!

— Me diz que você não ta cantando The Beatles? — o ser invisível perguntou rindo— Você é muito engraçada.

Entramos no beco e ele para um estante, sinto ele me deixar, escorrego até cair no chão. Minha visão ainda continua turva, mas consigo enxerga um buraco preto girando na parede. Eu sei que eu bebi, mas aquilo não é efeito do álcool. O buraco parecia levar para algum lugar, não conseguia enxergar direito desta distancia.

O buraco gira e gira, acho que vou vomitar, sinto de novo as mãos do ser em meus ombros, ele me carrega até o buraco.

O buraco suga o calor ao seu redor e uma frieza inexplicável erradia dele. Quando estou quase entrando em contato com o buraco, uma força quente nos impede de atravessar. Sou empurrada contra o ser invisível e caio no chão. Bato a cabeça com força no chão e minha visão fica pior ainda. Tento focar a visão, mas tudo que vejo tudo girando e uns pontinhos pretos piscando. Meus olhos pesam e vejo tudo preto.


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Notas finais do capítulo

Eae gente gostaram? Ficou meio(muito) deprê né? kkkkkkk
Comentem gente, já estou com um capitulo novo pronto, talvez eu posso postar hoje...



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